Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

29/10/2007

A infiltração do Hugo Chaves no Brasil, inclusive no CMI-Brasil

A infiltração do Hugo Chaves no Brasil deve ser investigada minuciosamente e todos os envolvidos, inclusive os elementos do CMI que defendem o chavismo no Brasil, devem ser identificados e punidos.

Lembro que a liberdade de imprensa ou a liberdade de expressão não acoberta ações que visam a subordinação do Brasil a um governo estrangeiro ou a infiltração de interesses estrangeiros na política e nos movimentos sociais brasileiros, visando submeter o Brasil a uma nação estrangeira.

Certamente, isso deve estar sendo investigado minuciosamente pela ABIN e pela Inteligências dos Militares e das Polícias.

A interferência de um governo estrangeiro dentro do Brasil, cooptando partidos políticos e movimentos sociais, se comprovada, certamente, levará a um incidente internacional, inclusive pode acabar em uma guerra, e os envolvidos na conspiração, principalmente os brasileiros, serão punidos nos termos da lei.

Será que neste caso cabe pena de morte ? A Constituição fala em pena de morte em tempo de guerra...

Portanto, orelhudos do CMI, assim como outros traidores do Brasil e do povo brasileiro, que estão infiltrados e trabalhando para o Chavez dentro dos Movimentos Sociais Brasileiros, podem ter certeza: vocês foram vistos e estão sendo monitorados.

Textos escondidos no CMI Brasil:

Texto 1: Infiltração do Hugo Chaves em Movimentos Sociais do Brasil http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400453.shtml

Círculos Bolivarianos no Brasil

A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.

?Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América?.

(Simon Bolívar, falecido em 17 de dezembro de 1830)

Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de diplomatas, de municiar essa organização ? Círculos Bolivarianos ? de política anti-imperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título do artigo é apropriado ao tema: Ameaça à Soberania.

Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.

O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo Chávez ( http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/). Diz a matéria que a infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz há quase um mês percorre várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Tal articulação culminará com a realização da I Assembléia Bolivariana Nacional, em dezembro, no Rio de Janeiro, quando será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano, uma frente anti-imperialista que não passa de um ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As linhas teóricas do Estatuto desse organismo ? obtido pelo autor da reportagem ? repetem, sem timidez, o ideário da reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista Latino-Americana.

O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos, sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15 diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de Inteligência. Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio presidente Luiz Inácio classifica Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo e sua base parlamentar faz esforços para a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.

Prossegue o autor da reportagem, escrevendo que o enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana à definitiva independência.

A convocatória para a realização da conferência para a criação dos Círculos Bolivarianos, dias 8 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, termina com as seguintes palavras-de-ordem em uma página ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com) mantida pelos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes, membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:

Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!

Não ao imperialismo, não ao liberalismo, não ao reformismo!

Poder Popular!

Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!

Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista e as palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.

Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários e para isso recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.

O Movimento a ser fundado em dezembro de 2007 terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas finanças geridas pela ANCA ? Associação Nacional de Cooperação Agrícola.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas.

Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com):

"É UMA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA QUE SE DEFINE COMO BOLIVARIANA, GUEVARISTA E BRIZOLISTA. FUNDAMENTA NA TEORIA MARXISTA SUA VISÃO CRÍTICA E REVOLUCIONÁRIA, CONTRA O CAPITALISMO (?) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. UTILIZAREMOS TODAS AS FORMAS de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem COMO OBJETIVO A TOMADA DO PODER.

"LUTAMOS POR UMA SOCIEDADE SOCIALISTA QUE PREPARE AS CONDIÇÕES PARA UMA SOCIEDADE SEM CLASSES E SEM ESTADO: A SOCIEDADE COMUNISTA. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina?.

"O POVO TRABALHADOR DEVE SER ORGANIZAR E LUTAR PARA CONSTRUIR O PODER POPULAR ATRAVÉS DA CONQUISTA DO ESTADO E O CONTROLE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta?.

?O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios?.

?A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado?.

?As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais?.

?O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas?.

"EM TODAS AS ATIVIDADES DO MOVIMENTO DEVEM ESTAR PRESENTES A BANDEIRA E O HINO (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação?.

Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe, como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo

A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República 25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, foram realizadas uma série de conferências sobre os temas ?Pensamento Social Latino-Americano?, ?Marxismo, Bolivarianismo e Brizolismo?, e ?Poder Popular e Movimentos Sociais?, bem como um ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.

Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas. Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.

Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o seguinte calendario de protestos com o objetivo de potencializar a boa capacidade de mobiização existente:

- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa Cruz de la Sierra;

- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a Militarização;

- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami ? Mobilização contra a ALCA;

- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos Povos;

- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana ? Campanha Continental contra a ALCA;

- 08 a 12 de março: Quito ?Foro Social Americano.

O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de 2003, e adotou as seguintes Resoluções:

- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso Bolivariano dos Povos;

- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais ampla convocatoria, sem exclusões, às forças populares de cada país;

- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais, de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos Povos em novembro de 2003;

- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;

- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre as organizações populares paricipantes desta convocatoria. A proposta é a criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as diferentes informações sobre iniciativas de cada país;

- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o Congresso Bolivariano dos Povos a través de TVs de cada país;

- Preparação e edição de material didático sobre a reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção dos militares patriotas do nosso continente;

- Avançar na idéia de establecer convênios de educação popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da existencia da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.

Para implementar as propostas acima, aprovadas por unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:

? Circulos Bolivarianos, Venezuela

? Comitês de Defesa da Revolução, Cuba

? Frente Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador

? Movimiento Al Socialismo, Bolívia

? Movimiento Piquetero Bairros de Pie, Argentina

? Movimento dos Sem-Terra, Brasil

Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos Povos (Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consigna a unidade latino-americana. Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e ?as que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do império? ( http://www.voltairenet.org/article123170.html).


PARTICIPANTES DO II CONGRESSO BOLIVARIANO DOS POVOS


ARGENTINA:

* MOVIMIENTO PIQUETERO BARRIOS DE PIE

Representante: Jorge Ceballos, Coordinador Nacional.

* PARTIDO COMUNISTA en IZQUIERDA UNIDA

Representante: Rubén Varone, Miembro de la Secretaria de Relaciones Internacionales y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

* FEDERACION DE TRABAJADORES DE LA ENERGIA DE LA REPUBLICA ARGENTINA (FeTERA)/ CENTRAL DE TRABAJADORES ARGENTNOS (CTA)

Representante: José Rigane, Secretario General y miembro de Dirección Nacional de la CTA.

* CORRIENTE PATRIA LIBRE

Representante: Daniel Ezcurra, Miembro del Comité Internacional y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

BOLIVIA:

* MAS ? MOVIMIENTO AL SOCIALISMO

Representante: Evo Morales, Presidente.

* COORDINADORA DE PUEBLOS ÉTNICOS DE SANTA CRUZ (CPESC)

Representante: Bienvenido Zacu, miembro de la dirección.

* FUNDACIÓN CHE GUEVARA DE BOLIVIA - MAS/CONVERGENCIA

Representante: Osvaldo Peredo Leigue, Presidente de ambas instituciones.

BRASIL:

* MST. MOVIMIENTO DE LOS TRABAJADORES RURALES SIN TIERRA

Representante: Egidio Brunetto, miembro de dirección nacional.

* PARTIDO DE LOS TRABAJADORES/PT BRASIL SOCIALISTA/INSTITUTO DE ESTUDIOS POLÍTICOS MARIO ALVES

Representante: Bruno Costa de Albuquerque Maranhão. Miembro Ejecutiva Nacional del PT. Coordinador Instituto de Estudios Políticos Mario Alves y del Movimiento de Libertação dos Sem Terra.

* UNIÓN NACIONAL DE LOS ESTUDIANTES

Representante: Pedro Campos Pereyra. Miembro dirección ejecutiva.

* MOVIMIENTO REVOLUCIONARIO 8 DE OCTUBRE

Representante: Susana Lischinsky, miembro de la dirección nacional.

COLOMBIA:

* PARTIDO COMUNISTA Y FRENTE COLOMBIANO CONTRA EL ALCA

Representante: Alfredo Holguín, Dirección Nacional.

* SINTRATELEFONOS

Representante: Rodrigo Acosta ? Rafael Galvis, miembros de la Dirección Nacional.

* CABALLO DE TROYA

Representante: Gloria Gaitán ? Candidata a Alcaldía Mayor de Bogotá por AICO ? Autoridades Indígenas de Colombia.

* REVISTA DESDE ABAJO

Representante: Omar Rodríguez, Director Editorial.

* CORPORACIÓN BOLIVARIANA SIMÒN RODRÍGUEZ

Representante: Hernán Darío Vergara.

CUBA:

* PARTIDO COMUNISTA CUBA (PCC)

Representante: Jesús Lancha, Dirección Nacional.

* COMITÉS DE DEFENSA DE LA REVOLUCIÓN (CDR)

Representante: Glenda Azoy. Directora de la Escuela de Formación

* CENTRAL DE TRABAJADORES DE CUBA (CTC)

Representante: José Miguel Hernández Mederos, Secretario de Relaciones Internacionales.

CHILE:

* LA SURDA

Representante: Rodrigo Ruiz, miembro de Dirección Nacional

* MELI WIXAN MAPU

Representante: Alihuén Antileo, Secretario General.

* PARTIDO COMUNISTA

Representante: María Cristina Lártiga, miembro del Comité Central.

* FRENTE UNIDOS VENCEREMOS / MOVIMIENTO PATRIÓTICO MANUEL RODRIGUEZ

Representante: Roberto Muñoz, miembro de dirección.

ECUADOR:

* PACHAKUTIK

Representante: Víctor Hugo Jijón, Dirección Nacional.

* CONAIE - CONFEDERACIÓN DE NACIONALIDADES INDÍGENAS DEL ECUADOR

Representante: Blanca Chancoso, Dirección Nacional de Ecuarunari/CONAIE y Coordinadora del Capítulo Ecuador del Foro Social Mundial.

