Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

30/10/2008

A máquina do Big Bang
O que os cientistas não contaram sobre a máquina do Big Bang ? Será que estão escondendo algo ? Do ponto de vista científico, o Big Bang não pode ser reproduzido. Não há as condições iniciais, além disso estamos dentro do fenômeno.

Contudo, olhando pela perspectiva religiosa, (vou falar em termos de ficção, linguagem simbólica) considerando a descrição daqueles que falam de uma possível reação em cadeia, de repente, começo a pensar que essa experiência pode atingir, para quem acredita, a membrana, a barreira, que separa mundos paralelos.

A nossa dimensão faz fronteira com o mundo dos espíritos, com o mundo da Energia, um mundo de quatro dimensão. Estamos inseridos no mundo dos espíritos, porém, nossas limitações (a nossa salvação) nos impedem de ver além da barreira. Quem conseguiria viver vendo/conversando/interagindo com personagens do mundo dos espíritos por 24 horas seguidas ? A esquizofrenia é um mal que abre os olhos do indivíduo para esse mundo paralelo...

Somos como um vírus que entra no corpo humano. Para o vírus, dado o seu tamanho microscópico, o corpo humano não é visto no todo. Para o vírus o mundo, e o universo, são as coisas que tem o tamanho dele. E um dia para nós é uma eternidade, significa várias gerações no mundo viral...

Em outras palavras, a grande quantidade de energia envolvida na experiência do Big Bang pode romper ou abrir um grande buraco na barreira que nos separa o mundo de quatro dimensão, sugando-nos para dentro dele ou, então, abrindo uma passagem direta, um caminho, para aqueles que estão do lado de lá passarem para o lado de cá... Resumindo, a experiência abriria um portal.

Isso é racional e lógico. Além disso, explicaria um dos pontos mais intrincados do Apocalipse... Um ponto que sempre chamou a minha atenção. As profecias falam de guerras entre anjos e demônios. Falam de homens (reis e nações) participando dessas guerras... A minha pergunta sempre foi: essa guerra acontecerá nesta dimensão, na dimensão dos espíritos ou ocorrerá a junção de dimensões - a membrana que nos separa será rompida ?

Essa questão é extremamente pertinente, pois implica no seguinte: se a guerra acontecer do lado de lá, todos os homens estarão lá (reis, nações inteiras), portanto, o planeta explodiu e estamos todos no mundo dos espíritos, uns lutando do lado do bem, outro pelo lado do mal, exatamente como descreve o apocalipse... Se a guerra final (Armagedon) acontecer do lado de cá, isto significa que acontecerá uma invasão de espíritos nesta dimensão e, após a guerra, continuaremos aqui, só que sem a presença do lado sombrio (o perdedor) e sendo governados pelo Poderoso Deus de Abraão ou o seu Enviado, exatamente como descreve as Profecias.

A Terra Prometida, o Novo Céu e a Nova Terra, pode ser aqui ou pode ser do outro lado, ou pode ser em outro planeta... Precisamos buscar o sentido das Profecias... Precisamos que Deus nos dê sabedoria, conhecimento, entendimento e discernimento para interpretá-las de forma correta, afastando aquilo que é obra dos falsos profetas e que são apenas pedras no caminho do nosso entendimento, joio no meio do trigo.

De uma forma ou de outra, os desígnios de Deus se cumprem, inclusive, por meio daqueles que não acreditam e não servem ao Poderoso Deus de Abraão. Lembrem-se do "Assíria, a vara da minha ira (Isaías 10)". De repente, essa experiência pode ser o início de tudo, como temem alguns, o começo do Apocalipse, a abertura do portal...

Também temos que considerar que alguns fenômenos do Apocalipse possam ficar restritos ao mundo dos espíritos. Por exemplo, a guerra entre anjos e demônios. Contudo, isso nos afetará enormemente, pois os demônios vão guerrar e, com eles, aqueles que se venderam para o lado sombrio...

As profecias devem ser consideradas e estudadas minuciosamente, inclusive por quem não acredita nelas, pois elas movimentam os homens e afetam todas as consciências humanas. Além disso, eu lembro que nenhum partido, nenhuma causa, nada, congrega tanto Homens quanto as religiões. E congregando tantos homens, as profecias se cumprem...

Para quem acredita e tem religião, a maioria do planeta, as profecias se cumprem porque são a palavra de Deus. Além disso, é válido considerar que as profecias só são ruins para quem milita do lado do mal, vive da exploração, opressão e injustiças. Quem quer paz, direitos humanos, exercício pleno da consciência e livre-arbítrio. Para quem é justo e reto, as profecias são colírios para os olhos, pois elas falam do mundo que trabalhamos para construir, um mundo sem injustiças, sem opressão, sem exploração, o Novo Céu e a Nova Terra...

Talvez as Profecias estejam falando justamente disso, do resultado final alcançado pelo nosso trabalho ao longo de milhares de anos e de centenas de milhares de gerações...

A Palavra do Senhor: Provérbios 1: 20-33
20 A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz.
21 Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras:
22 Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?
23 Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.
24 Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção,
25 Antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão,
26 Também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.
27 Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia.
28 Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão.
29 Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do SENHOR:
30 Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão.
31 Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos.
32 Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá.
33 Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.

29/10/2008

Um tempo fora
Estou pensando em ficar um tempo no sítio do meu avô. Acho que lá é o lugar adequado para eu finalizar o livro... Lá estarei longe dos monitoramentos e das bisbilhotices... Lugar ideal para escrever certas coisas... Bem longe das tentativas de influências, etc... Também é o lugar ideal para encadear o pensamento, refletindo com profundidade sobre cada coisa...

Enfim, um lugar para exercitar a capacidade de pensar e refletir, exercitar a consciência... Preciso dos livros da Hannah Arendt, etc...

Tempo ??? O tempo não é importante. Importante é a iluminação da consciência... Somente dessa forma faremos a humanidade avançar. Poucas pessoas, hoje, tem capacidade e sabedoria suficiente para fazer a humanidade avançar na direção certa. Inegavelmente, existe muita gente, com muito poder, que possuem capacidade ampla para nos fazer regredir ou avançar para o lado errado, atrasando em centenas de anos a evolução humana...

Enfim, preciso estar só, longe das banalidades humanas, ficando semanas, talvez meses, sem falar com ninguém...

Por que o Brasil ???
Por duas razões: convívio harmonioso entre etnias e raças e convívio harmoniso entre as religiões. Nesses aspectos o Brasil é o país mais avançado do mundo. Inegavelmente, há uma certa dose de hipocrisia, porém, estamos na frente de todos os países do primeiro mundo... Enquanto a maior parte das nações caminham para um conflito generalizado entre raças, etnias e religiões, nós avançamos em paz... Cada um no seu quadrado, como dizem no gueto !!!

Algumas nações precisarão de centenas de anos para chegar no nível de harmonia e tolerância que há no Brasil !!! No nível de respeito ao livre-arbítrio que temos por aqui !!! Precisamos avançar ainda mais, porém, já temos um nível de excelência inquestionável !!!

O nosso problema é a desigualdade social e a violência oriunda dessa desigualdade, mas nada que não possa ser resolvido em pouco tempo. Nós não temos ferimentos profundos e nem somos racistas suficientes, ou fanáticos suficientes, para afundarmos em uma guerra sem fim...

Justamente por isso, somos tão abençoados !!!

A chave e a fechadura
Eu disse qual é a chave, porém, ainda não disse onde está a fechadura e nem como deve ser utilizada a chave... Entendeu ??? Não farei isso tão cedo, pois a maioria das consciências ainda vive na era primitiva...

Contra o INSS
Quem está enfrentando a opressão e as ilegalidades perpetradas pelo INSS contra pessoas hipossuficientes, deve conhecer e utilizar nas peças, os argumentos do artigo do Professor Marcus Orione, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Direitos Humanos e Direitos Sociais: interpretação evolutiva e segurança social. Revista do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social. São Paulo. V.1, n.1, Jan/Jun 2006.

O Professor Orione, no artigo citado, ensina que a interpretação no sistema de segurança social é uma interpretação essencialmente de princípios e que os princípios revelam os conceitos constitucionais dentro de um patamar de unidade político-constitucional. Obtido o conceito, a partir dos princípios, tem-se que todo sistema infraconstitucional, e também a atuação da administração pública, deve-se submeter a esse conceito constitucional. Assim, a interpretação deve-se fazer à luz desta perspectiva e daquela segundo a qual os direitos sociais são direitos fundamentais: portanto, ao lado dos direitos fundamentais individuais, existem os direitos fundamentais sociais, e a estes deve ser aplicada toda a metodologia de interpretação e de dicção do direito que é aplicável aos direitos individuais, no sentido da maximização de resultados.

Ainda de acordo com o Professor Orione (p.134), a patrimonialização de tudo aquilo que é direito fundamental social, se for admitida, deve ser feita de forma a dignificar o homem. Portanto, até um certo patamar, onde eles estão ligados à própria pessoa, estes direitos são de personalidade, eles não são patrimoniais. Assim, enquanto o salário é indispensável à própria sobrevivência, ele é direito de personalidade e não direito patrimonial – o mesmo se dando com o benefício previdenciário ou o direito à saúde.

Enfim, esse artigo tem argumentos fundamentais para combater as violações e inconstitucionalidades, injustiças, perpetradas pelo INSS contra pessoas hipossuficientes, principalmente, pobres e trabalhadores rurais de baixa renda...

Usei alguns argumentos do Professor Orione no trabalho "A ilegalidade da alta programada".

27/10/2008

Infiltrados
Fiz uma prova na qual caiu um texto sobre agentes infiltrados. As dicas da provas são boas. Mesmo que eu sempre percebo quem são os infiltrados e informantes que são colocados do meu lado. Basta observar para saber quem é quem.

Inclusive, há infiltrados bem próximo de mim, dentro da minha casa... Não sei o que ganham com isso !!! De uma forma ou de outra, eu estou ligado no que fazem e conto tudo para evitar surpresas...

Fraude na urna
É preciso investigar e acompanhar bem de perto os programadores e a instalação dos programas nas urnas eletrônicas... Estão instalando os programas originais ou cópias alteradas ??? Isso porque pode existir várias versões de programas rodando, espalhadas matematicamente, pelos redutos eleitorais...

A cópia que está guardada no cofre do TSE é só uma cópia e não garante que a cópia que está instalada nas urnas seja a mesma. Eu posso pegar uma cópia do programa de voto eletrônico, fazer alterações nele, jogando os votos de alguns candidatos para brancos e nulo, por exemplo, de cada cinco voto de tal candidato, o programa joga dois para os brancos e nulos, e a fraude está pronta.

Distribuindo isso matematicamente pelo reduto eleitoral, a fraude se consuma e se concretiza. Preciso apenas alinhar as pesquisas de opinião. O que é bem mais fácil de fazer...

Assim, o indivíduo vota, vê a cara do candidato, aperta confirma, porém, ao apertar o confirma, o voto não é computado para o candidato, mas sim como nulo. Contudo, a tela mostra tudo como se ele tivesse votado no candidato escolhido. E a única forma de se descobrir a fraude é abrindo programa por programa, urna por urna, para saber quais são os programas que foram alterados, ou seja, tem que compilar um por um...

Certamente, observando o grande número de brancos e nulos, também dá para desconfiar de que algo estranho está acontecendo... Inclusive, em uma das urnas dos EUA, apertavam um nome e aparecia a foto de outro candidato, ou vice-versa, não lembro... Se eu fosse do FBI, uma espécie de Agente Fox Mulder, já estaria investigando os programas e os programadores...

Não deveriam brincar com a Democracia, pois uma coisa como esta pode, facilmente, levantar um império...

