Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

31/05/2009

Truques da polícia
Outro problema das drogas, raramente abordado, é o uso, pelos policiais corruptos, de viciados em drogas, ou narcotraficantes, para fazer serviço sujo ou praticar crimes que eles não ousam fazer ou precisam fazer para livrar suas caras...

Certamente, o pagamento feito pelos policiais corruptos é o fornecimento de drogas para esses indivíduos ou vista grossa para aquilo que eles fazem...

Inclusive, é válido observar que a maior parte da droga apreendida pela polícia retorna para as ruas, ou seja, os policiais tomam o carregamento dos bandidos e repassam para os traficantes que dominam e com os quais possuem negócio.

Certamente, não estou falando das apreensões que chegam nas delegacias, pois a maioria das drogas apreendidas não constam das estatíticas oficiais, pois não existe nenhuma apreensão oficial... A única prova dos fatos são aqueles que perderam o carregamento e que sabem que o mesmo foi levado pelos políciais corruptos para ser revendido em outro lugar...

Enfim, tudo isso é consequência do mercado da proibição/repressão...

Mais uma vez repito: o fato de eu defender a descriminalização das drogas não significa que eu sou usuário de drogas ou narcotraficante... Defendo a descriminalização pois sei que é a única forma de desmontar esse estrutura diabólica que une drogas, armas e destruição humana... A maioria dos indivíduos que morrem hoje na guerra das drogas, não morrem de overdose, mas sim de tiro... E tiro significa que quem está matando não são as drogas, mas sim a proibição e a repressão...

Eichmann na faculdade de direito
Estive, recentemente, em uma Faculdade de Direito. Uma Faculdade que tem obtido bons conceitos na avaliação do MEC. Fui lá consultar a biblioteca e, surpreendentemente, descobri um, e somente um, livro de Hannah Arendt no meio dos milhares de livros técnicos. Pior do que isso, um livro que foi adquirido recentemente e ainda estava novinho em folha, pouco manuseado...

Achei muito interessante esse fato... Uma Faculdade de Direito que desconhece, não lê e não estuda, Hannah Arendt... Não mirei o currículo para ver se existiam matérias que ensinam a pensar, tais como filosofia, sociologia, etc... Porém, a simples ausência de Hannah Arendt na biblioteca da Faculdade é um fato preocupante.

Certamente, os bons conceitos na avaliação do MEC significa que possuem uma boa formação técnica. Porém, formação técnica não é suficiente para um operador da justiça. É suficiente para um operador da lei ou do direito, mas não é suficiente para um operador da justiça.

Inclusive, é válido ressaltar que a Alemanha Nazista era dominada por operadores da lei e do direito, mas faltavam operadores da justiça. A aplicação da lei e do direito, nem sempre, significa realização da justiça. Mais do que isso, algumas vezes a aplicação da lei e do direito significa a realização do mal, o resultado dessa aplicação é um grande mal...

Eichmann, possivelmente eles desconhecem esse personagem histórico, era um excelente técnico, porém uma pessoa banal, uma pessoa vazia, uma pessoa incapaz de pensar... Uma educação puramente técnica é uma educação alienada de humanidade, uma educação que forma pessoas banais, forma Eichmanns...

Não apenas a inquisição
As ideias contidas no texto abaixo devem ser aplicadas a todas as grandes tragédias humanas e não apenas à inquisição. Sim, precisamos lembrar sempre da tragédia da Alemanha Nazista, da tragédia da União Soviética Comunista, do Pol Pot do Camboja....

É preciso construir uma cultura universal dos Direitos Humanos e relembrar essas tragédias deve fazer parte dessa cultura...

E quando perguntarem o porquê de defendermos os Direitos Humanos, a liberdade de consciência e religião devemos responder: ""Para evitar que tragédias humanas como essas se repitam."

Mais do que isso, precisamos vigiar e ficar atentos às nossas ações e comportamentos para ver se não fomos dominados pela banalidade do mal, ou seja, se não estamos praticando o mal por meio de nossas omissões, indiferenças e hipocrisias.

Além disso, as sábias palavras de Henry Thoreau continuam valendo:

"De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações." (Texto completo -http://www.leonildocorrea.adv.br/ini4-6.htm)

Cinzas da Inquisição
Affonso Sant’anna
Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história européia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José — o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro.

Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem freqüentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional.

Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história das instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história.

Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a ‘república’decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um imenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: ‘Libertem de novo os escravos’, ‘proclamem de novo a República’.

Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro.

História é o anti-silêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras.

Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele.

A história começa com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições.

(SANT’ANNA, Affonso, R. de. A raiz quadrada do absurdo. Rio de Janeiro, Rocco, 1989. p. 196-8.)

Faça chá. Não guerras !!!
E acreditam nas flores vencendo canhão...


29/05/2009

Roda Viva - Entrevista - Amit Goswami



Reflexões reflexivas - Física Teórica
Notebook só é completo se tiver um mouse. Touchpad é irritante demais...

É interessante observar que o choque entre matéria e anti-matéria resulta em energia. Isso mostra que o elemento fundamental do universo não é a matéria e nem a anti-matéria, mas sim a energia... Tudo é feito de energia.

Também penso que: partícula não existe. Repito: partícula não existe. Só existe energia que pode estar condensada em matéria ou anti-matéria, ou pode estar livre. Se estiver condensada se comporta como partícula, estando livre se comporta como onda. Logo, comportamento onda-partícula é o comportamento normal da energia... Entendeu ??? Agora só falta escrever isso matematicamente...

Vou olhar melhor a Teoria de Cordas... "De acordo com esta teoria das cordas, os componentes elementares do universo não são partículas puntiformes (formato de ponto). Em vez disso, são mínimos filamentos unidimensionais, como elásticos infinitamente finos, que vibram sem cessar."

"A teoria das cordas proporciona uma mudança profunda e renovadora na nossa maneira de sondar teoricamente as propriedades ultramicroscópicas do universo — mudança essa que, como aos poucos foi se vendo, altera a relatividade geral de Einstein de maneira tal que a torna integralmente compatível com as leis da mecânica quântica. Permite que um esquema harmônico único incorpore ambas as teorias (Relatividade geral e Mecânica quântica)." (Outras informações)

Além disso, eu também relacionaria a dimensão na qual estamos, incluindo o espaço-tempo, com a condensação da energia na forma de matéria e buscaria encontrar uma configuração dimensional capaz de comportar um espaço-tempo de anti-matéria... Também tem que provar isso matematicamente...

O problema, como sempre, é provar matematicamente... A Física Teórica é muito interessante...

Nada mais pertinente para finalizar estas reflexões reflexivas, para quem ainda tem dúvidas, do que as palavras do sábio Raul Seixas: "O UNIVERSO ME ESPANTA E NÃO POSSO IMAGINAR QUE ESTE RELÓGIO EXISTA E NÃO TENHA UM RELOJOEIRO!"

Uma coisa que não entendo
A maioria dos artistas, das empresas de entretenimento em geral, não sabem usar a internet para multiplicar seus ganhos. Ao invés de inovarem e buscarem novas saídas, novas formas de rentabilizar seus conteúdos, ficam batendo na tecla da pirataria, etc...

E, em plena era da comunicação globalizada, tentam manter funcionando uma estrutura arcaica e ultrapassada. Querem continuar usando máquina de escrever na era do computador e da impressora... Por que será ???

Guerra Virtual no Brasil
A Guerra Virtual não se aplica ao Brasil, pois temos tecnologia própria de comunicação e defesa.

O Brasil usa as tecnologias: CBSF, CRVPC e SMM, ou seja, Comunicação Baseada em Sinal de Fumaça, Comunicação Rápida Via Pombo Correio e Sistemas Movido a Manivela...

Agora só falta substituir os tanques por catapulta e os rifles da segunda guerra por arco e flecha... Também há a saída de puxar os blindados com junta de boi ou jumento...

Windows Vista e Guerra Virtual
O Exercito americano se prepara para a guerra virtual e cria um comando militar para proteger o ciberespaço (Notícia abaixo). Agora, descubro outra notícia que diz que o Exército americano vai atualizar as suas máquinas instalando o windows vista (Notícia aqui).

Não quero ser chato, mas acho que o Windows Vista não é ferramenta adequada para quem pretende proteger o ciberespaço... É melhor usar o Windows 7 ou, então, desenvolver um sistema próprio... De repente, rodando o vista, no meio da tal guerra virtual, os computadores travam, e daí ???

Por falar em Windows 7... O meu travou de novo... O travamento aconteceu depois de formatar o pendrive. Cliquei em propriedades do pendrive e a coisa parou de responder... Reiniciei o computer e o problema desapareceu... Agora tudo está funcionando perfeitamente.

Certamente, comparado à quantidade de travamentos e limitações de outros sistemas, acho que o Windows7 é o que tem a maior nota. Não tem nota 10, mas está no campo da nota 9...

Monte Horeb e Moriá
Ontem passei um tempo no Google Earth mirando os Montes Horeb e Moriá, assim como voando sobre Israel... É uma coisa muito interessante para se fazer...

Para fazer isso é só instalar o Google Earth (baixar aqui). O programa é gratuito e existem milhares de fotos, postadas por turistas, sobre os locais citados...

Também dei uma passada na Coréia do Norte...

Epifania do FHC
Em Londres, Fernando Henrique defende descriminalização das drogas
BBC-BRASIL - 29/05/2009

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a descriminalização das drogas como forma de reverter o fracasso da guerra contra entorpecentes em todo o mundo.

O ex-presidente esteve em Londres na quinta-feira para participar de um evento da Comissão Latino-Americana para Drogas e Democracia, co-presidida por ele e por outros líderes latino-americanos, como o ex-presidente da Colômbia César Gaviria.

