Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

29/07/2008

Observando padrões
Quando leio a Bíblia, detecto vários padrões e coisas interessantíssimas, outras curiosas e algumas até perigosas para a fé... O padrão não está só nas palavras e números, mas também na forma de disposição dos textos e nos conteúdos. Alguns padrões podem revelar informações e conhecimentos que, por alguma razão, estão codificados no texto sagrado...

Por exemplo, o Novo Testamento foi construído, tomando-se o Velho Testamento como modelo, como padrão. Conhecendo bem os dois livros dá para detectar um grande número de coisas similares. Certamente, se a inspiração vem da mesma fonte, a proximidade é inevitável...

Além disso, outra coisa que se observa nos textos bíblicos é o fato da humanidade se mover em ciclos. Ciclos pequenos que se fecham e reiniciam em décadas; ou grandes ciclos, envolvendo séculos e milênios... O mundo é destruído e reconstruído. E a trajetória recomeça...

A trajetória do homem começa no Gênesis. O Éden é um lugar muito interessante e Deus fala diretamente com o homem. O mal entra na história e detona tudo. E a humanidade é limpa com o dilúvio de Noé. O ciclo recomeça, o mal volta a agir, detonando tudo de novo. E, seguindo o apocalipse do Novo Testamento, o ciclo se fechará com uma nova destruição. Logo, mais uma vez o ciclo recomeçará, o Éden é restaurado, Deus volta a estar no meio dos homens, etc...

A questão que fica em aberto é: este seria o último ciclo ou seria apenas o começo de um novo ciclo ? Existem outras profecias sobre o fim dos tempos ? O que essas profecias dizem ?

Para muitos estas coisas não importam, são coisas de pequena relevância. Contudo, é preciso estar atento a tudo isso, pois os originais dos livros sagrados foram inspirados por Deus, mas as traduções e cópias podem não ter sido inspiradas... Esse fato se torna ainda mais perigoso em uma época na qual os livros sagrados são mais uma mercadoria, mais uma fonte de lucro para capitalistas...

Enfim, este é um campo interessantíssimo para estudo e reflexão... Inclusive, acho que as Universidades que possuem cursos que estudam religião deveriam ter um departamento específico só para estudar e decifrar Profetas e Profecias...

28/07/2008

Guerra Fria e Guerra ao Terror
A Guerra ao Terror fará com os EUA a mesma coisa que a Guerra Fria fez com a URSS. Há grandes semelhanças entre estas Guerra e em ambas a economia acaba quebrando as pernas daqueles que gastam bilhões numa corrida sem fim. Dinheiro jogado num poço sem fundo, em intervenções no estrangeiro...

Inegavelmente, os bilhões que faltam na economia americana hoje, foram queimados em guerras e ocupações. Dinheiro gasto para manter uma pesadíssima frota de guerra fora do solo americano. Será que eles conseguem ver isto ou estão cegos pela vaidade e pelo excesso de poder ?

Analisem o que aconteceu com a URSS e vejam o que vocês estão fazendo...

Um canal entre Deus e o homem
O cérebro humano é uma máquina do mundo da matéria, um sistema do mundo de três dimensões, que realiza processos do mundo dos espíritos, da quarta dimensão. Esse sistema é a consciência humana. Consciência que movimenta energia, interagindo com a quarta dimensão, com a dimensão dos espíritos.

Certamente, existem bloqueios que impedem a fuga da energia da consciência para a quarta dimensão, prendendo-a dentro da cabeça de cada pessoa. COntudo, estes bloqueios são porosos e permitem algumas escapadelas da consciência para o mundo dos espíritos, para a quarta dimensão. Isto ocorre durante o sono, quando sonhamos ou temos pesadelos. Porém, basta religar o corpo material para que a energia da consciência volte para a cabeça humana.

Entretanto, quando a máquina humana é desligada, quando a pessoa morre, a energia da consciência, uma energia que se tornou semi-consciente ao longo da vida, parte definitivamente para a quarta-dimensão, para o mundo dos espíritos.

Portanto, a consciência humana é um portal entre o homem e o mundo dos espíritos; entre o homem e a quarta-dimensão. Há no sistema-consciência a realização de processos mentais, processos energéticos, que visam tornar a energia que aí circula em Energia Consciente. Quanto mais informação, mais conhecimento, mais processos mentais (pensamentos), maior é a iluminação da consciência, mais consciente se torna a energia que movimenta a consciência.

Inegavelmente, a qualidade da informação e do conhecimento afetam o processo de iluminação. Não bastam informações e conhecimentos religiosos, científicos, culturais, etc. É preciso ir além, é preciso buscar também algo de si mesmo. É o célebre "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e Deus".

Certamente, Deus é Energia Consciente. Ele não é uma energia em processo de consciência, em processo de iluminação, mas sim uma Energia Plenamente Consciente... Logo, a iluminação da consciência é um caminho para Deus...

Portanto, cada homem tem um canal direto com Deus. Possui uma consciência que pode levá-lo para o mundo dos espíritos, para a quarta dimensão. COntudo, o sistema-consciência não vem com um manual que diz como otimizá-lo, ou seja, como alcançar a plena iluminação em dez passos. Esse caminho é tão difícil quanto entrar na tropa de elite do Capitão Nascimento. Um caminho com alto índice de reprovação... Para piorar, cada pessoa tem o seu próprio caminho, um caminho individual entrecruzado com outros caminhos,o que dificulta ainda mais a longa jornada.

A consciência humana, por enquanto, não tem um manual de instrução. Contudo, Deus mostrou como andar no caminho da iluminação para se obter pleno sucesso na caminhada. Certamente, este ensinamento foi dado de forma diferente para sociedades diferentes, culturas diferentes, sistemas de consciência diferentes. Logo, cada padrão de consciência pode encontrar um modelo de caminho, um modelo de iluminação, que lhe seja mais adequado, com o qual identifique mais. Caminhos diversos para Deus...

Além de ensinar o caminho, Deus deu ao homem ferramentas para consultá-lo. Para isto existem os Profetas. Pessoas que estão em sintonia com a divindade, manifestando entre os homens os desígnios de Deus. Pessoas que agem como porta-voz da quarta dimensão e da vontade divina. Estes intermediários aparecem quando a maioria das consciências, por não seguirem as instruções divinas e abandonarem o caminho da iluminação, da justiça, da verdade e da retidão, se contaminaram com o mal e perderam força para se aproximar de Deus, ou seja, o excesso de impurezas nas consciências humanas afastaram a maioria dos homem de Deus. Logo, os torpedos divinos devem ser recebidos, abertos e lidos na Terra.