Ainda nessa semana vou detalhar bem tudo isso....

Corpo mole
Eu acho que, além da fraqueza da militância, o PT perdeu em São Paulo porque fez corpo mole. Acho que o grupo de São Paulo não vê com bons olhos a candidatura da Dilma, por isso, perdendo em São Paulo tentam passar a idéia de que o Presidente Lula não transfere votos, portanto, a candidatura da Dilma não é viável... Logo, tem-se que escolher um deles... Quem será ???

Se a coisa continuar indo por esse rumo, se continuarem servindo de pato para as trampa dos tucanos, em 2010 a maldição vai se abater, mais uma vez sobre o PT, ou seja, governam bem, melhoram a vida de todo mundo, mas não conseguem fazer sucessores...

Além disso, os ardis dos tucanos continuam correndo solto nos porões da república, cooptando companheiros, travando outros, articulando e disseminando crises, etc... Tudo para vencerem em 2010...

Por falar nisso, por onde andará o Armínio Fraga, o Pedro Malan, o Mendonça de Barros, será que estão especulando muito ?

25/10/2008

Fraude no sistema de voto eletrônico
Eu não sei se já fizeram isso ou se planejavam fazer em 2010. De uma forma ou de outra pensaram muito sobre isso. Como disse num post passado, não pretendia dizer para não tumultuar o processo andamento, porém, o meu silêncio pode acabar nos levando para dentro de um cenário de violência. O silêncio do vigia torna-o responsável pelo mal que se disseminou...

Mas antes de falar sobre o assunto vou contar uma historinha. Quando eu estudava Física na USP de São Paulo, conhecia um pessoal que fazia Ciência da Computação. Um dia na sala de informática disseram-me que haviam inventado um programa que enxergava sem usar câmeras, etc... A pessoa ficava próximo do computador e fazia perguntas. Por exemplo, qual a cor do meu sapato ? A cor do meu boné ? A cor da minha calça ? O que eu tenho nas mãos ? Etc... O programa acertava tudo...

Bastava o indivíduo, que estava na frente do computador, digitar a pergunta para que fosse emitida a resposta correta. Como eu sempre observo padrões, verifiquei que somente uma pessoa digitava as perguntas, ou então, um grupinho seleto de computeiros. Vi e anotei. Em seguida percebi que todas as perguntas começavam com a mesma frase: "Oh poderoso computador...". Com isso descobri a coisa...

Resumindo a ladainha, os computeiros, alunos da Ciência da Computação, haviam criado/copiado um programinha que modificava as coisas que eram digitadas. Enquanto a tela mostrava a frase "Oh poderoso computador...", o indivíduo, na verdade, estava digitando a resposta da pergunta que o outro tinha feito e que seria mostrada no final, quando ele apertasse a tecla confirma, digo, teclasse enter... Coisa bem engenhosa...

(continua)

Uma conspiração
Pode ser uma conspiração... Tenho a impressão que os reflexos da crise no Brasil são oriundos de uma conspiração interna e não da conexão com o resto do mundo. Há um alinhamento de interesses envolvendo especuladores, políticos e a mídia. Estão conspirando para derrubar/atingir as políticas do governo, afetando o Brasil e os Brasileiros.

A corrida para 2010 já começou... Por isso, querem atacar o modelo atual, manchar e reuzir seu sucesso. Para atacá-lo estão utilizando a crise. A culpa é da crise americana, dizem eles, mas são eles que estão gerando a crise aqui dentro...

Observem bem quem está fazendo o quê e verão a conspiração. Pesquisa de confiança e de fé na economia no meio de uma crise é coisa de idiota...

Querem voltar ao poder a qualquer custo e qualquer preço, nem que para isso tenham que afundar, de novo, o Brasil e prejudicar todos os brasileiros...

Neoliberais... são os responsáveis pela crise lá fora. Já os neoliberais daqui de dentro estão espalhando gerando a nossa crise particular. É melhor derrubar eles antes que eles derrubem o Brasil !!!

A Palavra do Senhor - Salmo 35
1 Contende, SENHOR, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra mim pelejam.
2 Embraça o escudo e o broquel e ergue-te em meu auxílio.
3 Empunha a lança e reprime o passo aos meus perseguidores; dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.
4 Sejam confundidos e cobertos de vexame os que buscam tirar-me a vida; retrocedam e sejam envergonhados os que tramam contra mim.
5 Sejam como a palha ao léu do vento, impelindo-os o anjo do SENHOR.
6 Torne-se-lhes o caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do SENHOR os persiga.
7 Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida.
8 Venha sobre o inimigo a destruição, quando ele menos pensar; e prendam-no os laços que tramou ocultamente; caia neles para a sua própria ruína.
9 E minha alma se regozijará no SENHOR e se deleitará na sua salvação.
10 Todos os meus ossos dirão: SENHOR, quem contigo se assemelha? Pois livras o aflito daquele que é demais forte para ele, o mísero e o necessitado, dos seus extorsionários.
11 Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei.
12 Pagam-me o mal pelo bem, o que é desolação para a minha alma.
13 Quanto a mim, porém, estando eles enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito,
14 portava-me como se eles fossem meus amigos ou meus irmãos; andava curvado, de luto, como quem chora por sua mãe.
15 Quando, porém, tropecei, eles se alegraram e se reuniram; reuniram-se contra mim; os abjetos, que eu não conhecia, dilaceraram-me sem tréguas;
16 como vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes.
17 Até quando, Senhor, ficarás olhando? Livra-me a alma das violências deles; dos leões, a minha predileta.
18 Dar-te-ei graças na grande congregação, louvar-te-ei no meio da multidão poderosa.
19 Não se alegrem de mim os meus inimigos gratuitos; não pisquem os olhos os que sem causa me odeiam.
20 Não é de paz que eles falam; pelo contrário, tramam enganos contra os pacíficos da terra.
21 Escancaram contra mim a boca e dizem: Pegamos! Pegamos! Vimo-lo com os nossos próprios olhos.
22 Tu, SENHOR, os viste; não te cales; Senhor, não te ausentes de mim.
23 Acorda e desperta para me fazeres justiça, para a minha causa, Deus meu e Senhor meu.
24 Julga-me, SENHOR, Deus meu, segundo a tua justiça; não permitas que se regozijem contra mim.
25 Não digam eles lá no seu íntimo: Agora, sim! Cumpriu-se o nosso desejo! Não digam: Demos cabo dele!
26 Envergonhem-se e juntamente sejam cobertos de vexame os que se alegram com o meu mal; cubram-se de pejo e ignomínia os que se engrandecem contra mim.
27 Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se compraz na prosperidade do seu servo!
28 E a minha língua celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia.

Semelhanças e Diferenças
Enquanto estivermos olhando para a humanidade e vendo diferenças não avançaremos. Continuaremos andando em círculo. Enquanto olharmos e dissermos: eu sou branco e ele negro, eu sou rico e ele pobre, eu sou cristão e ele muçulmano, eu sou melhor e ele pior, eu sou isso e ele aquilo, etc... Nossas ações continuarão sendo orientadas por preconceitos, por distinções, exclusões e opressão...

Em um ambiente desse tipo a Glória do Poderoso Deus de Abraão não brilhará. Porque Deus é Único. Um só Deus para todos e Deus não olha para a casca humana, para o pó que forma cada um, para as características materiais. Deus olha para a Consciência. Deus se comunica com a Consciência, não com o telefone celular que acessa internet via satélite, que uns tem e outros não...

Quando os Homens olharem para a humanidade e virem semelhanças, não diferenças, nesta hora avançaremos. E será um gigantesco passo. Um passo universal, rumo à Deus. Quando os homens olharem e disserem: somos iguais, somos filhos de Deus, somos seres humanos, somos o mesmo pó e à terra nossa casca humana retornará, mas temos a mesma essência, uma essência divina: nossa Consciência... Somos semelhantes, não diferentes !!!

Abraão é a chave que abrirá as portas da Nova Era... Uma Era na qual a Justiça do Poderoso Deus de Abraão estará entre os Homens...

Palavras do Senhor ditas pelo Profeta Mohammad (Maomé)
ALCORÃO - "AL BÁCARA" - 2ª SURATA - Revelada em Madina, 286 versículos.

135 Disseram: Sede judeus ou cristãos, que estareis bem iluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras.

136 Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele.

137 Se crerem no que vós credes, iluminar-se-ão; se se recusarem, estarão em cisma. Deus ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo.

138 Eis aqui a religião de Deus! Quem melhor que Deus para designar uma religião? Somente a Ele adoramos!

139 Pergunta-lhes: Discutireis conosco sobre Deus. Apesar de ser o nosso e o vosso Senhor? Somos responsáveis por nossas ações assim como vós por vossas, e somos sinceros para com Ele.

140 Podeis acaso, afirmar que Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos eram judeus ou cristãos? Dize: Acaso, sois mais sábios do que Deus o é? Haverá alguém mais iníquo do que aquele que oculta um testemunho recebido de Deus? Sabei que Deus não está desatento a quanto fazeis.

24/10/2008

Os profetas
Os textos abaixo, extraído do livro "Uma história do Povo Judeu" (Hans Borger - Editora Sêfer - 1999) falam dos profetas mais importantes da Bíblia. Esses profetas fizeram previsões, algumas vezes foram ouvidos, outras completamente ignorados. E cada um desses fatos tiverem repercussões distintas na sociedade em que viviam, indo de grandes vitória sobre inimigos invencíveis, à completa destruição...

A mensagem dos profetas para aquele tempo continuam atuais. Em alguns aspectos, possivelmente, estamos bem piores do que naquela época. Inegavelmente, Deus não mudou a sua posição. Se naquela época ele mandava falar contra as injustiças sociais, contra a corrupção, contra a exploração e a opressão, a mensagem Dele é a mesma para hoje... Se naquela época Ele defendia o pobre e o fraco, hoje continua fazendo o mesmo. Deus não mudou e não mudará... Quem tem que mudar é o Homem...

Milênios se passaram e, ao invés de iluminarmos nossas consciências, caminhando em direção a Deus, transformamo-nos em seres egoístas, individualista e extremamente letais ao nosso próximo, principalmente aos mais fracos, aos pobres... As periferias das grandes cidades, assim como a África hoje, é uma vergonha mundial...

Querem que a Nova Era se inicie, que o Messias se manifeste, que a paz reine, enfim, que Deus habite entre os Homens, mas não querem mudar suas visões e suas consciências, seus comportamentos idólatras, opressivos, egoístas, individualistas... Querem paz, mas alimentam a violência e a guerra... Querem justiça, mas disseminam a exploração dos pobres e dos mais fracos, a indiferença ao próximo, etc... Querem que a Nova Jerusalém se levante, mas estão destruindo e envenenando todo o planeta, destruindo as obras do Criador... Será que a Nova Jerusalém se levantará em um pântano de podridão ???

Estamos próximos da Terra Prometida, mas não avançamos, os nossos atos nos prendem no deserto, estamos andando em círculos... E isso acontecerá até o dia em que olharmos para a humanidade e vermos semelhanças, não diferenças... Enquanto estivermos olhando e vendo diferenças, não avançaremos... Não somos dignos de entrar na Terra Prometida carregando intolerâncias, preconceitos, distinções, corrupções, consciências brutas... Carregando o mal da Era Antiga...

Os profetas continuam atuais, não só quanto ao mal social que condenavam, mas principalmente quanto às saídas que prescreviam... Precisamos olhar para o Poderoso Deus de Abraão, rever nossos passos, abandonar as velhas estruturas, iluminar e lapidar as nossas Consciências, respeitar e seguir as orientações do Criador...