* APDH ? ASAMBLEA PERMANENTE POR LOS DERECHOS HUMANOS

Representante: Alexis Ponce, Vocero Nacional.

EL SALVADOR:

* FRENTE FARABUNDO MARTÍ DE LIBERACIÓN NACIONAL (FMLN)

Representante: Roger Alberto Blandino Nerio, miembro de la Comisión Política.

GUATEMALA:

* CLOC ? COORDINADORA LATINOAMERICANA DE ORGANIZACIONES DEL CAMPO CONIC - COORDINADORA NACIONAL E INDÍGENA Y CAMPESINA

Representante: Juan Tiney, Coordinador Nacional.

* URNG - UNIDAD REVOLUCIONARIA NACIONAL GUATEMALTECA

Representante: Silvia Solórzano, Secretaria de Relaciones Internacionales.

HAITI:

* ORGANIZACION PUEBLO EN LUCHA (OPL)

Representante: Fritz-Pierre Joseph. Miembro del secretariado.

HONDURAS:

* VÍA CAMPESINA

Representantes: Doris Gutiérrez - Rafael Alegría, Miembros de la Dirección Nacional.

* UNIFICACIÓN DEMOCRATICA

Representantes: Matías Funes, Secretario General.

MEXICO:

* FUNDACIÓN PARA LA DEMOCRACIA

Representante: Cuauhtémoc Cárdenas, Presidente .PARTIDO DEL TRABAJO / PT

Representante: Arturo Aparicio. Dirección Nacional.

* MOVIMIENTO MEXICANO JUARISTA BOLIVARIANO

Representante: Cuauhtémoc Amezcua, Coordinador General.

NICARAGUA:

* FRENTE SANDINISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL - FSLN

Representante: Samuel Santos López, Secretario de Relaciones Internacionales y Nelson Artola, Diputado Nacional y Miembro de la Asamblea Sandinista.

PANAMA:

* FUNDACION OMAR TORRIJOS ? PARTIDO DE LA REVOLUCION DEMOCRATICA (PRD) Regional

Representante: Álvaro Menéndez Franco, miembro de Dirección.

* FUNDACION CASA AZUL

Representante: Carlos Wong. Presidente

* CENTRAL NACIONAL DE TRABAJADORES DE PANAMA

Representante: Alberto Aguilera, Secretario Adjunto.

PARAGUAY:

* PARTIDO PATRIA LIBRE (PPL)

Representante: Camilo Soares, miembro de la Dirección Nacional.

PERU:

* FRENTE POPULAR

Representante: Héctor Béjar Rivera, miembro de dirección.

PUERTO RICO:

* TODO PUERTO RICO CON VIEQUES

Representante: José Paralitici, Portavoz.

* CONSEJO NACIONAL DE INSTITUCIONES CULTURALES AUTÓNOMAS

Representante: José Ignacio Jiménez, Asesor Internacional.

REPUBLICA DOMINICANA:

* FUERZA DE LA REVOLUCION

Representante: José Noel Germán, dirección nacional.

* MOVIMIENTO IZQUIERDA UNIDA

Representante: Miguel Mejía, Presidente.

* CENTRAL GENERAL DE TRABAJADORES

Representante: Francisca Peguero, Relaciones Internacionales.

URUGUAY:

* FEDERACIÓN DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS DEL URUGUAY ? FEUU.

Representante: Leandro Grille, Presidente.

* FEDERACIÓN URUGUAYA DE COOPERATIVAS DE VIVIENDA POR AYUDA MUTUA - FUCVAM

Representante: Gustavo González, Secretario General.

* CONOSUR

Representante: Beatriz Briozzo, Secretaria.

VENEZUELA:

? Círculos Bolivarianos, ? Congreso Anfictiónico Bolivariano, ? Fuerza Bolivariana de Trabajadores, ? Federación Bolivariana de Estudiantes, ? Coordinadora Simón Bolívar

? Movimiento Quinta República (MVR), ? Unidad Popular de Venezuela, ? Asociación Nacional de Redes y Organizaciones Sociales (ANROS), ? Campaña Admirable/Cooordinadora Continental Bolivariana, ? Consejo Nacional Indígena de Venezuela (CONIVE), ? Fundalatín, ? Movimiento Electoral del Pueblo (MEP), ? Universidad Bolivariana de Venezuela (alumnos y profesores), ? Juventud de Patria Para Todos (PPT)

? Misión Robinson, ? Partido Comunista de Venezuela (PCV), ? Pueblo Soberano

? Tupamaros, ? Comité Bolivariano de Solidaridad y Amistad con los Pueblos (CBSA)

? Frente Agrario ? Fuerza Bolivariana Internacional, ? Podemos, ? Agrupación de Profesionales y Técnicos, ? Otras organizaciones locales.

Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de Janeiro o Partido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução ?bolivariana? e socialista. Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no Rio para a cúpula do Mercosul, uma ?Internacional Bolivariana?, que una organizações de ideários semelhantes. O PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal, mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória ( http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).

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Texto 2: Cardeal venezuelano sofre na própria carne as pressões do Regime de Chavez
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400450.shtml

Castillo Lara: o maior venezuelano da História Contemporânea

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo.

A Venezuela vive, sem dúvida, a crise mais grave de toda sua história porque o atual regime destrói os tecidos sociais, tergiversa a História e acaba com a identidade nacional, com o objtivo de criar outro país, feito à imagem e semelhança de Cuba. O principal instrumento para conseguir estes fins é o terror: o uso da desqualificação, a mentira, os tribunais e até as armas, para aniquilar aos que discordem do projeto.

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo. Porém, Sua Eminência, guiado por sua fé cristã, fez caso omisso dessas pressões e atuou de maneira valente e patriótica.

Cumprindo com seu dever de venezuelano, Castillo Lara advertiu publicamente o perigo: ?Nos encontramos em uma situação de extrema gravidade como muito poucas em nossa história. Um governo eleito democraticamente há sete anos perdeu seu rumo democrático e apresenta lampejos de ditadura, onde todos os poderes estão praticamente nas mãos de uma só pessoa que os exerce arbitrária e despoticamente, não para procurar o bem maior da nação, mas para um torcido e anacrônico projeto político: o de implantar na Venezuela um regime desastroso como o que Fidel Castro, a custa de tantas vidas humanas e do progresso de sua nação, impôs a Cuba?, disse Sua Eminência em 14 de janeiro de 2006, em uma Homilia em Barquisimeto (1), no dia da Divina Pastora.

Cumprindo com sua função de sacerdote, Castillo Lara expôs os motivos espirituais desta situação: ?Nosso Senhor Jesus Cristo quis dar-nos uma dura lição por nossas infidelidades, por não termos sabido aproveitar os dons que nos deu de uma natureza tão fértil e rica, de um povo inteligente, trabalhador e generoso, e por não termos ajudado devidamente os mais necessitados e não termos vivido limpamente nossa fé cristã?, disse na mesma Homilia.

Castillo Lara instou o povo a orar para superar a crise: ?Ante a triste situação que vivemos e ante o perigo de que, se o povo venezuelano não tomar consciência de sua gravidade, e não se pronunciar categoricamente a favor da democracia e da liberdade, nos encontraremos submetidos a uma ditadura de tipo marxista, vamos pedir, todos unidos, à Divina Pastora: ?Virgem Santíssima, que em nossa história manifestaste muitas vezes tua benevolência e carinho por este povo, te pedimos que não nos abandones neste momento! Apoia-nos, doce Divina Pastora, a aprender a lição e dá-nos a todos a clareza da mente para conhecer e evitar o perigo, e a força para superar democraticamente este momento difícil??.

Porém, provavelmente, a contribuição mais valiosa do Cardeal na atual crise foi inspirar os venezuelanos, transmitindo ? com sua atitude e com seu testemunho ? tranqüilidade, confiança, esperança e, especialmente, valentia. Sua Eminência jamais mostrou medo frente às pressões do Regime, porque sua fé inquebrantável o fazia ver as ameaças terrenas como o que são: provas que se atravessam no caminho para a eternidade.

Castillo Lara foi o compatriota que alcançou os cargos mais altos no Vaticano e isto já é dizer muito, porém, sobretudo, foi o mais importante líder espiritual do povo venezuelano nos momentos mais graves de sua história.

Para aqueles que amparam-se numa cosmovisão materialista, Castillo Lara simplesmente deixou de existir. Porém, quão equivocados estão! Seu trabalho apenas começou, porque desde o Céu implorará ao Senhor Deus Todo-Poderoso e Eterno, e à Santíssima Divina Pastora, para que se apiadem dos venezuelanos e nos salvem do totalitarismo marxista.

Quanto a nós, a melhor maneira de agradecer a Deus ter-nos deleitado com a presença de Rosario Castillo Lara é continuar lutando, como ele fez, com humildade, com confiança, com firmeza e com valentia. E, além disso, comprometermo-nos conosco mesmos a experimentar uma profunda conversão que nos leve, de agora em diante, a ?ajudar os mais necessitados e a viver limpamente nossa fé cristã?, como nos pediu o Cardeal.
URL:: http://www.analitica.com/bitblio/castillo_lara/homilia.asp
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28/10/2007

Coletânea de documentários gratuitos na Web

Aproveita para baixá-los todos, pois na internet a gente nunca sabe por quanto tempo a coisa ficará disponível.

Coletânea de documentários na Web:

http://www.guba.com/user/pfilosofia

27/10/2007

Documentário "The Corporation" disponível na Web

Todos os militantes dos movimentos sociais e de proteção da coletividade devem analisar e estudar o documentário "A Corporação" para conhecerem os truques dos capitalistas.


Documentário "The Corporation"

Primeira parte: http://www.guba.com/watch/3000084218

Segunda parte: http://www.guba.com/watch/3000084247

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Noam Chomsky fala das corporações

Texto original: http://www.2001video.com.br/email/especial/corporation2.htm

Origem, evolução e prognóstico das corporações

Noam Chomsky diz que as corporações são pessoas sem valores morais que visam somente os interesses de seus acionistas. Seguindo essa afirmação, quem deve ser a consciência dessas empresas: a opinião pública ou o Estado? Por quê?