Os profetas são instrumentos da divindade nesta dimensão. Eles falam e escrevem por inspiração e instrução divina. Não apresentam suas vontades, mas sim a vontade que invade suas consciências, a vontade de um força superior que os controla e movimenta. As orientações divinas, assim como as profecias buscam evitar a disseminação do mal e, consequentemente, a destruição em massa de sociedades inteiras. Como foi o caso de Sodoma e Gomorra ou do mundo anterior a época de Noé... Consciências que somente podem ser limpas por arrependimento e conversão.

Mas, além dos profetas, Deus também mandou construir Templos de oração, súplica e adoração. Aqui também, cada sociedade, dada suas particularidades, recebeu instruções específicas sobre os Templos que deveriam construir. Templos que consideravam a tradição, a cultura, o modo de vida, enfim, o padrão de consciência e da percepção de Deus naquela sociedade. Templos que serviam para aproximar o homem de Deus, ou seja, um local específico onde o homem poderia ir buscar a ajuda divina. Ajuda que não conseguiu obter sozinho, só com a própria consciência, pois esta se encontrava contaminada/tomada pelo mal.

Para a nossa civilização judaico-cristã, o canal de ligação entre o homem e Deus, foi revelado aos Profetas do Velho Testamento e fixado pelos Judeus em Livros Bíblicos. O Rei Davi queria construir um Templo para Deus, mas foi impedido de fazê-lo, pois tinha derramado muito sangue sobre a terra. Porém, Deus deu a Salomão, filho de Davi, a tarefa de construir um Grande Templo.

O Templo construído por Salomão não foi um templo qualquer. Não é um templo fruto da vaidade ou do desejo humano de se imortalizar ou de um homem mostrar seu poder pessoal. Não foi um templo construído por capricho humano, mas sim uma obra instruída e orientada pelo próprio Deus. Nesta obra Deus determinou o lugar a ser construído e foi o Grande Arquiteto da obra.

Uma obra que, conforme a oração de Salomão na inauguração do Templo (Texto abaixo), era uma verdadeira embaixada de Deus na Terra. Porém, devido à contaminação e disseminação do mal entre os homens, o Templo foi destruído... Com isso, a civilização judaico-cristã perdeu a embaixada de Deus na Terra... Certamente, existem outros Templos dentro da civilização judaico-cristã, mas nenhum deles teve a participação direta da divindade em sua construção...

Hoje, a civilização judaico-cristã está afundando na corrupção, no consumismo patológico e em inúmeras outras perversões e degenerações. As coisas sagradas foram abandonadas e esquecidas. Poucos ainda cultuam a divindade, buscam um contato direto com Deus. A maioria das consciências estão contaminadas pelo e não conseguem, sozinhas, nenhum tipo de contato com a divindade. O ateísmo domina as consciências e empurra o homem para a própria destruição...

Portanto, tomando como referência a oração de Salomão (Texto abaixo), uma forma de reaproximar o homem de Deus, uma tentativa de regenerar a civilização judaico-cristã, é reconstruir a embaixada da divindade no local em que Ele indicou e seguindo as orientações que Ele deu para a construção. O Templo de Salomão tem que ser reconstruído...

Certamente, isto significa uma grande encrenca. Primeiro, porcausa do conflito entre Israel e os Palestinos. O conflito tem que ser resolvido antes de se reconstruir o Templo. Segundo, porcausa do conflito entre civilizações, de um lado a civilização judaico-cristã e do outro a civilização islâmica. Conflito que aparece na relação EUA x Irã (Não é o Irã Estado-Nacional que quer armas nucleares, mas sim o Irã Fundamentalista Islâmico, ou seja, os Aiatolás...) e também no fato de existir uma Mesquita, Al Aqsa, em cima do antigo Templo de Salomão...

Isto não deveria significar guerra, mas sim um caminho para entendimento e união. Contudo, os homens são fontes de discórdia e desentendimento. O mal que contamina suas consciências movimenta-os para a própria destruição.
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II Crônicas 6
1 Então disse Salomão: O Senhor disse que habitaria nas trevas.
2 E eu te construí uma casa para morada, um lugar para a tua eterna habitação.
(...)
18 Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter; quanto menos esta casa que tenho edificado!
19 Contudo, atende à oração e à súplica do teu servo, ó Senhor meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo faz diante de ti;
20 que dia e noite estejam os teus olhos abertos para esta casa, sim, para o lugar de que disseste que ali porias o teu nome; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar.
21 Ouve as súplicas do teu servo, e do teu povo Israel, que fizerem neste lugar; sim, ouve do lugar da tua habitação, do céu; e, ouvindo, perdoa.
22 Se alguém pecar contra o seu próximo, e lhe for exigido que jure, e ele vier jurar perante o teu altar, nesta casa,
23 ouve então do céu, age, e julga os teus servos: paga ao culpado, fazendo recair sobre a sua cabeça o seu proceder, e justifica ao reto, retribuindo-lhe segundo a sua retidão.
24 Se o teu povo Israel for derrotado diante do inimigo, por ter pecado contra ti; e eles se converterem, e confessarem o teu nome, e orarem e fizerem súplicas diante de ti nesta casa,
25 ouve então do céu, e perdoa os pecados do teu povo Israel, e torna a levá-los para a terra que lhes deste a eles e a seus pais.
26 Se o céu se fechar e não houver chuva, por terem pecado contra ti; se orarem, voltados para este lugar, e confessarem o teu nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires,
27 ouve então do céu, e perdoa o pecado dos teus servos, e do teu povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho, em que devem andar, envia chuva sobre a tua terra, que deste ao teu povo em herança.
28 Se houver na terra fome ou peste, se houver crestamento ou ferrugem, gafanhotos ou lagarta; se os seus inimigos os cercarem nas suas cidades; seja qual for a praga ou doença que houver;
29 toda oração e toda súplica que qualquer homem ou todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a sua praga e a sua dor, e estendendo as suas mãos para esta casa,
30 ouve então do céu, lugar da tua habitação, e perdoa, e dá a cada um conforme todos os seus caminhos, segundo vires o seu coração (pois tu, só tu conheces o coração dos filhos dos homens)
31 para que te temam e andem nos teus caminhos todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.
32 Assim também ao estrangeiro, que não é do teu povo Israel, quando vier de um país remoto por amor do teu grande nome, da tua mão poderosa e do teu braço estendido, vindo ele e orando nesta casa,
33 ouve então do céu, lugar da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro te suplicar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, e te temam como o teu povo Israel, e saibam que pelo teu nome é chamada esta casa que edifiquei.
34 Se o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, seja qual for o caminho por que os enviares, e orarem a ti, voltados para esta cidade que escolheste e para a casa que edifiquei ao teu nome,
35 ouve então do céu a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa.
36 Se pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de modo que os levem em cativeiro para alguma terra, longínqua ou próxima;
37 se na terra para onde forem levados em cativeiro caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos, cometemos iniqüidade, procedemos perversamente;
38 se eles se arrependerem de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os tenham levado cativos, e orarem voltados para a sua terra, que deste a seus pais, e para a cidade que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome,
39 ouve então do céu, lugar da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, defende a sua causa e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.
40 Agora, ó meu Deus, estejam os teus olhos abertos, e os teus ouvidos atentos à oração que se fizer neste lugar.