E que o Poderoso Deus de Abraão nos dê sabedoria, conhecimento, entendimento e discernimento para vencer as barreiras que o mal lança em nosso caminho, para nos impedir de avançar e alcançar os nossos objetivos...

O Deus de Abrahão
Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 23
(...)
O Deus de Abrão pouca semelhança tem com os modelos politeístas contemporâneos. Não foi criado, não nasceu nem morre, não tem colegas nem rivais, ascendência ou descendência, não tem corpo, sexo ou origem, não exige templos ou sacerdotes. E abomina o rito pagão do sacrifício de vidas humanas, o qual é abolido a partir da não-consumada imolação de Isaac - o filho que Abrão tem com sua esposa, Sarai - no grandioso cenário da Akedah.

Os encontros e os colóquios dos patriarcas com seu Deus possuem uma qualidade nova, que é transmitida de geração em geração: a convivência, o diálogo, a intimidade - se assim se pode dizer - com esse Deus dos Pais, Deus que não só se revela aos fiéis como - também isto é novo - busca os homens, vai atrás deles, cuida do destino humano, sem intermediários profissionais.

Entre outros povos da Antiguidade - Egito, Suméria, Assíria - teria havido espaço para um processo mitológico, Abrão tornando-se ele próprio a divindade de um novo culto. Mas aqui, no Gênesis, não nasce o deus abrão, mas o Deus de Abrahão.
(...)
Em decorrência do Pacto, e como que simbolizando as mudanças com que ele impregnou suas personalidades, o nome de Abrão passa a ser Abrahão e o de Sarai, Sarah. (...)

De Josias a Jeremias
Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 123-131
A morte de Josias assinala o último período de prosperidade de Judá, nação que ingressa agora numa rota de guerras, convulsões sociais e, finalmente, destruição.

No pequenino reino de Judá, uma das testemunhas do cataclismo geopolítico que sacudira todo o Crescente Fértil foi o profeta Jeremias. Sua vida sofrida e tumultuosa sobressai entre toda a literatura bíblica por sua excepcional riqueza biográfica. A fartura de material - só mesmo comparável ao do rei David - deve-se, em boa parte, às meticulosas anotações feitas por Baruc, o fiel discípulo e biógrafo do profeta.

Nascido na pequena cidade de Anatot, perto de Jerusalém, Jeremias descende de uma família tradicional de sacerdotes. Sua missão começa pouco antes da queda de Nínive, quando o derrame das hordas citas espalhava o terror. À aproximação da avalanche dos bárbaros, Jeremias corre para Jerusalém a fim de anunciar a horrível visão que havia tido.

"Do norte vem uma catástrofe imensa, assaltantes
chegam de país longínguo para as cidades de Judá
revoltadas contra Mim. Olhei para a terra:
tudo é caos e deserto. Olhei para o céu:
dele desapareceu a luz." (Jeremias 4)

Alguns dos populares nem prestam atenção, outros olham com curiosidade para a estranha figura que proclama esses maus augúrios. Não faltam profetas nas ruas de Jerusalém, eles costumam predizer vitórias e suas palavras são agardáveis como o mel. É o que o povo prefere. Em pouco tempo vão mesmo rir de Jeremias, pois os citas tomam o caminho do litoral, atraídos pelas fabulosas riquezas do Egito, desprezando o interior da pobre Judá. A visão do profeta havia falhado.

Jeremias equivocou-se, a destruição que previu ainda demoraria alguns decênios. O povo ri, e o profeta emudece. A causa do seu silêncio não vem do sentir-se desprezado. Ele não pleiteia popularidade, não fala para colher aplausos. Seu silêncio faz parte da situação de expectativa causada pela grande reforma de Josias, o novo entusiasmo religioso que parecia anunciar o ansiado Retorno a Deus.

Depois da prematura morte de Josias, o povo elege seu filho Jeoacás para sucedê-lo. Os egípcios, porém, intervêm, depondo o novo rei; deportam-no para o Egito, e o substituem por seu irmão Joiaquim, promessa de ser um vassalo mais conveniente.

Incentivados pelo próprio rei, os reacionários tomam conta do governo, disseminam cultos egípcios e sumetem o país a uma impiedosa arrecadação de tributos para encher os cofres públicos esvaziados por Neco. Jeremias volta às ruas de Jerusalém, posta-se em esquinas e praças, exortando o povo:

"Assim como Me abandonastes para servir em vosso país a
deuses estrangeiros, assim também servireis a estrangeiros em país que não é vosso. Não temeis a Minha face ?
Eu que fixei a areia como limite ao mar -
não tremeis diante de Mim? Perversos se encontram
no seio do meu povo, se apresentam nutridos e reluzentes.
Prosperam e não fazem justiça aos infelizes.
Como poderei deixar de punir tais crimes ?" (Jeremias 5)

"Não imiteis o procedimento dos pagãos. Os deuses
deles são apenas vaidade, obra feita pelas mãos
de artesãos. So o Senhor é Deus vivo, é Ele quem
criou a terra, criou tudo, JAVÉ, é seu nome.
Um grande tumulto há de transformar
as cidades de Judá em deserto, covil de chacais."(Jeremias 10)

"Profeta da ruína" torna-se o cognome de Jeremias, e mesmo assim multidões aglomeram-se para escutá-lo. Às vezes, um estranho temor apodera-se dos ouvintes diante das palavras deste profeta tão diferente dos que, nos pátios do Templo, proferem discursos elegantes. Baruc, o discípulo, começa a anotar as profecias e visões do mestre, entre elas formulações poéticas que se tornarão proverbiais em todo o mundo, como "o cordeiro que é levado ao matadouro", "separar o joio do trigo", "barro na mão do oleiro", ou a figura do ceifador como espectro da morte.

Um dia, Jeremia troca a praça pública pelo pátio do Templo, pois Lei e culto estão sendo espezinhados. O profeta está desencantado com a centralidade do culto em Jerusalém como resultado da reforma de Josias. Não trouxe a esperada pureza na adoração de Deus:

"Não confieis em palavras vãs que dizem:
Templo do Senhor é este !
Depois de roubar, matar e adulterar,
as pessoas vêm aqui dizendo 'estamos absolvidos !'
É minha Casa um covil de ladrões ?" (Jeremias 7)

O povo não está disposto a acreditar nesse tipo de oráculo, não admite que ao Templo de Jerusalém possa acontecer o que aconteceu a Bet-El, da Samária. Baruc tenta retirar o mestre, pois a multidão está furiosa. Mas Jeremias não cala:

"Ouví, ó povo, a sentença do Senhor:
'Eu destruirei este lugar diante de vossos
olhos e em vossos dias. A morte entrará
pelas janelas e crianças jovens tombarão
nas ruas. Seus corpos cairão qual feixes às
mãos do ceifador e não haverá quem os coletará'."

Os mais exaltados tentam agredí-lo, inclusive sacerdotes, profetas populares, homens da corte. Um grupo de "oficiais de Judá" intervém para manter a ordem e Jeremias consegue retomar a palavra:

"Foi Deus que me mandou proferir contra este povo
e esta cidade as palavras que ouvistes.
Portanto, reformai vossa vida a fim de que Deus
afaste de vós o mal que vos ameaça.
Quanto a mim, fazei o que quiserdes."

Ele está aliviado por ter dito o que tinha a dizer, feito o que tinha que fazer. O povo e os oficiais afastam os sacerdotes e profetas furiosos e, por fim, vence o consenso de que "Este homem não merece a morte, pois falou em nome do Senhor". (Jeremias 26)

Jeremias escapa dos populares, mas não da zanga dos sacerdotes. Ao invés de fazer dele um mártir, decidem ridicularizá-lo: metem-no no pelourinho, onde fica durante 24 horas exposto ao gáudio popular como criminoso comum.

O profeta lamenta-se: "Maldito o dia em que nasci, maldito o homem que a meu pai levou a notícia: Nasceu-te um filho ! - pensando que ia alegrá-lo. Por que, mãe, tive que nascer ? Dor somente, e tristezas vivo, tormentos e misérias, e vergonha." (Jeremias 20:14)

Cada dia da vida de Jeremias é um sofrimento. E a voz Dele não para, a alma do profeta não cessa de ver infortúnios, e todo dia brotam novas palavras angustiantes. Baruc fielmente anota tudo e, em pouco tempo, já tem um grande rolo com a íntegra das palavras e das visões do mestre.
(...)

Correm boatos em Jerusalém de que a corte trama uma conjura contra a Babilônia. Jeremias envia Baruc ao Templo para que aí faça uma leitura pública das suas advertências, a fim de mobilizar a opinião popular. O discípulo lê o pergaminho no pátio do Templo, num dia de grande aglomeração, causando enorme comoção, inclusive entre altos funcionários do governo, partidários da paz.

Eles estão chocados com as terríveis consequências da frívola política real anunciadas pelo profeta, e decidem encaminhar o documento a Joiaquim. "Estava o rei sentado em frente a um braseiro aceso, e na medida em que o secretário lia três ou quatro colunas, o rei as cortava e atirava às chamas, desprezando os rogos dos seus ministros." (Jeremias 36)

Jeremias responde com um manifesto à nação:

"Palavra do Senhor. Há vinte e três anos falo-vos para que renncieis todos e cada um de vós à maldade e aos ídolos que vossas mãos fabricaram ! Já que não escutastes minhas palavras vou conclamar Meu servo Nabucodonosor contra este país. Esta terra converter-se-á em angústia e solidão e por setenta anos servireis ao rei da Babilônia. Só decorridos estes setenta anos é que castigarei o rei da Babilônia e transformarei o país dos caldeus em deserto." (Jeremias 25)

Os que entendem a linguagem bíblica ficam chocados: a expressão "meu servo" é uma distinção, a Bíblia a reserva para muito poucos: Abrahão, Moisés, David, alguns dos grandes profetas - mas Nabucodonosor ! É que Jeremias, prosseguindo nos passos de Isaías ("A Assíria, vara da minha ira" Is. 10:5), recorda ao povo que não existe confinamento para o poder divino, JAVÉ não é uma divindade tribal, chamar o rei babilõnico de instrumento dos desígnios divinos é uma maneira de Deus manifestar Sua autoridade sobre tudo e todos.

De nada adiantam as palavras do profeta. Robustecido em sua leviandade por um pacto militar com o Egito, Joiaquim desafia a Babilônia, suspendendo o recolhimento dos tributos devidos. Inicialmente tudo corre bem, pois Nabucodonosor tem problemas a resolver em outras regiões do Império e Jeremias e seus partidários passam vexame, são chamados de covardes e traidores e cobertos de desprezo.

Joiaquim morre subitamente, ainda sob a ilusão de ter sido vitorioso. O problema passa para seu filho Jeoiaquin. Mal terminam os festejos de sua coroação e chega a Jerusalém a notícia da aproximação de Nabucodonosor à frente de um poderoso exército. Judá, como de praxe abandonada por anos, rei somente há algumas semanas, demonstra a coragem da covardia: manda abrir os portões da cidade e coloca-se à mercê do rei da Babilônia, acompanhado no seu gesto de toda família real.
(...)