Eu colocaria a palavra ?pessoas? entre aspas em relação ao estado legal das grandes corporações nesse contexto. O ponto de vista de Noam é claro. As corporações não podem ter uma consciência. Essas entidades não são humanas e suas prioridades são ditadas pela lei. Milton Friedman sugere que os valores morais das corporações devem vir dos indivíduos das companhias, mas as pessoas são, geralmente, confrontadas por escolhas conflitantes quando executam seus papéis na estrutura das grandes empresas. Sam Gibara, da Goodyear, descreve como o seu papel na corporação excede o seu próprio sistema de valores ? e faz piada de como é bem pago para fazer isso.

A opinião pública expressará preocupação moral quando for motivada e isso é uma resposta apropriada, dado os abusos ultrajantes de pessoas, animais e da natureza por parte de algumas corporações. Mas a forma mais democrática de controle é através do Estado ? até onde ele puder ser descrito como democrático. Por fim, somos confrontados com a tentativa de controlar uma instituição não democrática via meios democráticos. O problema está tanto na essência da estrutura corporativa ? que copia o fascismo ? quanto no Estado que é suscetível à corrupção e a outras influências não democráticas.

Como o senhor vê o enfraquecimento do Estado perante as corporações? Não é paradoxal falarmos em retomada de controle do governo diante da atual tendência de privatizações?

Apesar de parecer paradoxal, não precisa continuar assim, a não ser que desistamos da democracia. O Estado é a única instituição cujo poder legal excede o das corporações. É uma questão de eleger pessoas e partidos que exercerão o poder para o benefício da população geral, e não de acionistas de grandes empresas.

Tirania contradiz, teoricamente, o espírito democrático. No entanto, quando pensamos nos abusos cometidos pelas corporações, cujos interesses estão acima do bem público, não podemos ver nesse poder quase ilimitado a falência do modelo democrático neoliberal?

Sim, apesar de não acreditar que o modelo neoliberal tenha tido um balanço positivo. Em sua aplicação internacional, a frase ?democracia neoliberal? soa contraditória. Esse termo é usado para uma aplicação estadunidense, o que incorpora, a meu ver, valores liberais. Em todo o caso, eu acrescentaria que tirania contradiz o espírito democrático de fato, não só teoricamente.

Os interesses de uma corporação só dizem respeito ao Estado enquanto esse possibilita ou inibe a geração de grandes lucros para aquela empresa. Democracia é, geralmente, um obstáculo à geração de lucro e as corporações procurarão contornar, acordar com ou destruir qualquer obstáculo ao lucro. O fato de que os ?Estados democráticos? tenham apoiado a expansão do poder das grandes corporações deveria nos levar a questionar a natureza do que consideramos Estados democráticos.

Como o cidadão comum poderá se salvaguardar das ?externalidades negativas? quando o maior meio de informação, a televisão, faz parte desses jogos de interesses?

Educação. Alfabetização midiática o mais cedo possível. Internet. Mídia independente. Autodefesa intelectual. Chomsky foi questionado, no filme Manufactoring Consent, a respeito de como a mídia pode ser mais democrática. Ele respondeu: ?isto é a mesma coisa que perguntar: como tornar as corporações mais democráticas??. E ele disse: ?a única maneira de fazer isso é se livrando delas?.

Em sua opinião, a que se deve o crescente interesse do público pelo documentário?

As pessoas percebem que há muito mais acontecendo no mundo do que a mídia elitista e mainstream descreve. Elas sabem que há análises que fazem mais sentido e têm mais relevância para suas vidas do que aquelas apresentadas pela mídia. E uma vez que alguém formula uma análise alternativa de forma atrativa, a idéia se espalha. Eu já vi isso acontecer duas vezes, primeiro com o filme Manufactoring Consent: Noam Chomsky and the Media e agora com The Corporation. O Canadá é um país com uma forte tradição de documentários e os dois filmes citados foram os maiores sucessos na história do país no gênero documentário. Uma vez ou outra, filmes como o meu, e outras críticas radicais, irão parar na TV comercial se for claro que terão audiência e, principalmente, se forem capazes de gerar dólares. Mas cada vez mais, mídias interessadas no lucro verão possibilidades de ganhos nesses documentários e, assim, eles terão que ser mais criativos para atingir o público. Em contrapartida, o público tem que se esforçar e ver esses filmes, ou simplesmente nada funcionará.

Michael Moore diz que um filme pode mobilizar a sociedade. Você acredita neste poder? Quais foram as reações do público ao The Corporation na América do Norte?

Uma maneira de começar a medir o impacto de um documentário é verificando o tamanho de seu público. Aqui, Michael Moore é um universo à parte. No entanto, The Corporation faturou mais de 4 milhões de dólares de bilheteria nos EUA e Canadá (*). O filme foi visto em cinemas comerciais e por mais de cinco meses em complexos de dez salas em grandes centros. Cinco meses! Isso é um recorde. Um público desse não é composto apenas por anarquistas radicais. Com certeza atingiu muito além!

Mais de 500 mil cópias foram baixadas ilegalmente via Internet. Mais de 100 mil DVDs foram vendidos na América do Norte, mais de 1.500 comprados por instituições educacionais e vários outros DVDs estão sendo usados por professores. Muitas escolas de administração ? provavelmente a maioria ? estão usando o filme também.

Mas, fora os números, eu posso contar algumas reações do público. Eu acabei de voltar da pequena cidade de Essex (Ontário). Ao longo do último ano, um professor incluiu The Corporation na grade curricular dos alunos de 13 anos. O autor do livro e do filme, Joel Bakan, e eu fomos conversar com os alunos e ver como o filme estava sendo usado. O nível de preocupação, compreensão e otimismo, mas também cinismo, dessas crianças foi uma grande surpresa. Nós filmamos tudo e vamos desenvolver um material em vídeo e impresso para outros educadores trabalharem com jovens. Eu recebo cartas de pessoas da área de negócios que abandonaram seus trabalhos em empresas grandes, corruptas e poluentes (essa descrição é deles e não minha) depois de ver The Corporation. A legislação em níveis municipais e estaduais nos EUA tem mudado como resposta ao filme. Leis que retiram das empresas direitos associados ao status de ?pessoa? foram votadas e as pessoas que formulam a legislação citam o filme como inspiração inicial.

Esta carta chegou ontem do México:

?Olá! Eu acabei de ver seu documentário The Corporation e fiquei chocado. Eu sempre suspeitei que todas as grandes empresas eram as verdadeiras mãos por trás do boneco chamado governo. Eu pulei do sofá assim que o filme acabou e vim aqui escrever porque eu não vou deixar o dinheiro governar minha vida. Estou pensando em pegar todo o meu dinheiro e doar para uma comunidade em Tulum que protege as tartarugas, mas além disso eu vou me mudar para lá e lutar contra qualquer um que tentar interferir na vida dessas criaturas. Eu sei que isso não é muito, mas é por mim. Parabéns por me fazer mudar esse egocêntrico modo de vida. Grande abraço daqui do México.?

Sim, documentários podem mudar os indivíduos. E talvez estes possam mudar o mundo. Se essa mudança pode ser rápida o suficiente, é uma outra pergunta.

* Por favor, não confundam ?faturado? com ?lucro?. Lucro é o que sobra depois das despesas serem pagas. Apesar do faturado com a bilheteria eu já estive para falir, mesmo com o The Corporation. Muita gente leva uma parte do lucro antes de mim.

Tradução de Anderson Vitorino

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Viagem a uma empresa utópica

No sul da Espanha, uma companhia que não visa lucro, pratica o comércio justo e paga salários iguais a todos os sócios e funcionários atua há vinte anos ? e está em perfeita saúde econômica

Carola Reintjes -- Le Monde Diplomatique
http://diplo.uol.com.br/2007-10,a1983

A ilha que descobriremos, por meio de um de seus povoados, é a da Economia Alternativa e Solidária. Um dos tesouros guardados a sete chaves ? tesouro privado-intimista ? é um pequeno povoado chamado Ideas. O nome é referência às visões de mundo ? rebeldes, insubmissas, transformadoras ? que se cultivam por lá. Idéias nobres, que se encontram no pólo oposto da suposta nobreza do sangue azul. (Alíás, nunca entendi como se pode associar classismo e elitismo à cor-símbolo do mar, do alto vôo sobre horizontes esperançosos).

Venham comigo a um rincão de Andaluzia, ao extremo sul da Espanha, mais próximo da África do que do coração da velha Europa, para conhecer uma organização de Economia Alternativa e Solídária, denominada Ideas. O que o ela tem de especial? Comecemos pelo que diz sua página web:

?Ideas (Iniciativas de Economia Alternativa e Solídária) é uma Organização de Comércio Justo, cuja missão consiste em transformar o plano econômico e social, com o fim de construir um mundo mais justo e sustentável, desenvolvendo iniciativas de Comércio Justo, Economia Solidária e Consumo Responsável, tanto no âmbito local quanto internacional. Todas as ações da organização fundamentam-se em princípios de igualdade, participação e solidariedade?.

Belas palavras... Mas o papel é paciente, e entre a missão declarada de tantas organizações e a prática há uma pequena fratura, ou um abismo. O que existe de fato de alternativo e transformador na organização? Vejamos.
Quando os "donos" renunciam a sua propriedade

Quantas empresas existem no mundo, nas quais a gestão econômica não obedece a lógica de maximizar lucros? São denominadas empresas de Economia Solídária. Os lucros eventualmente obtidos não são repartidos entre acionistas e sócios ? mas utilizados para ampliar as ações em curso. Os "donos" renunciam também à propriedade. Ao deixarem a empresa, oferecem ao coletivo sua "parte" no capital. Existem empresas assim, e não são poucas. Ideas é uma de muitas...

Quantas empresas dedicam-se a atividades que vão contra a lógica de mercado, deixando de se apoiar na competitividade, na lei do mais forte ou na lógica de oferta e procura do comércio tradicional? Essas também existem. E crescem cada vez mais, seja pelo ?esgotamento do modelo globalizador excludente?, por suposta responsabilidade social ou pelo verdadeiro compromisso. Ideas é uma dessas.