25/07/2008

Vou partir ...
Neste momento estou procurando uma Universidade Estrangeira e um país estrangeiro no qual eu possa estudar, pensar livremente e desenvolver todas as minhas idéias e teorias. Acho que estou perdendo muito tempo e inteligência no Brasil. Acho que estou dando muitas pérolas para porcos.

Apesar de todas as riquezas que foram descobertas aqui, as chances do Brasil ser um país de primeiro mundo são mínimas. As riquezas descobertas são/serão comidas lentamente pela corrupção. A mesma corrupção que parasita e atrofia a credibilidade do Brasil diante do resto do mundo. Quem é que vai dar credibilidade para um país onde impera o Estado Democrático da Corrupção ? Que políticas públicas surtirão efeito em um ambiente onde os ricos compram as decisões políticas, o governo compra as leis ( mensalão), o judiciário vende as sentenças ? Só falta colocarem uma placa: "Consciência a venda. Preço de banana."

Em um cenário de corrupção generalizada, e muito bem camuflada dentro do Estado, inserir o Brasil no Conselho de Segurança da ONU é um risco para o mundo. Acreditar que o Brasil vai proteger a Amazônia é uma estupidez.

Corrupção generalizada é doença de mundo subdesenvolvido, de consciência coletiva pouco desenvolvida. O subdesenvolvimento do Brasil não está na falta de riqueza, mas sim na mentalidade, na consciência... na falta de educação que abra os olhos dos brasileiros para a exploração, opressão e exclusão.

Quando a consciência é sadia, mesmo estando em um deserto, se obtém alto nível de desenvolvimento. Não é este o caso de Israel ? E quando se tem uma consciência pouco desenvolvida, uma consciência contaminada pelo mal, pode se estar em cima de uma mina de ouro, que esta riqueza não gerará nenhum desenvolvimento e não trará nenhum benefício para a coletividade para a maioria.

Acho que a fonte do mal é, justamente, o excesso de riqueza. O Brasil é um país rico e esta riqueza está nas mãos de uma minoria. Esta riqueza é usada contra o povo brasileiro. É usada para corromper e beneficiar a minoria. Minoria impede, de todas as formas e usando todos os meios possíveis e impossíveis, a distribuição/socialização dessas riquezas. Uma minoria que alimenta as desigualdades, a pobreza e a ignorância. Eles sabem que cidadãos pobres e ignorantes são facilmente domesticados, enganados e mantidos na canga para puxar a carroça. A maioria dos brasileiros puxam carroças carregadas com as riquezas arrancadas desse país e apropriada pela minoria dominante.

A maioria dos brasileiros são pilhas do sistema de produção existente no Brasil. Geram energia que alimentam as máquinas que produzem riquezas para uma minoria. E, assim como pilhas, recebem pela mão-de-obra barata que executam um salário mínimo. Salário mínimo que é suficiente apenas para que a pilha se recarregue e continue produzindo energia que faça as máquinas se movimentarem. Qualquer semelhança com o filme Matrix não é mera coincidência, é apenas realidade...

Inegavelmente, é um cenário que tem que ser rompido por uma revolução. Uma revolução da maioria contra a minoria. Uma revolução contra o Estado de Direito da Corrupção, contra a Democracia dos poderosos, contra os grupos dominantes que monopolizam a força e a violência do Estado em benefício próprio, para se proteger.

Certamente, a minha vontade era entrar de cabeça nesta revolução e explodir o Estado Democrático da Corrupção de dentro para fora. Contudo, isto exige uma dedicação intensa e exclusiva. E eu não posso fazer isto, pois há um conhecimento muito maior, um conhecimento universal, retido na minha consciência, que tem que ser passado adiante. E como se eu pegasse uma jóia, um conhecimento que deve ser dado para toda a humanidade, e desse apenas para um pequeno grupo de pessoas.

Em outras palavras, há dentro da minha consciência múltiplas personalidades. E cada uma dessas personalidades possuem conhecimentos únicos e específicos. Assumir a linha de uma dessas personalidades implica em calar/abandonar todas as demais e perder o conhecimento, as conexões, que elas revelam. Inclusive, só consigo pensar e escrever certas coisas quando estou em pleno isolamento, ou seja, bem longe das banalidades humanas e do consumismo da vida moderna... Certamente, cercado por um monte de livros...

Quando o mal contamina a consciência
Quando o mal contamina e assume o controle da consciência de um indivíduo ou da consciência coletiva de um grupo ou sociedade, pouca coisa pode ser feita para recuperá-la... A consciência é a essência do homem. E a contaminação da essência contamina todos os processos mentais, todas as sentenças da consciência. Se uma fonte está contaminada, tudo aquilo que brota dela vem contaminado.

Isto significa que os corruptores e os corruptos não vão combater a corrupção. Significa que os exploradores não vão combater a exploração. Significa que os opressores não vão combater a opressão. Todos estes tipos possuem uma consciência contaminada e dominada pelo mal que produzem e do qual se alimentam. Logo, a tendência lógica é que cada um deles trabalhará para que suas respectivas área se expandam e suas ações ilícitas, ilegais e ilegítimas sejam cada vez mais camufladas, dissimuladas e lucrativas.

Somente o arrependimento e a respectiva conversão do homem, para o lado oposto daquilo que ele fazia, é capaz de limpar e regenerar a consciência. Sem arrependimento e conversão, não há como limpar a consciência, não há como regenerá-la.

O arrependimento modifica a consciência, refaz ligações mentais, restaura processos mentais, regenera pensamentos. Logo, é um fenômeno que ocorre no mundo do espírito. A conversão transforma o arrependimento em ação, em prática, em comportamento, revelando-o para os homens. Onde não há arrependimento e conversão, não há salvação.

O mundo antes Noé possuía uma consciência coletiva contaminada pelo mal. Somente Noé e sua família escapavam dessa dominação. Sodoma e Gomorra também tinham uma consciência coletiva contaminada pelo mal. Inclusive, Ló procurou e não conseguiu encontrar nem uma dezena de consciências sadias no meio daquele povo. E, na atualidade, o exemplo mais marcante de uma sociedade com uma consciência coletiva dominada pelo mal foram os nazistas na Alemanha de Hitler. Todas essas sociedades foram destruídas e riscadas do mapa, pois a contaminação da consciência coletiva ocasiona, inevitavelmente, a extinção da sociedade e de seus integrantes....