A comissão foi criada em 1998 para levar uma visão latino-americana às discussões da ONU sobre a luta contra as drogas. Entre os integrantes da comissão também estão os escritores Mario Vargas Llosa e Paulo Coelho.

O ex-presidente afirmou ao diário britânico, um dos mais influentes do país, que é chegada a hora para uma "mudança de paradigma" no debate sobre as drogas.

"A guerra contra as drogas é baseada na corrupção. Como as pessoas podem acreditar na democracia se a regra da lei não funciona? Os usuários deveriam ter acesso a tratamento e não à prisão", disse Fernando Henrique.

Estados Unidos

Ainda segundo o ex-presidente, o ponto de partida para a mudança na abordagem do problema das drogas está nos Estados Unidos.

"Agora temos uma nova administração, que é muito mais aberta do que antes. E o clima está mudando pela primeira vez em muitos anos. Até nos Estados Unidos se reconhece que há um impasse. Obama já deixou claro que ideia da guerra contra drogas não funciona", disse o ex-presidente ao Guardian.

Na opinião de FHC, a guerra contra drogas "fracassou" apesar dos enormes esforços em lugares como as Colômbia.

"As áreas de plantio de coca não estão diminuindo", disse ele.

O ex-presidente ainda destacou o sucesso do Brasil em reduzir os casos de HIV/Aids, obtido, entre outros fatores, graças à promoção do uso do preservativos.

"Isto é um exemplo de como o comportamento das pessoas pode ser alterado pela educação em vez de repressão", afirmou.

Pentágono prepara comando militar para o ciberespaço

'NYT' afirma que Obama anunciará criação de departamento para preparar ações contra a guerra virtual.


WASHINGTON - O Pentágono pretende criar um novo comando militar para proteger o ciberespaço, melhorando a preparação das Forças Armadas dos EUA para ações defensivas e ofensivas de guerra por computador, disse o jornal The New York Times nesta sexta-feira, 29. Esse comando militar complementaria um esforço civil que o presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta, no sentido de reformular as salvaguardas para as redes de computação no país, segundo o site do jornal.

Citando fontes oficiais, o Times disse que o presidente vai detalhar a criação de um departamento da Casa Branca para coordenar um bilionário esforço para restringir o acesso a computadores do governo e proteger os sistemas que administram as Bolsas dos EUA, liberam transações bancárias e integram o controle do tráfego aéreo. O departamento civil será responsável pela coordenação entre as defesas do setor privado e do governo contra milhares de ataques virtuais realizados todos os dias contra os EUA, em geral por hackers, mas às vezes por governos estrangeiros.

Fontes do governo disseram que Obama não falará sobre o plano do Pentágono na sexta-feira. Mas o presidente deve assinar nas próximas semanas um decreto sigiloso para criar o comando cibernético.

A necessidade de melhorar a segurança digital dos EUA ficou clara em abril, quando o Wall Street Journal afirmou que ciberespiões haviam invadido rede elétrica dos EUA e deixado softwares que poderiam afetar o sistema. O Times disse que os EUA já têm muitas armas no seu arsenal informático, e deve preparar estratégias para usá-las como dissuasão, junto com armas convencionais, em diversos tipos de possíveis conflitos.

A Reuters já havia informado que empresas no mercado da segurança digital incluem fabricantes de softwares de segurança, como Symantec e McAfee, empresas tradicionais de defesa, como Northrop Grumman e Lockheed Martin, e companhias de tecnologia da informação, como CACI International.

O Pentágono trabalhou durante meses numa estratégia para o ciberespaço, concluída há poucas semanas, mas cuja divulgação foi adiada devido a divergências a respeito da autoridade do departamento da Casa Branca e do orçamento para toda a iniciativa, segundo a reportagem.

27/05/2009

Dúvida...

PF desmonta quadrilha que usava escutas e falsificava diplomas
Detetives, policiais e funcionário de telefonia estariam envolvidos.
Ação acontece em sete cidades do Espírito Santo.

A ação ocorre em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Guarapari, Piúma e Itarana. Segundo a PF, as investigações começaram há três meses e apontam que detetives particulares "grampeavam" os telefones de seus alvos e passavam semanas espionando as conversas telefônicas. Os diálogos eram vendidos ou usados em chantagens.

A polícia diz que os gravadores eram colocados nos armários de telefonia nas ruas e, diariamente, um dos suspeitos de envolvimento no grupo trocava as fitas. O funcionário de uma empresa terceirizada por uma concessionária também é suspeito de participar do esquema. A polícia afirma que ele fornecia informações para a instalação do gravador, como a localização do armário de telefonia e a chave dele. Além deles, a PF informa que um policial militar e um ex-policial militar também são alvos da operação.

Teste do Windows 7
1- Ocorreu um travamento durante a leitura/inicialização de um pendrive - solução: o velho ctrl+alt+del seguido de "start task manage" e "end process". Descrevendo o acontecido: coloquei o pendrive. O sistema reconheceu. Em seguida abriu uma janela de verificação e correção de erros. Mandei ler e corrigir eventuais erros. No final da leitura o programa travou. Não deixava fechar a janela e nem cancelar e também não avançava.

2- Bloqueio de download do Megaupload - Nenhum navegador instalado no windows7 (iexplorer, firefox, opera) abriu a página de download. Mudei de sistema - windows xp - e a página abriu.... Logo, o windows7 não gosta de alguns endereços de download... (Observe: estou falando de uma página de download, não do site inteiro megaupload)

3- Vamos continuar testando... A nota não subiu, mas caiu... Porém, de uma forma ou de outra, o sistema é muito bom... Contudo, se ele possuir algum dispositivo de censura embutido, não vai fazer muito sucesso, principalmente porque não cabe a uma empresa de software censurar o comportamento dos consumidores... Cada macaco no seu galho !!!

Não precisamos de programas que controlam as nossas ações. A consciência de cada um já faz isso.

Imagine se resolverem modificar o word para impedir que as pessoas digitem palavrões e blasfêmia !!! Você manda, por escrito, alguém ir tomar no símbolo atômico do elemento químico cobre, e o word apaga o que você digitou... Mesmo que, nesse caso específico, acho que o xingamento burlaria o sistema... A menos, é claro, que o computador tenha evoluído e compreenda o sentido geral da coisa...

Esse é outro tema muitíssimo interessante: cérebro da máquina x cérebro humano...

Midiatrix Revelations
Eu sempre gosto de rever esse video !!! Revejo para lembrar algumas coisas...

Razão, fé e consciência
A razão sem a consciência perde a iluminação, assim como a fé sem a consciência vira fanatismo.

26/05/2009

Exemplo de banalidade do mal
Notícia de Jornal
Fernando Sabino

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.

Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.

Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.

Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.

Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da rádiopatrulha, por que haveria de ser daminha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.

E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.

E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.

A banalidade do mal
Colunista rebate entrevista falaciosa de um polêmico cientista político americano

As palavras precisam ser um pouco selvagens,
pois representam o ataque do pensamento
contra aqueles que não pensam
John Maynard Keynes (1883-1946)

Selo alemão de 1988 lançado em memória da grande teorista política Hannah Arendt (1906-1975).

A teorista política Hannah Arendt (1906-1975) cunhou a notável expressão “a banalidade do mal” para descrever o infame nazista Adolf Eichmann (1906-1962), que havia sido responsável pela logística da deportação em massa dos judeus da Europa oriental para campos de concentração na Segunda Guerra Mundial.

Arendt ficou abismada com a vacuidade ideológica de Eichmann e levantou a questão de que o mal não precisa ser algo radicalmente diferente do normal. Ele pode ser simplesmente banal, decorrendo da tendência das pessoas a seguir ordens e a se alinhar com a opinião da maioria sem pensar criticamente sobre os resultados da sua ação ou inação.

Em sua edição de 15 de outubro, a revista brasileira IstoÉ publicou uma entrevista com o cientista político americano Charles Murray (1943-), sob o título “Miscigenação diminui o QI dos brasileiros”.

É desnecessário dizer que, do ponto de vista ético, a IstoÉ tem todo o direito de publicar essa entrevista e não pode ser censurada por fazê-lo. Entretanto, as razões pela qual a revista decidiu ouvir Charles Murray, publicar a entrevista e escolher um título tão chocante não ficaram claras. O tom da entrevista é neutro – não se nota nenhuma concordância dos jornalistas com as idéias de Murray, nem por outro lado há qualquer crítica explícita, incredulidade ou sarcasmo em relação a ele.

Murray é um personagem muito controverso no cenário intelectual americano. Em 1994, junto com Richard Herrnstein ele publicou The Bell Curve: Intelligence and Class Structure in American Life (A curva normal: inteligência e estrutura de classes na vida americana), um livro doutrinário, com forte conteúdo de darwinismo social, que causou grande polêmica nos Estados Unidos.

Segundo o evolucionista americano Stephen Jay Gould (1941-2002), velho conhecido dos leitores da Deriva Genética, o livro não passa de um manifesto do pensamento ultraconservador, maltratando a ciência e distorcendo dados para promover uma agenda de redução de programas sociais do governo na área educacional.

Falácias e sofismas
Em 1961 Gould já havia publicado um esplêndido livro chamado The mismeasure of man (traduzido para o português como A falsa medida do homem), no qual estudou historicamente o imbroglio sobre inteligência, QI, genética e raças. Gould demonstra brilhantemente como uma cadeia desastrada de falácias e sofismas, acidentais ou propositais, pode gerar construções culturais enganosas e perversas e, infelizmente, influentes e duradouras. A receita é simples:

Capa do brilhante livro The mismeasure of man (“A falsa medida do homem”), publicado em 1961 por Stephen Jay Gould. Com erudição e fria lógica, Gould disseca historicamente a relação entre inteligência, QI, genética e raças, expondo sofismas e exorcizando falácias.