Em quantas empresas comerciais as compras e vendas são baseadas em outras lógicas, que não as do mercado? Recusa-se o poder do comprador sobre o provedor, mais débil. Rompe-se a lógica de desigualdade e se desenvolvem, em vez dela, relações de cooperação e práticas de comércio justo, a serviço do empoderamento dos pequenos produtores marginalizados. São as Organizações de Comércio Justo. Ideas, mais uma vez, está neste grupo, credenciada pela Associação Internacional de Comércio Justo (IFAT).

Quantas empresas comerciais investem energia e recursos na reivindicação, campanhas, sensibilização, incidência política e educação de consumidores, jovens e cidadãos em geral? Neste caso, são poucas ? Ideas solitárias.
Almoxarife e diretor: mesmo empenho, igual salário

Em quantas empresas pratica-se a horizontalidade salarial? Os trabalhadores com formação acadêmica ou experiência em setores valorizados no mercado recebem salário igual ao daqueles que não tiveram a mesma sorte. Acredita-se que o encarregado do armazém emprega o mesmo esforço e empenho de um diretor. Ainda não há muitas empresas assim, mas posso assegurar que Ideas é uma delas.

Quantas empresas conhecemos onde o número de mulheres em cargos diretivos é igual ou proporcional ao número de homens? Em Ideas, nunca houve um debate sobre a denominada ?questão de gênero?: há a prática natural diária de respeito e igualdade.

E, por fim, em quantas empresas a revolução se faz de segunda-feira a sábado? Os sócios e trabalhadores expressam o protesto contra a globalização econômica, a guerra e tantas misérias mais. Possuem militância construtiva no tecido social, contribuindo, com ativistas e consumidores, na formulação de alternativas sociais, econômicas e ecológicas. Ideas que, de outra forma, estariam em perigo de extinção.

Em perigo de extinção? Depois de vinte anos, estas boas e nobres Ideas ? idéias rebeldes, insubmissas e transformadoras ? sobrevivem, resistem e constróem. Gozam de muito boa saúde...

Tradução: Carolina Gutierrez
carol@diplo.org.br

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26/10/2007

Irã hoje. Venezuela amanhã.
Não há espaço no mundo atual para autoritarismo e totalitarismo.

"O Povo não deve temer o governo, o governo é que deve temer o povo." (V de Vingança -- Filme)

No mundo atual não há espaço para o autoritarismo e nem para o fundamentalismo. Os últimos regimes de opressão política estão sendo sufocados e isolados: Coréia do Norte, Cuba, Irã, China, etc. Isto porque tais regimes contrariam a natureza humana que necessita de liberdade para viver. O homem é um ser que nasceu para ser livre e não para ser escravo.

A trilha do autoritarismo, assim como a trilha do totalitarismo (mil vezes pior), foram seguidos por inúmeras nações e todas elas chegaram no mesmo ponto: a queda do regime.

Isto porque um regime autoritário e o totalitário carregam consigo o germe de auto-destruição. Mais cedo ou mais tarde, nesta geração ou na próxima, daqui a 10, 100 ou 1000 anos o germe de autodestruição é ativado e o regime desmorona. Por que isso acontece ? Acontece por uma razão simples: o autoritarismo e o totalitarismo tiram dos homens a individualidade, a liberdade, a iniciativa, a capacidade de pensar, criar e ser feliz. E sem esses elementos o homem não se desenvolve e não evolui. Quando os indivíduos, dentro do sistema autoritário ou totalitário, percebem isto, o germe é ativado e o regime cai. Cai porque o autoritarismo ou totalitarismo são sistemas. E são os homens que criam os sistemas e não os sistemas que criam os homens.

Portanto, um sistema autoritário ou totalitário está fadado ao fracasso e à destruição. Contudo, enquanto sobrevive causa grande mal e sofrimento aos seres humanos.

Irã e Venezuela caminham, inegavelmente, para o mesmo fim: a destruição do regime de opressão. No Irã os aiatolás, com seu fundamentalismo religioso, sangram a sociedade dia após dia. Na Venezuela os ferros do carrasco e os grilhões ainda estão sendo forjados e construídos. O Povo venezuelano ainda está vendendo e abrindo mão de sua liberdade. Quando se derem conta do que fizeram, será tarde demais, pois os ferros do carrasco e os grilhões estarão terminados e prontos para serem usados naqueles que contestarem o regime.

O discurso de V, no filme V de vingança, pode ser aplicado ao Povo da Venezuela. Basta substituir o terror forjado pelo governo pela pobreza que assola o país. O Povo da Venezuela abre mão de sua liberdade em troca de uma grande mentira chamada socialismo do séc. XXI. Buscam um sonho, mas encontrarão o pesadelo do autoritarismo no fim do túnel.

Os discursos são mentirosos. As ações mostram a realidade e indicam o futuro. A pobreza está servindo, como sempre serviu, como uma boa justificativa para instauração de um regime autoritário ou totalitário.

Diz V:

"Boa noite, Londres. Primeiro, quero pedir desculpas por utilizar esse canal de emergência. Como muitos de vocês, eu também aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do que é familiar, a tranqüilidade do repetitivo. Gosto disso, como qualquer um.

No intuito de comemorar eventos importantes do passado, geralmente associados à morte de alguém ou o fim de alguma horrível luta sangrenta, vocês celebram um feriado legal.

Achei que podíamos marcar esse dia 5 de novembro, um dia que certamente não é mais lembrado, tirando um dia das nossas vidas diárias para sentar e bater um papinho.

Claro que há alguns que não querem que falemos. Neste momento estão gritando ordens nos telefones e homens armados estão a caminho. Por que ?

Porque enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é ?

Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje têm a censura e sistemas de vigilância coagindo vocês a conformidade e a submissão.

Como isso aconteceu ? De quem é a culpa ? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar o culpado, basta olharem no espelho.

Sei porque fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria ? Guerras, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao Alto Chanceler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente.

Ontem à noite, busquei acabar com esse silêncio. Ontem à noite destruí o velho Barley (Edifício da Justiça) para lembrar este país o que está esquecido.

Mais de 400 anos atrás um grande cidadão quis incrustar o dia 5 de novembro para sempre em nossa memória. Sua esperança era lembrar ao mundo que retidão, justiça e liberdade não são meras palavras. Elas são perspectivas. (...)".

Enfim, talvez em um futuro próximo V de Vingança seja uma grande inspiração para a resistência democrática na Venezuela.

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A união Irã + Venezuela não é apenas perigosa, é perigosíssima, pois se o Irã conseguir obter armas atômicas, certamente, essas armas chegarão à Venezuela.

O Irã não consegue atingir cidades americanas de sua posição, somente Israel... Mas mísseis nucleares na Venezuela conseguirão atingir o território norte-americano.

Portanto, o caminho mais seguro será cortar estes regimes autoritários pelo meio, pois eles colocam em risco a paz e a segurança internacional.
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Irã Hoje. Venezuela amanhã...

Sanções dos EUA podem afetar 300 empresas

Entre elas está a Petrobrás, que pode perder investimentos americanos

Estadão Online -- Patrícia Campos Mello -- WASHINGTON
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071026/not_imp70922,0.php


No mundo, cerca de 300 empresas de capital aberto, como a Petrobrás, mantêm negócios com o Irã e podem ser afetadas, ainda que indiretamente, pelas sanções anunciadas ontem pelo governo dos EUA contra Teerã. A informação é do grupo DivestTerror (algo como "desinvista do terror"), grupo que prega o boicote a investimentos em países considerados "patrocinadores de terrorismo" pelo Departamento de Estado - Irã, Síria, Coréia do Norte e Sudão.

"As empresas precisam escolher. Ou fazem negócio com os Estados Unidos ou com o Irã", disse ao Estado Christopher Holton, diretor do DivestTerror. "Essas novas sanções são muito bem-vindas, esperamos que o governo americano seja realmente rígido na aplicação das medidas."

Ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, divulgou uma lista de 18 empresas iranianas proibidas de manter negócios com os Estados Unidos, entre elas os grandes bancos estatais iranianos Melli, Mellat e Saderat. Todas as empresas americanas estão proibidas de manter negócios com o Irã e os bens das companhias iranianas relacionadas pelo Tesouro nos EUA serão congelados.

Atualmente, segundo pesquisa do instituto conservador American Enterprise Institute, são pouquíssimas as empresas com sede em solo americano que ainda mantêm ligação direta com o Irã. Neste ano, só a Pepsi e a Coca-Cola fizeram negócios diretos com o país. A Halliburton - onde o vice-presidente americano, Dick Cheney, trabalhou - só parou este ano de fazer negócios com o Irã.

A Casa Branca não pode forçar empresas de outros países a deixar de negociar com o Irã, mas espera que companhias européias e latino-americanas gradualmente cortem seus negócios com o país, por medo de retaliações. Isso já vem ocorrendo com vários bancos europeus, entre eles o Deutsche Bank, que se retiraram do mercado iraniano.

"Bancos e empresas responsáveis ao redor do mundo" não devem ter relacionamento com essas entidades ligadas ao governo iraniano, disse ontem o secretário do Tesouro americano. "Muitos bancos no mundo decidiram que manter negociações com o Irã simplesmente não vale a pena. Instituições de boa reputação não querem ser os banqueiros desse regime perigoso", declarou Paulson

O DivestTerror divulga uma lista das empresas que mantêm o maior volume de negócios com os iranianos e prega boicote contra elas - são as "12 empresas sujas", entre elas Alcatel, BNP Paribas, ENI, Hyundai e Siemens. O DivestTerror conclama investidores a não aplicar seu dinheiro em fundos que investem em empresas presentes no Irã.

Uma lei tramitando na Câmara dos EUA prevê penalidades para empresas estrangeiras de energia que mantenham negócios com o Irã. Essa lei, se aprovada, vai atingir em cheio a Petrobrás.