Hoje, o mal está se disseminando e dominando as sociedades atuais. Mal que tem várias faces e muitos tentáculos, por exemplo, o consumismo patológico, a corrupção desenfreada, a exploração dos mais fracos, a escravidão dos mais pobres, a exclusão dos marginalizados, as violações de Direitos Humanos, a indiferença da maioria, anestesiada pela mídia e pela propaganda, diante de tudo isso...

Enfim, vivemos uma época de intensa e ampla banalização do mal, banalização da humanidade, banalização do homem. Uma época de consciências resignadas, indiferentes, corrompidas. Uma época onde as consciências estão sendo contaminadas e dominadas, cada vez em maior número, pelo lado sombrio da força. Caminhamos a passos largo para a destruição.

E quando um grande número de pessoas adotar o mal como costume diário, como coisa corriqueira, como coisa banal. Quando um grande número de pessoas achar normal e inevitável a corrupção, as violações de Direitos Humanos, a exploração dos mais fracos, a escravidão dos mais pobres. Época de gente indiferente ao próximo, de gente desumana.

Nesta hora estaremos diante de uma consciência coletiva dominada pelo mal e da inevitável eliminação coletiva dessas consciências, eliminação dessa sociedade corrompida. Somente depois dessa limpeza haverá um Novo Céu e uma Nova Terra...

23/07/2008

Líderes musulmanes y cristianos se reúnen en Yale para la histórica conferencia “La misma palabra”
Published: July 18, 2008

New Haven, Conn. — Más de 150 líderes musulmanes y cristianos, incluidos algunos de los estudiantes y clérigos más ilustres del mundo, se congregarán en la Universidad de Yale del 28 al 31 de julio para promover el entendimiento entre las dos religiones, cuyos miembros comprenden a más de la mitad de la población mundial.

Personajes y representantes políticos destacados de la comunidad judía también tendrán la palabra en la conferencia que lanzará una serie de eventos interreligiosos planeados alrededor del mundo en los próximos dos años. Estas reuniones responden al llamado por el diálogo divulgado en una carta abierta, Una misma palabra entre nosotros y ustedes, escrita por líderes islámicos relevantes, a la cual los estudiosos de Yale respondieron con una declaración que recogió más de 500 firmas.

Al ser un momento decisivo en las relaciones musulmano-cristianas, esta reunión entre religiones diferentes fue organizada por el Centro de la Fe y la Cultura de la Escuela de la Divinidad de Yale bajo el auspicio de su fundador y director, Miroslav Volf, junto con el director del Programa de Reconciliación del Centro, Joseph Cumming. Este otoño, en Yale, Volf dictará un curso sobre la fe y la globalización junto con el ex primer ministro británico Tony Blair.

Creo firmemente que pocas cosas son más vitales para nuestro futuro en común que las personas de diferentes religiones se entiendan mejor una con otra, se respeten más y trabajen juntos más de cerca. Es por ello que yo, junto con muchísimos otros, me sentí inmensamente alentado cuando se publicó A Common Word (Una misma palabra). Recibo con agrado el hecho de que una de las instituciones académicas más importantes del mundo, al organizar esta reunión, esté buscando llevar el debate y el diálogo a un nivel más profundo”, dijo el ex primer ministro Tony Blair.

El Decano de la Facultad de la Divinidad de Yale, Harold Attridge, comentó: “Estoy extremadamente complacido de que la Facultad de la Divinidad de Yale esté auspiciando esta importante conferencia. La Facultad de la Divinidad está comprometida a proporcionar los mejores conocimientos sobre la fe y el intelecto para influenciar la vida contemporánea y la relación entre los cristianos y musulmanes en uno de los temas más apremiantes de nuestra época”.

Los líderes destacados que se esperan en la conferencia incluyen al príncipe Ghazi bin Muhammad de Jordania; el ex primer ministro Sadiq al-Mahdi de Sudán; líderes evangélicos importantes como Leith Anderson y Geoff Tunnicliffe; ayatolas prominentes de Irán; Sheikh Tayseer Tamimi de Palestina, grandes muftíes de diversos países del Medio Oriente; Antonios Kireopoulos del Consejo Nacional de Iglesias; y John Esposito de la Universidad de Georgetown. Asimismo, se espera que asista el senador John Kerry, así como otros altos funcionarios del gobierno de los EE.UU.

La mayoría de las sesiones de la conferencia estarán abiertas a la prensa. Luego de los discursos magistrales finales del 31 de julio, se dará una conferencia de prensa con participantes clave de la conferencia. Los medios que deseen cubrir la conferencia o entrevistar a sus participantes deberán registrarse por adelantado con Dorie Baker de la Oficina de Asuntos Públicos de Yale mediante correo electrónico a dorie.baker@yale.edu. Todos los eventos requieren registro previo y credenciales. A nadie se le permitirá el acceso sin ellos.

Para encontrar información adicional de la conferencia –incluidas secuencias de video en línea de los paneles de la conferencia y discursos magistrales y otra información actualizada–, visite el sitio web de la conferencia en:

http://www.yale.edu/divinity/commonword

A Serpente e o Vaga-lume
Enviado pelo Prof. Davrison - Colégio Aldo Dallago - Ibaiti-Pr

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças o vaga-lume parou e disse a cobra:
posso lhe fazer três perguntas?
-Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...
- Pertenço a sua cadeia alimentar ?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você quer acabar comigo?
-Porque não suporto ver você brilhar...

Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.

22/07/2008

Reflexões irrefletidas do Leonildo
O jornalismo da Record, que é excessivamente repetitivo em alguns temas, de repente, quando o assunto é o banqueiro Dantas, engasgou. Raramente fala da questão. E quando fala fica meio envergonhado, meio contido, não entra nos detalhes e nem vai atrás da notícia. Prefere dar a versão oficial que privilegia a criminalidade organizada. Por que será ? Será que o Bispo anda lavando o dinheiro da Igreja no banco do Dantas ?

Eu ainda não digeri bem o fato do habeas-corpus do Dantas ter chegado tão rápido ao STF. O mecanismo que utilizaram deve ser analisado detalhadamente...Inclusive, é um mecanismo interessantíssimo para aqueles advogados que querem ter seus casos analisados rapidamente pelo Supremo...

Também fiquei espantado com o advogado do Dantas invocando, na imprensa, o direito dos animais para proteger o seu cliente... Certamente, a bicharada deve ter ficado revoltada, pois nenhum bicho é tão corrosivo e nocivo para a própria espécie quanto um banqueiro corrupto para a sociedade dos homens...