1) Colecione uma série de variadas características comportamentais humanas, como raciocínio abstrato, memória, capacidade de concentração, velocidade de aprendizado e habilidade para expressão verbal. Chame o conjunto destas habilidades de “inteligência”. Passe a se referir a essa “inteligência” como se fosse algo concreto de nossa experiência empírica do mundo (esse processo chama-se “reificação”, do latim res, que quer dizer “coisa”).

2) Desenvolva um questionário para medir essa “inteligência” e chame a medida de “quociente de inteligência” (QI).

3) Passe a tratar a “medida da inteligência” (o QI) como se fosse a própria “inteligência”.

4) Encontre correlações familiares nas medidas de QI e anuncie ao mundo que a “inteligência” tem alta herdabilidade.

5) Introduza em seu teste de QI alguns vieses que privilegiem a sua própria cultura. Por exemplo, pergunte fatos da história dos Estados Unidos. Negue a existência desses vieses em qualquer tratamento futuro do tema. (Para ter uma idéia deles, imaginemos um teste de QI desenvolvido por uma nação de índios na Amazônia, para os quais inteligência é a “capacidade de viver com sucesso na floresta”. O teste de QI envolveria identificação de raízes comestíveis, fabricação de arco e flecha, construção de canoas etc. Certamente, nesse teste, Einstein teria um QI baixíssimo.)

6) Compare medidas de QI entre dois grupos, por exemplo, brancos e negros americanos, e observe que as médias dos grupos diferem em 10 ou 15 pontos. Ignore a variabilidade dentro dos grupos e concentre seu discurso nas médias. Ignore também as características culturais dos grupos e atribua qualquer diferença observada exclusivamente a fatores genéticos.

7) Anuncie ao mundo que é perda de tempo querer fazer programas sociais educativos e de ação afirmativa para o grupo com média inferior argumentando que ele é biologicamente inferior.

Quando li The mismeasure of man, fiquei tão impressionado com a argumentação de Gould que pensei que, depois desse livro, ninguém nunca mais teria a “cara de pau” de argumentar a favor de uma diferença genética de “inteligência”entre populações ou povos. Ledo engano!

A reemergência do mal
Tal é a natureza do mal. Ele fica dormente por algum tempo, mas periodicamente reemerge, mostrando a sua horrenda cabeça. Isso ocorreu em 2007 com as desastradas declarações de James Watson que já foram tratadas em uma coluna anterior. Ocorreu agora novamente nas páginas da IstoÉ.

Examinemos agora, à luz da nossa receita acima, algumas passagens da entrevista de Charles Murray:
IstoÉ – Qual o peso do ambiente na inteligência?
Murray - As estimativas são de que o QI é entre 40% e 60% produzido pelo ambiente e o resto é genético.
Meu comentário – Observe que a pergunta refere-se ao peso do ambiente na “inteligência” e que a resposta Murray fala sobre a genética do QI. Ocorre aqui a falácia de confundir algo (“inteligência”) com a sua medida (QI).

IstoÉ – O sr. já foi acusado de racismo. Os brancos são mesmo mais inteligentes que os negros?
Murray – Fui acusado de racismo porque mostrei um indiscutível fato empírico: quando amostras representativas de brancos e negros são submetidas a testes que medem a habilidade cognitiva, os resultados médios são diferentes. Isto não é uma opinião.
Meu comentário – Observe que Murray afirma que o teste de QI mede de maneira fiel algo mal definido, que ele chama de “habilidade cognitiva das pessoas” e que também é chamado de “inteligência”. Se ele acredita, como demonstrado na resposta anterior, que “inteligência” (ou “habilidade cognitiva”) é aquilo que é medido pelo teste de QI, temos uma tautologia: o teste de QI mede aquilo que o teste de QI mede. Adicionalmente, não há nenhuma menção a respeito dos vieses culturais dos testes de QI.

IstoÉ – O Brasil é um país onde a miscigenação é a regra. Isso significa que o QI médio do brasileiro é inferior ao dos nórdicos, por exemplo?
Murray – É uma questão de aritmética. Se em testes o QI é sempre maior com amostras de nórdicos do que com amostras de negros, então um país com uma significativa proporção de negros terá um QI médio inferior ao de um país que consiste exclusivamente de nórdicos. Isso é verdade, por exemplo, quando comparamos os Estados Unidos com a Suécia, da mesma forma que é verdade quando comparamos o Brasil e a Suécia. A única questão é empírica: as médias são sempre diferentes? Se são, a questão está respondida por si mesma.
Meu comentário – Observe que Murray está fazendo afirmativas derrogatórias a respeito do QI dos brasileiros sem nenhum dado empírico, sem nenhuma base científica e tão somente alicerçado em convicções doutrinárias. Essas afirmativas dele me lembram Gobineau e Spencer, ideólogos do racismo científico do século 19, para quem havia desigualdade entre as “raças” humanas. Segundo o racismo científico (que de científico não tinha nada), qualquer mistura entre as raças “puras” superiores (leia-se os nórdicos, no exemplo acima) com raças “inferiores” (os negros, no caso em questão) é inevitavelmente disgênica e desastrosa.

Esperança em Obama

Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Termino de escrever esta coluna no dia 5 de novembro de 2008. Ontem, Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, foi eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Imagino que Charles Murray esteja de luto. Afinal, Obama – que, de acordo com a sua aritmética, deveria ter baixa inteligência – foi eleito por “goleada”. Ademais, a ideologia conservadora de Murray foi rejeitada nas urnas pelo povo americano.

Percebo Barack Obama como um homem brilhante, uma esperança para a solução dos problemas americanos e do mundo. E percebo Charles Murray como um homem banal. Qual dos dois será lembrado nos livros de história?


Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
14/11/2008

A foto do post abaixo
Olhando para a foto do post abaixo o que você vê ??? Um cachorro preto ou um demônio ???
Certamente, a visão depende daquilo em que você acredita... De uma forma ou de outra, a foto em preto e branco mostra mais coisa do que parece... Você não acha que Hitler era guiado por um anjo de luz ???

Na verdade, Hitler não tinha um cachorro, mas uma cadela chamada Blondi. E não era preta.Certamente, a culpa pela destruição nazista não recai, exclusivamente, sobre as entidades do mundo sombrio. Os demônios influenciam, preparam o cenário, fornecem os elementos, alinham interesses, mas a decisão final é do homem. O homem tem livre-arbítrio para decidir suas ações.

Inclusive, nesse contexto, percebe-se que há uma relação direta entre a consciência, marcada pela incapacidade de pensar e a propensão do livre-arbítrio para prática do mal. Decisões sem reflexão caracterizam pessoas banais. Pessoas banais são mais suscetíveis a influências, manipulações e fanatismos.

Portanto, pessoas banais constituem uma porta aberta para a influência do mal, para se transformarem em instrumentos de injustiças, violência e destruição.

Debate em torno do nazismo divide historiadores
Fonte:http://cafehistoria.ning.com/
"Poderíamos dizer que uma explicação intelectualmente satisfatória do nazismo é impossível", previne Ian Kershaw. "O fenômeno parece ultrapassar qualquer análise racional”.Mais de 120 mil obras já foram escritas sobre Hitler.


Que lugar e que importância devemos atribuir a ele no interior do sistema nazista, no governo do Terceiro Reich, na elaboração da política contra os judeus e da política externa? Sobre essa questão, os historiadores se dividem entre "intencionalistas" e "funcionalistas".

Os intencionalistas dominaram as pesquisas no pós-guerra (principalmente com historiadores alemães como Friedrich Melnecke e Gerhard A. Ritter). Seus trabalhos são centrados na personalidade "demente" do Führer, seu poder ditatorial e seu antissemitismo.

Eles querem mostrar que a solução final é o resultado de um plano refletido e amadurecido que Hitler elaborou nos anos 1920 e formulou em "Minha Luta".

Outra forma de intencionalismo consiste em ampliar a intenção (do genocídio judaico) para o conjunto da população alemã.

Em 1996 o historiador americano Daniel J. Goldhagen publicou um livro que teve grande repercussão na Alemanha.

Ele declarou que havia um antissemitismo especialmente violento e profundamente enraizado entre os alemães, de modo que todos eles teriam sido cúmplices do Holocausto.

Desde os anos de 1970, porém, são as teses funcionalistas que vêm predominando na análise do nazismo, com, por exemplo, o historiador alemão Martin Broszet ou o inglês Ian Kershaw. Mais do que a vontade do ditador, eles destacam os fatores estruturais: as engrenagens e a lógica de um sistema que foi se radicalizando progressivamente.

Esse debate entre historiadores se deslocou e repercutiu de maneira passional com a "querela dos historiadores alemães", que inflamou a opinião pública e a mídia alemã ocidental no final dos anos 1980.

Em um artigo na revista "Die Zeit", o filósofo Jürgen Habermas protestou contra as teses "revisionistas" de certos historiadores (entre os quais Ernst Nolte), a quem acusou de querer relativizar o nazismo e a singularidade do Holocausto.

Às questões ética e histórica em jogo se somava um problema político: tratava-se de barrar o avanço da extrema direita alemã renascente. Os ataques disparados por vários historiadores contra os revisionistas atingiram seu alvo plenamente na Alemanha.

Na Alemanha reunificada, a memória do nazismo continua a ser uma memória exacerbada e sempre exposta a novas controvérsias.

Fonte: Olhar Direto

Windows 7
Por enquanto a minha nota (numa escala de 0 a 10) é 9,0... Se chegar no 10, recomendo a instalação desse sistema... Mas, vou testar por mais tempo...

