Eu esqueci de dizer: estes vídeos são fragmentos do documentário "Notícias de uma Guerra Particular". Quem fala nestes fragmentos é o ex-delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro - Hélio Luz.
Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.
27/06/2008
Eu esqueci de dizer: estes vídeos são fragmentos do documentário "Notícias de uma Guerra Particular". Quem fala nestes fragmentos é o ex-delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro - Hélio Luz.
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às sexta-feira, junho 27, 2008
Marcadores: exclusão social, Narcotráfico, tráfico de armas
A ONU deveria buscar uma solução para o problema e não disseminar, para todo o planeta, a repressão e a proibição, ou seja, disseminar uma guerra que ceifa milhares, talvez milhões, de vidas humanas. Mas, como é interesse dos EUA continuar proibindo, a ONU assimila a posição e continua disseminando, em suas resoluções, a estupidez da repressão e da proibição...
E o efeito colateral desta posição é imediato: perda de legitimidade das Nações Unidas, ampliação da violência em todo o planeta, aquecimento das indústrias globais de armas, fonte de recursos para os grupos radicais e para o terrorismo.
Isto é fato. Quem quer criar um grupo radical, um grupo terrorista, vê no narcotráfico a primeira grande fonte obter financiamento. Não só isto, onde há drogas há armas. Onde há armas há drogas. Os dois negócios andam juntos, de mãos dadas... Isto aparece na necessidade de equipar as forças de segurança para combater o narcotráfico. E também na necessidade dos traficantes de se armarem para defender o negócio. Resumindo: as drogas alimentam o mercado negro de armas de todos os tipos...
Inclusive, no livro "QUIEN BENEFICIA LA COCAINA ?" de MYLÉNE SAULOY E YVES LE BONNIEC há uma passagem interesse sobre a compra de armas pelo governo colombiano para combater o narcotráfico. O navio de armas veio lotado. A metade foi entregue para os laranjas de narcotraficantes colombianos que estavam no Caribe e a outra metade foi entregue para o governo colombiano. Ambos, governo e narcotraficantes, adquiriam armas da mesma fonte, para se enfrentarem na guerra das drogas.
Quem defende a repressão e proibição das drogas e o acirramento da guerra tem que se afastado imediatamente das funções públicas que exerce. Este tipo de gente tem que se acusado formalmente de serem lobistas da indústria de armas, do terrorismo, do autoritarismo e do controle direto pelo Estado da vida alheia. Também podem ser acusados de terem baixo QI, ou seja, pouca inteligência para ocuparem cargos públicos.
Nós não temos que aceitar esta guerra que promovem contra todos e que mata a tiros quem não tem nada a ver com a história. Se eles querem guerra contra as drogas, deveriam ir para o front trocar tiros com os narcotraficantes. Enquanto estiverem mandando os outros irem para a guerra, não vão parar com ela...
Mais uma coisa... a ONU esteve no Rio e constatou as execuções sumárias da Polícia. Execuções sumárias ligadas diretamente à repressão e proibição das drogas... Execuções que são violações aos Direitos Humanos promovida pela luta contra as drogas. Logo, quando a ONU sugere a intensificação da guerra contra o narcotráfico, também está sugerindo a violação de Direitos Humanos e tudo o mais que esta guerra estúpida ocasiona...
Além disso, a verdade tem que ser dita, a maioria das drogas apreendidas continuam em circulação. Ao invés de drogas, tem muito pó de serra e farinha de trigo sendo queimados por aí. A lógica é simples, se o quilo da cocaína vale tanto quanto o quilo do ouro, por que queimar cocaína ? Logo, a máfia que está infiltrada em todas as polícias, policiais narcotraficantes, substitui os carregamentos por pó de serra, farinha de trigo, etc... e vai vender a verdadeira droga bem longe do local da apreensão... E os idiotas ficam felizes vendo a fumaça subir...
Outra coisa que não perceberam é que: a maioria da droga apreendida vem de denúncia anônima. Isto tem uma razão e se chama boi de piranha... Enquanto todas as piranhas, a polícia, corre atrás do boi que foi jogado nas águas, a boiada está passando em outro ponto do rio...
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A quem beneficia o narcotráfico ?
Em 1983 os EUA pediram a extradição de um dos primeiros e maiores narcotraficantes da Colômbia - Carlos Lehder. Após análise do pedido, a Suprema Corte do país aprovou a extradição de seu nacional.
Do seu refúgio nos Llanos Orientales Lehder declarou que a cocaína era a bomba atômica da América Latina e propôs a todos os rebeldes da Colômbia a formação de um exército de 500.000 homens, financiados com o dinheiro do tráfico, contra os americanos:
"Em nossa luta contra o imperialismo norte-americano e a oligarquia colombiana, o fim justifica os meios. Se a coca se encontra na América Latina para ajudar-nos a acelerar nossa revolução, bem-vinda seja. Se os Ianques levam nossos melhores produtos e também querem coca, que paguem o preço que a América Latina exige. Nós necessitamos de dólares para nos modernizarmos. E agora que somos quinze milhões de latino-americanos nos EUA, o poder latino do imperialismo é insuplantável..... E vamos reforçá-lo."
"Nosso objetivo é anti-imperialista e anti-oligárquico. A revolução da América Latina poderia fazer-se graças a cocaína, porque acredito que a cocaína é a bomba atômica da América Latina."
Carlos Lehder - Narcotraficante colombiano preso -e extraditado para os EUA
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"As políticas antidrogas no âmbito mundial derivam do modelo repressivo adotado pelos EUA e que foi imposto aos demais países por intermédio da pressão americana nos organismos transnacionais e da implantação dos procedimentos de certificação criado pelos americanos.
A idéia dos gringos se baseia numa fé inquebrantável na lei da oferta e da procura. Afirmam que: reduzindo o fluxo de drogas por meio da repressão fazem baixar a oferta global do produto e subir o preço de venda ao consumidor. Desgostoso, este abandonaria um vício que se tornou demasiadamente custoso.
A lógica elementar do raciocínio só omitia um detalhe: o custo de produção de um produto incide de maneira importante no seu preço final.
O preço do quilo da cocaína se multiplica por mil entre o produtor e o consumidor graças, justamente, a proibição.
Isso pode ser verificado pela simples observação, nas ruas de Nova York, de que o preço do grama da cocaína farmacêutica, com uma pureza de 99%, gira em torno de $ 3 dólares, enquanto o preço desta mesma droga nas ruas, com uma pureza de 25%, vale 30 ou 40 vezes mais, dependo do período."
A QUIEN BENEFICIA LA COCAINA ? - MYLÉNE SAULOY E YVES LE BONNIEC
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"Quanto produz anualmente, para os países, a exportação de cocaína ? A gama de estimativas é bem ampla e vai de 500 milhões de dólares até 3 bilhões de dólares.
Se alguém se atém a uma avaliação mais detalhada dos bilhões de dólares verificará que as entradas de divisas devidas ao tráfico representaram 18% da soma das exportações legais da Colômbia em 1987. Proporção enorme que parece mais razoável quando comparada com o Peru onde o índice alcança a marca de 25 a 30% ou com a Bolívia que gira em torno de 50 a 100%. (...)
No Peru e também na Colômbia, os cultivos ilícitos são as únicas atividades que reverteram o irresistível movimento de êxodo rural que afeta aos países andinos, assim como a totalidade da América Latina."
A QUIEN BENEFICIA LA COCAINA ? - MYLÉNE SAULOY E YVES LE BONNIEC
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"O tráfico de drogas é parte de um mecanismo de autodefesa dos colombianos. (...) Se trata de uma situação em que cada um se defende como pode, na qual cada um está decidido a não morrer de fome. Alguns escrevem, alguns traficam drogas, alguns fazem películas, alguns são Presidentes da República, porém ninguém se deixa morrer de fome. (...) Quem sabe onde estaria nosso país sem as drogas ? Quem sabe o nível de delinqüência comum que teríamos se não fosse o espaço para respirar que o tráfico de drogas proporciona ? Algum dia tudo isto terá que ser contemplado objetivamente; é uma realidade na qual uns podem estar contra e outros a favor, porém de qualquer maneira é uma realidade."
Gabriel Garcia Márquez
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"O problema da cocaína é que ao se aprovar nos EUA, em 1970, durante o governo de Richard Nixon, uma lei que transformava o seu tráfico em um delito de máxima gravidade, o preço da droga passou de $ 3.000 dólares para $ 30.000 o quilo. Então traficar cocaína se converteu em um grande negócio que trouxe a violência, a intranquilidade, as armas e a máfia."
Carlos Lehder - Narcotraficante colombiano preso e extraditado para os EUA
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"Os comunistas não atravessaram nossas fronteiras. A droga sim. O objetivo político dos narcotraficantes é tornar a todos nós usuários de drogas."
"Enviamos ajuda econômica a países que matam nossos filhos. Estamos pagando para nos lincharem."
Ed Koch, ex-prefeito de Nova York
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"O povo norte-americano deve compreender muito bem, como o fez no passado, que nossa segurança e a de nossos filhos está ameaçada pelos complôs latinos da droga que, tragicamente, tem mais êxito subversivo nos EUA do que tudo o que vem de Moscou."
Declaração do General Norte-americano Paul Gorman na década de 80
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O que se chama o problema da droga é uma invenção de cabo a rabo. Se trata de algo criado artificialmente pelos diversos governos norte-americanos em parte por razões de princípios moralistas que existem dentro da política e da sociedade daquele país.
Os governantes norte-americanos tem utilizado o moralismo da população de um ponto de vista hipócrita e para manter um negócio magnífico, pois é conveniente a estes governantes o controle de seus próprios cidadãos.