A Petrobrás é a única empresa brasileira citada na pesquisa do American Enterprise Institute. Alguns Estados americanos, como Califórnia e Flórida, já promulgaram leis que proíbem seus fundos de pensão de investir em empresas que negociam com países considerados terroristas - e os Estados devem se desfazer de investimentos na Petrobrás.

24/10/2007

Luta contra o crime ou Terrorismo de Estado no Rio de Janeiro ?

O Terrorismo de Estado é a forma mais típica e dissimulada de Terrorismo, pois é acobertada pelo manto da suposta legalidade do Estado.

A polícia entra na favela e pode matar qualquer um. Pode chamar qualquer pessoa da favela de traficante e meter bala no indivíduo. Depois colocam uma arma na mão do infeliz e alguns papelotes de cocaína no bolso dele para que ninguém diga nada, ou seja, há uma completa ausência do Estado de Direito nas ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. E não é só isso, mesmo que seja ação policial contra bandidos, a polícia não está autorizada a matar ninguém, pois não existe pena de morte no Brasil.

Isso sem contar que a maior parte das pessoas mortas nos "supostos" confrontos, foram assassinadas a queima roupa. Tiro a queima roupa não é tiro dado em confronto, é execução. Neste contexto, o que estamos vendo no Rio de Janeiro não é guerra contra o crime, é o terrorismo de Estado invadindo as favelas e as periferias para assassinar pessoas, moradores. Isso se torna mais evidente quando se verifica que a maioria dos mortos não tem passagem pela polícia.

Outro elemento que reforça essa idéia de terrorismo de Estado é o filme Tropa de Elite. Este filme foi produzido com uma única finalidade: legitimar a matança desenfreada que tem sido cometida no Rio de Janeiro. Matança que se acentuou com o governo Cabral e sua política de extermínio dos pobres. Matam traficantes ? Mentira, estão matando trabalhadores. Depois que matam chamam de traficante e colocam uma arma na mão do infeliz para que ele seja fotografado como traficante.

O BOPE é uma polícia terrorista que invade um bairro civil e executa pessoas sem nenhum tipo de julgamento. Qualquer um pode ser vítima, inclusive quem está passando pela favela, não é morador, pode ser chamado de traficante e ser morto pela polícia. Isso é terrorismo de Estado contra os moradores da periferias e das favelas.

O Governador do Rio e o BOPE devem ser denunciados nas Organizações Internacionais por violações de Direitos Humanos. Não adianta denunciar no Brasil, pois o Poder Judiciário Brasileiro, certamente, vai legitimar o terrorismo de Estado. Não só isso, o Rio de Janeiro deveria ser considerado área de conflito. Assim, ao menos, seriam aplicadas as convenções internacionais de proteção a civis em regiões de guerra.

O que temos que fazer é levantar provas do que está acontecendo no Rio de Janeiro e denunciar o Governador e o BOPE nas Organizações Internacionais por violações de Direitos Humanos, etc... As ONGs de Direitos Humanos devem começar a estudar essa saída... Não dá para esperar mais...

Além disso, eu quero deixar a seguinte questão para reflexão: se as drogas fossem descriminalizadas teríamos tantas mortes por overdose ? Teríamos tantos assassinatos pela Polícia ? Teríamos necessidade de ter BOPE entrando em favelas para matar pessoas ?

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COMO APRESENTAR UMA QUEIXA INDIVIDUAL POR VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS ÀS NAÇÕES UNIDAS
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/queixa-violacao-dh/queixa-onu.html

Além do Tribunal Penal Internacional, o indivíduo pode pessoalmente representar junto às Nações Unidas por crimes contra os Direitos Humanos cometidos por um Estado terrorista. Mas quais são os tipos de comunicação sobre direitos humanos que as Nações Unidas podem receber e como elas resolvem os problemas que levantam?

A possibilidade da ONU tratar casos individuais de violações de Direitos Humanos foi aberta quando o Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos entrou em vigor, em 1976. E essa possibilidade consta de dois procedimentos específicos: o procedimento 1503 e o procedimento facultativo.

Além disso, as queixas podem ser recebidas quando originárias de pessoas - indivíduos ou grupos - que alegam ter sido vítimas de violações dos direitos humanos. Podem também ser admitidas quando originárias de uma pessoa ou de um grupo de pessoas com conhecimento direto e seguro das violações. Quando uma organização não governamental (ONG) apresenta uma comunicação relativa a uma violação, é necessário que a ONG atue de boa-fé, de acordo com princípios reconhecidos de direitos humanos e que tenha provas diretas e seguras da situação que descreve.

3.3.1 Confidencialidade

Todas as medidas adotadas nos termos do "procedimento 1503" permanecem confidenciais, a não ser que a Comissão apresente um relatório ao Conselho Econômico e Social. Enquanto este estádio não é alcançado, as reuniões de todas as entidades de direitos humanos envolvidas realizam-se à porta fechada e a confidencialidade dos seus registros e dos documentos que tratam é preservada.

3.3.2 O Procedimento do "Protocolo Facultativo"

O Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e respectivo Protocolo Facultativo entraram em vigor em 23 de Março de 1976. Um Estado, que seja parte no Pacto e no Protocolo, reconhece que o Comitê dos Direitos do Homem das Nações Unidas - uma entidade composta por 18 peritos independentes que reúne três vezes por ano - pode receber e considerar comunicações por parte de particulares que aleguem que os seus direitos humanos foram violados por esse Estado.

Dos 148 Estados que aderiram ao Pacto ou que o tinham ratificado até 19 de Março de 2001, 98 reconheceram a competência do Comitê para apreciar queixas individuais.

As comunicações dos particulares são apreciadas pelo Comitê em reuniões à porta fechada. As suas cartas, e outros documentos do Comitê permanecem confidenciais.

3.3.3 Quando a queixa é admissível

Para ser apreciada, uma queixa não pode ser anônima e deve advir de uma pessoa ou de pessoas que vivem sob a jurisdição de um Estado Parte no Protocolo Facultativo. Normalmente, a comunicação deve ser enviada pelo particular que alega que o seu ou os seus direitos, tal como definidos no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, foram violados pelo Estado.

Quando pareça que a alegada vítima não pode apresentar a queixa, o Comitê pode apreciar uma comunicação proveniente de outra pessoa, que justifica o seu interesse em agir por ela. Uma terceira parte sem ligações aparentes com a alegada vítima não pode apresentar a comunicação.

A queixa, naturalmente, deve ser compatível com as disposições do Pacto e não pode ser apreciada se o mesmo problema estiver sob apreciação em outro foro internacional de investigação ou de resolução deste tipo de conflito. Todos os recursos internos devem estar esgotados antes de a queixa ser apresentada ao Comitê.

Ainda antes de decidir se uma comunicação é admissível ou não, o Comitê - ou o seu Grupo de Trabalho sobre Comunicações - pode pedir à alegada vítima ou ao Estado em questão para fornecer informações adicionais ou emitir observações, sob forma escrita, e determinar um prazo para o efeito. Se o Estado responder nesta fase, o queixoso recebe uma cópia para comentários. Se o caso for remetido ao autor da comunicação, apenas para ser prestada mais informação, e for então julgado inadmissível, nada será transmitido ao Estado.

O Comitê pode decidir não considerar uma queixa, sem decisão escrita; por exemplo, nos casos em que o seu autor a retire, ou mostre, por qualquer outra via, que não pretende ir mais adiante relativamente à sua comunicação.

3.3.4 A apreciação da queixa

Uma vez que uma queixa tenha sido declarada admissível, o Comitê pede ao Estado em causa para explicar ou clarificar o problema e dizer se algo foi feito para o resolver. É concedido um prazo de seis meses para que o Estado dê a sua resposta. É então concedida ao autor da queixa uma oportunidade de comentar a resposta do Estado. Em seguida, o Comitê formula o seu parecer e envia-o ao Estado em questão e ao autor da queixa.

O Comitê coloca, no decurso do procedimento, em pé de igualdade os particulares que se queixam e os Estados que violaram os seus direitos. Cada parte tem o direito de comentar os argumentos da outra.

3.3.5 Procedimentos cautelares

As pessoas que alegam ser vítimas de violações dos direitos humanos podem necessitar de proteção antes do Comitê ter tido tempo de tornar pública a sua decisão final. Sem afetar o fundo da questão, o Comitê tem por vezes de emitir uma opinião provisória dirigida aos Estados em causa.

Na pendência de um caso, o Comitê informou um Estado de que a alegada vítima "tendo procurado refúgio no país X não deveria ser expulsa ou levada para o país Y". Noutro momento, o Comitê exprimiu a sua preocupação relativamente ao estado de saúde de uma alegada vítima, e pediu ao Governo interessado que ela fosse urgentemente examinada por um corpo médico competente. O Comitê também pediu uma cópia do relatório médico.

3.3.6 Prova e ônus da prova

O Comitê deve apreciar toda a informação escrita que as partes interessadas lhes fizeram chegar. De acordo com o GDDC (2005), em vários casos relativos ao direito à vida, à tortura e a maus tratos, bem como a detenções arbitrárias e a desaparecimentos, o Comitê decidiu que o ônus da prova não pode recair apenas na pessoa que se queixa de uma violação. O Comitê também sustenta que não é suficiente fazer-se uma refutação, em termos gerais, de uma queixa por violação dos direitos humanos.

3.3.7 Em que diferem os procedimentos

A principal diferença entre os procedimentos, da Resolução 1503 (XLVIII) e do Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, é de que o primeiro cobre o exame de situações, e o segundo debruça-se sobre o exame de queixas individuais: casos isolados de violações dos direitos humanos. Mas há outros elementos para a diferenciação dos dois procedimentos:

O "procedimento 1503" assenta numa Resolução de um organismo das Nações Unidas: o Conselho Econômico e Social. Para o tornar operacional, a cooperação voluntária dos Estados é indispensável. O "procedimento do Protocolo Facultativo" retira a sua autoridade de um Tratado internacional, nos termos do qual os Estados Partes se vincularam a aceitar um procedimento específico para o exame de queixas apresentadas contra eles.