Por falar em banqueiro corrupto, já assistiram o filme "O Mercador de Veneza" ? Se não assistiram, eu recomendo, assistam !!!

E a criminalidade organizada conseguiu tirar o Protógenes do caso Dantas... Esta retirada mostra o conflito interesse público x interesse particular e evidencia que a decisão sempre derroga o interesse público em benefício do interesse privado... Para o interesse público, a continuidade de Protógenes seria a melhor decisão, pois ele mostrou que tem peito para enfrentar o bando do Dantas... Porém, ele decidiu fazer o curso que lhe beneficia pessoalmente...

E o novo delegado ? Devemos ficar espertos com o novo delegado e com a força-tarefa criada pela Polícia Federal. De repente, ao invés de mandar o inquérito do Dantas para a PF, eles podem resolver enviá-lo para o Vaticano, alegando que as provas apreendidas e analisadas evidenciaram que o Dantas é um ótimo candidato a santo.... Certamente, santo do pau-oco.

Além disso, o caso Dantas evidencia claramente que a Polícia Federal é uma polícia política... Quando não há elementos políticos no caso, ela age como polícia... Mas quando o caso engloba interesses do governo, ela age como um tapetão que encobre tudo.

E a burrada do Presidente Lula ? De repente, o Presidente Lula resolveu se juntar ao Lord Sith Alvaro Uribe. Lula pensa que está fazendo uma grande coisa, um grande ato, ao levar o Brasil para dentro da Guerra ao terror... Porém, ele descobrirá que fez uma grande burrada quando o terror cobrar o preço, dentro do Brasil, reinvindicando atentados... Isto o marcará como o Presidente que trouxe o terrorismo para o Brasil ou que colocou os brasileiros na mira do terrorismo internacional...

Entre o Uribe e as Farc, eu fico com as Farcs. E a razão é simples: o Uribe tem o exército da Colômbia, tem os EUA e um monte de outros países o apoiando. E agora tem também o Brasil do seu lado. De um lado uma força incomensurável, do outro guerrilheiros pobres. De um lado o poder dominante, do outro os fracos... Eu fico com os pobres e com os fracos. A força precisa ser balanceada...

A decisão dos EUA em conversar com o Irã representa um grande salto para a humanidade. Contudo, a conversa com o Irã será bem mais difícil e complexa do que foram as negociações com a Coréia do Norte. Isto porque o caso do Irã envolve argumentos políticos e religiosos. Negociar com Aiatolás é bem mais difícil do que negociar com um Rei Comunista...

Israel... Israel... Israel... A criação do Estado Palestino é fundamental para a paz na região. Mas não basta criar um Estado palestino, é preciso desenvolvê-los e tratá-los como filhos... Isto eliminará um inimigo e criará um aliado. Não é bom ter inimigos dormindo ao lado. Além disso, o Templo de Salomão tem que ser reconstruído.

16/07/2008

Mas por que temos que nos preocupar com a política ?
Porque o Povo paga pelo mal que os governantes praticam e pagam caro. Um exemplo antigo disso está na Bíblia, em Crônicas 21. Este capítulo conta a história de Davi que resolveu fazer um censo em Israel, ou seja, resolveu contar quantas pessoas haviam em Israel.

"7 E este negócio desagradou a Deus, pelo que feriu Israel.
8 Então disse Davi a Deus: Gravemente pequei em fazer tal coisa; agora porém, peço-te, tira a iniqüidade de teu servo, porque procedi mui loucamente.
9 Falou o Senhor a Gade, o vidente de Davi, dizendo:
10 Vai, e dize a Davi: Assim diz o Senhor: Três coisas te proponho; escolhe uma delas, para que eu te faça.
11 E Gade veio a Davi, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Escolhe o que quiseres:
12 ou três anos de fome; ou seres por três meses consumido diante de teus adversários, enquanto a espada de teus inimigos te alcance; ou que por três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor faça destruição por todos os termos de Israel. Vê, pois, agora que resposta hei de levar a quem me enviou.
13 Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque mui grandes são as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens.
14 Mandou, pois, o Senhor a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens.
15 E Deus mandou um anjo a Jerusalém para a destruir; e, estando ele prestes a destrui-la, o Senhor olhou e se arrependeu daquele mal, e disse ao anjo destruidor: Basta; agora retira a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Ornã, o jebuseu.
16 E Davi, levantando os olhos, viu o anjo do Senhor, que estava entre a terra e o céu, tendo na mão uma espada desembainhada estendida sobre Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos."

Certamente, a introdução de dogmas religiosos na política é extremamente pernicioso, pois a força da política não pode ser usada para impôr a religião. Contudo, a religião não pode tolerar que o mal use a política para oprimir, explorar e excluir a maioria da população.

A saída pode ser um golpe de Estado
" O Povo não deve temer o governo. O governo é que deve temer o povo.
Evey -- Acha mesmo que explodir o Parlamento tornará esse país melhor ?
V -- Certeza não existe, oportunidade, sim.
Evey --E você vai tornar isso possível explodindo um prédio ?
V -- O prédio é um símbolo, assim como o ato de destruí-lo. O poder dos símbolos vêm das pessoas. Sozinho um símbolo não tem sentido. Mas com gente suficiente, explodir um prédio pode mudar o mundo."
(Do filme V de Vingança)


Na primeira vez o Governo Lula se contaminou com os mensalão. Os mensaleiros foram caíram, porém, as Leis foram que compradas e aprovadas por esse método continuaram emvigor. O Presidente disse que não sabia de nada. Estranhamos o desconhecimento, mas aceitamos a explicação, porém, ficamos com um pé atrás com o governo Lula.

Depois veio Renan e o Governo usou sua tropa de choque, agiu diretamente, para salvar o senador corrupto. Salvaram o senador corrupto. A percepção de um governo pai dos pobres e mãe dos corruptos se aprofundou. Se tínhamos um pé atrás com o governo, a promiscuidade entre o governo e a corrupção, empurraram-nos ainda mais para trás.

E agora a corrupção do Dantas infiltrando e controlando autoridades de todos os poderes, mais uma vez, o governo Lula age para beneficiar a criminalidade organizada, os corruptores e os corruptos. Mais um vez o governo mostra que mãe dos corruptos e corruptores e pai dos pobres. Mais uma vez a condescendência, a tolerância diante do mal, a ação dissimulada para tirar os delegados que não se dobraram aos poderosos e ao dinheiro, eidencia que a corrupção reina absoluta neste governo.