As drogas sempre existiram, pelo menos desde que existem as sociedades humanas, e as sociedades sempre souberam controlá-las.
Porém no início do século XX o governo norte-americano decidiu, cedendo a razões moralistas e também racistas - pois diziam que as drogas provinham dos negros, chineses ou mexicanos -, que sua limpa juventude não poderia ser submetida a tais coisas sujas. Então começaram a criar leis para proibir o uso de drogas. E como tudo o que é proibido é incontrolável, perderam o controle sobre as drogas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, década de sessenta, quando seu poder havia aumentado desmesuradamente os Estados Unidos começaram a impor suas políticas antidrogas a outros países.(...)
O que fizeram foi converter em incontrolável um problema que até então havia sido controlado em todas as partes.
Veja: antes dos governantes da Grã-Bretanha proibirem a droga em todo o país havia, segundo o censo, algo em torno de mil e quinhentos usuários de heroína e cocaína. Compravam a droga em farmácias com receitas médicas. Porém, quando proibiram a droga, o número de usuários passou para casa do milhão e meio. Nada demonstra de maneira mais eloqüente a imbecilidade das políticas contra as drogas.
Agora, imbecilidade se pensada do ponto de vista da saúde pública, porém astúcia se analisada do ponto de vista do negócio.
O que faz com que as drogas sejam o segundo dinheiro mais volumoso do mundo, somente superado pelo que produz o negócio das armas, é a proibição. Se não fossem proibidas seriam tão baratas quanto o chá ou o café.
Mas onde vai parar 95% do que se lucra com as drogas? Onde está depositado 95% do dinheiro movimentado? No sistema bancário dos Estados Unidos. O resto, que é uma pequeníssima porcentagem, termina nos países produtores de droga que estão sendo destruídos por essa guerra tonta, como é o caso do Afeganistão, Laos ou Colômbia.
Os Estados Unidos, em sua qualidade de império cada vez mais universal, necessitam ter inimigos. Desaparecida a ameaça do comunismo internacional inventaram a guerra contra as drogas para controlar os governos dos demais países. E agora declararam guerra ao terrorismo internacional: outra fantasmagoria. Há dezenas ou centenas de terrorismos em todo o universo. Porém não há um terrorismo universal.
Patadas de Ahorcado - Antonio Caballero - Jornalista Colombiano
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"Digamos que se queira fundar um movimento de resistência armada ou empreender uma ação armada com qualquer fim, o lugar propício para encontrar dinheiro e fuzis é o mundo das drogas."
General Paul Gorman, ex-comandante do Comando Sul no Panamá
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"Equivocam-se aqueles que querem explicar algo opondo a máfia ao Estado: eles nunca estão em rivalidade. A teoria verifica com facilidade o que os rumores da vida prática havia mostrado demasiado facilmente. A máfia não é estranha neste mundo; está perfeitamente acomodada nele. No momento da espetacular integração ela reina como o modelo de empresas comerciais mais avançadas."
Guy Debord
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"A diferença entre o cartel de Cali e de Medellin é que Cali é o governo e Medellin o povo. Desde a presidência de Belisario Betancur, a gente de Cali sempre tiveram um ou vários ministros no governo. O DAS (Polícia Federal Colombiana) não ajuda a gente de Cali. O Das é um escritório de Cali. Toda a velha burguesia tradicional da cidade está no negócio.
Há muitos jovens narcos de Cali que estudaram em LONDON SCHOOL OF ECONOMICS ou em OXFORD. A máfia de Medellín se formou na parte mais podre da cidade. O melhor que tiveram foram os Ochoa, que vinham da classe média e Pablo Escobar, cuja mãe era professora do primário. Jorge Luis Ochoa foi até o ensino médio e Escobar até o bacharelado."
A QUIEN BENEFICIA LA COCAINA ? - MYLÉNE SAULOY E YVES LE BONNIEC
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"O inimigo dos traficantes não é o Estado Colombiano, senão a elite colombiana, que controla o Estado, e isso não é a mesma coisa. Uma elite decadente que envelhece corrupta, que já não tem nenhuma legitimidade para a classe média, pois seus membros expatriaram seus patrimônios. O que sucede é que não há nenhuma alternativa de poder. Esta é a tragédia da Colômbia.
Os traficantes quiseram ser uma elite substitutiva. Porém não tiveram uma visão política do país, nem um projeto de sociedade.
Todos enriquecem na Colômbia. A classe média tem trabalhado para o setor financeiro - cabo de transmissão da máfia - e para o setor alimentício do crime organizado; em todo o setor imobiliário, por todas as partes, existem vínculos. E todo mundo sabe que a fuga de capitais organizada pela elite é compensada pelo dinheiro da droga. Porém ninguém confessa."
Jorge Gaitán Villegas
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às sexta-feira, junho 27, 2008
Marcadores: armas, drogas, Narcotráfico, ONU, Violência
25/06/2008
Certamente, este aumento exagerado é um ponto fora da reta. Vou analisar os logs para ver se o site está sofrendo algum tipo de ataque de robots ou coisa parecida...
Pelo adsense vejo que, nos últimos dois meses, houve 640.271 impressões de páginas... Enfim, se não houver sabotagens e picaretagens, terei que ampliar a quantidade de tráfego para o site. Também vou instalar novos domínios...
O site completo continua rodando nos servidores free:
http://leonildoc.orgfree.com
http://direitousp.freevar.com
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 25, 2008
24/06/2008
Não adianta falar. Não adianta reclamar. Contra os ardis dos grupos dominantes somente uma coisa funciona: a violência... Diz a palavra: "Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido". Isto não se aplica somente a quem aperta o gatilho, mas também a quem se alimenta da violência... Certas pessoas precisam ver o que significa viver em um ambiente de extrema violência, precisam sentir a violência na pele, tanto na própria pele, quanto na pele de suas famílias. Somente assim irão se preocupar com realidade social. Somente assim irão tratá-la com respeito e como um probelma que tem que ser resolvido rapidamente e não protelá-la indefinidamente.
Cada hora arrumam uma justificativa diferente para impedir a realização do projeto social. Cada hora inventam uma coisa nova para prejudicar os de baixo, pisoteá-los, oprimí-los e excluí-los... São tão sem noção da realidade que, por exemplo, não perceberam que somente puderam ir reclamar no morro da providência porque os militares ocupavam a comunidade. Se os militares não estivessem lá, nenhum deles teria botado a cara lá...
Deveriam sequestrar os desembargadore, juízes e demais políticos, que usam suas influências e poder para paralisar projeto social contra a violência, e entregá-los para os traficantes do morro da mineira... Isto lhês daria noção da realidade, noção das coisas e dos fatos. Assim, ele saberiam o que é viver na extrema violência e parariam de criar artíficos para prejudicar as comunidades pobres do Brasil...
Se eles querem perpetuar a violência, nada mais justo, que sejam sugados para dentro dela. Se querem e toleram a violência para os mais pobres e para os mais fracos, nada mais justo que recebam um pesado fardo de violência sobre seus ombros...
Inegavelmente, a violência no Rio de Janeiro somente será levada a sério e tratada com o devido cuidado quando as autoridades públicas, de todos os poderes, começarem a serem vítimas diretas da violência, começarem a ser atingidos, abatidos e mortos pelo mal que plantaram e que alimentam sem cessar. As vítimas da violência deveriam vingar seus filhos e parentes mortos no corpos das autoridades públicas negligentes e proteladoras... Talvez a única forma desta realidade desaparecer seja aplicar o "olho por olho" ou "vida por vida"...
Enfim, não querendo desanimar aqueles que estão nas torres de vigia... mas, nada do que dissermos será ouvido ou considerado... Se fôssemos ouvido, o apocalipse não teria sido profetizado. Contudo, a nossa meta é avisar o justo e assistir à destruição do ímpio... Vão colher o que plantaram. Certamente vão. Inclusive, estão condenando seus descendentes a pagarem pelo que fizeram....
Mas por que nós temos que avisar e mostrar o que será o futuro ? A resposta está no livre-arbítrio. Para decidir é preciso saber. É preciso ter informações do passado, do presente e do futuro... Eles foram avisados, logo, não poderão alegar desconhecimento ou ignorância. Agiram dolosamente e responderão por isto...
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às terça-feira, junho 24, 2008
Marcadores: Dominação, estupidez humana, negligência, Opressão, Violência
23/06/2008
O argumento de que os militares não podem fazer segurança pública é idiota e insignificante quando se observa que apenas a ação dos militares, através de Projetos Sociais, pode resolver, de forma justa e sem violações de Direitos Humanos ou matanças, o problema da violência nas comunidades do Rio de Janeiro.
Além disso, a ação dos soldados tem que ser separada da ação da instituição. Uma coisa é o que o soldado fez, outra é o que o Exército está fazendo. Saindo os militares, paralisam as obras, voltam os traficantes ou as milícias e junto vem a Polícia para matar e violar os Direitos Humanos. É isto que querem os que defendem a saída dos militares ? Desde quando a Constituição pode ser usada para justificar a reconstrução de um cenário de violações de Direitos Humanos e de violência ?
Se a presença do Exército, com a finalidade de realizar Projetos Sociais, resolve o problema da violência, não interessa o que a Constituição diz, os militares tem que ficar, pois nós queremos uma solução prática para a violência. Não somos fanáticos constitucionais que defendem a obediência cega à letra da lei, principalmente quando a obediência cega à letra da lei pode trazer de volta um cenário de violência e de violações de Direitos Humanos...