O "procedimento 1503" aplica-se a todos os Estados. Nos termos do Protocolo Facultativo, o procedimento aplica-se apenas aos Estados que aderiram ou que ratificaram o Protocolo.

As violações de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais estão cobertas pelo primeiro, enquanto o segundo apenas se ocupa dos direitos civis e políticos que estão protegidos pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.
Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou organização não governamental pode invocar o "procedimento 1503" se tiver um conhecimento direto ou indireto das violações alegadas. Uma comunicação nos termos do Protocolo Facultativo deve ser assinada pela alegada vítima ou por alguém com legitimidade para agir no seu interesse.

Os autores de comunicações nos termos do "procedimento 1503" não estão envolvidos em qualquer estágio do seu desenvolvimento nem são informados de qualquer medida adotada pelas Nações Unidas - a não ser que seja tornada pública. Os autores são meramente informados pelo Secretariado das Nações Unidas de que as suas comunicações foram recebidas, de que cópias foram enviadas aos Estados implicados e de que textos resumidos vão ser entregues aos membros da Subcomissão para a Prevenção da Discriminação e para a Proteção das Minorias e aos membros da Comissão dos Direitos Humanos.

Por outro lado, o autor de uma comunicação apresentada ao Comitê dos Direitos do Homem, nos termos do Protocolo Facultativo, é considerado parte. É informado de todas as medidas tomadas pelo Comitê ou pelo seu Grupo de Trabalho sobre Comunicações. O Estado envolvido também é informado. O autor tem a possibilidade de comentar quaisquer peças escritas apresentadas pelo Estado.

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OAB-RJ vê 'política de extermínio' em ação da polícia de Cabral

Presidente do órgão rebate governador, que ironizou entidades que criticaram operação na Favela da Coréia

Felipe Werneck, do Estadão -- 20/10/2007
http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid67933,0.htm

RIO - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio, Wadih Damous, elevou neste sábado, 20, o tom de crítica à política de segurança do Estado ao rebater uma entrevista do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) na qual ele defendera a operação da polícia na Favela da Coréia, na zona oeste, que resultou na morte de 12 pessoas, entre elas uma criança de 4 anos, na quarta-feira. "O que se afigura é uma política de extermínio pura e simples, sem qualquer eufemismo", afirmou Damous.Foi uma resposta ao governador, que na véspera afirmara, com ironia, que se pudesse pediria aos criminosos:

" Por favor, me devolva o seu fuzil, me devolva a sua .30 que derruba até helicópteros e a sua granada. Vamos fazer um seminário para discutir a devolução desse armamento?' Aí eu ficaria feliz da vida, mas a realidade é outra." Na mesma entrevista, Cabral disse respeitar a opinião da OAB-RJ, mas afirmou que a polícia agiu corretamente.

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Bandidos não devolvem fuzis, ironiza Cabral

Governador rebateu críticas da OAB e de entidades civis à operação na Favela da Coréia, que deixou 12 mortos, entre eles um menino de 4 anos

Pedro Dantas -- Estadão Online -- 20/10/2007
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071020/not_imp67713,0.php

O governador Sérgio Cabral (PMDB) rebateu com ironia as críticas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de entidades civis à operação na Favela da Coréia, em Senador Camará, na zona oeste do Rio, que terminou com a morte de 12 pessoas, entre elas uma criança de 4 anos. "Se eu pudesse chegar para esses marginais e pedir: olha aqui, me devolve o fuzil, a ponto 30, que derruba helicóptero, a granada, ou fazer um seminário para discutir como eles podem devolver, eu ficaria feliz da vida. Mas infelizmente não é assim", disse Cabral. O governador acusou os traficantes de "tocar o terrorismo" dentro e fora da comunidade.

"São criminosos selvagens e nós fomos com mais de 300 homens, como iremos em outras comunidades, porque quem sofre mais com isso são as pessoas que lá moram", declarou Cabral. Ele disse que os moradores apoiaram a ação e que as declarações contrárias à ação são compradas. "Na contabilidade apreendida na operação há registros de remunerações para as mulheres que vão denunciar a polícia."

O Ministério Público do Rio solicitou à TV Globo as imagens feitas por cinegrafista da emissora que mostram a perseguição de helicóptero que resultou na morte de dois homens. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, Alessandro Molon (PT), entrou com representação pedindo ao MP que investigue a operação. Uma audiência pública para discutir a ação ocorrerá na próxima semana com moradores e representantes da Secretaria de Segurança Pública.

Ontem, integrantes da OAB e da Justiça Global criticaram as autoridades que defenderam a operação. "Vamos externar nossa preocupação à Secretaria Nacional de Direitos Humanos sobre as declarações do ministro da Defesa, Nélson Jobim, que apoiou a ação. Ele elogia esta tática de extermínio, mas não apresenta uma estratégia para fechar a rota do tráfico de armas e drogas", disse Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global.

"São operações pirotécnicas para dar sensação de segurança para a população, que sempre são realizadas em comunidades distantes das regiões nobres", disse a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Margarida Pressburger. Ela considerou pífia a quantidade de armas e drogas apreendidas em relação ao número de mortes.

OPERAÇÃO

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma incursão na Cidade de Deus , em Jacarepaguá (zona oeste), na noite de anteontem, que resultou na morte de dois homens. Segundo a polícia, eles morreram ao trocarem tiros com os policiais em uma localidade da favela conhecida como Karatê. Duas pistolas calibre 9 mm, 110 pedras de crack e 33 papelotes de cocaína foram apreendidos. Pela manhã, policiais realizaram um cerco à favela e entraram com carros blindados e tratores para retirar os trilhos de trem postos no asfalto por traficantes.

A educação que liberta e a mão que escraviza

O título deriva do artigo "A arte que liberta não pode vir da mão que escraviza" publicado no Le Monde Diplomatique:
http://diplo.uol.com.br/2007-10,a1968

A educação pode ser um instrumento de dominação e controle, uma forma de perpetuação de um grupo dominante no poder, um mecanismo de escravidão da coletividade. Assim como todas as coisas, a educação pode ser usada para o bem ou para o mal. Pode ser uma educação que liberta ou uma educação que escraviza. O grande problema é saber quando estamos diante de uma ou diante de outra, pois o principal truque dos grupos dominantes, que usam a educação como instrumento de poder, é esconder nas instituições fundamentais da sociedade mecanismos de dominação, controle e perpetuação do status quo. Isso se aplica a todas as instituições: Direito, Democracia, Judiciário, Legislativo, Universidades Públicas, religião, etc...

Neste texto vou tratar da educação que liberta e da mão que escraviza, ou seja, da mão que usa a educação para escravizar e da educação que tem poder para decepar a mão que escraviza... Parece meio enrolado o negócio, mas você vai entender...

O que você precisa compreender é que nós estamos imersos em um mundo de desigualdades, pobreza e miséria. Nesse mundo de desigualdade, probreza e miséria existem grupos dominantes poderosos que enriquecem dia após dia. De um lado você tem a maioria da população na pobreza e na miséria. De outro lado você tem grupos dominantes e indivíduos super-ricos. Não há riqueza na pobreza e na miséria, contudo a pobreza e a miséria podem gerar grandes riquezas...Os grupos dominantes atuais sabem e usam isto com grande maestria. Os grupos dominantes atuais usam a pobreza e a miséria da maioria da população como sua principal fonte de riqueza.

Mas quem são os grupos dominantes atuais ? Quem é a tal classe dominante ?

Hoje no Brasil, com dados do IBGE de 1996:

Elite -- Profissionais pós-graduados, empresários e altos administradores. -- 4,9%

Classe média alta -- Pequenos proprietários, técnicos com especialização e gerentes de grande empresa. -- 7,4%

Classe média média -- Pequenos fazendeiros, auxiliares de escritório -- e profissionais com pouca especialização. -- 13,3%

Classe média baixa -- Motoristas, pedreiros, pintores, auxiliares de serviços gerais, mecânicos, etc. -- 26,9%

Pobres -- Vigias, serventes de pedreiros, ambulantes e outros trabalhadores sem qualificação. -- 23,4%

Muito pobres -- Trabalhadores rurais, bóias-frias, pescadores, peões de fazendas, catadores urbanos,etc. -- 24%

Esses dados estão descritos em um estudo disponível em:
http://www.ai.com.br/pessoal/indices/CLASSES.HTM

Mas como eles operam isto ? Como conseguem gerar riqueza usando a pobreza e a miséria da maioria da população ? A resposta é simples: mão-de-obra barata. E aqui entra uma idéia interessante que aparece no filme Matrix. No filme Matrix as pessoas eram cultivadas para gerar energia. Ficavam inerte dentro de um recipiente gerando energia para as máquinas. No mundo atual as pessoas também são cultivadas para gerar energia. E sua energia é usada, nas fábricas, indústrias e comércio, para produzir produtos e serviços que são vendidos no mercado. A energia vira produto e serviços. Ao menos no filme Matrix a pessoa não precisava fazer nada, ficava inerte gerando energia. Na atualidade a pessoa tem que se virar, tem que encontrar um local, um emprego, que aceite a sua energia e lhe paque uns trocados em troca. A realidade é bem mais perversa e sangrenta do que o filme Matrix.

A riqueza é gerada pela energia dos pobres e miseráveis que trabalham muito para ganhar pouco ou quase nada. O lucro daquilo que eles produzem é embolsado pelos grupos dominantes e pelos super-ricos.

Neste contexto entra em cena um outro ponto fundamental. O excedente de produção tem que ser vendido para pessoas que tenham renda. Um país de pobres e miseráveis tem pouca renda disponível para aquisição, logo, devem buscar outros mercados. Aqui entra o comércio internacional como um elemento que faz a cadeia de exclusão e exploração continuar girando e gerando riquezas. Sem o comércio internacional o sistema quebraria, pois sem consumidores não há produção. E só há consumidores onde há renda. Um país com um grande número de pobres e miseráveis tem pouca renda e poucos consumidores. Pobre não compra TV de plasma, geladeira com internet, carro da moda, etc.