A decisão de abafar o caso e garantir a impunidade do banqueiro Dantas, retirando os delegados federais do caso, não foi apenas um erro, mas uma decisão que desqualifica completamente o governo Lula. Eu, pessoalmente, perdi completamente a pouca confiança que ainda tinha neste governo. E acho que a continuidade deste modelo de governar (mãe dos corruptos e pai dos pobres) não deve ir além de 2010. Se é que conseguirá chegar até 2010.

Os ganhos sociais no governo Lula foram importantes, porém, são ganhos insignificantes diante do avanço da corrupção e do lucros dos corruptos e dos corruptores, principalmente dos banqueiros. Se somarmos o gasto do governo com projetos sociais e comparar esse dado com a soma dos lucros dos banqueiros, veremos claramente o aprofundamento, a ampliação, das desigualdades no país. Enquanto a maioria da população tem aumento pífio de algumas dezenas de reais no salário mínimo, os banqueiros tem aumento de bilhões de dólares em seus lucros. Não só os banqueiros, mas também os latifundiários do agronegócio e as multinacionais que arrancam nossas riquezas do subsolo e vendem no exterior.

Eu perdi a confiança no governo Lula e penso que a continuidade desse modelo de ganhos mínimos no âmbito social e grandes avanços na corrupção e nos lucros dos ricos não deve continuar, tem que ser quebrado em 2010. A república brasileira, com o governo Lula, nos lucros dos ricos e na corrupção é nocivo para a maioria da população e para as futuras gerações. Nenhuma mudança significativa e relevante tem sido vista. Coisas que realmente podem mudar a face do país não são aplicadas.

Além disso, as ações da polícia federal são ações de fachadas. Só prendem, e o judiciário deixa na prisão, os ladrões de galinha. Os ricos entram com habeas-corpus no STF e saem com a cara limpa por aí. Vejam o banqueiro Dantas, ele corrompeu e domina a república. E se livrará impune se um grupo privado não agir para fazer justiça...

O governo Lula se corrompeu e apodreceu ao longo tempo. O excesso de convivência com a corrupção tornou o governo cego para a corrupção. E a coisa piora ainda mais quando olhamos para os aliados de Lula. Aliados que são mais sujos do que pau de galinheiro. Além disso, a oposição não tem competência e nem interesse em fazer as mudanças sociais que o país necessita. A oposição já governou e mostrou claramente que também governa para os ricos e pior dá a eles as empresas públicas mais rentáveis.

Portanto, o governo não presta, é podre, é corrupto e a oposição é pior ainda. E ambos, atuando conjuntamente nos bastidores, empurram o Brasil para um grande desastre social, para um cenário onde os corruptores e corruptos assumem completamente todas as instituições públicas, os ricos se apossam de todas as riquezas do subsolo e de todas as terras e a Amazônia é expropriada pela comunidade internacional.

Os corruptores e corruptos não são nacionalistas, não possuem consciência cívica ou vontade de melhorar a vida da maioria da população. Eles não se importam nem um pouco em vender, ou privatizar, a Amazônia. Desde que eles ganhem com isto, tudo bem. Eles não estão nem aí se a violência está explodindo, a fome crescendo e as desigualdades se aprofundando, pois, caso a coisa se complique no Brasil, eles simplesmente arrumam as malas e vão gastar o dinheiro que furtaram aqui, lá no exterior.

Os corruptos não só roubam as instituições públicas, destruindo a Democracia e o Estado de Direito, como são capazes de nos entregar de bandeija nas mãos de nações estrangeiras. Para eles, esta decisão é apenas uma questão de preço...

O dinheiro que falta nos projetos sociais (saúde, educação, etc) está com os corruptos. O dinheiro que falta para equipar os militares e proteger a Amazônia está com os corruptos. Inclusive, o emprego que falta para muita gente está no bolso de alguns corruptos ou em alguma conta no estrangeiro... E nós estamos dizendo tudo bem a tudo isso !!! Quanto maior for a nossa tolerância com esse mal, maior será o desastre e a violência que virá sobre nós...

Não há saída no Governo Lula e a oposição sofre de deficiência mental crônica. Além disso, são farinha do mesmo saco e se alimentam dos mesmos corruptores. Neste momento estamos vivendo em um Estado Democrático da Corrupção e não em um Estado Democrático de Direito. As autoridades públicas e as leis são torcidas de acordo com os interesses dos corruptores e dos corruptos. E este Estado Democrático da Corrupção somente pode ser destruído, desmantelado, por meio de um golpe militar que fuzile todos os corruptos e corruptores da noite para dia.

Um golpe militar que feche definitivamente o Congresso Nacional e instale no país a Democracia Direta, que modifique a estrutura do judiciário e acabe com este negócio de Ministro do STF ou do STJ ser indicado por políticos para fazer valer, na interpretação da Constituição, o interesse dos grupos dominantes. Os Ministros do STF e do STJ também devem ser eleitos e devem representar a vontade da população e não os interesses políticos daqueles que os indicaram para estes cargos.

A estrutura fundiária também deve ser refeita no Brasil, o tamanho das propriedades rurais deve ser limitada e a reforma agrária tem que ser imposta de cima para baixo. Além disso, as terras de estrangeiros na região Amazônica devem ser confiscadas e os desmatamento completamente proibido.

Já a corrupção tem que ser transformada em crime hediondo e os corruptores e corruptos punidos da mesma forma e com a mesma pena. Hoje a regra é tolerar os corruptores e ignorar os corruptos, pois vivemos no Estado Democrático da Corrupção...

Quaisquer partidos ou pessoas que tente governar o Brasil sem antes ter eliminado os corruptos e os corruptores serão envolvidos, paralisados e assimilados pela corrupção. Inclusive, a maioria das pessoas eleitas hoje, só obtém sucesso na eleição, porque utilizarem dinheiro da corrupção para financiar suas campanhas. Isto se aplica principalmente àqueles que já estão no poder e se reelegem. E se não estão no poder são financiado com dinheiro da corrupção que estão de posse de empreiteiras, bancos, etc. Logo, estas empresas usam o dinheiro desviado ou furtado para eleger pessoas que defendam, nos respectivos cargos públicos, os interesses dos financiadores da campanha. A Democracia Representativa tem, em sua essência, a corrupção. É uma democracia de corruptos...

Certamente, precisamos trabalhar mais esta idéia e detectar os principais pontos fracos do sistema. Um ponto eu já identifiquei: são as empresas. Paralisando as empresas e a produção, em pouco tempo, todo o sistema desmorona. Para paralisar as empresas precisamos apenas desligar a energia e bloquear as vias de circulação da produção...