Contudo, o Judiciário vem a público e diz que os militares não podem fazer tarefa de segurança pública. Eu concordo com isto e digo que isto se aplica perfeitamente a um local, a uma comunidade, onde existem forças de segurança pública nas ruas, onde as forças de segurança pública agem sem nenhum problema, onde elas estão presente e possuem autoridade. Nestes locais a presença dos militares, com a finalidade de fazer segurança pública, não teria muita serventia. Haveria um excesso de forças de segurança no local. Logo, aplica-se o dispositivo constitucional e os militares vão se dedicar a outros negócios.
Contudo, usando a lógica, a proporcionalidade e a razoabilidade das coisas e dos fatos, percebe-se que este dispositivo constitucional não pode ser aplicado em locais onde a única presença possível do Estado são os militares. Se só tem os militares, como força do Estado, naquele local, são eles que devem fazer a segurança pública. São eles que devem agir como policiais.
Para quem tem inteligência, este fato é óbvio... É melhor que os militares façam a segurança pública do que deixar reinar, na comunidade, a anarquia ou o poder paralelo dos traficantes e das milícias. O Estado Oficial tem que se impor de alguma forma.
É fato notório que as comunidades do Rio são controladas por milícias e narcotraficantes. É fato notório que as forças de seguranças da Constituição não entram onde mandam os narcotraficantes, onde mandam os paramilitares.
É notório o fato de que as forças de segurança, quando entram nestas comunidades usam apenas a força bruta, agem a revelia da lei, violando a Constituição e os Direitos Humanos, ou seja, entram na comunidade para matar. Fazem a matança e "dão no pé"... Não ocupam o local para restabelecer e garantir a lei e a ordem.
As forças típicas de segurança não permanecem nas comunidades por muito tempo, não ocupam e nem estão presentes nas comunidades. Por isso, os narcotraficantes ou os paramilitares reinam absolutos. Logo, nestas comunidades não há garantia da lei e da ordem, ou seja, não há lei e nem ordem... a não ser, é claro, a lei e a ordem dos narcotraficantes e dos paramilitares. Inclusive falam dos "Tribunais do tráfico e das milícias".
Portanto, diante da ausência de forças de segurança, da ausência do Estado oficial com autoridade suficiente para aplicar a lei e estabelecer a ordem nas comunidades; assim como, diante dos excessos e das violações que as forças típicas de segurança cometem quando resolvem aparecer nestas comunidades e visando restabelecer a garantia da lei e da ordem, afastar a anarquia e a força do poder paralelo, legitima-se, perfeitamente, a ação das forças armadas, ação dos militares, nestas comunidades.
Certamente, estou falando da entrada dos militares para fazer projetos sociais, como o projeto Cimento Social, e, conseqüentemente, restabelecer a ordem e a segurança nas comunidades. Ações deste tipo tem legitimidade e tem poder de transformação, ou seja, os militares estão na comunidade fazendo projetos sociais e, pela tangente, restabelecendo o Estado de Direito e a ordem, assim como destruindo o poder paralelo, seja de milícias, seja de narcotraficantes.
Com esta idéia na cabeça, abro a Constituição Federal no art. 142 que diz: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem"...
Vejam !!! As Forças Armadas também servem para garantir a lei e a ordem. Certamente, elas devem garantir a lei e a ordem onde não há lei e nem ordem. Não é este o caso das comunidades citadas ? Traficantes e paramilitares desfilando com armas de guerra nas mãos significa ausência da lei e da ordem... As matanças da polícia comum e do capitão Nascimento significam ausência da lei e da ordem... A incapacidade do Estado carioca em resolver o problema também significa descumprimento da lei e ausência de ordem...
Enfim, a presença dos militares nas comunidades para implementação de projetos sociais e, conseqüentemente, restabelecimento da lei e da ordem tem legitimidade constitucional. Só não vê isto quem quer criar confusão e quer a continuidade da desordem e da violência nas comunidades... Falam que os militares não podem fazer segurança. Portanto, para satisfazê-los vamos parar de falar em segurança pública e vamos começar a falar em restabelecimento da lei e da ordem...
O que é impensável e não pode ser tolerado de nenhuma forma, inclusive usando a argumentação que apresentei acima, é o uso dos militares para investigar, perseguir e prender narcotraficantes e paramilitares das milícias, ou seja, ao invés dos militares entrarem nas comunidades para realizar projetos sociais, entrarem para fazer o papel que a polícia tem que fazer. Em outras palavras, os militares assumirem o lugar da polícia, assumir a tarefa típica das forças de segurança pública. Usar as forças armadas para esta tarefa é violar frontalmente a Constituição. Os militares não foram feito para correr atrás de narcotraficantes ou de paramilitares....
Mas qual é a diferença ? A diferença é que os militares entram nas comunidades para fazer projetos sociais e, em segundo plano, restabelecem a lei e a ordem. O restabelecimento da lei e da ordem deriva do projeto social: mais emprego, mais renda, qualidade de vida, segurança, mais dignidade para os cidadãos da comunidade. Enfim, os militares concretizam Direitos Sociais...
Agora, usar os militares para correr atrás de bandido, não restabelece a lei e nem a ordem. E pior, desmoraliza as Forças Armadas. Porém, a realização de Projetos Sociais limpa a imagem autoritária dos militares, transformando-os em soldados que lutam contra as desigualdades...
Contudo, no caso das Forças armadas se encontrarem realizando um projeto social em uma comunidade, nada impede que façam um mapeamento da criminalidade organizada estacionada no local. Além disso, nada impede que identifiquem e prendam estes miliantes, ou seja, eu considero perfeitamente possível, dentro da lógica dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, que a regra de não ação dos militares contra a criminalidade organizada seja relativizada em benefício da própria sociedade.
É o caso, como já disse, do Serviço de Inteligência das Forças Armadas que faz o mapeamento e a identificação da criminalidade organizada que age em determinada comunidade, onde os militares vão realizar, ou estão realizando um projeto social. Este mapeamento e esta identificação são essenciais para a segurança daqueles que atuarão no projeto e para restabelecer a lei e a ordem no local.
E, certamente, uma vez mapeado e identificado estes elementos, se forem visto nas ruas da comunidade e capturados pelas forças militares, ou caso seja identificado algum outro crime ou criminoso nas imediações, é perfeitamente legítimo e normal que sejam perseguidos, presos e entregues para os órgãos de segurança, a fim de que respondam, na Justiça, pelos crimes que cometeram... Inclusive, os militares podem fornecer todas as provas que o serviço de Inteligência levantou, etc.
Seis meses... em seis meses, os militares aplicaram o óbvio e descobriram que a redução da violência nas comunidades do Rio é possível, basta aliar a ocupação contínua dessas comunidades com projetos sociais que geram empregos, renda e qualidade de vida para os moradores. Em seis meses na comunidade ninguém morreu, enquanto que nas outras comunidades, regidas pela lógica da repressão, da violência e das violações de Direitos Humanos, lógica de um Estado Policial terrorista, centenas, talvez milhares de pessoas, foram assassinadas pelas forças de segurança.
Pela primeira vez um projeto social, mesmo sem ser um projeto de segurança pública, reduziu drasticamente a violência em uma comunidade que estava sob controle do narcotráfico. Este fato mostrou, cristalinamente, que a violência se combate com projeto social, com geração de emprego, renda e qualidade de vida para os moradores. Mas não só isto, a presença do Estado tem que ser contínua e constante, tem que ser ininterrupta...
O projeto Cimento Social mostrou que a lógica da repressão, das violações de Direitos Humanos e do Estado Policial Terrorista é a principal causa da desordem e da violência que impera no Rio de Janeiro. Pior do que isto, mostrou que todos os recursos públicos destinados ao combate da violência são recursos perdidos, pois são mal aplicados, é gasolina sendo utilizada para apagar um incêndio. As políticas públicas que seguem a linha da repressão promovem a violência para "supostamente" combater a violência.
Certamente, esta revelação atraiu o ódio dos grupos dominantes, que têm na violência uma fonte de recursos e de discurso. Por isso, agiram para sabotar o projeto e encobrir a idéia de que a solução para a violência está na ação social e não na repressão, no terrorismo e nas violações de Direitos Humanos.
Por isso, a ação estúpida de alguns soldados assumiu grande espaço na mídia. Basta observar que todos focam na ação isolada, realizada contra a ordem de Superiores das Forças Armadas, de alguns soldados, para atacar o Projeto Social. Usam a Consituição para paralisar uma ação social que está dando certo. Usam a letra morta da Lei para restabelecer uma realidade de violência, violações de Direitos Humanos e de terrorismo de Estado. E isto que eles querem, que os militares saiam, o projeto pare, os traficantes voltem e a Polícia entre para matar... Matem dezenas e saiam correndo... deixando, mais uma vez, a comunidade abandonada à própria sorte...
Em seis meses de projeto dos militares nada disso aconteceu...Logo, se houvesse inteligência e vontade de realmente acabar com a violência nas comunidades do Rio de Janeiro, o normal, o lógico, o razoável, seria a disseminação do Projeto Cimento Social para todas as comunidades. Dessa forma, o Rio de Janeiro restabeleceria a paz, a ordem e a Justiça, afastando o poder paralelo, a violência e as violações de Direitos Humanos, inclusive das forças típicas de segurança, ou seja, dos paramilitares. Isto seria o normal, mas isto interessa aos grupos dominantes ?