Jeremias sabe que o dia do regresso está longe: setenta anos era sua visão profética. Ele envia uma epístola aos exilados dizendo: "Edificai casas e habitai nelas, plantai hortas e comei seus frutos, tomai mulheres e gerai filhos, multiplicai-vos em vez de diminuir ! Buscai o bem da cidade para onde fostes exilados. Tão logo se completem 70 anos, Deus vos fará voltar." (Jeremias 29:5)

Mas, em Babel e em Jerusalém há muitos "profetas" que instigam, provocam, tecem intrigas e exortam os patriotas a rebelar-se, chamando Jeremias de traidor. Um deles é Hananias quem anuncia à multidão reunida no pátio do Templo e na presença do rei e dos embaixadores estrangeiros: "Palavra do Deus de Israel: Vou romper o jugo do rei da Babilônia e daqui a dois anos farei voltar Jeoiaquin e todos os deportados !" (Jeremias 28:11)

Mal Hananias acaba de falar, a massa popular abre caminho para uma estranha aparição - é Jeremias, os pés arrastando grossas correntes iguais às usadas pelos prisioneiros de guerra, e sob seus ombros carrega um pesado jugo:

"Ao rei de Edom, rei de Moab e rei de Amon ! Rei de Tiro, rei de Sidon e tu, Sedecias, rei de Judá: Assim diz o Senhor: Eu fiz a terra e os homens e entreguei-os a Nabucodonosor, Meu servo. Vossos profetas e adivinhos só falam mentiras. Sedecias, rei de Judá: metei vosso pescoço no jugo do rei da Babilônia, servi-o e vivereis !" (Jeremias 27)

Jeremias tira o jugo dos ombros e estende-o a Sedecias numa muda súplica: "Toma sobre ti este jugo e salva teu povo e teu país." Mas Hananias, postado ao lado do rei, bruscamente arranca o jugo das mãos de Jeremias, quebra-o ao meio e arremessa os pedaços aos pés do profeta: "Assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eu quebrei o jugo do rei da Babilônia !"

A multidão delira e aplaude, Jeremias ergue as mãos e no silêncio que se faz a seu gesto, diz com desprezo e dor: "Hananias, um jugo de madeira quebraste. Jugos de ferro nos esperam ! E tu, Hananias, ainda este ano morrerás, pois falaste mentiras em nome do Senhor !" (Jeremias 28)

Hananias morreria sete meses depois, sem presenciar os frutos de sua agitação. (...)

Assumindo pessoalmente o comando de um formidável exército, Nabucodonosor marcha sobre Judá. Mais uma vez abandonadas por seus aliados, as cidades interioranas caem rapidamente e só a capital continua resistindo. A estratégia de Nabucodonosor é de deixar todos entrarem, mas ninguém sair. Jerusalém fica abarrotada de refugiados e a fome se alastra.

Os ouvidos do rei abrem-se novamente à voz do profeta. Há muito que Jeremias se empenhara a fundo na solução de um dos grandes problemas sócio-religiosos da nação: a aplicação do preceito bíblico da libertação dos servos a cada sete anos, mandamento amplamente descumprido. Em obediência ao profeta e para aplacar a ira divina, Sedecias agora "proclama um decreto de alforria e todos aceitaram este acordo." (Jeremias 34:8)

Uma vez mais Jerusalém é salva milagrosamente: a notícia do avanço de uma poderosa força expedicionária egípcia faz Nabucodonosor levantar o cerco da cidade e marchar de encontro ao inimigo. O povo dança nas ruas e, para horror de Jeremias, os escravos recém-libertados são caçados e retornados à servidão.

Sem maiores dificuldades, Nabucodonosor desbarata as forças egípcias e reinicia o cerco de Jerusalém. Sede, fome, doenças e desordem reinam na cidade. Sedecias convoca Jeremias outra vez, mas o veredicto já não pode ser mudado: "Traíram a promessa sagrada, profanaram Meu Nome, violaram Minha Aliança - Nabucodonosor tomará esta cidade e a destruirá !" (Jeremias 32:28)

Jeremias acrescenta à sentença o aviso de que só uma rendição incondicional e um apelo à clemência do rei da Babilônia podem evitar uma calamidade total. Acusado de alta traição, ele é encarcerado, mas Sedecias manda pô-lo em liberdade. Daí a pouco, o profeta é novamente preso, pois não cessa de pregar a submissão.

Num insólito gesto simbólico, Jeremias proclama sua fé no futuro de Israel: em meio à derrocada da ordem social, os ricos enterrando seus tesouros e os pobres vendendo suas propriedades a preços vis, Jeremias compra, de um primo que veio se refugiar em Jerusalém, um pedaço de terra em Anatot, sua cidade natal.

É uma terra completamente inútil neste momento e a adquire por um preço, nas circunstâncias, absurdo, unicamente para que as propriedades permanecesse no patrimônio da família. Do cárcere, perante as testemunhas prescritas em lei, Jeremias ben Helcias concretiza a bizarra transação, proclamando:

"Casas, campos e vinhas continuarão
a ser compradas nesta terra.
O Senhor reunirá os exilados e os
trará aqui para que habitem em segurança,
e solidamente os colocará nas montanhas
e nas planícies de Judá !" (Jeremias 32)

Após meses de tenaz resistência, aparecem as primeiras brechas nas muralhas de Jerusalém. Sedecias e uma forte escolta tentam escapar, mas à altura de Jericó toda a comitiva é capturada e levada ao quartel general de Nabucodonosor. A sentença é impiedosa. Os filhos do rei são degolados ante as vistas do pai, que em seguida tem seus olhos vazados. Arrastam-no, cego e acorrentado, para a Babilônia, onde fica encarcerado até sua morte. Era o último da longa linhagem de reis de Judá iniciada por David, há mais de quatrocentos anos. Se a esses quatro séculos acrescentar-se os mil e quinhentos anos em que os descendentes da Casa de David viriam a liderar o povo durante o exílio babilônico, tem-se a mais duradoura dinastia de toda a História.

No dia 9 de Av (586), cai Jerusalém. As muralhas da cidade são niveladas, o palácio real incendiado, os objetos de culto de ouro e de bronze do Templo são desmantelados e levados para Babel. Finalmente, o Templo de Salomão é incinerado. Curiosamente, entre a detalhada lista dos tesouros que os babilônicos carregaram, não há menção da Arca Sagrada. Aliás, já fazia muito tempo - desde Salomão, na verdade - que não se falava dela, nem mesmo durante as reformas de Josias. O mais venerado objeto de culto da história de Israel desaparece de cenas sem nenhuma menção, deixando atrás de si apenas um véu de mistério.

Judá ao tempo de Isaías: de Acas a Manassés
Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 109-115
Ao mesmo tempo em que Amós e Oséias na Samária, profetizavam no reino de Judá, Miquéias - um dos doze "pequenos" profetas (assim chamados por causa do menor volume de suas obras), grande mestre da síntese - e Isaías - por muitos considerado o "rei dos profetas", pela abrangência e nobreza de sua mensagem.

Vida e obra de Isaías ben Amóz, o profeta que viveu no século VIII em Jerusalém, são indelevelmente marcadas pelas centenárias guerras aramaicas, envolvendo de um lado Damasco e do outro Samária e Judá, e pela trágica ruína do reino-irmão samariano diante do assalto final das forças assírias sob Salmanazar e Sargão II.

O espectro de similar fatalidade para Judá faz de Isaías politicamente um "pombo" aconselhando os reis, primeiro Acas e depois Ezequias, a manter Judá longe das intrigas internacionais. Sua visão das coisas deste mundo é de que as aflições de Judá só cessarão quando a nação se arrepender de suas transgressões religiosas e morais; então, o Dia do Senhor chegará, e Israel, em meio a todos os povos, será julgado e uma grande penitência fará com que um resto de Israel sirva de semeadura para uma sociedade regenerada, que viverá no reconhecimento de Deus, de Sua Mjestade e de Sua Santidade.

À semelhança do que Amós fizera na Samária, Isaías proclama em Judá a primazia da moralidade sobre o culto, condena a falta de retidão na vida cotidiana e expõe duramente a origem verdadeira do apodrecimento do tecido social e da consequente ruína da nação:

"De que me servem vossos sacrifícios ?
Estou faro de holocaustos de cordeiros
e não me delicio no sangue de bezerros.
Eu abomino vossas luas novas
e estou cansado de vossas festas.
Lavai-vos, Limpai-vos,
Cessai de fazer o mal, Praticai o direito,
Ajudai o oprimido, Fazei justiça ao órfão,
Lutai pelos direitos da viúva." (Is. 1:11-17)

É uma crítica que não visa ao culto em si; o que os profetas querem é divorciá-lo do seu elemento mágico, despojá-lo da idéia de que é possível "subornar" Deus com oferendas. Deus não precisa e não depende de sacrifícios, o ritual deve ser expressão de reverência, tentativa de comunicação com Deus, mas não um fim em si. O culto não tem nenhum valor intrínseco e ocupa um absoluto segundo plano ante a soberania da moralidade.

Miquéias, contemporâneo de Isaías, resume-o cominsuperável maestria:

"Com que me apresentarei diante do Senhor,
Com holocaustos e novilhos ?
Milhares de carneiros, torrentes de óleo ?
Já te foi dito, ó homem, o que é bom,
e o que Deus de ti exige:
Exercer justiça,
amar a bondade (hessed)
e caminhar humildemente perante teu Deus." (Mq. 6:6)

Roubo e assassinato constituíam crimes desde temos imemoriais entre praticamente todos os povos. O que os profetas cobram não são esses crimes maiores e sim a imoralidade no dia-a-dia, o suborno, a corrupção da justiça, coisas cotidianas como "diminuir o metro e falsear a balança" (Am. 8:5). Cobram a prepotência de que são vítimas os indefesos e cobram a falta de proteção do pobre, iniquidade que transcendem a responsabilidade do indivíduo e são crimes da sociedade como um todo:

"Vós que ajuntais casa com casa até serem
os únicos proprietários do país,
os que ao mal chamam bem, e ao bem, mal,
que mudam as trevas em luz e a luz em trevas,
que são sábios aos próprios olhos,
que por uma dádiva negam justiça
ao que está com a razão.
Vós repudiais a Lei do Senhor,
desprezais a palavra do Santo de Israel !" (Is. 5)

Isaías pertence a uma família da alta aristocracia jerosolimita, bem ao contrário da origem humilde de Amós. Ele transita livremente nos círculos da corte e participa ativamente da política nacional na qualidade de solicitado estadista.
(...)

Ezequias manda chamar o profeta. Inicialmente a favor do pagamento do imposto, o pombo vira falcão. Enfim, Senaqueribe era "a vara da ira do Senhor" (2.Rs. 19:5), nada mais que um instrumento da vontade de Deus, mero executor dos planos divinos. Agora, o rei assírio ultrapassara seus limites e o profeta anuncia:

"Está aqui a palavra do Senhor: o rei da Assíria não entrará nesta cidade ! Não atirará suas flechas contra ela nem a cercará de trincheiras. Voltará pelo caminho por onde veio, sem entrar em Jerusalém. 'Defenderei esta cidade - diz o Senhor - e a salvarei, por causa de Mim mesmo, e por causa de David, Meu servo'." (2.Rs. 19:32)

"Sim, o assírio cairá sob os golpes de uma espada que não é de homem - uma espada que não é de um mortal fará dele sua presa, e seus jovens guerreiros serão aniquilados." (Is. 31:8)

De fato, logo depois, o acampamento dos assírios vira um gigantesco amontoado de cadáveres. Uma epidemia - o historiador grego Heródoto fala da peste bubônica - dizimou o exército assírio e "Senaqueribe tomou o caminho de sua terra" (2.Rs. 19:36; Is. 37:37) Retornado à Assíria, o imperador será assassinado, nos degraus do templo de Nínive, pelas mãos de seus próprios filhos. E Jerusalém fica envolta num mito de invencibilidade.