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O sistema vigente é nosso inimigo. Mas, quando estamos dentro dele, o que vemos ? Homens de negócio, professores, advogados, marceneiros, etc. Vemos e interagimos com as mesmas pessoas que queremos salvar. Contudo, antes de salvá-las, essas pessoas fazem parte do sistema e isso faz delas nossas inimigas. Você precisa entender que a maior parte dessas pessoas não estão prontas para acordar. E muitos estão tão inertes, tão dependentes do sistema que irão lutar ferozmente para protegê-lo. (Adaptado do Filme Matrix)

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Do filme V de vingança
Lembre-se, lembre-se, do dia 5 de novembro. A pólvora, a traição e a conspiração. Não vejo razão para que a pólvora da traição jamais seja esquecida.
Mas e o homem ? Sei que se chamava Guy Fawkes. E sei que em 1605 ele tentou explodir as casas do Parlamento. Mas quem ele era na realidade ? Como era ?
Lembramos da idéia totalmente, mas não do homem. Pois um homem pode fracassar. Podem capturá-lo, matá-lo e esquecê-lo. Mas uma idéia, quatrocentos anos depois, ainda pode mudar o mundo.
Presenciei pessoalmente o poder das idéias. Vi pessoas serem mortas em seu nome...e morrerem defendendo-as.
Mas uma idéia não pode ser beijada, tocada ou abraçada. Idéias não sangram, sentem dor, ou amam.
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"É para a Senhora Justiça que dedico este concerto, honrando o feriado que ela parece ter tirado dessas partes e em reconhecimento ao impostor que tomou seu lugar."
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Discurso de V na TV
"Boa noite, Londres. Primeiro, quero pedir desculpas por utilizar esse canal de emergência. Como muitos de vocês, eu também aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do que é familiar, a tranqüilidade do repetitivo. Gosto disso, como qualquer um.
No intuito de comemorar eventos importantes do passado, geralmente associados à morte de alguém ou o fim de alguma horrível luta sangrenta, vocês celebram um feriado legal.
Achei que podíamos marcar esse dia 5 de novembro, um dia que certamente não é mais lembrado, tirando um dia das nossas vidas diárias para sentar e bater um papinho.
Claro que há alguns que não querem que falemos. Neste momento estão gritando ordens nos telefones e homens armados estão a caminho. Por que ?
Porque enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é ?
Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje têm a censura e sistemas de vigilância coagindo vocês a conformidade e a submissão.
Como isso aconteceu ? De quem é a culpa ? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar o culpado, basta olharem no espelho.
Sei porque fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria ? Guerras, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao Alto Chanceler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente.
Ontem à noite, busquei acabar com esse silêncio. Ontem à noite destruí o velho Barley (Edifício da Justiça) para lembrar este país o que está esquecido.
Mais de 400 anos atrás um grande cidadão quis incrustar o dia 5 de novembro para sempre em nossa memória. Sua esperança era lembrar ao mundo que retidão, justiça e liberdade não são meras palavras. Elas são perspectivas. (...)"
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V busca destruir para reconstruir, eliminar a opressão para fazer florir a liberdade, explodir uma realidade para que outra possa se erguer sobre os escombros.

Os verdadeiros inimigos dos EUA
O Governo Bush inventou o terrorismo internacional e a guerra ao terror e com isto criou a vara que castiga e castigará o Povo Americano por diversas gerações. Os verdadeiros inimigos dos EUA não são os terroristas, mas sim quem criou o terrorismo e a guerra ao terror. O Terrorismo é resposta ao mal que se plantou e se disseminou com guerra e ocupações em nações estrangeiras. E a evidencia mais cristalina disso é o fato do terrorismo ser uma maldição que acompanha os EUA e aqueles que se ligam a eles. Onde se concentra o terrorismo ? Iraque, Afeganistão, Paquistão, etc...

Inegavelmente, os verdadeiros inimigos dos EUA não são os terroristas, não é a Al Qaeda, não é o Bin Laden e nem os radicais islâmicos. Esses atores apenas reagem às ações norte-americanas em suas terras.Ao mal que os norte-americanos plantaram em povos estrangeiros. Logo, as ações terroristas são apenas respostas.

Os verdadeiros inimigos dos EUA são os criadores do terrorismo internacional e da guerra ao terror. São aqueles que plantaram as sementes do ódio com invasões a nações estrangeiras em tempos passados. As pessoas que ajudaram a criar a vara do terrorismo, o Bush, seus assessores e o Congresso Americano que deu amplos poderes para que a vara fosse testada e melhorada, estes sim, são os verdadeiros inimigos do Povo Americano.

Não são apenas inimigos do Povo americano que vive agora, mas também do Povo que será constituído pelas futuras gerações de norte-americanos. Digo isso porque o Bush passará. Terminará o mandato e, para ele, o terrorismo e a guerra ao terror deixará de ser preocupação. O mesmo acontecerá com os congressistas que ajudaram a criar o terrorismo internacional e a guerra ao terror. Contudo, a vara do terrorismo não será baixada e nem descansará, pois a guerra criada pelos governantes transformou o Povo Americano em alvo do terrorismo e do terror. A vara do terrorismo não castigará apenas os governantes ímpios, mas todo o Povo por várias gerações...

O Povo paga pelo mal que os governantes praticam e pagam caro. Um exemplo antigo disso está na Bíblia, em Crônicas 21. Este capítulo conta a história de Davi que resolveu fazer um censo em Israel, ou seja, resolveu contar quantas pessoas haviam em Israel.

"7 E este negócio desagradou a Deus, pelo que feriu Israel.
8 Então disse Davi a Deus: Gravemente pequei em fazer tal coisa; agora porém, peço-te, tira a iniqüidade de teu servo, porque procedi mui loucamente.
9 Falou o Senhor a Gade, o vidente de Davi, dizendo:
10 Vai, e dize a Davi: Assim diz o Senhor: Três coisas te proponho; escolhe uma delas, para que eu te faça.
11 E Gade veio a Davi, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Escolhe o que quiseres:
12 ou três anos de fome; ou seres por três meses consumido diante de teus adversários, enquanto a espada de teus inimigos te alcance; ou que por três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor faça destruição por todos os termos de Israel. Vê, pois, agora que resposta hei de levar a quem me enviou.
13 Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque mui grandes são as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens.
14 Mandou, pois, o Senhor a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens.
15 E Deus mandou um anjo a Jerusalém para a destruir; e, estando ele prestes a destrui-la, o Senhor olhou e se arrependeu daquele mal, e disse ao anjo destruidor: Basta; agora retira a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Ornã, o jebuseu.
16 E Davi, levantando os olhos, viu o anjo do Senhor, que estava entre a terra e o céu, tendo na mão uma espada desembainhada estendida sobre Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos."