O caso dos militares no Rio de Janeiro mostra, cristalinamente, a ação dos grupos dominantes contra projetos sociais de relevante interesse público. Contra projetos sociais destinados à população de baixa renda. A morte dos três jovens não é o principal fator na história. Se fosse, a revolta das autoridades seria muito maior nos casos em que a polícia terrorista, em um único dia, matou mais de 10 jovens. Neste último caso, ninguém falou nada, ninguém pediu desculpa, ninguém foi na favela falar com as famílias e o judiciário não impediu a polícia de continuar indo na favela promover matanças... Portanto, a motivação daqueles que se manifestaram contra os militares é outra...
Um projeto como este não interessa aos grupos dominantes. Por isso, querem cobrí-lo para que a sociedade não o veja como solução para a violência. Se a sociedade ver, os recursos destinados à repressão, os bilhões gastos em combates inúteis, irão para as mãos dos militares para a realização de projetos sociais nas comunidades excluídas. Assim, a fonte de recursos das políticas públicas que, ao invés de eliminar a violência acabam aumentando-a exponencialmente, secará. Logo, para quem vive da violência, para quem tem na violência uma fonte de poder, não há interesse em ver este projeto, mostrando o seu sucesso...
Como os grupos dominantes estão enraizados na maioria dos órgãos da administração pública, o mal se manifestou nas instituições, mostrando suas garras e seus dentes. Mas dissimulando seus interesses e sua vontade na pseudo-legalidade. Eles querem, não a aplicaçao da Constituição, mas sim a continuidade da lógica da violência, da lógica das violações dos Direitos Humanos, da lógica do terrorismo de um Estado Policial. A violencia é um negócio do qual os grupos dominantes não abrem mão, pois é uma fonte de recursos para seus bolsos e fundamento para que alcancem o poder.
Certamente, os grupos dominantes, que usam a violência como fonte de renda, para não perder terreno no negócio, não poderiam deixar este projeto continuar incólume, pois ele é um tapa na cara das autoridades públicas. É um projeto que mostra a incompetência e a estupidez, clara e inequívoca, de políticos e de políticas de contenção da violência. Por isso, entrou em campo, para prejudicar e encobrir o sucesso do projeto Cimento Social, toda a tropa de choque dos grupos dominantes, incluindo o judiciário...
Se o sucesso deste projeto se disseminar, os bilhões destinados à segurança pública e contra o narcotráfico podem ser desviados, integralmente, para projetos sociais. E o cimento social pode virar epidemia e entrar em todas as comunidades do Rio de Janeiro e de outras cidades do Brasil. Em seis meses ninguém morreu, os traficantes desapareceram, os moradores tiveram emprego e a paisagem feia dos barracos, caindo aos pedaços, começou a ceder lugar para um bairro de cidadãos com dignidade.
Não só a mídia, mas também as ONGs de rapina que vivem da violência e, por incrível que pareça, as comissões de Direitos Humanos, levantaram-se para apedrejar os militares. Cada um agindo para proteger interesses próprios.
A velocidade com que Jungmann, da comissões de Direitos Humanos do Congresso, apareceu no caso foi impressionante. Muitos disseram: "é um exemplo de compromisso com os Direitos Humanos". E eu digo: "mas que cara de pau !!! Que hipocrisia !!!" Onde estava o Jungmann quando a Polícia Terrorista estava matando mais de dez pessoas por dia nas comunidades do Rio ? Onde estava o Jungmann quando as violações de Direitos Humanos nos presídios se tornaram públicas ?
Certamente, o aparecimento do Jungmann no caso dos militares se deve mais aos interesses políticos do PPS do que a preocupações com os Direitos Humanos. Interesses políticos que se chama Denise Frossard, adversária política do idealizador do projeto Cimento Social: Bispo Crivella.
E a Globo, o Willian Bonner, etc...atacou os militares porque não querem ver Projeto do Crivella, ligado à Igreja Universal e à Rede Record, fazendo sucesso no reduto do Roberto Marinho. Por isso, não sei se corromperam os Oficias da Inteligência ou se forjaram os relatórios, só sei começaram a reunir elementos para tirar os militares da comunidade e facilitar a volta dos narcotraficantes ou de alguma milícia... Logo, eles que tiveram um jornalista queimado em uma comunidade querem que a lógica da violência continue operando...
Pessoas que não emitiram nenhuma palavra diante das centenas, talvez milhares, de mortes promovidas pela polícia terrorista, de repente, mostram a cara para impedir os militares de continuarem executando um trabalho social de relevante interesse público e eficácia máxima contra a violência e contra as desigualdades. Portanto, os Direitos Humanos, nesta história toda, é apenas uma neblina para encobrir os reais interesses dos grupos dominantes.
A Comissão de Direitos Desumanos, aliada às ONGs da violência e ao Judiciário, em conluio, logo, evidenciando a face do verdadeiro mal, agem para prejudicar um projeto social de relevante interesse público e eficácia máxima contra a violência e contra as desigualdades. Agem para manter a violência extrema nas comunidades, para manter as péssimas qualidades da moradia, para manter as desigualdades sociais. Agem para perpetuar o mal social.
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às segunda-feira, junho 23, 2008
Marcadores: Cimento social, militares, Projeto social, Rio de Janeiro
17/06/2008
Eu começaria a investigação analisando o tempo que o exército está na comunidade. Ouvi dizer que são seis meses. Logo, eu perguntaria: quantos moradores desta Comunidade foram mortos neste tempo ? E nas demais Comunidades do Rio de Janeiro, quanto a Polícia matou ?
O que diferencia a ação do exército na Providência e a ação da polícia em outras comunidades ? Bem, na Comunidade da Providência há uma ocupação contínua e sem brechas, ação social, etc; enquanto nas demais comunidades a Polícia vai, mata e cai fora... Tempos depois a polícia volta, mata mais um pouco e cai fora...
De repente a presença contínua do exército revelou o óbvio: ocupação contínua e tolerância zero é o caminho para o Estado recuperar as comunidades. O Exército aplicou o óbvio e a coisa começou a dar certo. Imagina só, o Exército fica um ano na Comunidade e não morre ninguém, imagina o tamanho do estrago que isto acarretaria para certas pessoas...
Logo, este sucesso pode ter repercutido mal para certas pessoas e certos grupos... A fórmula de sucesso tem que ser contida, manchada e estragada. Algo precisa ser feito. E o que tem que ser feito é fazer os soldados matarem da mesma forma que a polícia mata, ou então, fazer com que moradores da Comunidade sejam mortos pelo Exército...
Eu não descarto esta hipótese e verificaria as contas dos envolvidos nas mortes, buscando depósitos ou coisas parecidas, ou então, algum acordo com milícia. É isso mesmo, verificaria se tem dedo das milícias por trás deste fato... Isto porque, saindo o Exército, quem entrará nesta Comunidade será alguma milícia... Além disso, a coisa aconteceu justamente na hora em que as milícias foram mostradas na imprensa internacional. Logo, estas mortes desviam o foco da discussão, desviam a atenção do público...
A Polícia do Rio não tem imparcialidade para investigar as milícias, principalmente porque as milícias são compostas por policiais e autoridades públicas do Rio de Janeiro. Inclusive, pode ter gente graúda, bem graúda, eu acho que tem, ligada com estes paramilitares...
Enfim, eu acho que esta história de desacato é uma neblina, a ponta de um iceberg gigante. É conversa para boi dormir... Certamente, esta história do desacato pode ser aceita por conveniência. Logo, podem encerrar a história colocando uma pedra em cima. Porém, a inteligência militar tem que ir mais fundo...
Além disso, a manifestação das ONGs da Violência, ou seja, das ONGs que vivem da violência, contra a presençae o trabalho do Exército na Comunidade da Providência também não deve ser considerada, pois ONGs da Violência dependem da violência para viver... Se a violência acabar, elas vão viver do quê ? Portanto, o trabalho de sucesso do Exército tem que parar e a polícia voltar a invadir o morro e matar dezenas ou centenas mensalmente...
Mas e a manifestação dos moradores ? A minha pergunta é: quantos moradores ? Eram realmente moradores da comunidade ?
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às terça-feira, junho 17, 2008
16/06/2008
Ontem os EUA eram um país escravocratas. Em seguida um país de negros livres, porém sem direitos e, atualmente, um país onde um negro, mais uma vez, chegou ao comando da nação mais poderosa do planeta. Isto jamais ocorreria em um regime de castas ou em um lugar onde uma minoria comunista domina a maioria silenciosa.
Portanto, a vitória de Obama à presidência, seja acompanhado de Hillary ou de Al Gore, fortalece o sistema democrático, o Estado de Direito e os Direitos Humanos na Terra. É o exemplo mais eloqüente que uma nação democrática pode dar aos demais países, principalmente, quando pregarem que a Democracia, o Estado de Direito e os Direitos Humanos devem ser generalizados, disseminados globalmente...
Além disso, é preciso quebrar o paradigma de guerras que marcam os republicanos e tem caracterizado os EUA nesta última década. A eleição de um veterano de guerra não quebra este paradigma, mas fortalece-o, aproximando os EUA mais de Esparta do que da Atenas Grega, ou seja, dá aos EUA o domínio global, não pelo diálogo, mas sim pela força.
Acho que é mais sensato tomar chá com o Hugo Chaves e negociar uma solução pacíficas para as diferenças do que enviar milhares de soldados para ocupar a Venezuela.
Enfim, Obama é um caminho para a paz e para a estabilidade no planeta.
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às segunda-feira, junho 16, 2008
Crédo, crédo, crédo.... credo, credo, credo, credo.... créééééééééédo...
Foi engraçado, não foi ??? Ah, ah, ah...