Al Qaeda no Brasil ???
Será que estão recrutando ??? Para onde tem que mandar o currículo ??? Tem que fazer entrevista com o Bin Laden ??? (Notícia aqui)

Essa questão da Al Qaeda é muito interessante. É uma construção midiática para disseminar o medo e o controle nas sociedades democráticas, centralizando o poder nas mãos do grupo dominante. Nesse caso específico, a meta é desviar a atenção de outras coisas...

Como a gripe suína não colou, estão inventando outra história para boi dormir...

Mas... talvez esse fato tenha algum fundamento, o John Rambo não esteve, recentemente, no Rio de Janeiro ???

O verdadeiro autoritarismo
O verdadeiro e maior autoritarismo não está na possibilidade do povo votar e reeleger, para um terceiro, quarto, quinto ou milésimo mandato um presidente. Não há autoritarismo nisso, mas apenas democracia, expressão da vontade popular.

O verdadeiro e maior autoritarismo está na tentativa de impedir a manifestação popular, impedir a consulta popular, impedir a expressão da vontade popular. Inclusive, a principal característica de um regime autoritário e totalitário é, justamente, a supressão da voz do Povo.

Da República
Cícero

V- Na verdade, não devemos ouvir os subterfúgios que empregam os que pretendem gozar facilmente de uma vida ociosa, embora digam que acarreta miséria e perigo auxiliar a República., rodeada de pessoas incapazes de realizar o bem, com as quais a comparação é humilhante, em cujo combate há risco, principalmente diante da multidão revoltada, pelo que não é prudente tomar as rédeas quando não se podem conter os ímpetos desordenados do populacho, nem é generoso expor-se, na luta com adversários impuros, a injúrias ou ultrajes que a sensatez não tolera; como se os homens de grande virtude, animosos e dotados de espírito vigoroso, pudessem ambicionar o poder com um objetivo mais legítimo que o de sacudir o jugo dos maus, evitando que estes despedacem a República, que um dia os homens honestos poderiam desejar, mas então, inutilmente, erguer de suas ruínas.
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XXIX - Quase sempre o pior governo resulta de uma confusão da aristocracia, da tirania facciosa do poder real e do popular, que às vezes faz sair desses elementos um Estado de espécie nova; é assim que os Estados realizam, no meio de reiteradas vicissitudes, suas maravilhosas transformações. O sábio tem a obrigação de estudar essas revoluções periódicas e de moderar com previsão e destreza o curso dos acontecimentos; é essa a missão de um grande cidadão inspirado pelos deuses. Por minha parte, creio que a melhor forma política é uma quarta constituição formada da mescla e reunião das três primeiras.
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XXXII - Quando, numa cidade, dizem filósofos, um ou muitos ambiciosos podem elevar-se, mediante a riqueza ou o poderio, nascem os privilégios de seu orgulho despótico, e seu jugo arrogante se impõe à multidão covarde e débil.

Mas quando o povo sabe, ao contrário, manter suas prerrogativas, não é possível a esses encontrar mais glória, prosperidade e liberdade, porque então o povo permanece árbitro das leis, da paz, da guerra, dos tratados, da vida e da fortuna de todos e de cada um; então, e só então, é a coisa pública coisa do povo.

Dizem também, que com frequencia se viu suceder à monarquia, à aristocracia, o governo popular, ao passo que nunca uma nação livre pediu reis nem patronatos de aristocratas.

E negam verdadeiramente que convenha repudiar totalmente a liberdade do povo ante o espetáculo daqueles mesmos que levam ao excesso sua indisciplina.

Quando reina a concórdia, nada existe mais forte, nada mais duradouro do que o regime democrático, em que cada um se sacrifica pelo bem geral e pela liberdade comum.

Pois bem: a concórdia é fácil e possível quando todos os cidadãos colimam um fim único; as dissensões nascem da diferença e da rivalidade de interesses; assim, o governo aristocrático nunca terá nada estável, e menos ainda a monarquia, que fez Ênio dizer:"Não há sociedade e nem fé para o reinado".

Sendo a lei o laço de toda sociedade civil, e proclamando seu princípio a comum igualdade, sobre que base assenta uma associação de cidadãos cujos direitos não são os mesmos para todos ? Se não se admite a igualdade da fortuna, se a igualdade de inteligência é um mito, a igualdade dos direitos parece ao menos obrigatória entre os membros de uma mesma república. Que é, pois, o Estado, senão uma sociedade para o direito ?

Windows 7
Passei a noite fazendo download e instalação do windows 7. E, por fim, conclui o procedimento. Instalei esse sistema no notebook (dual boot). Inegavelmente, é um sistema versátil, bonito e fácil de manejar...

Até agora estou gostando mais desse modelo do que dos seus antecessores, incluindo o XP. Tecnologia tem que ser solução e não um problema...

Infrator contumaz
Aplicando, o que eu disse abaixo, no caso do delegado de Ibaiti-PR concluo que o mesmo é um infrator contumaz das prerrogativas dos advogados e do direito do preso. Logo, é necessário que providência legais sejam tomadas contra ele.

Vejam o caso... No dia 18/05/2009, às 20:00, fui impedido de ter acesso a um preso (pensão alimentícia) que se encontrava recolhido na cadeia do município. O indivíduo foi preso a tarde e somente a noite fui informado do fato.

Cheguei na cadeia e fui barrado pelo carcereiro por ordem do delegado. Argumentaram que havia 65 presos lá e somente dois carcereiros, logo, não podia ter acesso ao preso. Inclusive, já relatei isso em um post deste blog.

No dia seguinte, voltei à cadeia, no horário estipulado pelo delegado (outra aberração, pois sou advogado) e tive acesso ao preso.

No dia 20, após negociações para pagamento da pensão, voltei à cadeia para repassar as informações ao preso e pegar as assinaturas necessárias para os recursos cabíveis. Eram três horas da tarde e o sol estava a pino. Pasmem... o delegado, usando a mesma argumentação do dia 18/05/2009, tentou impedir o meu acesso ao preso.

Imediatamente, tomei as providências cabíveis do dia 18/05/2009. Com a diferença que, dessa vez, o sol ainda não tinha se recolhido. O setor de prerrogativas da OAB ainda estava funcionando em Curitiba-PR, o Ministério Público ainda estava no gabinete. Logo, telefonemas para a OAB, conversa com a Promotora de Justiça e, 30 minutos depois, estava falando com o preso na cadeia.

Com isso, ficou evidente, que a autoridade policial de Ibaiti-PR é um violador contumaz da Constituição Federal, das prerrogativas dos advogados e do direito do preso. Ele pensa que a cadeia é o seu feudo e que ele é o senhor feudal. As justificativas que ele usa para violar a Constituição e a Lei, falta de funcionários, não são aceitáveis, principalmente, porque essa justificativa é uma cobertura para as violações.

No dia 18/05/2009 era noite. 65 presos e dois carcereiros. Aqui a justificativa do violador contumaz parece razoável. Porém, no dia 20/05/2009 era três horas da tarde. Sol a pino. 65 presos. Havia carcereiros, policiais, escrivão e ele, delegado, na cadeia. Logo, a justificativa não se aplica e, além de não ser aplicada, derroga a aplicação da mesma em outros dias e horários.

Mas o que é mais interessante. Como deixei passar duas violações, o delegado pensou que eu estava com medo dele e de suas ações, logo, sempre iria me dobrar às suas violações e ilegalidade. Pensou errado e caiu do cavalo.

Como disse abaixo: "deixo passar batido duas vezes. Na terceira eu vou pra cima. A razão disso é muito simples. A primeira vez considero que o elemento não sabia. A segunda penso que ele errou. Na terceira, considerando o histórico anterior, concluo que é ação contumaz, ação dolosa, premeditada. Nesse último caso, a resposta tem que ser dura porque se não for vira costume. "

A inveja não tem limites
Algumas pessoas tem me procurado para advogar para elas. Pessoas devidamente instruídas por advogados antigos da cidade onde estou. Não só instruídas como munidas com documentos falsos e uma longa história mentirosa... Certamente, mando o mal de volta para quem o produziu.

Contudo, uma hora dessa vou gravar essas histórias, juntar a papelada mentirosa, fazer o indivíduo entregar quem o instruíu e mandou, e encaminhar tudo para o Conselho de Ética da OAB. Certamente, em Curitiba, não para a OAB daqui do município.

Não me interessa se esses elementos possuem trinta anos de advocacia. Se acham que vão me prejudicar e as coisas vão ficar por isso mesmo, estão muitímo enganados.

Eu deixo passar batido duas vezes. Na terceira eu vou pra cima. A razão disso é muito simples. A primeira vez considero que o elemento não sabia. A segunda penso que ele errou. Na terceira, considerando o histórico anterior, concluo que é ação contumaz, ação dolosa, premeditada. Nesse último caso, a resposta tem que ser dura porque se não for vira costume..

25/05/2009

É surpreendente...
Na Arábia Saudita criam gado e cultivam trigo em pleno deserto... Bem, se até no deserto é possível produzir grandes quantidades de alimentos, por que a fome persiste no mundo ??? Por que a fome persiste principalmente em locais onde há terras boas para produzir e água em abundância ???
Entre a água e a comida
Criar gado e cultivar trigo em pleno deserto. Na Arábia Saudita, essa é a realidade há mais de uma década. Porém, a alta produtividade nesses dois setores, resultante de investimentos pesados em tecnologia, pode ter um preço alto demais: o esgotamento das fontes aquíferas do país.


Ao longo da estrada desértica que vai de Riyad a Kharj se alinham, uma ao lado da outra, fábricas de tâmaras que não nos deixam esquecer que a Arábia Saudita é o maior produtor mundial do fruto.