Isaías, referindo Senaqueribe como mero instrumento dos desígnios divinos, transcende a concepção criada por Amós de que Javé é Deus não só de Israel mas de todas as nações ("Acaso não sois para mim iguais aos etíopes ?" Am, 9:7)

Em Isaías, a nitidez monoteísta se torna absoluta. Só há Um Deus, Único e Universal, que rege os povos, todos os povos, os destinos e a história de toda a humanidade. E com o conceito de que "um resto de Israel se salvará" (ele chega mesmo a dar a seu filho o nomde de Shear-Iashub, O-Resto-que-Retorna), Isaías projeta a idéia de um Israel que será o instrumento para o reconhecimento de Deus por todos os povos, com o que se colocará fim ao frenesi da violência em que se emenham as grandes potências - Assíria, Babilônia, Egito - e finalmente se inaugurará uma Idade de Ouro, com homens felizes habitando a terra em paz:

"E então Ele julgará com justiça os pobres, e com equidade
os fracos. O lobo habitará com o cordeiro, o leopardo se deitará ao pé do cabrito, o filhote do leão pastejará junto com a novilha, e um menino pequenino os conduzirá.
No fim dos tempos todos dirão: Vinde e subamos à montanha do Senhor, à Casa do Deus de Jaob, para que Ele nos indique seus caminhos e andaremos nas suas veredas, pois de Sion sairá a torah, e a palavra de Deus de Jerusalém.
Ele julgará entre as nações e decidirá sobre os povos, eles transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices, nação não levanta rá mais a espada ontra nação e não aprenderão mais a guerrear." (Isaías 11:6; 2:3-4)

A visão messiânica de Isaías tornou-se uma bandeira de esperança para os deserdados e oprimidos de todas as gerações.

O último versículo de sua mensagem de fraternidade e paz foi gravado num mural em frente à sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York - no entanto, omitiu-se, o nome do autor, como se fosse de lavra de algum menestrel anônimo.

Amós e Oséias
Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 99-101
Durante o reinado de Uzias, em Judá, e o de jeroboam II na Samária, isto é, por volta do ano 740, surge o primeiro dos grandes profetas literários de Israel. Amós é um simples pastor do vilarejo de Tekoa, a meio caminho entre Jerusalém e Hebron. Impulsionado por uma força que ele mesmo não sabe exatamente como definir, larga um dia o seu rebanho e põe-se a caminhar até chegar a Bet-El, o principal centro religioso da Samária.

O ambiente festivo com que se depara no pátio do santuário, os sacerdotes ricamente vestidos aguardando para dar início à oferenda dos sacrifícios, a música solene, os cânticos piedosos, a pompa, as pessoas aparentando despreocupação, satisfeitos consigo mesmos - tudo isso, no ver de Amós, está profundamente errado. A religião institucionalizada causa-lhe repúdio, cultos sem conteúdo são um insulto a Deus, sacrifícios, enquanto pobres passam fome, são uma indignidade.

Lentamente Amós abre caminho por entre a multidão, sobe as escadarias até um lugar onde todos o podem ver, levanta os braços e sua voz rompe o ar com uma eloquência que abre um capítulo novo na história dos homens.

"Ouví, eis assim que diz o Senhor à casa de Israel:
Porque oprimis o pobre e lhe extorquis tributos,
não habitareis estes palácios de pedra
e não bebereis o vinho das vinhas que plantastes.
Sois opressores do justo,
e violadores do direito dos pobres em juízo.
Eu odeio, desprezo vossas festas,
não quero sacrifícios nem holocaustos,
mas quero que jorre o direito como uma fonte
e a justiça como um rio poderoso." (Am. 5)

Não é só contra os profissionais do culto que Amós levanta sua crítica; ele exige uma expressão religiosa acima do ritual e do cerimonial, exige que todos participem igualmente de responsabilidades e consequências, pois todos foram libertados do Egito e todos conhecem a Lei:

"Porque vendeis o justo por dinheiro
e o pobre por um par de sandálias,
porque o filho e o pai tomam a mesma moça
para dormir com ela,
porque deitam ao pé do altar sobre roupas empenhadas
e bebem no Templo o vinho feito por condenados:
Mas EU, Eu tirei-vos do Egito,
Eu conduzi-vos pelo deserto,
Eu vos dei a posse da terra dos amorreus,
Eu suscitei profetas entre vós,
pois bem, eis o que Eu vou fazer:
Vou fazer-vos ranger como um carro de feno carregado,
não haverá fuga para o ágil, o forte não terá força,
nem o de pés ligeiros escapará, nú fugireis naquele dia." (Am.2)

Amós ignora quase totalmente a idolatria como problema nacional. É a injustiça que domina seu discurso, o abismo entre pobres e ricos. Ele teme pelo destino coletivo, "porque entre todos os povos da terra, só a vós conheci" (3:2) Teme pelo destino nacional porque "desprezaram a Lei do Senhor e não observaram seus mandamentos."(2:4) os líderes de Israel, tanto da Samária como de Judá, todos os que exercem o poder, devem juntar-se ao povo e arrepender-se, "buscar o bem e não o mal, fazer reinar a justiça e talvez o Senhor Deus terá piedade." (5:15) A insensibilidade dos que têm mando sobre o problema social urbano é castigada com palavras que nada perderam de sua atualidade:

"Vides quanta desordem há nesta cidade ?
Quanta violência ?
Não sabem fazer o que é honesto
e amontoam o roubo em seus palácios.
Ai dos que vivem comodamente em Sion
e tranquilamente na Samária,
os nobres, os líderes do povo,
deitados em camas de marfim,
comem cordeiros e novilhos e bebem vinho de
grandes taças: Pois, serão os primeiros a serem deportados !" (Am. 3:6)

A ruptura com os ricos e poderosos, os que estão no comando da sociedade ("eu desprezo vossas festas") leva o sacerdote Amazias a ir finalmente ao rei para dar queixa do subversivo: "Amós conspira contra ti no meio do povo - o país não pode mais suportar estes discursos." (Am. 7:10) Estranhamente, não ficou registrado o que Jeroboam teria respondido. Já que o sacerdote não ousa agir fisicamente contra o profeta, decide expulsá-lo: "Vai-te daqui, vidente, volta para a tua terra e não profetizes mais em Bet-El." (Am. 8:12) Amós responde-lhe: "Eu não sou profeta nem filho de profetas, sou um pastor. Mas, Ele me tirou de trás do meu rebanho:

Quando o Leão ruge - quem não teme?
E falando Ele, o Eterno, quem não se inspira ?" (Am.3:8)

Amós não se apresenta munido de "provas de autoridade", não faz milagres, não se vangloria da autoria de suas palavras mas, ao contrário, diz que não age nem fala por vontade própria; obedece a um chamado superior. Curiosamente, é exatamente esse primeiro profeta literário quem, com duas expressões, resume a essência do fenômeno profético. Quando diz: "Não sou profeta nem filho de profetas", quer dizer que não é um "profissional" - não é o seu ofício profetizar, na verdade ele é um pastor -, "mas quando o Leão ruge... quando Ele fala", quem pode deixar de ser um profeta, quem pode deixar de falar ?!

Ao sair e cena, tão subitamente como nela surgiu, o profeta não o faz sem deixar uma promessa:

"Restaurarei o meu povo, Israel,
Implantá-lo-ei e não mais sera arrancado
da terra que Eu lhe dei.
Palavra do Senhor, teu Deus." (Am. 9:14,15)

Enquano em Amós o motivo predominante é a justiça social, fica mais difícil encontrar uma idéia central na mensagem lírica e colorida do seu contemporâneo Oséias. O que sobressai é o amor de Deus por Israel, não correspondido pelo povo com devoção e fidelidade mas, pelo contrário, este povo persiste em traí-Lo mantendo uma perversa intimidade com os costumes pagãos:

"Quando Israel era criança ainda,
Eu o amei,
e do Egito conclamei meu filho.
Mas sacrificaram a Baal
e queimaram incenso para ídolos !" (Os. 11:1,2)

Aliás, tanto Oséias omo Amós, quando falam de "Israel", visam indistintamente a Samária e a Judá, para eles um povo só, um conjunto. Para Oséias, a traição praticada por Israel não é a idolatria - a adoração em si de imagens - ma a consequente licenciosidade, a promiscuidade sexual, a maledicência e a mentira, praticadas pela elite da nação, os líderes - seculares e religiosos - cúmplices na transformação do culto em espetáculo:

"Ouvi isto, ósacerdotes, chefes de Israel,
gente da casa real:
é contra vós que haverá julgamento
até que em vossa aflição buscai a Mim." (Os. 5:1,15)

Oséias - como todos os profetas - não é fundador ou inventor de uma nova religião. Não condena a falta de religião, mas a falta de qualidade: "Pois não há verdade, emet, e nem bondade, hessed, e não existe conhecimento de Deus no país." (4:1) As palavras hebraicas emet e hessed são de difícil tradução. Emet é mais do que verdade, também é sinceridade, integridade; e hessed é mais do que bondade, é um amor bondoso, ativo, dinâmico e compassivo. No entendimento do profeta, a ausência dessas qualidades no homem equivale à ausência de Deus. "Conhecimento" de Deus significa praticar emet e hessed.

Elias, um século antes, havia encontrado uma formulação de mestre quando admoestou o povo a "parar de coxear em ambas as pernas !" Sem emet e sem hessed a nação torna-se idólatra. Trocar o conhecimento de Deus por Baal é, para Oséias, como uma mulher abandonar o marido para prostituir-se. Num insólito ato público, ele, o profeta, toma por mulher uma meretriz, e à filha que dela nasce dá o nome de ló ruhamá, sem piedade, e ao filho chama ló ami, não-meu-povo, dizendo à nação: Não haverá piedade para o povo que não é mais Meu povo.

Assustado com o que vê na Samária, brota da alma do angustiado profeta um grito de temor pelo futuro: "Se tu, Samária, queres corromper-te, prostituir-te, tu, Judá, não te tornes culpada também !" (Os. 4:15)

Amós, Oséias, e, depois deles, Isaías e Jeremias, não vivem em torres de marfim, teóricos divorciados do cotidiano. Não são utopistas alienados da realidade política. Amós e Oséias analisaram e comentaram corretamente a situação internacional. Isaías foi ministro e Jeremias foi conselheiro real em vários governos subsequentes. Nunca estiveram alheios à gravidade da situação de seus países, incessantemente advertiam os donos do poder que seu frívolo envolvimento no jogo político das grandes potências - Assíria e Egito - levaria à queda da Samária, "um pássaro ingênuo, sem inteligência" (Os. 7:11), nas palavras de Oséias.

Por mais que os profetas censurassem o povo, sempre era seu povo, amavam-no desesperadamente. Suas críticas são contudentes, chocantes às vezes, não porque Israel fosse especialmente perverso e, sim, porque eles, profetas, eram excepcionalmente exigentes:

"Porque eu quero o amor, não sacrifícios,
e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.
Mas eles violaram vergonhsamente
a Aliança e traíram-me.
Vi horrores na casa de Israel,
prostituição, fraudes,
e confundem-se com os outros povos." (Os. 6:6-10; 7:8)

Ao mesmo tempo em que é admirável a coragem denotada pelos profetas em seus atos públicos, sem deter-se ante nada e ninguém, é admirável também o consentimento real, ainda que a contra-gosto, para que desfrutassem de liberdade da palavra, condição inexistente em qualquer outra nação. Assim, foi possível a Oséias chegar perante a multidão reunida em praça pública, levantar o dedo em riste na face do rei, no caso Jeroboam II, e dizer-lhe:

"Eis aqui a palavra do Senhor Deus:
Dentro de pouco vingarei na tua casa
o sangue que Jehu derramou,
e colocarei um fim à Samária !" (Os. 1:4)

------------------------------------
(...) O profeta Oséias considera entender mais de política do que o rei, e adverte Pecah: "Irá a Samária misturar-se com os outros povos ? Samária é uma pomba ingênua ! Seus chefes cairão pela espada, e rir-se-á deles nas ruas do Egito. Somente Deus pode-nos ajudar. Vereis que quem ventos semeia, tempestades colherá." (Os. 7)

Um impostor ???
Tem muita gente que diz que eu sou um impostor... Dizem que falo mentiras, etc... Certamente, eu não me preocupo com isso, pois a minha finalidade não é alcançar estrelismo ou estar nas manchetes dos jornais do mundo. Inclusive, eu tenho uma excessiva aversão a estrelismo. Não sou e nem pretendo ser estrela... Também não gosto de falar para multidões. Esse tipo de coisa não está no meu sangue...