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às segunda-feira, junho 16, 2008
Certamente, elas escolheram este destino, pois elas se recusaram a continuar estudando e preferiram abandonar os estudos no ginásio ou no colegial. Sabiam que sem estudo, principalmente neste fim de mundo, sobra apenas trabalhos desta categoria, mas nada adiantou e desistiram da escola. E de nove irmãos, eu fui o único que terminou a Faculdade (Direito-USP) e há um irmão caçula que ainda está no ginásio e, certamente, tentando de todas as formas desistir da escola.
Esta questão é muito interessante... Acho que eles se espelharam no resto da família e sendo meus pais semi-analfabetos, os tios todos sem estudos, 99% da família não conseguiu concluir nenhum ensino. E olha que estou em uma das regiões mais desenvolvidas do Brasil e lugar onde vaga na escola não falta. O problema é a cultura de analfabetismo e falta de conhecimento que há dentro da minha família. Cultura que tenho tentado, desde quando estava no ginásio, remover e eliminar. Mas não tenho obtido muito sucesso. Espero conseguir salvar os sobrinhos que estão chegando agora.
Mas, voltando a questão do trabalho escravo. A falta de estudo não justifica a escravidão. Nos canaviais daqui elas trabalham por produção. Se cortam muita cana, ganham muito. Se cortam pouco, ganham pouco. Certamente, há a garantia do salário mínimo, mas não ganham muito acima disso, principalmente, porque é um trabalho que exige força física e mulher não tem muita força física. Mesmo assim, como é uma das poucas formas de trabalho neste fim de mundo, elas encaram. São mulheres de sangue forte.
A escravidão que vejo neste trabalho não está na falta pagamento dos direitos garantidos pela lei. Todos os direitos são pagos como manda a lei. Com exceção de uma certa contribuição confederativa que vem descontada todo mês (acho que é ilegal este desconto - por que pagar mensalmente uma confederação que elas não sabem nem qual é...), o resto está de acordo. O problema está no pouco pagamento. Enquanto a maioria dos cortadores de cana ganham uma mixaria, os donos da usina embolsam milhões e milhões. É esta equação que tem que ser balanceada. É aqui que está o trabalho escravo nos canaviais....
A minha solução para isto é, além do pagamento de salário, impor a divisão de uma porcentagens dos lucros obtidos com a venda/exportação do produto. Assim, além do salários, estes cortadores terão direito a uma participação direta nos lucros da usina e aumentarão seus ganhos de acordo com o mercado...
Esta questão não está sendo tratada com a prioridade exigida. Os salários e a qualidade de vida dos cortadores de cana tem que ser melhorada o mais rápido possível. Se isto não for feito, o etanol brasileiro pode perder terreno para o etanol de outros países em um futuro próximo. Digo isto porque a cana está sendo plantada em outras nações e se eles fizerem a lição casa de acordo com as exigências da comunidade internacional, nós seremos empurrados para fora do mercado. Isto será feito com o famigerado mecanismo da cláusula social da OMC... Logo, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores tem que ser prioridade máxima, não só do governo, mas também dos empresários....
"Entre os diversos fundamentos apontados para a existência e desenvolvimento do Direito Internacional do Trabalho, encontramos os relacionados a fatores de ordem econômica. Estes se caracterizam por uma preocupação de universalização das normas protetivas aos trabalhadores, ao cabo de impedir que Estados com baixo nível de respeito às condições de trabalho aufiram vantagens comerciais a custa da exploração de seus obreiros. Diante do menor custo da produção, alguns países ofertam no mercado internacional produtos com preço competitivo, mas isto em decorrência de salários aviltantes, jornadas de labor intermináveis, trabalho infantil ou mesmo escravo. Denomina-se esta prática de dumping social, ou seja, a busca de vantagens comerciais através da adoção de condições desumanas de trabalho." (Texto completo)
Enfim, precisamos adotar medidas e mecanismos que distribuam as riquezas do Brasil. Não só nos biocombustíveis, mas em todos os demais planos, incluindo minérios extraídos de nosso solo (vou escrever um texto só sobre minérios) e propriedades rurais. Inclusive, eu defendo a limitação do tamanho das propriedades rurais em todo o Brasil (também vou escrever mais sobre isto).
Quanto às minhas irmãs e demais membros de minha família, já estou trabalhando na estruturação de um pequeno negócio da família. Negócio este que irá tirá-la da escravidão dos canaviais. Estamos emperrados no financiamento do BNDES. O BNDES financia empresa para os grupos dominantes, para os ricos. Quando o assunto é empresa familiar, não sai um centavo... Também vou escrever sobre isto....
Além disso, a opressão e a exploração dos trabalhadores rurais deste país é uma vergonha nacional. Esta opressão e exploração, se não for eliminada, trará para este país uma violenta e sangrenta revolução. Os trabalhadores rurais precisam apenas de um líder forte para os orientar e impulsionar...
Os canaviais brasileiros sempre dependeram de mão-de-obra escrava. No início os escravos eram trazidos da África para plantar cana e, assim, produzir o açúcar vendido na Europa. Hoje não se busca mais escravos na África, pois não é necessário ir tão longe para encontrar mão-de-obra barata, ou seja, para encontrar gente que aceita um sub-emprego, ou trabalhe em troca de comida. As periferias e os trabalhadores sem-terra são reservatórios de mão-de-obra barata para os canaviais. Quem não acredita que há escravidão nos canaviais, basta ir até a Usina de açúcar e álcool mais próxima durante o corte da cana, ou então, basta perguntar para um cortador de cana quanto eles ganham, quanto tempo trabalham, quanto tem que produzir para receber. Os senhores de engenho e de escravos de ontem são os usineiros hoje. As senzalas de ontem são as periferias e as favelas de hoje.
Os biocombustíveis são essenciais para o Brasil e para o mundo. Não podemos perder essa oportunidade. Temos que ser os maiores produtores mundiais e controlar esse mercado, ou seja, temos que criar e comandar a OPEP dos biocombustíveis. Contudo, isso não pode ser feito encima de uma estrutura escravocrata. Não podemos produzir álcool misturado com sangue de trabalhadores rurais. E os lucros da venda do álcool não pode pertencer exclusivamente aos usineiros. Além disso, temos que impedir que os canaviais se expandam sobre as florestas, principalmente na região amazônica. Lembro que já existe uma Usina de Açúcar no Estado do Amazonas (clique aqui para ler sobre isso).
Hoje os trabalhadores das usinas canavieiras, principalmente do Estado de São Paulo, trabalham em rodízio com apenas uma folga por semana, ou seja, o indivíduo trabalha direto, inclusive sábado e domingo. Além disso, saem de casa por volta das cinco da manhã e somente retornam depois das dezenove horas, isso porque o tempo de viagem não é contado como horas trabalhadas e o percurso até o canaviais é longo. Sem contar as condições de trabalho que são as piores possíveis, inclusive para um melhor aproveitamento do terreno todas as árvores são arrancadas, logo não há sombra nessas áreas, ou seja, a pessoa trabalha o dia todo embaixo do sol quente, trabalha respirando fuligem e cinzas da cana queimada e a água para beber é quente.
Com isso a saúde do trabalhador é completamente destruída, ficando inválido antes dos cinqüenta anos e quem acaba pagando a conta é a previdência social: aposentadoria por invalidez, auxilio doença, pensão por morte, etc. Além disso, o cortador de cana é um profissional sem perspectiva de vida, pois trabalha muito, ganha pouco, não tem qualidade de vida e nem tempo para estudar e buscar uma vida melhor.
Também temos que impedir o avanço dos canaviais sobre as plantações de alimentos. Os produtores de feijão, arroz e milho não podem deixar de plantar alimentos para cultivar cana, pois se isso ocorrer haverá, certamente, um aumento no preço da comida. E por último não podemos permitir que os sub-produtos e as técnicas utilizadas na produção de biocombustíveis ocasionem desastres ambientais. Por exemplo, as queimadas devem ser proibidas, assim como a contaminação do solo e dos rios por produtos químicos utilizados nas plantações de cana, etc.
A primeira saída para quebrar a estrutura atual de trabalho utilizado nas lavouras de cana é acabar com o trabalho por produção ou tarefa. Hoje só há emprego nos canaviais para quem corta dez toneladas de cana por dia, ou seja, para os mais fortes. Além disso, o salário tem que ser fixo e mensal, assim como parte dos lucros das usinas devem ser dividido com os trabalhadores e produtores rurais que alugaram suas terras para os usineiros. E tudo isso tem que ser fiscalizado e acompanhado de perto pelo governo.
Os cortadores de cana também devem ser organizados em cooperativas, associações e sindicatos. Organizações que devem representar os interesses desses trabalhadores, logo não podem ser controladas, como ocorre hoje, pelos empregadores. Inclusive, eu penso até que o governo, ao invés de dar dinheiro para os usineiros ampliarem e montarem negócio particulares, deveria dar dinheiro para as cooperativas de trabalhadores e pequenos produtores construírem usinas comunitárias. Isso ocasionaria uma revolução nesse agronegócio, pois o meios de produção seria controlado diretamente pelos trabalhadores rurais. Assim, o lucro obtido seria dividido em partes iguais entre os trabalhadores. Isso sim, geraria renda e reduzirias as desigualdades. Dar dinheiro público, por meio de empréstimos a baixo custo, para usineiro é concentrar renda e aumentar as desigualdades, assim como incentivar a escravidão dos trabalhadores rurais.
Outra prática que deve ser incentivada são as cooperativas de pequenos produtores para plantação de cana-de-açúcar, ou seja, ao invés das usinas montarem e se apropriarem de latifúndios com milhares de alqueires de terra, os pequenos produtores plantam e vendem a cana para as usinas, de preferência para as usinas comunitárias; ou então, os pequenos produtores alugam suas terras para as usinas plantarem cana, etc. Essa prática, utilizada em alguns locais, incentiva o cooperativismo e divide os ganhos com a produção de biocombustíveis. Além disso, ela evita o ressurgimento das oligarquias da cana, assim como a concentração de poderes, econômico e político, nas mãos dos usineiros.