Na entrada da cidade, um grande cartaz anuncia a base aérea Príncipe Sultão, famosa por ter abrigado, até 2003, tropas americanas. Alguns quilômetros à frente, uma bifurcação conduz a uma porta bem protegida, sobre a qual uma inscrição proclama: “Al Safi, a maior fazenda integrada de criação de gado leiteiro do mundo”. O carro é desinfetado antes de ser autorizado a prosseguir. No hall de recepção está exposta uma cópia da página do Livro Guinness dos Recordes de 1998 dedicada à empresa por seus 3.500 hectares e 24 mil vacas – hoje contam-se 37 mil cabeças. Importado originalmente do Canadá, o gado malhado Holstein foi inseminado artificialmente. Os vitelos machos são abatidos para o mercado de carne e as fêmeas se tornam leiteiras.

A adaptação ao clima não foi simples. Refrigeradores mantêm a temperatura nos estábulos a menos de 27°C e painéis móveis protegem os animais de um sol escaldante. A ordenha é automatizada e controlada por computador. Na mesma área vê-se a usina de laticínios, também automatizada e dirigida pela sociedade francesa Danone, sócia do projeto desde janeiro de 2001. A fazenda produz 220 milhões de litros de leite por ano e supre cerca de um terço do que é consumido no país.

A companhia Al Safi nasceu do cérebro de um visionário, morto há dois anos, o príncipe Abdallah Al Fayçal, irmão mais velho do atual ministro das Relações Exteriores. Ele, que antes tinha pensado em rebocar ice- bergs do polo Norte para garantir o consumo de água no país, ofereceu ao reinado autos-suficiência em leite. “Nós atingimos altos desempenhos em produtividade: 33 litros por cabeça e por dia, acima das médias internacionais”, explica Karim Manssour, o jovem diretor geral de al Safi-Danone. “Contamos com 30 mil pontos de venda, 25 depósitos na Arábia, cinco no Golfo, um braço na Jordânia, outro no Iêmen e temos projetos para o Líbano e a Síria. São 2.500 pessoas trabalhando [fora as outras mil que trabalham na fazenda da qual a Danone não é parceira]. Um quarto delas é indiana. Ter apenas empregados sauditas é um desafio: é difícil encontrar trabalhadores locais para fazer serviços manuais, mas fazemos um esforço de buscá-los nas regiões pobres, no sul e no leste principalmente.”

De uma cabana de madeira surge um penacho de fumaça. É a água bombeada do solo, que sai a 70°C. Originalmente, bastava descer a 200 metros de profundidade para encontrá-la. Agora é preciso buscá-la a 2 mil metros. Mas isso não tem relação com o gado, diz Manssour: “Antes, o capim era cultivado aqui, mas nós deslocamos as plantações a 200 quilômetros para não esgotar o lençol freático. Temos também uma política de reciclagem da água”. A criação, garante ele, só consome de 3% a 4% da água do país, enquanto a agricultura absorve mais de 80%.

Poucos sabem disso, mas, nos anos 1980, a Arábia Saudita se transformou em um importante produtor de trigo. As autoridades garantiram aos agricultores um preço de compra mais alto do que o do mercado mundial, e a autossuficiência foi conquistada desde 1984. As áreas plantadas passaram de 67 mil hectares em 1980 para 907 mil em 1992, e a produtividade melhorou: 2,12 toneladas por hectare em 1980, 4,7 em 1988, depois 5,19 em 2005 – contra 6,98 na França, 4,22 na China ou 5,03 na Áustria. Foram criadas companhias privadas que geram lucros substanciais. Em 1993, a produção atingiu seu pico, com 5,3 milhões de toneladas, e as exportações ultrapassaram 2 milhões de toneladas. Na época, a organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO) louvou esse desempenho.

Trigo em pleno deserto? Mesmo que a Arábia Saudita esteja longe de se limitar a terras áridas e tenha, ao norte e principalmente ao sul, regiões verdejantes, dezenas de milhares de hectares dedicados ao trigo se impuseram sobre a areia. Para compreender como isso foi possível, é preciso remontar aos anos 1970, particularmente ao boom do petróleo do pós-1973.

O terceiro mundo sonhava então com uma “nova ordem internacional” e o Ocidente ameaçava utilizar sua “arma alimentar”, ou seja, cortar as exportações de trigo e leite para alguns Estados “hostis”. Ao mesmo tempo, vários governos afirmavam a vontade de garantir sua autonomia, entre eles, a Arábia Saudita. O dinheiro do petróleo parecia abrir todas as portas...

“Nós nos tornamos o principal exportador de água da região”, explica, irônico, um engenheiro agrícola que não deseja revelar seu nome. “Produzimos trigo ou outras variedades precoces que vendemos aos vizinhos, esgotando nossas fontes de água.” Há anos, ele tenta atrair a atenção das autoridades.

Um debate quente opôs os defensores da segurança alimentar aos que querem preservar as fontes aquíferas do país. Finalmente, no caso do trigo, foi o segundo grupo que ganhou. Riyad decidiu diminuir progressivamente as subvenções à produção local, para suprimi-las totalmente até 2016. Este ano, pela primeira vez em 25 anos, o rei- nado comprará 300 mil toneladas de trigo no mercado mundial.
Investimentos no exterior

Vice-ministro da agricultura, Abdoullah Al-Obeid não é dado a conversa fiada. Esse antigo membro da delegação encarregada de negociar a adesão, efetiva desde 2005, de seu país à Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece de bom grado:“No Ministério, pensamos que era preciso manter a produção de trigo. atingimos altos níveis de produtividade, principalmente no norte, e nessa região existe menos problemas de água. Gostaríamos de manter ali a produção”.

Turki Fayçal Al-Rasheed dirige uma importante sociedade agrícola, a Golden Grass Inc. Ele assistiu como observador às eleições legislativas no Kuwait e trabalha pela instauração de um sistema parlamentar na Arábia Saudita. Mas, nesse caso, compartilha as reservas de Al-Obeid: “Todos os países têm problemas de água, até os Estados Unidos. Entretanto, devemos continuar a cultivar. Isso permite dar assistência às zonas rurais pobres e nos ajuda também a dominar as tecnologias agrícolas de ponta para economia de água. Teria sido melhor associar as subvenções à utilização de mão-de-obra saudita”.

A autossuficiência continua a preocupar os responsáveis sauditas. “A crise alimentar de 2008”, explica Al-Obeid, “foi um sinal de alarme. A Arábia Saudita é um importador regular de produtos agrícolas, principalmente de arroz, milho e soja. Isso leva o reinado a investir no exterior. Tanto que enviamos delegações oficiais, compostas também de responsáveis do setor privado, para Turquia, Ucrânia, Egito, Sudão, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Etiópia e Uzbequistão.” Ele se defende de qualquer viés colonialista e lamenta as fantasias da imprensa internacional: “Queremos investir na agricultura no exterior, mas não desejamos que toda a produção seja monopolizada pelo reinado, pelo contrário. Temos a intenção de aumentar as áreas cultivadas e vamos garantir que uma parte da produção permaneça no país que vai nos acolher”.

O medo de investimentos intensivos dos países do Golfo na agricultura do sul rendeu assunto de capa em muitos jornais. “Corrida às terras aráveis”, dizia o título do Le Monde de 13 de dezembro de 2008. O periódico publicou um mapa da organização não governamental Grain, afirmando, por exemplo, que a Arábia Saudita teria comprado 1.610.117 hectares pelo mundo. “Os Estados que monopolizam as terras agrícolas na África”, denunciava, por seu lado, o site Afrik.com em 12 de dezembro. “Passaram a mão nas terras agrícolas do sul”, explicava um professor de história do ensino médio num blog destinado a seus alunos [1].

Geralmente, quando uma ideia se torna lugar-comum na mídia, pode-se estar certo de que ela é, no mínimo, exagerada. Para medi-la, basta perguntar aos empresários sauditas envolvidos com a agricultura.

“Evoca-se muito os investimentos no Sudão”, reconhece Al-Rasheed, que dedicou vários artigos na imprensa local ao assunto. “Esse país dispõe de vários atributos: uma enorme área cultivável da qual somente 20% é utilizada; água em abundância, chuva e o rio Nilo. De fato, um clima favorável.” Já nos anos 1970, o Sudão era apresentado como “o celeiro do mundo árabe”. E, no entanto, segue Al-Rasheed, “os obstáculos são inúmeros: além da pobreza da agricultura sudanesa, com seu caráter artesanal e atraso técnico, não existe um regime claro de propriedade. Além disso, as terras visadas se situam em regiões petrolíferas – e, portanto, correm o risco de ser expropriadas de uma hora para outra. Quando tudo for acertado, e isso é antes de tudo responsabilidade das autoridades de Kartum, poderemos investir. Não é nada imediato.” O outro eldorado frequentemente evocado, o Egito, suscita as mesmas reservas. Quanto à Ásia, ela parece bem longe...
Os investimentos privados estrangeiros

No setor da agricultura têm uma história longa. Há vários séculos os países ocidentais estão presentes em suas antigas colônias, e as independências não alteraram essa situação.

O aumento do preço dos produtos agrícolas em 2008, apesar de breve, sem dúvida atiçou a cobiça. Mas a ideia está longe de ser realizada, e é um pouco abusivo denunciar a dominação colonial dos países do Golfo sobre as terras agrícolas do mundo. Ainda mais por se tratar de investidores privados que, se cultivam arroz ou trigo, é para vender no mercado mundial com o maior lucro possível. Pode-se duvidar de que eles reservarão a produção a seu país de origem.

A ONG Grain listou os projetos de investimentos agrícolas de diferentes países em 2008. Para a Arábia Saudita e os países do Golfo, trata-se quase sempre de intenções, visitas, declarações, mais que de contratos assinados. até o acordo dado como certo entre o grupo saudita Bin Laden e a Indonésia (US$ 4,3 bilhões para desenvolver 500 mil hectares de arroz basmati, particularmente apreciado pelos consumidores sauditas) não parece ser nada mais que um projeto. E a crise financeira, somada ao recuo – mesmo que provisório – dos preços dos insumos agrícolas, também vai limitar muitos apetites.