Prefiro a discrição e a escrita. Prefiro fazer justiça sem aparecer. Mudar completamente o sistema, sem ter a cara estampada na mídia.

Quem diz que eu sou um impostor, deveria considerar o seguinte: se eu fosse um impostor, certamente, eu falaria coisa de interesse do sistema e dos poderosos, assim ganharia muito dinheiro falando mentiras, falando as coisas que eles querem ouvir... Eu sei exatamente o que eles querem ouvir e sei que pagam bem para os intelectuais que dizem exatamente aquilo que eles querem ouvir... Basta olhar os jornais para se ver quem são os intelectuais e jornalistas traíras, vendidos, etc...

Contudo, eu nado contra a corrente. Digo o oposto daquilo que os poderosos querem ouvir. Vivo batendo na cara deles e apontando o mal que eles disseminam dentro do sistema, a exploração e a opressão que exercem sobre os mais fracos, sobre os pobres...

Enfim, sou um servo do Poderoso Deus de Abraão e digo aquilo que Ele diz para dizer. Não faço parte de igreja e condeno a corrida de igrejas para tentar me cooptar. Sigo a Deus, não a igrejas... Também refuto todas as tentativas que estão fazendo para tentar afastar o Espírito de Deus que me ilumina, que ilumina a minha consciência... Não adianta passar com cadáver perto de mim, não adianta levar terra de cemitério para dentro de minha casa ou fazer rituais para atacar-me. Estou sob a proteção de Deus, os ataques passam perto, mas Ele desvia...

E a Palavra do Senhor é claríssima: "O mal será multiplicado e devolvido para aqueles que o lançam contra os Servos do Deus Altíssimo..."

23/10/2008

Dinheiro
Se dinheiro fosse tão importante, os bancos não quebrariam e nem decretariam falência... Dinheiro abre portas, mas não garante futuro... Um idiota endinheirado perde tudo em pouco tempo... Com trabalho honesto e inteligente, em pouco tempo se alcança dinheiro suficiente para muita coisa...

O que é mais importante: dinheiro, poder ou autoridade ??? Tem gente que muito dinheiro, mas não tem nenhum poder e nem autoridade. Tem gente que tem muito poder, mas não tem autoridade. E tem gente que não tem dinheiro, nem poder, mas tem muita autoridade...

O poder sem a autoridade só se impõe pela força. Quem tem capacidade de ser ouvido ou de ter influência, sem ter dinheiro e nem poder, tem autoridade. E sua autoridade é legítima porque vem de fonte legítima, principalmente de Deus, através da sabedoria e do conhecimento...

Lembro-me do personagem bíblico Daniel... Daniel tinha muita autoridade...

Plano B
Inegavelmente, o meu plano B é emigrar... Eu tenho a impressão que lá fora a minha inteligência seria melhor aproveitada... Eu teria mais liberdade para estudar e pensar... Seria menos monitorado e perseguido... É uma perseguição branca, dissimulada, camuflada, mas ela está lá...

Não vão conseguir me enquadrar e nem me calar... Maior é Aquele que está comigo do que aquele que anda com eles...

Será que Yale University é um bom lugar para estudar e exercitar a nossa capacidade de pensar ???
A capacidade de pensar... Vivemos em um mundo no qual a capacidade de pensar está em queda livre... Tudo vem prontinho, é só repetir a fórmula, que tudo funciona e dá certo... Hannah Arendt observa que a banalidade do mal está diretamente ligada à capacidade de pensar... Está ligada à incapacidade de pensar, à repetição de fórmulas prontas, repetição de jargões...

Incapacidade de pensar significa incapacidade de usar a consciência, incapacidade de discernir, incapacidade de usar o livre-arbítrio, incapacidade de ser livre... Quem não usa sua capacidade de pensar, é escravo da vontade dos outros, das fórmulas prontas, do consumismo...

Celeumas jurídicas
Depois que eu pegar a carteira da OAB, é que cuidarei das celeumas jurídicas nas quais estou metido. Aí sim, entrarei de sola e com força total...

Portanto, quem está pensando que eu sou idiota por não promover as respectivas ações, saiba que eu conheço bem os prazos e tenho todos os argumentos e fundamentos na ponta da língua, mais especificamente, na ponta da caneta...

Também pretendo finalizar um livro até dezembro... E publicá-lo antes de janeiro... Que o Poderoso Deus de Abraão me dê sabedoria, conhecimento e discernimento para alcançar tudo isso !!!

O PT não é mais o mesmo
Nas campanhas de outrora, nesta época, a militância do PT fervilhava, discutia, distribuiam panfletos, iam atrás do eleitor para explicar os projetos... Assim como a força do Sansão estava em seu cabelo, a força do PT estava na militância...

Mas hoje o PT virou água com açucar... Em são Paulo só vi gente balançando bandeira no farol. balançar bandeira não gera votos para ninguém. Também me entregaram um jornalzinho, porém, percebi de cara que estava diante de pessoas pagas para fazer o serviço. Não eram pessoas que vestiam a camisa do partido...

Cortaram o cabelo do Sansão e ele perdeu a força. Estão sumindo com a militância do PT e ele também está perdendo a força... Não adianta pagar para distribuir panfletos ou balançar bandeiras. É preciso vestir a camisa do partido, acreditar na coisa e ir atrás dos eleitores com projetos e com argumentos...

Hoje eu vejo isso acontecendo no PSOL... Acho que tem a ver com dinheiro. O partido que tem pouco dinheiro "se vira nos 30", como diz o Faustão. E as pessoas que o integram vestem a camisa e usam de extrema criatividade e inteligência para falar com o eleitor... Já os partidos que tem muito dinheiro preferem comprar militantes, pagá-los para fazer o serviço. Logo, a pessoa faz o serviço pelo dinheiro, não pelo partido, e isso não convence ninguém.

Vejo isso principalmente na campanha do PT em São Paulo...

Especuladores e políticos
Eu também observaria atentamente os especuladores que tem ligação com políticos, principalmente com políticos da oposição... De repente, ambos podem estar mancomunados, com interesses alinhados, alimentando a crise para tirar ganhos políticos...

O governo não pode comer bola, tem agir com mão de ferro contra os especuladores e tem que cobrar deles o prejuízo causado pela crise... Portanto, é melhor identificar todo mundo e ver quem opera o que e quanto tem na carteira...

A Palavra do Senhor - Salmo 101
1 Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, SENHOR, cantarei.
2 Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.
3 Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim.
4 Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau.
5 Aquele que murmura do seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não suportarei.
6 Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.
7 O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos.
8 Pela manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do SENHOR todos os que praticam a iniqüidade.

Pergunta que não quer calar
Eu ia perguntar por onde anda o Daniel Dantas e o Nahas nesta época de crise, mas acabei de ler que ele está enrolando, ou simulando, no inquérito que apura o seus atos de corruptor... Nesta época de crise, sendo o Dantas e o Nahas grandes especuladores, não me surpreenderia nenhum pouco se se descobrir que eles andam coordenando, ou operando, uma rede de especulação para ferrar o Brasil e os Brasileiros...

Certamente, não estou falando da crise internacional, mas sim desse excesso de especulação que anda acontecendo por aqui e que não tem nenhuma razão de ser...

Contudo, antes da crise, descendo a lenha no Dantas, eu já alertava para o perigo dos banqueiros especuladores e da corrupção que disseminavam no sistema. O Dantas foi pego com a boca na botija, fraudando o sistema financeiro. Já os outros, que estão na raiz dessa crise, não foram pego e devem estar, neste momento, curtindo a vida numa boa...

A consequência da especulação e da corrupção dentro do sistema é exatamente essa que estamos vendo agora, ao vivo e a cores: títulos podres, empresas quebrando, crise de confiança, o sistema ruindo... De quem é culpa ??? Certamente, a resposta é óbvia: de gente como o Dantas, de banqueiros como o Dantas, que não respeitam as regras do jogo, corrompem as estruturas do sistema e ainda ri da nossa cara....

Agora estamos pagando o preço pela nossa tolerância diante do mal, pela nossa indiferença diante do abuso da especulação, da corrupção do sistema, das desigualdades, da exploração, da pobreza e da opressão. Precisamos ter bem claro em nossas consciências que: estamos no mesmo barco. Portanto, se tem alguém com um machado furando o casco do barco, ele tem que ser contido, se não for, o barco afundará e isso acontecerá para todos, não só para ele... Isso diz tudo !!!

Dissecando a Pedofilia
De repente resolvi falara do tema da pedofilia, pois cansei de ver e ouvir muita besteira, estupidez e hipocrisia nesta questão. Inclusive, a ação que promovem contra a pedofilia, supostamente visando combatê-la, tem servido mais como propaganda reversa, que dissemina o problema pela sociedade, do que como ação efetiva que o diminui. Sem contar a paranóia coletiva que está se abatendo sobre a sociedade.

Mas, antes de avançar, preciso dizer três coisas:
1- Nossos amores são as nossas fraquezas;
2- Negar os nossos impulsos é negar aquilo que faz de nós humanos (Filme Matrix). Certamente, isso não se aplica quando o impulso é um comportamento patológico;
3- Quem tem um corpo humano arrasta consigo toda condição humana.

Vamos imaginar a seguinte situação: um mocinha de minissaia sentada no banco na beira da rua. A mocinha está com a perna semi-aberta, mostrando parte da calcinha. Todos que passam podem mirá-la, porém ela tem 14 anos. Uma situação comum nos dias atuais, pois a erotização espalhada pela mídia é excessivamente intensa. Nessa situação, a maioria dos homens que passarem, senão todos, sentirão desejo pela mocinha e ficarão excitados, apesar da idade dela. A minha pergunta: posso concluir disso que todos os homens são pedófilos ???

O problema atual é que a CPI da pedofilia, com suas ações midiáticas, assim como a Polícia Federal, com suas ações políticas, e também midiáticas, estão dizendo para a sociedade que todos os homens que sentem atração por mocinhas, não sei por que excluíram as mulheres atraídas pelos mocinhos, são pedófilos, sofrem de distúrbios psiquiátricos, são psicopatas. Comparativamente, usam um assassino que matou com uma arma de fogo para dizer que todo aquele que tem uma arma de fogo também é um assassino.

Observando essas e outras hipocrisias é que conclui que as ações atuais servem mais para difundir e aumentar o problema do que para combatê-lo efetivamente. A estupidez daqueles que abordam essa temática é tão grande que chegaram a falar em construir uma figura típica, para o crime de pedofilia, com uma pena maior do que a do homicídio. Essa é a brilhantíssima idéia da CPI da pedofilia. Esquecem-se que fazendo isso, os indivíduos que abusam de crianças, patologicamente desequilibrados, ao invés de só abusar, vão matá-las e queimar o corpo, pois assim responderão por um único crime menor: só pelo homicídio.

Eu conheço bem o tema da pedofilia, pois já o estudei detalhadamente, com método e ciência. Na época eu queria saber se era pedófilo ou não, pois diziam que quem tinha atração por menina de 15 anos era pedófilo, e eu tinha uma namorada de 15 anos. Porém, descobri que a minha atração fisíca era normal, como a de qualquer outro homem por uma adolescente. No meu caso pela minha namorada. Por isso, citei o exemplo no início do texto. A pedofilia é uma doença que se caracteriza por atração sexual por criança, não por adolescente maduras emocional e biologicamente.