Olhe para a construção civil. Quem mais trabalha e quem realmente constrói os prédios são os pedreiros e os serventes de pedreiro. Porém, quem realmente lucra e ganha com essas construções são as grandes construtoras e os investidores. Olhe para a indústria canavieira. Quem mais trabalha e quem movimenta as usinas são os trabalhadores rurais, cortadores de cana, bóia-frias. Porém, quem realmente lucra e ganha com a cana são os usineiros. Olhe para a indústria de suco de laranja, fábrica de automóveis, indústria têxtil, etc. Olhe para o comércio. Quem trabalha realmente ganha muito pouco. Quem mais lucra com o comércio são os comerciantes capitalistas.

O salário que esses trabalhadores ganham não dá para nada. Não lhes permite escapar da escravidão e crescer na vida. Estes indivíduos estão presos dentro da exclusão e da exploração e não conseguem se libertar, pois o sistema os mantém cativos. São pobres e miseráveis e continuarão a ser pobres e miseráveis, apesar do emprego que possuem... São pilhas que produzem energia para o sistema. Energia que vira produtos e serviços que serão vendidos no mercado internacional. Quem mora na favela e ganha um salário mínimo não possui nenhuma chance de sair da favela...Quem mora no campo e ganha um salário mínimo não possui nenhuma chance de escapar do circulo de pobreza e miséria...

Além disso, o sistema não tem interesse em acabar, ou reduzir ao mínimo, as desigualdades, a pobreza e a miséria, pois se isso for feito não haverá mais mão-de-obra barata e nem reserva de escravos para movimentar as indústrias. Os grupos dominantes ganham, e muito, com as desigualdades, com a pobreza e com a miséria. Basta ver que são grupos dominantes que se enriquecem cada vez mais, mesmo estando inserido em um mundo de desigualdades, pobreza e miséria.

Quem opera este sistema perverso ? A resposta aparece na tabela dos grupos dominantes. Quem ganha com as desigualdades, com a pobreza e com a miséria no Brasil é a elite e a classe média alta. São estes indivíduos os inimigos da coletividade e do Povo Brasileiro. Eles é que alimentam e perpetuam esse sistema de exclusão e exploração. Eles é que impedem a implantação de políticas públicas que ocasionem transformação social relevante. Eles ganham com a desgraça do Brasil e do Brasileiros. Não só ganham como financiam a desgraça do Brasil e dos Brasileiros.

Elite -- Profissionais pós-graduados, empresários e altos administradores. -- 4,9%

Classe média alta -- Pequenos proprietários, técnicos com especialização e gerentes de grande empresa. -- 7,4%

Nesta tabela onde está as Universidades Públicas ? Onde está a burocracia ? A resposta é só uma: na elite. Por isso, meu caro, não espere que uma Universidade Pública faça alguma revolução ou transformação social relevante, pois os professores das Universidades Públicas pertencem à elite. Eles ganham com as desigualdades, com a pobreza e com a miséria da população e do Povo Brasileiro... Eles enriquecem, mesmo estando inseridos em um mar de desigualdades, pobreza e miséria.

Eu vejo isso claramente e compreendo, por exemplo, porque a USP aprova e apóia projetos de banco para pequeno número de alunos da classe média, mas não aprova e nem apóia projetos de grande relevância e repercussão social que beneficia a coletividade como um todo. A USP não quer política de cotas, alguns professores da USP não querem o Projeto OCW-USP. Não querem porque esta Universidade é um centro de formação dos herdeiros da classe dominante, eles são classe dominante, são elite e a elite não quer mudança social, quer que o status quo se mantenha, que as coisas continuem como estão. Eles ganham com as desigualdades, com a pobreza e com a miséria da coletividade. Eles ganham com a escravidão.

Portanto, a educação que liberta não virá dessa mão que escraviza. A mão que escraviza não quer uma educação que liberta os seus escravos. Logo, as Universidades Públicas não buscam resolver os problemas sociais ou desenvolver políticas sérias que acabem com as desigualdades, com a pobreza e com a miséria. Inclusive é comum ouvirmos professores falando que não é função da Universidade resolver problemas sociais. Dizem que é função da Universidade educar e formar mão-de-obra especializada. Porém, não dizem que a Universidade ministra, para aqueles que conseguem romper a barreira econômica, uma educação que ocasiona escravidão mental; assim como forma os herdeiros dos grupos dominantes, ou seja, perpetua a elite da exclusão e da exploração. A Universidade atual domestica as mentes rebeldes e tenta conformar os inconformados, fazendo-os aceitar como natural e impossível de mudança a realidade perversa que nos assola.

A revolução tem que ser construída nas favelas e nas periferias, pois a mão que escraviza não produz uma educação que liberta. Os oprimidos, os excluídos e os explorados terão que se levantar para tomar o sistema. Os herdeiros dos grupos dominantes e os próprios grupos, apesar do discurso social, não querem nenhuma mudança social relevante. Por isso, desenvolvem planos e idéias que mudam tudo sem mudar nada. Esta é uma das especialidades da USP, fazer planos e projetos que muda tudo sem mudar nada. Ao invés de adotarem as cotas na Universidade, criaram mais um cursinho pré-vestibular...

Mas qual é a educação que liberta ? Qual é a educação que nos livra e nos salva da mão que escraviza ? Certamente, não é a educação atual, pois a educação que temos hoje reproduz e perpetua as desigualdades. É uma educação que usa as desigualdades econômicas para promover desigualdades intelectuais. Os ricos são doutores, pós-doutores, etc... Os pobres chegam no máximo até a oitava série. As Universidades particulares são caríssimas. Logo, excluem os pobres. As Universidades Públicas usam provas vestibulares dificílimas para que os alunos que queiram ser aprovados tenham que fazer cursinhos caríssimos. Logo, as Universidades Públicas também excluem os pobres. Excluem na obrigatoriedade indireta de fazer cursinho caros para ingresso... Este é o mecanismo de poder dos grupos dominantes. Um mecanismo inserido na instituição Universidade Pública para dominar, controlar e perpetuar a elite no poder.

O primeiro mecanismo da elite é impedir que os pobres e miseráveis estudem. E se, apesar da exclusão e exploração, o indivíduo consegue terminar o segundo grau, o mecanismo seguinte, implantado pela elite, é impedir que ele entre na Universidade. E se ele entra, o próximo passo é impedir que ele termine o curso...Certamente, não há uma única pessoa operando isto. Há um sistema por trás disto. Um sistema que foi construído ao longo do tempo e que foi enraizando na nossa cultura. Isso parece natural... Os vestibulares parecem coisas naturais... Os cursinhos parecem coisas naturais... Mas não são. São mecanismos criados para dar oportunidades e estudos para quem tem poder econômico e, simultaneamente, excluir das Universidades Públicas quem não tem poder econômico.

Quem tem poder econômico protege o poder econômico e busca perpetuar os mecanismos de opressão, exclusão e exploração. Quem não tem poder econômico quer mudar tudo isto. Quer quebrar o sistema e instaurar uma nova ordem... Por isso, o poder econômico tenta impedir o acesso das classes baixas à Universidade, à educação e ao cerne do sistema. O vestibular é um mecanismo seletivo econômico. Ele é feito para impedir o acesso às Universidades Públicas dos alunos das classes baixas...Somente quem paga cursinho caro entra nos cursos importantes. Certamente, existem excessões, mas são pontos fora da reta...

Portanto, a educação que liberta tem que ser gratuita e aberta a todos, sem nenhum tipo de barreira econômica excluindo, oprimindo e explorando. A educação que liberta é democrática, é acessível, é transformadora. O conhecimento tem que ser democratizado e socializado. Eu vejo na tecnologia atual uma grande possibilidade de se implantar, como política pública, a educação que liberta. Eu chamo esta educação qe liberta de Ensino Público Gratuito via Internet. E este sistema de ensino público via internet começa com um projeto OCW, ou seja, o Projeto OCW é o primeiro passo para se estabelecer um sistema de ensino público via internet.

Sobre o Projeto OCW-USP
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ocw-usp.htm

Repercussões do Projeto OCW-USP
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ini9-5.htm

O Projeto OCW-USP e o Ensino Público via Internet
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ocw6.htm

O Projeto OCW-USP e o INCLUSP
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ini9-7.htm

Os cursos a distância não democratizam o conhecimento e nem socializam os saberes
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ini9-8.htm

Comentando o Projeto MIT-OCW
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ocw8.htm

Internet e democratização do conhecimento: repensando o processo de exclusão social
http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/ini9-11.htm


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O elitismo do ensino superior

Antonio Gois - Coluna Aprendiz
http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/a_gois/id240603.htm

O IBGE divulgou neste mês, na Síntese dos Indicadores Sociais, um dado inédito que ajuda a entender o perfil do estudante que consegue chegar na universidade pública.

Pela primeira vez, o instituto pesquisou o perfil socioeconômico do universitário de instituições públicas. O resultado confirma o que já se sabia: a maioria dos estudantes (60%) dessas instituições pertencem à camada dos 20% mais ricos da população brasileira.

Entre os 20% mais pobres, apenas 3,4% estão representados nas universidades públicas. Esses números não deixam dúvida quanto ao caráter elitista da universidade pública. No entanto, sua análise fora de contexto pode levar a conclusões simplistas.

Infelizmente, o IBGE não fez o cálculo do perfil socioeconômico dos alunos das universidades privadas. A pergunta que deveríamos nos fazer é: a universidade particular é mais ou menos elitista do que a pública?

Os números do IBGE não permitem obter essa resposta. No entanto, uma pesquisa já citada muitas vezes nesta coluna, do sociólogo Simon Schwartzman, mostra que o ensino superior como um todo é elitista.

Schwartzman fez o mesmo cálculo com base na Pnad de 1999, quando não era possível separar a rede pública da particular nas análises dos resultados. Sabemos, no entanto, que 70% dos estudantes do ensino superior brasileiro estão na rede privada.
Sabemos também, a partir dos estudos de Schwartzman, que os estudantes que pertenciam aos 20% mais ricos ocupavam 71% das vagas de todo o ensino superior em 1999.