Com uma população que cresce rapidamente, lençóis freáticos poluídos ou esgotados, os projetos para racionalizar o consumo e a construção de novas usinas de dessalinização não são suficientes para garantir o abastecimento de água do país [2]. Como ninguém mais evoca o projeto de trazer icebergs do polo Norte, a Arábia Saudita deverá encontrar meios inéditos de garantir sua segurança alimentar.

*Alain Gresh é jornalista e integra a redação de Le Monde Diplomatique (França).


[1] http://tribouilloterminales.over-blog.com

[2] “Le secteur de l’eau en Arabie Aoudite” [O setor da água na Arábia Saudita], embaixada da França na Arábia Saudita, missão econômica, 22 de novembro de 2008. os dados datam de 2006.

Doutorado
Eu quero fazer doutorado, mas a estrutura desse sistema acadêmico não me agrada e nem me motiva. Ao contrário, desestimula-me a voltar a estudar... Levo um ano, no máximo, para escrever uma tese de doutorado e defendê-la....

E o sistema, estúpido como é, me obriga a fazer isso em quatro ou cinco anos... Quatro ou cinco anos é o tempo que levo para escrever quatro ou cinco teses, ou mais...

Não sou melhor do que ninguém, apenas vejo o mundo de uma perspectiva diferente e sei de coisas que ninguém sabe. Só isso !!!

Jeremias 9
"23- Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas,
24 - Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR."

Especialistas avaliam segurança do voto eletrônico
Professor Mamede Marques integra comissão indicada pelo Tribunal Superior Eleitoral para fazer diagnóstico do sistema brasileiro


O sistema brasileiro de voto eletrônico é analisado por quatro renomados especialistas em tecnologia e segurança da informação. Eles foram indicados pelo Tribunal Superior Eleitoral e apresentarão um diagnóstico aprofundado do modelo adotado no país. O professor da Universidade de Brasília Mamede Lima Marques, PhD em Lógica Aplicada à Computação, integra a comissão que estuda a vulnerabilidade do sistema.

O resultado do estudo será apresentado em reunião fechada nesta terça-feira, 26 de maio, às 11h, no TSE, em Brasília. Marques é diretor do Centro de Pesquisa em Arquitetura da Informação da UnB, o primeiro criado no Brasil. Ele acredita que sua indicação se deve à repercussão do trabalho desenvolvido no centro, dedicado a pesquisas sobre arquitetura da informação. “Trabalhamos a partir de uma visão humanística e menos tecnicista, e isso tem nos dado um grande diferencial”, disse.

Essa área científica, emergente no novo milênio, estuda a estruturação e a organização das informações de sistemas computacionais. De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, foi levado em conta o currículo e a atuação dos profissionais para garantir análise científica e imparcial. “Eles estão fazendo estudo aprofundado no processo eleitoral brasileiro, tomando conhecimento da sistemática, metodologia e procedimentos adotados nesse processo."

REIVINDICAÇÃO - A análise é uma resposta às sugestões feitas por deputados da Subcomissão Especial do Voto Eletrônico, ligada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Em relatório com 46 assinaturas, os parlamentares fazem uma série de propostas. A principal delas é o que se chama de materialização do voto, isto é, a impressão de um certificado de votação para recontagem, como prova material para evitar fraudes.

Um dos principais argumentos dos parlamentares é o fato de o eleitor não ter certeza da computação de seu voto. “A pessoa vota, mas não sabe se o seu voto está dentro da urna. Ela não viu”, afirma o relator da Subcomissão do Voto Eletrônico, deputado Gerson Peres (PP/PA). "O dispositivo eletrônico não serve para recontagem. O número cai ali e acabou, é aquele mesmo número da votação", diz.

O voto com certificado foi adotado no Brasil em 1996, na primeira eleição com urna eletrônica. Mas foi abolido por uma série de problemas, como defeitos na máquina impressora. A experiência voltou nas eleições de 2002, por imposição de lei complementar. Mas novamente foi abandonada e substituída pela certificação eletrônica. O registro digital fica guardado em um dispositivo. Isso significa que a recontagem é automatizada, sem intervenção humana.

ANÁLISE – A comissão foi formada no dia 20 de março, e desde então os especialistas analisam todo o processo eleitoral brasileiro, da fase de cadastramento até a totalização dos votos, passando pelas etapas de votação e apuração.

De acordo com Marques, o trabalho de análise está na fase final e só será divulgado depois de apresentado ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, e debatido com os deputados da subcomissão. O professor não quis emitir opinião sobre a segurança da atual forma de certificação, para demonstrar isenção em sua participação nos estudos.

Como a polêmica é antiga, o TSE já se manifestou sobre o assunto. Para o secretario do TSE, Janino, o sistema não é confiável porque o certificado não garante que sistema eletrônico computou a mesma informação que está no papel. Além disso, a recontagem de papéis traz à tona a necessidade de intervenção humana no processo eleitoral. “As impressoras falharam, duplicavam certificados. Houve um tumulto muito grande, as filas ficaram imensas”, disse. “Não podemos admitir que a auditoria de um processo hoje de excelência seja feito por um processo fracassado, o qual já abandonamos”, diz Janino.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

História que o Povo conta
Contam por aí que, antigamente, o Quércia não gostava do Lula sindicalista. E em um dos seus comícios disse para a multidão: "O Lula não tem competência nem para dirigir um carrinho de pipoca." Então, assim que soube da frase, Lula retrucou: "Pelo menos o carrinho de pipoca não é roubado".

O jogo da imagem
No site da revista Época (http://revistaepoca.globo.com/) tem uma imagem que ilustra um texto sobre a famigerada gripe suína. A imagem mostra três jovens usando máscara azul. Três jovens com a mesma camisa. E, o mais interessante, só eles usam máscara. As outras pessoas que aparecem ao fundo não usam nada...


Resumindo, armação... Possivelmente pagaram para os bobões colocarem as máscaras e vendem a imagem como se estivesse relacionada com a tal gripe... Cada vez fica mais evidente que essa história toda de gripe suína foi armação, simulação...

Força Militar
Força militar não resolve problema social, assim como não salva o país/nação/império das consequências desse mal. Dois exemplos emblemáticos: o Império Romano e Esparta. Nesses casos a questão social assumiu valores exponenciais por causa da escravidão.

De uma forma ou de outra, a questão social afundou tanto o império romano, quanto a sociedade militar de Esparta e a democracia iluminada dos atenienses...

O Problema Social
Muitos governantes tratam os problemas sociais com desleixo e desdém. Atribuem pouca importância, usam apenas paliativo ao invés de resolvê-los definitivamente, etc... Inegavelmente, governantes que agem dessa forma possuem pouca sabedoria e entendimento. Dirigem os governados e as respectivas nações para o abismo.

Observem que grandes impérios e civilizações, ao longo da história da humanidade, sucumbiram por causa de problemas sociais. É só fazer uma pesquisa um pouco aprofundada para se encontrar questões sociais enfraquecendo, dividindo, afundando impérios e civilizações. Inclusive, atualmente, muitas nações poderosas correm o risco de desaparecer, caso não resolvem os graves problemas sociais que enfrentam.

Inclusive, a mensagem dos Profetas Bíblicos batem forte contra a indiferença dos governantes diante dos problemas sociais.

Nesse sentido, Hans Borger, autor da Obra "Uma história do Povo Judeu" (Editora: Sêfer Ltda - 1999) diz:

"Na base da mensagem do profeta de Israel está o domínio universal da justiça, da justiça social entre os homens e da justiça pública no convívio entre as nações. Todos, indivíduos ou povos, estão sempre submetidos ao juízo do eternamente Justo, Javé, o Protetor dos pobres, dos órfãos e das viúvas, nunca dos ricos e famosos. Por acostumar-se a ver nos males econômicos a raiz da decadência das nações, sucumbe-se facilmente à tentação de perceber os profetas vestidos de visionários da redenção da humanidade por intermédio de plataformas sociais. É uma linguagem sem dúvida sedutora, mas não se pode transformar Amós em precursor de Marx sem privar a mensagem profética de sua inalienável dimensão religiosa."

Sobre Amós
Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 99-101

Durante o reinado de Uzias, em Judá, e o de Jeroboam II na Samária, isto é, por volta do ano 740, surge o primeiro dos grandes profetas literários de Israel. Amós é um simples pastor do vilarejo de Tekoa, a meio caminho entre Jerusalém e Hebron. Impulsionado por uma força que ele mesmo não sabe exatamente como definir, larga um dia o seu rebanho e põe-se a caminhar até chegar a Bet-El, o principal centro religioso da Samária.

O ambiente festivo com que se depara no pátio do santuário, os sacerdotes ricamente vestidos aguardando para dar início à oferenda dos sacrifícios, a música solene, os cânticos piedosos, a pompa, as pessoas aparentando despreocupação, satisfeitos consigo mesmos - tudo isso, no ver de Amós, está profundamente errado. A religião institucionalizada causa-lhe repúdio, cultos sem conteúdo são um insulto a Deus, sacrifícios, enquanto pobres passam fome, são uma indignidade.

Lentamente Amós abre caminho por entre a multidão, sobe as escadarias até um lugar onde todos o podem ver, levanta os braços e sua voz rompe o ar com uma eloqüência que abre um capítulo novo na história dos homens.