Outro elemento importante desse tema é a questão ambiental. Esse elemento se divide em dois itens: 1) os canaviais não podem avançar sobre a floresta ou ocupar espaço de outros agronegócios, empurrando-os para áreas florestais; 2) a produção da cana tem que abandonar as técnicas de queimadas; 3) Desertificação.
Como disse anteriormente, já tem usina de açúcar dentro da floresta amazônica. Portanto, já existem variedades de cana e tecnologia para desenvolver canaviais nessa região. Contudo, isso não pode ocorrer, pois a floresta com sua biodiversidade é mais lucrativa, para a coletividade, do que os biocombustíveis. Além disso, não é só o Brasil que precisa das riquezas da Amazônia, mas a vida no planeta depende da floresta.
Basta ver as derrubadas realizadas nas regiões canavieiras. Não há uma árvore sequer no meio dos canaviais. Derrubam tudo, até mesmo nas beiras de rio (matas ciliares), assoreando os leitos dos rios. Derrubam para ocupar melhor o terreno, pois as árvores atrapalham o plantio de cana e a movimentação de maquinários. Além disso, sem a mata e durante o plantio e crescimento da cana, o solo fica descoberto e desprotegido, logo o sol incide diretamente na terra, aumentando a temperatura do solo, matando os micro-organismos e ocasionando erosão.
Outro problema gravíssimo são as queimadas. Quem mora em cidades próximas dos canaviais conhece bem esse problema, principalmente quando a fumaça e as fuligem começam a tomar conta de tudo. Pior do que isso, as queimadas são feitas em círculos fechados nos talhões. Assim, os animais que se encontram dentro do círculo morrem queimados, pois não há como fugir. Morrem principalmente cachorro do mato, tamanduá, capivara, tatu, cobras, passarinhos (principalmente filhotes), etc.
Há ainda o problema da água utilizada para lavar a cana que chega na usina. Essa água é utilizada para irrigação das terras próximas, ou então, é jogada nos rios próximos. Como essa água é excessivamente ácida ela mata os microorganismos presentes na terra, causando desertificação. Por isso os usineiros arrendam as terras por apenas cinco anos, pois após esse período a terra não produzirá mais a quantidade esperada e o solo necessitará de correções químicas para voltar a produzir. Contudo, esse processo de recuperação pode levar mais de 5 anos e custará caro.
O Brasil é um país onde a concentração de riquezas chega a níveis insuportáveis. E a ampliação dessa concentração levará, certamente, a uma revolução social, pois a única forma de se quebrar os elos de dominação, opressão e exclusão será a violência e o extermínio das classes dominantes. Isso ocorreu na França onde a nobreza e o rei (grupos dominantes) foram exterminados. Isso ocorreu na Rússia, onde os Czares e seus aliados foram dizimados.
Também ocorreu na Alemanha, onde o partido nazista conseguiu canalizar o ódio social contra o povo judeu que eram os grupos dominantes do país. Basta lembrar que os Judeus controlavam o sistema financeiro e bancários, assim como as indústrias e o comércio na Alemanha.
O jornal afirma que o Brasil, "a Arábia Saudita dos biocombustíveis", tem mais de 300 mil trabalhadores temporários na indústria da cana vivendo sob condições que variam de "deploráveis à completa servidão".
Fontes do Ministério Público ouvidas pelo LA Times afirmam que "pelo menos 18 cortadores de cana morreram nos últimos anos, vítimas de desidratação, ataques cardíacos ou outros fatores ligados à exaustão em regiões onde a floresta passou a dar lugar à agricultura".
"Isto não inclui um número desconhecido de outros que morreram em acidentes, por excesso de trabalho. Até prisioneiros têm melhores condições de vida", disse o promotor Luis Henrique Rafael ao diário americano.
Cachaça
"A única forma de lazer deles é a cachaça", acrescentou ele.
O jornal cita o relatório divulgado no mês passado pela Anistia Internacional em que a organização denunciou que mais de mil cortadores de cana foram resgatados em junho de 2007 após serem submetidos a trabalho escravo por um grande produtor de etanol, Pagrisa, no Pará.
"Apesar de os casos de escravidão ganharem mais destaque, há casos de abusos diários, como baixos salários, longas horas de trabalho, baixos padrões de segurança, ausência de serviços sanitário e de saúde, além de exposição a pesticidas e outros produtos químicos".
O Los Angeles Times afirma que as crescentes críticas internacionais provocaram a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o governo e produtores querem melhorar as condições de trabalho na indústria da cana.
O jornal destaca uma parte do discurso do presidente durante a conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO), em Roma, em que ele diz que "o trabalho nas lavouras de cana não é mais difícil do que nas minas, que foram a base para o desenvolvimento da Europa".
"Peguem uma faca para cortar cana e depois vão a uma mina a 90 metros de profundidade para explodir dinamite. Vocês verão o que é melhor", disse Lula na conferência.
Trabalhadores de cana entrevistados pela reportagem reclamaram do regime do trabalho, dizendo trabalhar 12 horas por dia, às vezes sete dias por semana sob um sol escaldante.
"Como migrantes de outros países, eles sucubem às suas reivindicações diante da falta de oportunidades de emprego", afirma o jornal.
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às segunda-feira, junho 16, 2008
Marcadores: Brasil, canavial, escravidão, etanol
Os tiranos de amanhã ainda estão sendo amamentados ou estão na escola. O Estado totalitário ainda está sendo projetado. O controle de pensamento e de pensadores ainda está em discussão. Os novos métodos de extermínio ainda estão em fase de teste nos laboratórios da ciência. As normas que legitimam extermínios ainda estão passando pelos legislativos e pelas cortes do judiciário. A moda no futuro será o extermínio de pessoas embrionárias... Não só o extermínio, mas o uso de embriões humanos em testes e experiências científicas, inclusive, misturando embriões humanos com embriões de outros seres, etc.
O futuro que se concretizará, o amanhã, depende de como os pedaços de futuro no presente se juntam e se ligam, ou seja, o cenário e os fatos de amanhã estão sendo montados/construídos hoje. A essência desta observação é que você pode interferir no resultado. Nós podemos interferir no resultado, induzindo variáveis e projetando os cenários que queremos viver amanhã. Para isto, precisamos detectar e aproximar pedaços de futuro no presente. Precisamos catalisar uma ligação entre estes pedaços ou então impedir que certos pedaços se juntem. Dessa forma, determinamos a formação do futuro que desejamos viver ou que desejamos para as próximas gerações.
Enfim, temos poder para construir o futuro que quisermos.
15/06/2008
Mas não é só isto, eu acho que a eliminação da tarifa do etanol brasileiro e o fim do subsído ao etanol de milho, acompanhada da adição de 20% de biocombustível na gasolina americana, pode ser uma arma eficiente contra as altas patológicas do petróleo. Seriam 20% a mais de gasolina disponível para consumo no mercado. Certamente, de gasolina misturada com etanol... Também, poderiam promover a substituição das tecnologias que usam gasolina ou diesel puros por tecnologias que usam álcool. Aquecedores a álcool, carros a álcool, etc...
Contudo, é difícil, muito difícil, aceitar idéias como esta quando se está ligado umbilicalmente com as corporações do petróleo...
Estadão Online -- Patrícia Campos Mello -- Domingo, 15 de Junho de 2008
O candidato republicano John McCain quer acabar com a tarifa de importação sobre o etanol brasileiro e eliminar o subsídio ao etanol de milho americano. Ele também apóia a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e no G-8. Durante três dias da semana passada, a reportagem do Estado acompanhou McCain em campanha por Nova York, Boston, Filadélfia e Washington. E constatou que o republicano tem mais ligações com o Brasil que os brasileiros imaginam. Seu jatinho de campanha é um Embraer 190, da Jet Blue. McCain já esteve várias vezes no Rio de Janeiro nos anos 50, quando namorou uma carioca.
Se for eleito presidente dos EUA, o candidato republicano deve se aproximar do Brasil, nação que elogia por sua política de energia limpa. "Cometemos uma série de erros ao não adotar uma política energética sustentável - um deles são os subsídios para o etanol de milho, que eu avisei em Iowa que iriam destruir o mercado e foi de fato o que aconteceu: o etanol de milho está causando um sério problema de inflação", disse McCain em entrevista ao Estado em Boston. "Além disso, está errado impor uma tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol de cana brasileiro, que é muito mais eficiente do que o etanol de milho." Já o candidato democrata Barack Obama defende uma cooperação energética com o Brasil, mas não quer acabar com a tarifa nem com o subsídio.
Além do setor energético, McCain prega uma aliança com o Brasil na chamada "liga das democracias" - uma união de países para se contrapor ao que chama de regimes autocráticos da China e Rússia. Ele apóia um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, a participação do País em um G-8 ampliado (que incluiria a Índia e excluiria a Rússia) e a retomada das discussões da Área de Livre Comércio (Alca) com o Brasil - o senador defende o livre comércio como forma de "espalhar" a democracia pelo continente.
Dentro da campanha de McCain, as posições de Obama para a América Latina são ridicularizadas. "Obama nunca pisou na região, não foi nem de férias para Cancún", diz um assessor. McCain já esteve três vezes na Colômbia e outras tantas no Brasil. A primeira vez foi em 1957, quando ele ainda estudava na Academia Naval e conheceu uma modelo brasileira. Segundo um assessor, ela se chamava Maria e morava "perto do Pão de Açúcar". Eles namoraram por alguns meses e McCain voltou ao Rio para vê-la.