Esse dado não deixa dúvida: não é só a universidade pública que é elitista. Esse é um problema de todo o sistema, e não apenas das instituições mantidas com o nosso dinheiro.

Os dados do IBGE também mostram outra faceta desse elitismo. É comum ouvir o argumento de que o problema do elitismo nas nossas universidades não é delas, mas sim do ensino médio. Em outras palavras, as universidades - públicas ou particulares - receberiam os alunos mais ricos porque o filtro social aconteceria mais cedo, no ensino médio, porque muitos estudantes pobres não conseguiriam completar o ensino médio, condição fundamental para entrar na universidade.
O IBGE mostra que essa afirmação é uma meia verdade.

Do ensino fundamental para o ensino médio, é inegável que existe um filtro social e que muitos estudantes pobres ficam pelo caminho. Na faixa etária de 7 a 14 anos, todas as faixas de renda pesquisadas, da mais pobre à mais rica, a taxa de freqüência escolar é superior a 90%.

Dos 15 aos 17, essa taxa já começa a variar. Entre os 20% mais pobres, 71% estudam. Entre os 20% mais ricos, 94% estudam. Isso mostra que os pobres começam a abandonar o estudo mais cedo, mas nenhum filtro é tão elitista quanto o dos vestibulares.
É na passagem do ensino médio para o ensino superior que as estatísticas mostram que ocorre a maior elitização. Provavelmente, em qualquer lugar do mundo as universidades acabam atraindo os alunos mais ricos. No caso do Brasil, no entanto, os dados deixam claro que essa elitização é mais perversa.

É por isso que é tão importante discutir sobre temas como cotas, aumento de vagas nas universidades públicas, bolsas de estudo, financiamento, cursos para carentes ou qualquer outra proposta com o objetivo de aumentar o acesso dos pobres à universidade, incluindo a mais do que óbvia necessidade de melhorar a qualidade do ensino dado aos mais pobres.

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Escolaridade afeta diretamente o PIB

Estadão Online -- Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA
http://www.estado.com.br/editorias/2007/06/26/ger-1.93.7.20070626.1.1.xml

Em uma geração, País deixa de ganhar R$ 300 bilhões, o equivalente a 16% do Produto Interno Bruto, diz Banco Mundial.

Habituados a ouvir dizer que a baixa escolaridade trava o desenvolvimento, os brasileiros têm agora um número calculado pelo Banco Mundial (Bird) que ajuda a provar o tamanho do estrago social e econômico.

Segundo o banco, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deixa de crescer meio ponto porcentual por ano porque um grande contingente de jovens não consegue terminar a escola. Essa porcentagem significa que, em uma geração (40 anos, neste caso), o Brasil deixa de ganhar R$ 300 bilhões, o equivalente a 16% do Produto Interno Bruto.

O estrago e a conta estão no relatório “Jovens em Situação de Risco no Brasil”, divulgado ontem em Brasília. E os custos são muito mais amplos: violência, gravidez precoce, aids, desemprego, abuso de drogas e álcool. Os problemas que cercam os jovens em risco custam caro, tanto em despesas diretas do País quanto no que esse jovens deixam de produzir, para si e para o Brasil.

O diagnóstico do Banco Mundial é duro: “A baixa acumulação de capital humano permite antecipar uma futura geração que não será competitiva nem na região, nem no mundo”, diz o estudo. “Não apoiar os jovens é um custo alto para o País. É um grupo sobre o qual o governo tem de pensar mais”, disse a autora do estudo, Wendy Cunningham, economista sênior do Banco Mundial.

Apesar de uma certa evolução - os jovens brasileiros hoje têm, em média, 8,5 anos de estudo, um a mais do que a geração anterior -, a escolaridade no País é considerada baixa. O estudo mostra que o número de jovens que chegam ao ensino superior no Brasil é o menor da América Latina.

Ingrid Faria Adamo, de 18 anos, parou de estudar em março. Ela cursava o 3º ano do ensino médio noturno quando seu horário de trabalho foi alterado e ela passou a ter de permanecer na empresa de telemarketing até as 21 horas. Enquanto esperava sua transferência para o período matutino na escola, acabou conseguindo trocar novamente de turno no serviço. Ao informar a escola de que poderia voltar a estudar à noite, conta, o diretor disse que ela já havia perdido muitas aulas e provas e que deveria procurar um supletivo. “Ele praticamente me expulsou porque faltei duas semanas”, diz. Hoje, Ingrid - que trabalha desde os 15 anos - ainda procura uma vaga na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o antigo supletivo. “Eu gostava de estudar e quero muito fazer uma faculdade de Arquitetura.'

A CADEIA DA POBREZA

Os R$ 300 bilhões calculados pelo Banco Mundial referem-se diretamente a esse problema: se os jovens brasileiros que deixam a escola completassem apenas o nível de ensino seguinte ao que deixaram de fazer - se um jovem que deixa a escola na 8ª série do ensino fundamental, por exemplo, terminasse o ensino médio -, ele receberia um salário maior. Somados, esses salários (não recebidos) da geração que largou a escola somariam mais R$ 300 bilhões girando na economia nacional.

A pobreza faz com que todos os demais riscos aumentem. Jovens pobres abandonam mais cedo a escola, têm mais dificuldades de encontrar emprego, morrem mais cedo, envolvem-se mais com drogas e correm mais riscos de serem pais ainda muito cedo.

Entre os jovens mais pobres, a taxa de analfabetismo é três vezes a da média nacional. Os que trabalham com carteira assinada representam apenas 1/8 da média do País e 90% dos jovens desempregados vêm de famílias com renda inferior a dois salários mínimos.

De acordo com o Banco Mundial, o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego entre jovens da América Latina. Mas, quando comparada com a dos adultos, é alta demais para um País com o nível de atividade econômica que o Brasil tem.

9,5 MILHÕES

O estudo não quantifica quantos jovens brasileiros poderiam ser considerados em situação de risco. O governo brasileiro trabalha com um grupo de 9,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que estão fora da escola e desempregados. Desses, 4,5 milhões ainda não conseguiram completar nem mesmo o ensino fundamental.

“Esse é o público mais importante. Se atacarmos esses problemas, podemos alcançar os demais”, disse o secretário nacional de Política para a Juventude, Beto Cury.

14/10/2007

Livros, textos e apostilas gratuitas (Concursos, OAB, Material USP, etc)

O conhecimento é uma coisa que existe para compartilhar. Compartilhando o que você tem e aquilo que você sabe, você nunca perde e ainda contribui para que mais conhecimento e mais informações sejam gerados. O conhecimento é uma coisa que você pode dar sem reduzir aquilo que você tem.

Links que possuem livros, textos e apostilas sobre diversos assuntos, incluindo psicologia, literatura, sociologia, história, idiomas, concursos públicos e exame da OAB, etc. Materiais essenciais para quem estuda:

Arquivo de Apostilas p/ concursos e exame da OAB
http://www.esnips.com/web/materialjuridico

Arquivo de livros e textos
http://www.esnips.com/web/leonildoc-politica

Arquivo: Idiomas
http://www.esnips.com/web/leonildoc-idiomas

Arquivo: Livros e outros textos didáticos (Castell, Durkheim, Capra, Arendt, etc)
http://www.esnips.com/web/leonildoc-politica

Outras coisas inteligentes no meu site (Notícias de uma Guerra Particular, Muito Além doCidadão Kane, etc):
http://xoomer.alice.it/direitousp/

Podem repassar esse email para todas as pessoas que conhecerem ou necessitarem de materiais desse tipo.

Você recebeu de graça, portanto, redistribua de graça. Isso é fraternidade. E Fraternidade é a marca do século XXI.

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Além disso, eu quero falar outra coisa. A Revolução Francesa firmou na História o lema: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". Lema que foi dividido e se converteu em uma bandeira de luta. Um lema e três lutas: uma por liberdade, outra por igualdade e a terceira por fraternidade. Lutas contínuas que avançam de conquista em conquista. Não apenas para conquistar mais liberdade, mais igualdade e mais fraternidade, mas principalmente para se manter aquilo que se conquistou.

A primeira luta foi por liberdade. Ela não começou com a Revolução Francesa, pois essa luta sempre existiu na História Humana, mas foi nessa Revolução que ela apareceu com mais força, intensificando-se no século XIX. Inclusive podemos dizer que o século XIX foi o século de luta pela liberdade do homem e dos cidadãos, luta pelos Direitos Humanos, luta contra a opressão e tirania do Estado.

A segunda luta foi por igualdade. Essa luta também não começou na Revolução Francesa, pois ela sempre esteve presente na História Humana desde a antiguidade. Contudo, foi na França que ela se transformou em uma bandeira das classes sociais, intensificando-se exponencialmente no século XX. Assim, o século XX foi o século de luta pela igualdade entre os homens. Luta pelos direitos sociais. Época das revoluções comunistas.

A terceira luta é por fraternidade. E será travada agora, no século XXI. E as primeiras batalhas já podem ser percebidas, por exemplo, a questão da quebra de patentes dos medicamentos anti-aids, o software livre, You Tube, Wikipédia, os movimentos de Seattle, a explosão das ONGs, os Fóruns Sociais. Todos esses movimentos são traspassados por um fio comum que é a luta por fraternidade entre os homens. A lógica do lucro está sendo quebrada, a humanidade está se sobrepondo à mercadoria e ao preço. Você cobraria por um medicamento anti-aids que salvaria a vida de seu irmão ? Você cobraria direitos autorais e propriedade intelectual de um produto ou serviço que é essencial para o crescimento e para a evolução de seu irmão ?

A resposta é única: não. Não cobra porque entre você e seu irmão há uma ligação fraternal estabelecida pelo elo familiar. Essa ligação fraternal, de repente, saiu do âmbito da família e está contaminando a humanidade. Basta olhar para o Movimento anti-globalização, para os Fóruns Sociais, para as ONGs sérias e compromissadas com a Justiça Social, Direitos Humanos, etc. O mundo está mudando e tomando uma nova direção.