"Ouví, eis assim que diz o Senhor à casa de Israel:
Porque oprimis o pobre e lhe extorquis tributos,
não habitareis estes palácios de pedra
e não bebereis o vinho das vinhas que plantastes.
Sois opressores do justo,
e violadores do direito dos pobres em juízo.
Eu odeio, desprezo vossas festas,
não quero sacrifícios nem holocaustos,
mas quero que jorre o direito como uma fonte
e a justiça como um rio poderoso." (Am. 5)


Não é só contra os profissionais do culto que Amós levanta sua crítica; ele exige uma expressão religiosa acima do ritual e do cerimonial, exige que todos participem igualmente de responsabilidades e conseqüências, pois todos foram libertados do Egito e todos conhecem a Lei:

"Porque vendeis o justo por dinheiro
e o pobre por um par de sandálias,
porque o filho e o pai tomam a mesma moça
para dormir com ela,
porque deitam ao pé do altar sobre roupas empenhadas
e bebem no Templo o vinho feito por condenados:
Mas EU, Eu tirei-vos do Egito,
Eu conduzi-vos pelo deserto,
Eu vos dei a posse da terra dos amorreus,
Eu suscitei profetas entre vós,
pois bem, eis o que Eu vou fazer:
Vou fazer-vos ranger como um carro de feno carregado,
não haverá fuga para o ágil, o forte não terá força,
nem o de pés ligeiros escapará, nu fugireis naquele dia." (Am.2)


Amós ignora quase totalmente a idolatria como problema nacional. É a injustiça que domina seu discurso, o abismo entre pobres e ricos. Ele teme pelo destino coletivo, "porque entre todos os povos da terra, só a vós conheci" (3:2) Teme pelo destino nacional porque "desprezaram a Lei do Senhor e não observaram seus mandamentos."(2:4) os líderes de Israel, tanto da Samária como de Judá, todos os que exercem o poder, devem juntar-se ao povo e arrepender-se, "buscar o bem e não o mal, fazer reinar a justiça e talvez o Senhor Deus terá piedade." (5:15) A insensibilidade dos que têm mando sobre o problema social urbano é castigada com palavras que nada perderam de sua atualidade:

"Vides quanta desordem há nesta cidade ?
Quanta violência ?
Não sabem fazer o que é honesto
e amontoam o roubo em seus palácios.
Ai dos que vivem comodamente em Sion
e tranquilamente na Samária,
os nobres, os líderes do povo,
deitados em camas de marfim,
comem cordeiros e novilhos e bebem vinho de
grandes taças: Pois, serão os primeiros a serem deportados !" (Am. 3:6)


A ruptura com os ricos e poderosos, os que estão no comando da sociedade ("eu desprezo vossas festas") leva o sacerdote Amazias a ir finalmente ao rei para dar queixa do subversivo: "Amós conspira contra ti no meio do povo - o país não pode mais suportar estes discursos." (Am. 7:10) Estranhamente, não ficou registrado o que Jeroboam teria respondido. Já que o sacerdote não ousa agir fisicamente contra o profeta, decide expulsá-lo: "Vai-te daqui, vidente, volta para a tua terra e não profetizes mais em Bet-El." (Am. 8:12) Amós responde-lhe: "Eu não sou profeta nem filho de profetas, sou um pastor. Mas, Ele me tirou de trás do meu rebanho:

Quando o Leão ruge - quem não teme?
E falando Ele, o Eterno, quem não se inspira ?" (Am.3:8)

Direitos Sociais são Direitos Humanos
Na época em que era aluno da Faculdade de Direito da USP fiz um trabalho, na disciplina Direito da Seguridade Social, sobre a interpretação pós-positivista dos benefícios previdenciários. Contudo, dentro deste trabalho, o ponto mais importante, mais essencial, é a interpretação que considera os Direitos Sociais como Direitos Humanos.

Esse tema "Direitos Sociais são Direitos Humanos" tem que ser trabalhado e disseminado nas Repúblicas Democráticas, pois é uma condição necessária para o futuro de paz, justiça e prosperidade que trabalhamos para construir...

O ponto abaixo, retirado do trabalho que fiz, trata mais dos beneficiários previdenciários, contudo, a idéia central é derivar essas idéias para todos os Direitos Sociais... Além disso, deve-se subir um degrau, ou seja, não podemos nos ater apenas à filtragem constitucional, precisamos estabelecer um fundamento nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos.

Outro tema excelente para uma tese de doutorado...

3. a interpretação pós-positivista dos benefícios

De acordo com a Juíza Federal Leiria (2002, p.53), a jurisdição previdenciária está ligada diretamente ao fim social; seu objetivo tem nítido caráter alimentar e, tanto na interpretação dos textos que regulam a matéria, quanto no exame do pedido, necessária a utilização de uma interpretação com temperamentos, com filtragem constitucional e assentada nos princípios norteadores de proteção e garantia aos direitos fundamentais, uma vez que tais benefícios se constituem em direitos sociais protegidos pela Constituição Federal. Estão consagrados na Constituição, como fundamentos, entre outros, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. A combinação desses dois amplos princípios é, sem sombra de dúvida, o que motiva a existência da seguridade social, fomentada pelo Estado, e, mais especificamente, da previdência social.

Já o Professor Orione (2006, p.120) assinala que a leitura do sistema da seguridade social deve ser feita a partir da Constituição e não a partir dos atos normativos infraconstitucionais ou mesmo dos atos administrativos que, aparentemente, possuem efeito normativo. Em especial em matéria previdenciária, não é possível ceder à primeira tentação de dizer o direito apenas a partir daquilo que dizem as instruções normativas, as portarias e os demais atos administrativos.

Contudo, ressalta Marcus Orione (2006, p.121), há uma grande dificuldade dos operadores do direito na utilização do sistema constitucional. Por isso, muitas vezes, esses profissionais do direito embasam suas interpretações nos atos administrativos e, quando muito, chegam às leis ordinárias e, se restar fôlego, alguns ainda conseguem visitar o texto constitucional. Portanto, a essência está no estudo da interpretação constitucional da seguridade social.

Além disso, o Professor Orione (2006, p.127), considera que as decisões devem ter como patamar a preservação do princípio da dignidade humana/democracia. Estes postulados são fundamentais para a compreensão de um sistema de segurança social. Assim, os princípios fazem revelar os conceitos constitucionais ou os conceitos constitucionais são subtraídos ou extraídos dos princípios informadores daquele conceito. Logo, havendo um conceito de previdência social, este deve ser extraído do texto constitucional, o mesmo ocorrendo com a saúde e a assistência social. Portanto, esta tríade que forma o direito da segurança social é revelada pela própria Constituição por meio dos princípios, ou seja, estes conceitos somente são formados a partir daquilo que o legislador constituinte deseja que eles sejam.

Em outro ponto do artigo, o Professor Orione (2006, p.128) defende a idéia de que os direitos sociais são direitos fundamentais. E explica que o posicionamento como direitos fundamentais dos direitos sociais significa que toda metodologia de interpretação aplicável aos direitos fundamentais deve ser colocada à disposição do sistema de segurança social, inclusive deve-se utilizar, para ambos, a mesma metodologia de interpretação. Portanto, hoje em dia os direitos sociais, assim como os direitos individuais, também devem ser tratados como cláusulas pétreas.

O Professor Orione (2006, p.132) afirma ainda que a idéia do pós-positivismo consiste na busca dos princípios constitucionais para se alcançar o justo a partir da possibilidade de justiça constitucional de uma determinada unidade política. Então, o que se busca é o justo possível dentro de um sistema capitalista. Porque esse foi o sistema amparado pelo modelo constitucional brasileiro.

Nesse sentido, reforça o Professor Orione (2006, p.134), a patrimonialização de tudo aquilo que é direito fundamental social, se for admitida, deve ser feita de forma a dignificar o homem. Portanto, até um certo patamar, onde eles estão ligados à própria pessoa, estes direitos são de personalidade, eles não são patrimoniais. Assim, enquanto o salário é indispensável à própria sobrevivência, ele é direito de personalidade e não direito patrimonial – o mesmo se dando com o benefício previdenciário ou o direito à saúde.

Enfim, resumindo as idéias do Professor Orione (2006), pode-se dizer que a interpretação no sistema de segurança social é uma interpretação essencialmente de princípios e que os princípios revelam os conceitos constitucionais dentro de um patamar de unidade político-constitucional. Obtido o conceito, a partir dos princípios, tem-se que todo sistema infraconstitucional, e também a atuação da administração pública, deve-se submeter a esse conceito constitucional. Assim, a interpretação deve-se fazer à luz desta perspectiva e daquela segundo a qual os direitos sociais são direitos fundamentais: portanto, ao lado dos direitos fundamentais individuais, existem os direitos fundamentais sociais, e a estes deve ser aplicada toda a metodologia de interpretação e de dicção do direito que é aplicável aos direitos individuais, no sentido da maximização de resultados.

Referências Bibliográficas

CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. Direitos Humanos e Direitos Sociais: interpretação evolutiva e segurança social. Revista do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social. São Paulo. V.1, n.1, Jan/Jun 2006.

LEIRIA, Maria Lúcia Luz. A interpretação no direito previdenciário. In Revista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, n. 43, 2002.

24/05/2009

Democracia
Se vivemos em uma Democracia, por que temem as decisões oriundas da vontade popular (plebiscito e refendo) ??? Por que querem decidir pelo Povo ??? Por que partem e usam a idéia de que o Povo é incapaz de decidir, logo, sempre necessita que o tutor (grupos dominantes) decidam por ele ???

Quatro anos de governo para um bom presidente é muito pouco. Quatro anos de governo para um Presidente ruim é muito tempo. Logo, precisamos de um mecanismo que dê mais mandatos e tempo de governo para bons Presidentes e, ao mesmo tempo, tire do governo, antes de concluir o mandato, os Presidentes ruins... Esse é o formato ideal para uma República Democrática...

Certamente, a decisão final cabe ao Povo, porém, a decisão do Povo contraria os grupos dominantes que querem manter o país na corda bamba, vivendo na instabilidade oriunda de mandatos curtos e governos passageiros....