Assessores do republicano afirmam que o projeto de Obama para a região se limita a "tomar chá" com Hugo Chávez , enquanto desencoraja aliados como Colômbia por sua oposição ao livre comércio. "Bloquear o acordo comercial com a Colômbia, impor medidas protecionistas e sentar para bater papo com ditadores como Chávez? Como é que isso vai dar certo?", diz um assessor.
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às domingo, junho 15, 2008
Marcadores: Banco do Brasil, Eleição, etanol, EUA, subsídios
São idéias que unem o ambiental com a melhoria da qualidade, principalmente com a melhoria da alimentação da população de baixa renda.
Alimentar-se é um direito básico do indivíduo. Ninguém vive sem comer. E, atualmente, a alimentação, principalmente nos centros urbanos, está atrelada ao dinheiro. Quem tem dinheiro come. Quem não tem não come. Quebrar esta relação nefasta é fundamental. E mecanismos como estes da Prefeitura de Ponta Grossa quebram a relação comida x dinheiro, abrindo novas possibilidades para as famílias melhorarem a alimentação... E melhorando a alimentação, pode ter certeza, a saúde melhora, a educação melhora, a produção melhora... Gente bem alimentada é gente disposta.
A idéia de trocar lixo reciclável por alimentos pode ser um dos mecanismo mais eficientes para se impulsionar a reciclagem de lixo e a economia local, principalmente se os alimentos adquiridos pela Prefeitura, para serem trocados, vierem da agricultura familiar do município...
Inclusive, eu acho que toda a merenda escolar consumida nas escolas de um dado município, seja escola estadual ou municipal, deveria ser oriunda de produtos produzidos pela agricultura familiar local...
Mais uma coisa, se estas idéias forem aplicadas em larga escala, principalmente da troca de lixo e do mercado para a baixa renda, poderão constituir um santo remédio contra a inflação que está sendo puxada pela ganância do empresários...
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Texto no site da Prefeitura de Ponta Grossa:
http://www.pg.pr.gov.br/node/3098
"Até o mês de outubro Ponta Grossa já contará com o programa chamado provisoriamente de ‘Alimento Ambiental’, que possibilitará a troca de lixo reciclável por verduras, legumes e frutas. O anúncio foi feito pelo prefeito Pedro Wosgrau Filho durante o lançamento do Programa de Fruticultura Urbana para o ano de 2007, nesta terça-feira (21). “Estamos trabalhando para colocar em prática diversas ações para melhorar a qualidade alimentar e gerar economia para as famílias de baixa renda de nossa cidade”, ressaltou Wosgrau.
O prefeito destacou que o novo programa (‘Alimento Ambiental’) irá favorecer a comunidade, que receberá o alimento, contribuirá com a limpeza da cidade e com o meio ambiente e, ainda, irá colaborar com as associações de catadores de materiais recicláveis do município, que terão chance de aumentar sua renda com o material arrecadado.
O programa funcionará da seguinte forma: a visita será feita em 36 vilas, inicialmente, por dois caminhões. Um dos caminhões transportará as verduras, legumes e frutas e outro armazenará o material reciclável. Também será possível trocar o óleo de cozinha usado. Wosgrau citou ainda o programa Mercado da Família – cujo projeto está tramitando na Câmara Municipal –, que possibilitará a venda de produtos alimentícios a um preço 30% menor que no mercado formal, para famílias cuja renda seja de até 2 salários mínimos.
O projeto prevê a instalação de um mercado no centro da cidade, na Estação Arte, e de outro próximo ao Terminal de Uvaranas. Outro programa mencionado pelo prefeito foi a Poupança Verde, lançada recentemente, e que visa a distribuição de mudas de pinus e eucalipto para plantio em áreas ociosas de propriedades rurais, com fins de geração de renda.
FRUTICULTURA
O Programa de Fruticultura Urbana irá garantir a distribuição de 4 mil mudas de espécies cítricas (laranjas, limões e tangerinas) a famílias de baixa renda, moradoras da zona urbana do município. A ação visa proporcionar à população de baixa renda o acesso ao consumo de frutas, produzidas dentro de suas propriedades, sem a utilização de agroquímicos. Além disso, valorizar os terrenos dessas propriedades e contribuir sobremaneira para minimizar as carências nutricionais registradas junto a essa parcela da população, uma vez que as frutas são ricas em vitaminas A, C e do complexo B.
O programa chegará inicialmente a 11 vilas, onde irá atender 2 mil famílias, beneficiando aproximadamente 8 mil pessoas. “Esperamos bons resultados com esse programa, o que garantirá a sua ampliação”, ressaltou o prefeito. O secretário Bianchessi explicou que as árvores são enxertadas e estarão produzindo frutos dentro de dois ou três anos. A secretaria de Agricultura estará disponibilizando seus técnicos para orientação sobre o plantio e os cuidados com as espécies. “Esse é mais um projeto do governo municipal que mostra a preocupação com o abastecimento alimentar da população, que soma-se às ações de apoio à agricultura familiar”, enfatizou.
Tereza de Jesus de Oliveira, presidente da Associação de Moradores do Núcleo Quero-Quero, onde serão entregues 150 mudas, destacou a importância desse programa. “É de grande valia, pois trará economia e benefícios na alimentação da nossa população”, disse. Ela elencou outras ações da administração municipal que foram incorporadas ao núcleo como a Horta Comunitária – em fase final de implantação –, os Clubes de Mães e de Meninas, a Casa da Sopa.
O evento foi acompanhado por diversos líderes comunitários, que também ressaltaram as ações do atual governo, “que estão levando obras e melhorias a todas as regiões da cidade”, conforme destacou Osmar José Cordeiro, presidente da Associação de Moradores do Santa Paula. O presidente da Prolar, Raul Paulo Neto, também acompanhou o evento, uma vez que os novos loteamentos da companhia estão sendo beneficiados pelo programa de fruticultura."
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às domingo, junho 15, 2008
Marcadores: alimento, baixa renda, Família, lixo, Ponta Grossa, reciclagem
13/06/2008
Sabemos que a oposição (tucanos e o PFL disfarçado de Democratas), certamente, trabalham para prejudicar o Brasil e os Brasileiros, trabalham contra a coletividade, logo, não vão perder a oportunidade de entrar nos fuxicos da Denise. Se é que não são eles os verdadeiros autores da coisa e a Denise é apenas a ponta do iceberg...
Além disso, já estão tentando usar os fuxicos para armar contra a Ministra Dilma, ou seja, vão construir ardis, plantar informações, subornar servidores, enfim, vão inventar coisas para atingir a Ministra. Este tipo de conduta é o "modus operandi" da oposição. Eles não relatam fatos, eles criam os fatos, plantando elementos e provas... São especialista neste tipo de coisa, inclusive, foi dessa formar que acertaram o Palocci.
Para neutralizar a oposição, estejam eles na raíz do mal ou apenas agindo como parasitas oportunistas, o caminho é trazer a público os fatos que marcaram a privatização da Vale. Já que querem encrenca e confusão, vamos relembrar a forma como eles agiram no passado. A forma como privatizaram uma empresa pública de alta rentabilidade. Estão falando em tráfico de influência, vamos ver o que eles fizeram na privatização da Vale... Estão falando em perdas para o patrimõnio público, vamos ver quanto prejuízo eles causaram com a venda da Vale...
No caso da Varig, não há nada, a não ser os fuxicos da Denise Fuxiqueira Abreu. Agora, no caso da Vale há muita coisa escondida embaixo do tapetão do FHC. Há o prejuízo bilionário para os cofres públicos e para a coletividade. Prejuízo que cresce exponencialmente.
A Vale é uma empresa que arranca as riquezas enterradas em solo brasileiro e vende, a maior parte, para o exterior. E sabe o que nós ganhamos com isso: bananas. Todo o lucro dessa empresa está nas mãos de uma minoria de brasileiros e estrangeiros. A grande coletividade não ganha nada com o ouro, ferro, etc que é arrancado de nossas terras. Não ganhamos por que os tucanos e o PFL (disfarçado de Democratas) vendeu esta empresa.
E não se enganem, o sonho da Vale é abocanhar todos os recursos minerais que estão embaixo da floresta amazônica. Eles querem abocanhar tudo e dar para os brasileiros: mais bananas... Inegavelmente, a venda da Vale é um osso bem grande atravessado na garganta da maioria dos brasileiros.
E ainda queriam vender a Petrobrás. Se a venda da Vale é um grande mal que os tucanos e o PFL (disfarçado de Democratas) causou para o Brasil, imagine o tamanho do mal se tivessem vendido a Petrobrás... Não há dúvida, eles querem voltar para acabar o serviço de privatização. Estão loucos para vender, entregr para o capital estrangeiro, a Petrobrás, principalmente agora que há megacampos de petróleo na costa brasileira. O sonho deles é tirar esta empresa dos brasileiros, pois acham que a única coisa que merecemos são bananas...
Enfim, não podemos nos esquecer nunca que PSDB significa: Privatização Sem Dó do Brasil. Poder ser também: PSDB - Privatização Sem Dó dos Brasileiros. Assim como esta frase, a ambigüidade é a característica fundamental destes elementos que usam, diariamente, óleo de peroba para lustrar a cara-de-pau que possuem. Portanto, PSDB e PFL (disfarçado de Democratas) promoveram um grande prejuízo para o Brasil e para os Brasileiros. Um prejuízo gigante que é PARA SEMPRE.