Contudo, o meu namoro com a mocinha não deu muito certo, a diferença intelectual, devido a diferença de idade, é muito saliente. Como um relacionamento exige outros elementos, além do sexo, a tendência desse tipo de namoro é não evoluir, mas acabar. Além disso, é preciso que ambos olhem para um mesmo lado e, até hoje, nenhuma das minhas namoradas olhavam para o mesmo lado que eu. Uma olhava para esquerda, outra para a direita, outra para trás...e, para piorar, elas queriam impôr-me a visão de mundo que possuíam... Como eu sou determinado em seguir adiante, não hesitei nenhum pouco em finalizar a relação, assim como elas também não hesitaram nenhum pouco em me chutar... Um relacionamento só dá certo quando existe um alinhamento de interesses e de visão de mundo, quando haja sintonia entre as partes...

Na época do meu namoro com a mocinha fiz uma pesquisa sobre o tema da pedofilia. Isso foi em 98 e 99, eu estava no início da casa dos vinte, depois, no final de 2002 e 2003, voltei a mirar o tema e a rastrear redes de pedofilia pela internet. O objetivo da minha pesquisa era descobrir se eu tinha essa patologia. E, certamente, se tivesse teria iniciado, imediatamente, tratatmento médico... Porém, como já disse, descobri que eu era tão normal quanto os outros, na questão da sexualidade.

Inclusive, nessa época encaminhei uma série de denúncias para a Polícia Federal, assim como outros órgãos responsáveis pelo combate à pedofilia pela internet. Sempre ignoraram as minhas denúncias, pois nenhuma das redes, naquela época, foi tirada do ar. Inclusive, as redes que denunciei em 98 e 99 continuavam funcionando normalmente em 2002 e 2003.

A maior de todas as denúncias que fiz foi no final de 2003, ao passar por Brasília, retornando de Manaus, quando estive pessoalmente em um órgão do Ministério da Justiça, onde relatei informações detalhadas sobre a ocorrência do problema na região norte do Brasil. Mais uma vez, como sempre, reduziram a minha denúncia a termo e jogaram o texto em alguma gaveta.

Hoje a Polícia Federal fala muito em pedofilia, etc. Faz isso por razões políticas, não porque se preocupa com o tema. Possivelmente devem estar ameaçando ou chantageando alguém importantes. Por isso falam tanto e fazem tanto barulho. Se se preocupassem realmente com a coisa, na época em que fiz as denúncias, teriam tomado alguma providência, porém ignoraram completamente a coisa. Inclusive, passei-lhes informações detalhadas de sites, etc.

A CPI da pedofilia também não tem nenhum interesse real em resolver o problema. Querem apenas aparecer, estar na mídia, banalizar ainda mais o problema. Se pretendessem resolvê-lo atacariam a causa, a raiz do problema, não os sintomas.

A raiz do problema da pedofilia está na mídia. A erotização das crianças e dos adolescentes é feita pela mídia e disseminada pela publicidade. Propagandas com ninfetas, coelhinhas da playboy, etc, fazem parte do problema da pedofilia. São partes do mesmo problema, pois espalham a erotização das crianças e adolescentes por toda a sociedade. Um exemplo disso é a menina que usa minissaia, calcinha vermelha, batom vermelho e bota de couro. Uma menina, uma prostituta ou apenas moda ?

A mídia e a propaganda transformam as crianças e adolescentes em elementos de desejo, colocando estes grupos na mira daqueles que não controlam seus impulsos sexuais. Inegavelmente, o problema da pedofilia não é tão grave e acentuado nos países islâmicos, onde a erotização é combatida com mãos de ferro e as mulheres usam burka.

Contudo, a antropóloga americana Helen Fisher (Texto completo aqui), diz que:

"Também acredito que estamos ficando mais eróticos, não menos. Diz-se dos adolescentes de hoje que eles estão expostos a zilhões de megabytes de informações sobre sexo e que essa overdose irá atrofiar seu senso de exploração e experimentação. Não é verdade.

De uma perspectiva antropológica, durante milhões de anos os filhos de nossos ancestrais estiveram expostos à cena de seus pais fazendo sexo, lado a lado, apertados na pequena cabana que abrigava a família inteira. Estavam expostos às cenas em que seus pais comemoravam o sucesso de uma caçada com danças sexuais explícitas ao redor do fogo e a todos os tipos de comunicação sobre sexo e adultério quando estavam reunidos com suas mães. É difícil ter privacidade quando se viaja em pequenos bandos e o sexo é uma parte muito visível da vida.

Em seu cotidiano, as crianças aprenderam coisas valiosas sobre a sexualidade. Nossos parentes próximos, os chimpanzés, dificilmente se tornam parceiros sexuais aceitáveis se crescem numa atmosfera em que não há sexo. Nos primatas mais desenvolvidos, simplesmente observar e absorver o que se passa ao seu redor, sexualmente falando, é fundamental para a escolha do parceiro.

Não me surpreende que haja uma grande dose de sexualidade nos anúncios, na televisão, nas nossas canções, em filmes e livros. Na verdade, precisamos de mais educação para o sexo. As aulas de educação sexual oferecidas nas escolas são artificiais. A televisão vive mostrando cenas de romances tórridos, mas raramente vemos mães contando para suas filhas as coisas boas da vida sexual, e os pais também pouco falam com seus filhos sobre o assunto. Apesar das aparências de uma overdose de erotismo no mundo cultural, o que vejo é uma tremenda mostra de puritanismo."
(Texto completo aqui)

A visão de Fisher está correta. Para as crianças e adolescentes as doses diárias de erotismo podem até ser benéficas, fazer parte da estrutura familiar, contudo, desaguam em banalização do sexo e da família e, pior, disseminam, na sociedade, um desejo incontrolável pelas ninfetas que passam a ser associadas ao prazer e à felicidade. Inclusive, entre os homens há a máxima de trocar uma de 45 por três de 15, ou então, uma de 40 por duas de 20.

Além disso, o mercado da erotização de crianças e adolescentes, assim como a publicidade envolvida no negócio movimenta muito dinheiro. Por isso ninguém mexe com os caras, a CPI da pedofilia vai atrás de pé-rapado e a Polícia Federal pega um ou outro desprevido... Mexem com o sintoma, só com o sintoma, não com a raiz do problema.

Inclusive, há dois filmes que evidenciam bem a hipocrisia dos pseudos-moralistas atuais. O filme "Kids" e o filme "Beleza Americana". Acho que os membros da CPI da pedofilia deveriam assistir esses filmes, pois assim entenderiam melhor a realidade com a qual estão lidando e falariam menos besteiras, seriam menos estúpidos.

Inegavelmente, é um erro nivelar o tema da pedofilia por baixo. Meu avô casou-se com uma mocinha de 13 anos, a minha avó. Ele tinha 18 e ela 13. Meu irmão de 15 anos, casou-se com uma menina de 13. Hoje ela tem 14 anos e tem um filho. Moram juntos e ele trabalha para sustentar a casa. Isso é pedofilia ? Posso tipificar os casamentos de menores de 18 anos como crimes de pedofilia ? Como a CPI da pedofilia diz que tudo aquilo que envolve sexo com menores de 18 anos é pedofilia, logo, devendo ser punido com pena maior do que a do homicídio, posso dizer que esses casamentos são crimes e merecem pena maior do que a do homicídio ?

Percebam que há um erro gravíssimo nessa história toda. O erro é tratar a problemática da pedofilia como uma questão simples, coisa repulsiva por si mesma, etc. Analisam o problema a partir das exceções que envolvem violência grave. Os envolvidos são qualificados como pessoas desequilibradas e psicopatas. Esquecem de observar que há um outro lado da história. Um lado que não envolve violência e que se alinha à regra natural da espécie humana: a reprodução.

Não se pode analisar temas complexos com emoção a flor da pele. Pior, não se pode legislar com emoção e a partir de exceção, casos particulares, etc...Tratam o tema com pura emoção, pegando os casos mais violentos que existem para nivelar a situação e construírem suas figuras típicas... Por isso falam em pena maior do que a do homicídio para a pedofilia. Vai acontecer exatamente o que aconteceu com a Lei dos crimes hediondos, ou seja, o indivíduo que falsificava xampu de cabelo cometia crime hediondo, sofrendo toda a severidade da lei. Isso aconteceu porque a Lei dos crimes hediondos foi feita com o sangue quente, com emoção. Não foi feita racionalmente, analisando a complexidade da realidade que a norma iria formatar...

Mas afinal, o que é pedofilia ? Ter desejos sexuais por adolescentes não é pedofilia, pois se for todas as pessoas que tem impulso sexual serão pedófilos, pois basta ter impulso sexual para ter desejo. E basta ver uma adolescente erotizada para desejá-la. Isso porque o desejo é carnal, é biológico, nasce com a visão do objeto. O limite do desejo é colocado pelos olhos, não pelo documento de identidade que diz a idade. A idade é um elemento cultural, criado pela instituição. Ninguém pergunta para a pessoa quanto anos ela tem para depois desejá-la, mas sim deseja-a quando a vê, olhando para ela, vendo seus contornos, suas características, seu cheiro, etc...

É interessante observar que os responsáveis pelo desejo são os sentidos. E os sentidos captam características biológicas. E a pessoa se torna desejada quando, na maioria dos casos, já está madura biologica e sexualmente, quando já pode acasalar e gerar filhos, quando está pronta para reproduzir. É nesse momento que ela reúne todas as características que a torna desejável aos olhos do outro. Inegavelmente, hoje, grande parte dessas características são cobertas por produtos construídos pela indústria da erotização precoce (maquiagem, roupas, etc), elementos que tornam as adolescentes, mesmo aquelas que ainda não estão prontas para acasalar e reproduzir, fruto de desejo, evidenciando, ou dissimulando, sua sexualidade. A mídia e a publicidade exploram tudo isso.

Os sentidos captam essas características e dispara o desejo. A idade é um elemento cultural, insignificante para o desejo e para o impulso sexual. Ninguém fica excitado vendo uma revista que só tem idade de pessoas. Mas a maioria ficará excitado se nessa revista houver fotos dessas mesmas pessoas nuas ou em trajes sensuais.

É interessante observar que os pedófilos são atraídos pelas características da criança e não pelas características sexuais de uma pessoa pronta para reproduzir. Por isso é que a pedofilia é uma patologia, um distúrbio psicológico, que envolve crianças e não uma patologia que envolve adolescentes. Crianças não estão preparadas para reproduzir, enquanto que as adolescentes, maduras sexualmente, emitem sinais buscando um parceiro para acasalar. Quem tem impulso sexual, está ativo sexualmente, pode captar esses sinais e respondê-los, independentemente da idade. E cada vez mais a maturidade sexual tem chegado mais cedo, em torno dos 13 ou 14 anos, talvez menos...

A tipificação da pedofilia tem que estar ligada à exploração, à prostituição, à mercantilização das crianças e dos adolescentes, à violência. Principalmente, à violência. Inclusive, hoje há um entendimento bem sofiscado sobre a violência nos relacionamentos. Por exemplo, é perfeitamente aceitável a tese de que o marido, na vigência do casamento, possa estuprar a esposa. Isso ocorre nos casos em que ela não quer ter relação e o marido a obriga a praticá-la mediante violência ou grave ameaça.