O ataque à Petrobras
Primeiro eles atacam... Inventam, denigrem, corroem as bases, trabalham para sucatear e fazer a empresa dar prejuízo... Depois virão com a conversa de que a única saída possível, o melhor caminho, é a privatização... Já conhecemos essa história, não é mesmo ??? Quem ataca não são as mesmas pessoas que venderam a Vale do Rio Doce e muitas outras empresas estatais ???

Eles queriam vender a Petrobras, reparti-la entre seus amigos, mas não deu tempo... Agora estão voltando com a conversinha miúda...

O que falta ???
Se essa gente ora/reza tanto por que não são iluminadas, por que a mão de Deus não os direciona ??? O que falta ???

Sobram palavras, mas falta fé. Repetem coisas decoradas sem compreender o significado.

E os pregadores ??? Pregam coisas nas quais não acreditam. São lobos vestidos de cordeiros para andar no meio das ovelhas e atacá-las sem serem percebidos. Lobos vestidos de cordeiros no meio das ovelhas, trabalhando para enganá-las, desencaminhá-las, derrubá-las, destruí-las... E toda a destruição é feita com doçura, pacificamente, sem resistências as ovelhas seguem para o matadouro...

Sermão da Sexagésima
Padre Antonio Vieira
No pregador deve-se considerar a pessoa, a ciência, a matéria, o estilo, a voz.

A pessoa: uma coisa é o semeador, outra o que semeia; uma coisa é o pregador outra o que prega. As ações é que dão ser ao pregador: Hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. De nada vale a funda de Davi sem as pedras.

Até o Filho de Deus, enquanto Deus, não é obra de Deus, é palavra de Deus. No céu Deus é necessariamente amado porque é Deus visto, o que não acontece na terra onde é apenas Deus ouvido. Os sermões fazem pouco efeito porque não são pregados aos olhos mas aos ouvidos. Seguir o exemplo do Batista. Os ouvintes e as ovelhas de Jacó. Contra esse argumento lá o exemplo do profeta Jonas.

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Mas como em um pregador há tantas qualidades e em uma pregação há tantas leis, e os pregadores podem ser culpados em todas, em qual consistirá esta culpa? No pregador pode-se considerar cinco circunstâncias: a pessoa, a ciência, a matéria, o estilo, a voz. A pessoa que é, a ciência que tem, a matéria que trata, o estilo que segue, a voz com que fala. Todas estas circunstâncias temos no Evangelho. Vamos examinando uma por uma, e buscando estas cousas.

Será porventura o não fazer fruto hoje a palavra de Deus, pela circunstância da pessoa? Será porque antigamente os pregadores eram santos, eram varões apostólicos e exemplares, e hoje os pregadores são eu e outros como eu? Boa razão é esta.

A definição do pregador é a vida e o exemplo. Por isso Cristo no Evangelho não o comparou ao semeador, senão ao que semeia. Reparai. Não diz Cristo: saiu a semear o semeador, senão, saiu a semear o que semeia: Ecce exiit qai seminat semiitare. Entre o semeador e o que semeia há muita diferença: uma coisa é o soldado, e outra coisa o que peleja; uma coisa é o governador, e outra o que governa. Da mesma maneira, uma coisa é o semeador, e outra o que semeia: uma coisa é o pregador, e outra o que prega. O semeador e o pregador é nome, o que semeia e o que prega é ação, e as ações são as que dão o ser ao pregador.

Ter nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo. O melhor conceito que o pregador leva ao púlpito, qual cuidais que é? E o conceito que de sua vida têm os ouvintes. Antigamente convertia-se o mundo; hoje por que se não converte ninguém? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos; antigamente pregavam-se palavras e obras.

Palavras sem obras são tiro sem bala: atroam mas não ferem. A funda de Davi derrubou o gigante, mas não o derrubou com o estalo senão com a pedra: infixus est lapis in fronte ejus. As vozes da harpa de Davi lançavam fora os demônios do corpo de Soul, mas não eram vozes pronunciadas com a boca, eram vozes formadas com a mão: David tollebat citharam, et percutiebat manu sua. Por isso Cristo comparou o pregador ao semeador. O pregar, que é falar, faz-se com a boca: o pregar, que é semear, faz-se com a mão. Para falar ao vento, bastam palavras: para falar ao coração, são necessárias obras.

Diz o Evangelho que a palavra de Deus multiplicou cento por um. Que quer isso dizer? Quer dizer que de uma palavra nasceram cem palavras? Não. Quer dizer que de poucas palavras nasceram muitas obras. Pois palavras que frutificam obras, vede, se podem ser só palavras? Quis Deus converter o mundo, e que fez? Mandou ao mundo seu Filho feito homem. Notai. O Filho de Deus, enquanto Deus, é palavra de Deus, não é obra de Deus: Gertitum, nonfactum. O Filho de Deus enquanto Deus e Homem, é palavra de Deus e obra de Deus juntamente: Verbum caro factum est De maneira que até de sua palavra desacompanhada de obras, não fiou Deus a conversão dos homens.

Na união da palavra de Deus com a maior obra de Deus consistiu a eficácia da salvação do mundo. Verbo divino é palavra divina, mas importa pouco que as nossas palavras sejam divinas, se forem desacompanhadas de obras. A razão disto é porque as palavras ouvem-se, as obras vêem-se; as palavras entram pelos ouvidos, as obras entram pelos olhos, e a nossa alma rende-se muito mais pelos olhos que pelos ouvidos. No céu ninguém há que não ame a Deus, nem possa deixar de o amar. Na terra há tão poucos que o amem; todos o ofendem. Deus não é o mesmo, e tão digno de ser amado no céu como na terra? Pois como no céu obriga e necessita a todos ao amarem, e na terra não?

A razão é porque Deus no céu é Deus visto; Deus na terra é Deus ouvido. No céu entra o conhecimento de Deus à alma pelos olhos: Videbimus eum sicut est na terra entra-lhe o conhecimento de Deus pelos ouvidos: Fides ex ouditu. E o que entra pelos ouvidos, crê-se, o que entra pelos olhos, necessita. Viram os ouvintes em nós o que nos ouvem a nós, e o abalo e os efeitos do sermão seriam muito outros.

Vai um pregador pregando a Paixão, chega ao pretório de Pilatos, conta como a Cristo o fizeram rei de zombaria, diz que tomaram uma púrpura e lha puseram aos ombros; ouve aquilo o auditório muito atento. Diz que teceram uma coroa de espinhos, e que lha pregaram na cabeça; ouvem todos com a mesma atenção. Diz mais que lhe ataram as mãos e lhe meteram nela uma cana por cetro; continua o mesmo silêncio e a mesma suspensão nos ouvintes. Corre-se neste passo uma cortina, aparece a imagem do Ecce homo: eis todos prostrados por terra, eis todos a bater nos peitos, eis as lágrimas, eis os gritos, eis os alaridos, eis as bofetadas. Que é isto? Que apareceu de novo nesta igreja?

Tudo o que descobriu aquela cortina tinha já dito o pregador. Já tinha dito daquela púrpura, já tinha dito daquela coroa e daqueles espinhos, já tinha dito daquele cetro e daquela cana. Pois se isto então não fez abalo nenhum, como faz agora tanto? Porque então era Ecce homo ouvido, e agora é Ecce homo visto; a relação do pregador entrava pelos ouvidos, a representação daquela figura entra pelos olhos. Sabem, padres pregadores, porque fazem pouco abalo os nossos sermões? Porque não pregamos aos olhos, pregamos só aos ouvidos. Porque convertia o Batista tantos pecadores?

Porque assim como as suas palavras pregavam aos ouvidos, o seu exemplo pregava aos olhos. As palavras do Batista pregavam penitência: Agite poenitentiam: Homens fazei penitência (Mt. 3,2) e o exemplo clamava: Ecce homo: eis aqui está o homem que é o retrato da penitência e da aspereza. As palavras do Batista pregavam jejum e repreendiam os regalos e demasias da gula, e o exemplo clamava: Ecce homo: eis aqui está o homem que se sustenta de gafanhotos e mel silvestre. As palavras do Batista pregavam composição e modéstia, e condenavam a soberba e a vaidade das galas, e o exemplo clamava: Ecce homo: eis aqui está o homem vestido de peles de camelo, com as cerdas e cilicio à raiz da carne. As palavras do Batista pregavam despegos e retiros do mundo, e fugir das ocasiões e dos homens, e o exemplo clamava: Ecce homo: eis aqui o homem que deixou as cortes e as cidades, e vive num deserto e numa cova. Se os ouvintes ouvem uma coisa e vêem outra, como se hão de converter?

Jacó punha as varas manchadas diante das ovelhas quando concebiam, e daqui procedia que os cordeiros nasciam manchados. Se quando os ouvintes percebem os nossos conceitos, têm diante dos olhos as nossas manchas, como hão de conceber virtudes? Se a minha vida é apologia contra a minha doutrina, se as minhas palavras vão já refutadas nas minhas obras, se uma coisa é o semeador e outra o que semeia, como se há de fazer fruto?

Muito boa e muito forte razão era esta de não fazer fruto a palavra de Deus, mas tem contra si o exemplo e experiência de Jonas (Jon. 1,2-4). Jonas, fugitivo de Deus, desobediente, contumaz, e ainda depois de engolido e vomitado, iracundo, impaciente, pouco caritativo, pouco misericordioso, e mais zeloso e amigo da própria estimação que da honra de Deus e salvação das almas, desejoso de ver sovertida a Nínive, e de a ver soverter com seus olhos, havendo nela tantos mil inocentes. Contudo, este mesmo homem com um sermão converteu o maior rei, a maior corte e o maior, reino do mundo, e não de homens fiéis, senão de gentes idólatras. Outra é logo a cousa que buscamos. Qual será?