Eu estou com algumas dúvidas sobre a propaganda do PSDB na TV. Quando vejo uma propaganda com coisas passando em um fundo preto, a primeira coisa que penso é: mensagem subliminar. Estão tentando entrar na cabeça das pessoas sem que elas saibam. Querem fixar algo no inconsciente dos brasileiros. É isto que mensagens subliminares fazem, principalmente as embutidas nas propaganda, ou seja, elas entram no inconsciente da pessoas, sem que elas saibam, e fixam informações que seriam recusadas pela consciência que é analítica e seletiva.
A minha dúvida é: há mensagens subliminares na propaganda do PSDB ? Se há o que elas dizem ? A lei permite o uso de mensagens subliminares em propaganda política ?
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às sexta-feira, junho 13, 2008
Marcadores: Denise Fuxiqueira, fuxico, oposição, PFL, propaganda, PSDB, Vale, Varig
11/06/2008
Teste seu cérebro 1
Você é capaz de decifrar o texto abaixo?
*De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não
ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa
iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto
pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é
poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Teste seu cérebro 2
Sua mente é capaz de decodificar a mensagem?
M473M471C0 (53N54C1ON4L):
4S V3235 3U 4C0RD0
M310 M473M471C0.
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 M3 P0NH0 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05.
Outros testes: aqui
Comentários do Leonildo: A reestruturação da Abin é um passo interessante, porém eu continuo achando que falta inteligência no serviço de inteligência do Brasil e sobram sabotagens. Ao invés de infiltrarem arapongas nos movimentos sociais legítimos, deveriam infiltrar gente nas milícias do Rio, etc... Com o MST infiltrado não dá para diferenciar as ações dos trabalhadores rurais de ações de agentes do Estado infiltrados no movimento...
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 11, 2008
Também me lembro de ter escrito, em 97 ou 98, não me lembro a data exata, para um certo careca que era Ministro da Saúde. Eu sugeria projetos para a saúde no Brasil e recomendava-lhe que olhasse para Cuba. Um assessor do careca respondeu o meu email agradecendo as dicas. Devo ter este texto guardado em algum lugar... Eu sempre guardo as coisas....
Enfim, quando eu escrevo, procuro mostrar uma visão a partir da "terceira margem do rio"... Da terceira margem muita coisa pode ser vista, inclusive fragmentos do futuro. Certamente, as coisas podem mudar quando o cenário futuro é revelado...
Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 11, 2008
No texto abaixo, que escrevi em 02/01/2007, eu só corrigiria o ponto que fala do confronto entre narcotraficantes e as milícias. O confronto não foi, e nem está sendo, tão sangrento quanto eu esperava. Possivelmente, pelo fato das milícias serem formadas por policiais corruptos que já tinham relação direta com os bandidos ou já conheciam os bandidos. Porém, eu não descartaria a possibilidade das últimas matanças, ocorridas nas favelas do Rio, terem o dedão de policiais das milícias.
Portanto, se as autoridades públicas tivessem ouvido o meu alerta naquela época e agido rapidamente contra as milícias, a coisa não teria crescido tanto. Enfrentar narcotraficantes semi-analfabetos é uma coisa. Enfrentar paramilitares, treinados pelas forças armadas, é outra. Além disso, a maioria desses paramilitares são policiais do Rio. Logo, conhecem detalhadamente o sistema, sem contar que eles tem poder suficiente para sequestrar e ameaçar todas as autoridades públicas que podem desmontar esta organização ou colocá-los na prisão.
Certamente, o "agir" que aparece no parágrafo anterior não significa matar, mas sim prender e processar. Não há pena de morte no Brasil, seja para quem for.
Os grupos paramilitares no Rio de Janeiro
Os grupos paramilitares que estão se disseminando no Rio de Janeiro mostram, mais uma vez, a estupidez das políticas de repressão às drogas, ou seja, o surgimento desses grupos paramilitares é conseqüência direta da criminalização dos entorpecentes e do aparato militar, seja legal ou ilegal, que acompanham tais políticas.
Mais do que isso, esses grupos paramilitares estão se estruturando e construindo em cima das fraquezas das facções criminosas que dominavam as comunidades. Facções que se caracterizavam pela fragmentação e disputa de territórios. Além disso, os avanços dos paramilitares está catalisando a união das antigas facções criminosas e formando as condições necessárias para a explosão de uma guerra civil sem fim.
É válido observar ainda que, a partir da entrada dos paramilitares nessa história, podemos falar, sem nenhuma dúvida, que está ocorrendo uma "colombianização" do Brasil. A única coisa que está faltando nessa guerra civil é o discurso político contra o governo central.
Outro ponto que deve ser observado deriva do fato dos grupos paramilitares constituírem uma reorganização da criminalidade, ou seja, os narcotraficantes, pertencentes a facções fragmentadas e sem um comando centralizado, estão sendo expulsos e dando lugar aos grupos paramilitares estrategicamente organizados e com comando centralizado.
Apesar do discurso de proteção das comunidades, esses grupos não deixam de ser uma vertente da criminalidade, agora sim, organizada. O discurso social serve apenas para ganhar o apóio e a confiança das comunidades, legitimando a presença e posição desses elementos nesses locais.
O lado criminoso dos paramilitares evidencia-se na exploração de serviços clandestinos de TV a cabo, na cobrança de ágio na venda de gás e na cobrança compulsória de mensalidade dos moradores. Logo, esses grupos são constituem a mesma forma de opressão e de exploração das comunidades pobres e excluídas.
Certamente, mais dias ou menos dias, após expulsarem todos os narcotraficantes, os grupos paramilitares anunciarão o retorno do negócio das drogas, ou seja, colocarão na entrada das comunidades uma placa bem grande dizendo: "NARCOTRÁFICO SOB NOVA DIREÇÃO". Essa afirmação é uma conseqüência lógica da essência desses grupos que é a obtenção de lucros e dinheiro fácil. Certamente, não irão abandonar o narcotráfico, que é um negócio de milhões, pela exploração clandestina de TV a cabo.
Além desses grupos paramilitares não possuírem as fraquezas das organizações criminosas tradicionais, são constituídos por policiais, bombeiros, guarda-civis, menbros de serviços de inteligência, etc. Nesse contexto a questão que se impõe é a seguinte: quando esses paramilitares assumirem o negócio das drogas, virando narcotraficantes, e blindarem as comunidades, transformando-as em fortaleza, quem irá combatê-los ? Com que força ? Se o Estado não conseguiu derrotar narcotraficantes desorganizados e estúpidos, como poderá derrotar grupos paramilitares treinados pelo próprio Estado ?
Portanto, mais uma vez a única saída possível, capaz de conter e quebrar essa escalada de violência e morte, é a descriminalização das drogas, ou seja, temos que secar a fonte de recursos que financiam as armas, os atentados, as facções, os paramilitares e a violência.
Uma coisa é certa: os ataques no Rio de Janeiro estão sendo praticados pela criminalidade meio organizada. Contudo, quem está atacando: os narcotraficantes das favelas ou as milícias disfarçadas de narcotraficantes tentando legitimar as suas ações e as sua presença nas comunidades ?
O surgimento dessas milícias criam o ambiente adequado para a explosão de uma guerra civil sem fim. De um lado os paramilitares, de outro os narcotraficantes e no meio os moradores das comunidades. E o que está em jogo é o negócio da drogas. Os paramilitares estão cativando as comunidades para assumirem o lugar dos narcotraficantes e se instalarem definitivamente nesses locais. Depois de instalados e controlando os moradores, etc, reabrirão as bocas de fumo com uma placa bem grande na porta: "SOB NOVA DIREÇÃO".
Além disso, os ataques dos últimos dias tiveram outro grande efeito: desviaram as atenções que denunciavam as manipulações da GLOBO na política brasileira. As denúncias e matérias que descortinavam as tramóias e conspirações orquestradas nas redações da GLOBO foram substituídas por manchete de ônibus queimados, ataques a polícia, etc. Acontecimentos tão convenientes que eu chego a pensar que tem o dedo da GLOBO nos ataques. Será ?!!!
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Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 11, 2008
Marcadores: milícia, Narcotráfico, paramilitares, polícia, Rio de Janeiro
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Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 11, 2008
Britto afirmou que a OAB examina os termos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de setembro do ano passado e do qual o Brasil é signatário, para apresentar seu posicionamento ao Senado Federal, que decidirá sobre a homologação desse tratado. "Os tratados internacionais podem se sobrepor, a depender da interpretação, à própria Constituição de um país", observou Britto. "Mas, justamente para evitar uma interpretação que leve à internacionalização e perda da soberania da região é que estamos discutindo o problema aqui no Conselho e vamos levá-lo à apreciação do Senado da República".
Para o jurista e ex-ministro Rezek, a declaração da ONU sobre os povos indígenas abriria brecha para perda de autonomia do Brasil sobre áreas indígenas, mesmo com a ressalva feita pelo País, no documento, sobre manutenção de sua integridade territorial. Segundo ele, o documento diz que nenhum processo de interesse das comunidades indígenas se fará sem a representação e a audiência das próprias comunidades. Ele levantou essa questão, no debate, ao falar sobre o processo que tramita no Supremo Tribunal Federal sobre a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, se será contínua ou em forma de ilhas.
Num balanço feito pelo presidente nacional da OAB, as discussões levaram à conclusão de que a soberania brasileira pode e deve ser mantida independentemente da forma de demarcação daquela e de outras reservas indígenas, se feita de forma continuada ou descontinuada. "Entendemos que a soberania tem que ser mantida, independentemente da forma que venha a ser feita a demarcação".
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Postado por Leonildo Dias Garcez Correa Bento de Jesus e Silva às quarta-feira, junho 11, 2008