Essa é a forma correta de entender e resolver o caso. A lei tem que punir a violência, a grave ameaça, a coação, etc... E a barreira que deve existir, para determinar se o caso é de pedofilia ou não, é a maturidade biológica, emocional, assim como o consentimento, a vontade e a intenção dos envolvidos. Toda violência tem que ser punida, não importa a idade, mas presumir que todo namoro ou casamento envolvendo menor de 18 anos, e maior de 14, é presunção absoluta de pedofilia é uma estupidez gigante.

Outra grande estupidez da CPI da pedofilia e da Polícia Federal, não sei como eles arranjam tanto espaço para serem tão estúpidos, é destruir as redes de pedofilia na internet. Deveriam deixar as redes rodando, enquanto identificavam e prendiam os pedófilos que se conectassem nessas para distribuir materiais que produzem. Destruindo as redes e dando excesso de publicidade a tais ações, obrigam os pedófilos a se reorganizarem, ou seja, a passarem a usar redes com criptografia militar, etc, ou coisas muito mais difíceis de detectar e infiltrar. E aí, vão prender os pedófilos como, com reza braba ???

Observando um conjunto de vídeos e fotos que eu tinha reunido sobre o tema, percebi padrões interessantes e duas causas para a explosão da pedofilia na internet. Por exemplo, em 98 e 99, grande parte das fotos e dos videos de pedofilia na internet eram feitos por adolescentes de classe média-alta. Filmavam e fotografavam seus colegas e amigos. A maior parte dessas fotos e vídeos vinham dos países ricos, onde o acesso à tecnologia para fotografar e filmar, assim como o acesso à internet era mais fácil e comum. Além disso, havia muita montagem nas fotos, vídeos e textos. Havia também simulação, adultos vestidos de crianças para produzir os vídeos e as fotos, etc... Nessa época havia uma clara distinção entre o mercado pornográfio comum e os conteúdos de pedofilias.

Contudo, os sites que possuiam materiais envolvendo sexo e adolescentes começaram a ser mais acessados do que os sites pornográficos comuns, acarretando uma diminuição desses últimos e uma explosão dos primeiros. E aquilo que era produzido em fundo de quintal por adolescentes, passou a ser produzido em estúdio, por profissionais... Além disso, a disseminação das máquinas digitais acarretou um novo crescimento exponencial nesse tipo de material... E, como sempre acontece no submundo, as máfias da prostituição viram nesse ramo uma grande oportunidade, logo, assumiram o controle de tudo, principalmente a máfia especializada em atender clientes ricos e autoridades públicas com gosto exóticos...

Depois disso, a corrida se deu em termo de idade... As adolesentes acima dos 15 cederam lugar àquelas que tinham entre 13 e 14 anos, mantendo-se nessa faixa. Isso porque abaixo dos 14 e 13 anos trata-se de crianças e são poucos aqueles que sentem atração por esse tipo de materiais. Logo, abaixo disso há apenas grupos extremamente especializados, grupos que reúne os verdadeiros pedófilos, pessoas patologicamente desequilibradas. Para a maioria essas fotos e esses videos são brochantes e nojentos...

Contudo, uma minoria, quando contada entre a população mundial, representa muita gente. É contra essa minoria que utiliza a violência, explora e prostituí as crianças e adolescentes, principalmente nos países pobres, que a lei e a justiça devem alcançar... São eles que devem ser enquadrados no crime de pedofilia. Certamente, as máfias também devem estar na mira da polícia, assim como aqueles que produzem esse tipo de material para a internet...

Coisa parecida ocorre com os videos, fotos e textos sobre incesto, que são distribuídos na internet. A maioria, talvez 70% ou mais, é montagem, é mentira cabeluda. Eles pegam textos eróticos com histórias comuns e substituem os personagens, colocando o título: "pai e uma filha", "um tio e uma sobrinha", etc. Mas basta ler o texto para descobrir as montagens. Certamente, existem os casos reais, mas são insignificantes diante da quantidade de material que existe sobre isso...

Outra coisa extremamente preocupante que vi na tal CPI da pedofilia foi a quebra em série de sigilos do orkut. Uma violação grave de direitos fundamentais realizada em série. Quebra de sigilo tem que ser feita ponto a ponto, caso a caso, pessoa por pessoa. Não existe quebra de sigilo indeterminada ou realizada em grupos... Bastaria o dono do blog inserir centenas de endereços de pessoas quaisquer em seu blog para que todas pessoas tivessem seu sigilo violado. Inclusive, isso já me deu uma idéia: vou criar uma comunidade com o título de pedofilia e vou cadastrar todos os políticos de Brasília, talvez assim eles entrem lá e quebrem o sigilo de todo mundo... Assim, os podres dos políticos vão aparecer...

Essa quebra de sigilo de um grupo inteiro é ilegal e constitui uma violação grave de direitos fundamentais. Se isso for válido, quando a CPI quebrar, novamente, o sigilo de um político, devemos exigir que quebrem o sigilo de todos os políticos ligados a ele... Não sei como o google não conseguiu parar isso na justiça ??? Mas, fiquei estarrecido com o caso... Não pelos pedófilos, pois quero que eles se lasquem e paquem por seus crimes, mas pela violação do Estado Democrático de Direito, pelo atropelamento da lei e da Constituição. Não aceitamos violações de direitos fundamentais, de direitos humanos, nem na questão do terrorismo, por que aceitaremos na questão da pedofilia ???

20/10/2008

Uma nova bandeira
Planejo levantar uma nova bandeira brevemente. Uma bandeira contra o Estado hipossuficiente. Precisamos acabar com esse negócio dar prazo maiores para o Estado propor suas ações ou recorrer... Já há uma grande desproporção entre o cidadão e o Estado, este último já é forte e poderoso naturalmente, não á nenhuma razão para ter prazos maiores do que os míseros cidadãos...

Os argumentos que utilizam para justificar tais medidas, prazos maiores, eram válidos para o séculos XX, XIX e XVIII... Hoje, em pleno séculos XXI, não há razão para mantê-los... Basta contratar procuradores suficientes para defender os interesses estatais, assim como criar controles internos, na dministração públicas, para acompanhar os processos...

Enfim, na Justiça, o Estado tem que ser igual o cidadão... Se for para dar prazos maiores, tem que ser para o cidadão que é, e sempre será, hipossuficiente frente a força do Estado... Paridade de armas, é disso que precisamos... Chega de desigualdades e de fortalecer quem já é forte demais !!!

O preço do mal
Aqueles que militam do lado do mal sabem que há um preço por cada ato que praticam. Mais especificamente, há um regra da bruxaria que diz que quando um bruxo aponta o dedo para fazer o mal para alguém, simultaneamente, existem três dedos voltados contra ele...

Mais do que isso, quem movimenta forças do lado sombrio e consegue mandar demônios atacar pessoas, sabe perfeitamente que o demônio poderá atender a sua vontade, porém um preço será cobrado para isso...

Ressalto ainda que certas pessoas são imunes aos ataques dos demônios. Pessoas que tem muita fé no Poderoso Deus de Abraão possuem um escudo de proteção contra as ações do lado sombrio, contra as armadilhas, contra os conluios, etc... Geralmente, sabemos de antemão o que andam planejando e montando contra nós... Não adianta colocar pedras e iscas no caminho daqueles que servem ao Poderoso Deus de Abraão, pois todo mal é removido de nossa frente e passamos em paz pelo vale da sombra da morte...

Digo isso porque pessoas que não acreditam em nada são, muitas vezes, suscetíveis a esses ataques e caem pensando que tudo foi obra do acaso quando, na verdade, estão sendo atacadas por entidades do mundo sombrio a mando de alguém... E pessoas que buscam os espíritos para fazer o mal para outros, tenham certeza, pagarão um preço altíssimo por isso...

Se Deus está do nosso lado, quem está com eles ??? Eu começaria observando que eles usam muito bem a mentira e o falso testemunho... Nós sabemos, perfeitamente, quem é o pai da mentira.

Reivindicação
Atualizado
Eu não pretendia reivindicar certas coisas. Contudo, de acordo com a Palavra do Senhor, na hora certa terei que reivindicar, apontando o elo perdido...

O mais interessante de tudo é que essa história se desenrola a muito tempo. Mais especificamente, que eu me lembre, desde quando eu tinha sei anos, talvez menos. Raramente conseguia dormir tranquilamente, pois sempre entrava na dimensão dos espíritos e sofria uma violenta perseguição e ataques de todos os lados...

É interessante observar que a minha família sempre esteve à mercê de força espirituais. Na casa da minha avó paterna, contam até hoje, não podiam deixar nada de novo, pois as coisas desapareciam sem deixar rastros. Um dos meus tios era surrado, no meio da roça, por entidades do além. Quem estava perto só via ele gritando e as marcas das chicotadas aparecendo em seu corpo... Não tinha reza que dava jeito... E tudo isso desemboca na minha pessoa !!!

Também não sei a razão ou motivo de ter recebido esse encargo... Nunca quis me envolver com religião ou interferir nas coisas do outro lado... Contudo, possivelmente, já não queria me envolver mais porque já estava atolado até o pescoço na questão...

Das perseguições eu sempre escapava... Ora caindo em um abismo sem fundo, ora voando excessivamente alto... Outras vezes não adiantava voar ou correr, só escapava quando voltava para esta dimensão... Mas o que mais chamava a atenção em tudo isso é que, muitas vezes, não adiantava clamar por socorro divino... Mesmo clamando a coisa vinha !!!

Só descobri o porquê disso na semana passada, depois de ter ficado, meses atrás, com uma espada flamejante colada no pescoço e um anjo pisando em meu peito. A minha pergunta era o que significa isso ??? Será que tenho um encargo parecido com o de Judas ? Isso mesmo, um anjo, mais especificamente, um Querubim...

E foi na semana passada, lendo uma Torá, em uma nota de rodapé, que descobri que um Querubim é um anjo de destruição que protege os caminhos que levam à arvore da vida. Mais especificamente a Tora explica o cap. 3, vers. 24 do Gênesis: "Ele fez sair o homem e instalou os querubins* a leste do Éden, juntamente com a espada de lâmina retorcida, para guardar a trilha da Árvore da Vida."

A nota de rodapé dizia: "Querubim. Rashi nota que eles são anjos de destruição. Ao homem é dito que ele deve eventualmente morrer e é banido do paraíso. Ele só pode retornar ao paraíso depois da morte, e antes de fazê-lo ele deve passar por esses anjos do purgatório (Bachia). O profeta também deve passar por esses anjos para aproximar-se da Árvore da Vida e obter uma visão. Este é o significado do querubim na Arca (Êxodo 25:18), e aqueles vistos na visão de Ezequiel (Ezequiel 1:5, 10:15) (Rambam em Êxodo 25:18)."

Li isso na obra "A Torá Viva: O Pentateuco e as Haftarot" por Rabino Aryeh Kaplan...

Mas o mais interessante foi como encontrei esta Torá... Na semana passada estava estudando Direito Tributário na biblioteca da FFLCH, na USP de São Paulo. Quando de repente, senti um intensa vontade de ler a Bíblia. Imediatamente saí procurando uma Bíblia na biblioteca e acabei encontrando a Torá. Foi a primeira vez que tinha nas mãos este Livro Sagrado dos Judeus, uma versão distinta da tradução da Bíblia...

Eu sempre gosto de andar a esmo entre as estantes da biblioteca. E, geralmente, o livro que me chama a atenção, tem algo que necessito saber, seja para minhas Teorias, seja sobre outro assunto ou tema.

O interessante dessa versão da Torá é que de um lado tem a tradução em português e do outro o texto em hebraico. Certamente, o livro é detrás para frente...

Outro ponto importante, estou comparando o capítulo 1, do Gênesis, da Torá que encontrei com o mesmo capítulo das traduções bíblicas... Busco saber se existe diferenças relevantes nas traduções que foram feitas.