As violações cometidas e os inocentes mortos, em terras estrangeiras, clamam por vingança nos ouvidos daqueles que sobreviveram, nos ouvidos dos descendentes daqueles que foram mortos. Estas vozes não clamam por vingança contra este ou aquele governante norte-americano, mas sim contra o Povo Americano, contra os EUA. O soldado americano que foi para guerra e matou por ordem do Presidente e das corporações, cumpriu um falso dever. Já o guerrilheiro afegão ou iraquiano que lutou na guerra e morreu bravamente cumpriu o seu dever cívico, pois morreu defendendo sua casa, sua família e sua nação... O soldado americano que morre no Iraque morre pelo quê ? O soldado americano que morre no Afeganistão, morre pelo quê ? Estes soldados defendem o quê ?

Os Presidentes americanos que fizeram guerra e invadiram nações estrangeiras semearam o ódio, semearam grandes campos de ódio, grandes extensões de ódio e desejo de vingança estão germinando vão florescer. Contudo, quem colherá estes campos não será o Bush, nem seus assessores, menos ainda o Congresso Americano, ou seja, não será apenas aqueles que criaram a vara que a todos castigará. É uma colheita coletiva que todo Povo Americano colherá. As gerações futuras herdarão os campos de ódio e de vingança. As gerações futuras receberão uma heração malditas e ensanguentada.

Portanto, o verdadeiro inimigo dos EUA, do povo americano e das gerações futuras desse país são aqueles que semearam os campos de ódio e de vingança e construíram a vara que a todos castiga.

Mas não é só isso, os ventos que sopram sobre os campos de ódio e de vingança contaminam as plantações vizinhas. As violações de Guantánamo, a Guerra do Afeganistão, a Invasão do Iraque, etc revoltam não só os árabes, mas também cidadãos de todo os mundo. Tudo o que acontece nos campos de batalha ou nos porões das prisões de Guantánamos é contado pela imprensa ou pela internet. Isso faz com que o desejo de vingança e o ódio cresça exponencialmente, pois ele se transmite para outros grupos sociais, nacionais, religiosos, etc.

Isso significa que há um ódio global, um desejo global de vingança sendo fermentado. Este ódio e este desejo global de vingança alimentam e camuflam as redes terroristas. E o pior, contra este ódio o poderio militar dos EUA é completamente inofensivo e inoperante. Ilustrativamente, penso nos EUA como um elefante atacado por insetos carnívoros. E pior, foi o elefante que criou o inseto em laboratório.

Além disso, as guerras estão destruindo os EUA por dentro, pois os bilhões que queimam fora do país com operações militares, etc, faltam internamente na economia. E o pior, enquanto os norte-americano estão ficando fracos e desnutridos outras atores estão se fortalecendo e crescendo no cenário internacional, por exemplo, a China, a União Européia, o Japão...

Inclusive, toda vez que eu leio a Bíblia, mais especificamente o Apocalipse 18, eu tenho a impressão que a Grande Babilônia, descrita lá, é os EUA. Você já leu o Apocalipse 18 ? Além disso, outras impressões me ocorrem quando leio o Apocalipse, por exemplo, que este livro foi escrito atrávés da junção e releitura de partes de textos de Profetas do Velho Testamento. Também tenho a impressão que faltam partes no livro de Apocalipse... Mas isto é outra história.

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Carta enviada ao Presidente Bush pelo Arcebispo de Boston
Senhor Presidente,

Conte a verdade ao povo, senhor Presidente, sobre o terrorismo. Se as ilusões acerca do terrorismo não forem desfeitas, então a ameaça continuará até nos destruir completamente. A verdade é que nenhuma das nossas muitas armas nucleares pode proteger-nos dessas ameaças. Nenhum sistema 'Guerra nas Estrelas' (não importa quão tecnicamente avançado seja, nem quantos trilhões de dólares sejam despejados nele) poderá proteger-nos de uma arma nuclear trazida num barco, avião ou carro alugado.

Nenhuma arma sequer do nosso vasto arsenal, nem um centavo sequer dos US$ 270 bilhões gastos por ano no chamado "sistema de defesa", pode evitar uma bomba terrorista. Isto é um fato militar. Como tenente-coronel reformado e freqüente conferencista sobre assuntos de segurança nacional, sempre tenho citado o salmo 33: "Um rei não é salvo pelo seu poderoso exército, assim como um guerreiro não é salvo por sua enorme força".

A reação óbvia é: 'Então o que podemos fazer? Não existe nada que possamos fazer para garantir a segurança do nosso povo? Existe. Mas para entender isso, precisamos saber a verdade sobre a ameaça'.

Senhor Presidente, o senhor não contou a verdade sobre o porquê de sermos alvo do terrorismo, quando explicou porque bombardearíamos o Afeganistão e o Sudão. O senhor disse que somos alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos no mundo...

Que absurdo, senhor Presidente! Somos alvo dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvo dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes eleitos pelos seus povos, substituindo-os por militares ditadores, marionetes desejosas de vender o seu próprio povo a corporações americanas multinacionais?

Fizemos isso no Irã, quando os marines e a CIA depuseram Mossadegh, porque ele tinha a intenção de nacionalizar a indústria do petróleo. Nós o substituímos pelo Xá Reza Pahlevi, armamos, treinamos e pagamos a sua odiada guarda nacional, Savak, que escravizou e brutalizou o povo iraniano, para proteger o interesse financeiro das nossas companhias de petróleo.

Depois disso, será difícil imaginar que existam pessoas no Irã que nos odeiem?

Fizemos isso no Chile. Fizemos isso no Vietnã.

Mais recentemente, fizemos no Iraque. E, é claro, quantas vezes fizemos isso no Panamá, na Nicarágua e outras Repúblicas na América Latina? Uma vez atrás da outra, temos destituído líderes populares que desejavam que as riquezas da sua terra fossem repartidas pelo povo que as gerou. Nós os substituímos por tiranos assassinos que venderiam o seu próprio povo para que, mediante o pagamento de vultosas quantias para engordar as suas contas particulares, a riqueza da sua própria terra pudesse ser tomada por similares à Domino Sugar, à United Fruit Company, à Folgers e por aí adiante.

De país em país, o nosso governo obstruiu a democracia, sufocou a liberdade e pisou nos direitos humanos. É por isto que somos odiados ao redor do mundo! E é por isto que somos alvo dos terroristas!

O povo do Canadá desfruta da liberdade e dos direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia. O senhor já ouviu falar de embaixadas canadenses, norueguesas ou suecas sendo bombardeadas?

Nós não somos odiados porque praticamos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Nós somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas corporações multinacionais. Esse ódio que semeamos virou-se contra nós, para nos assombrar sob a forma de terrorismo e, no futuro, terrorismo nuclear.

Uma vez dita a verdade sobre o porquê da ameaça existir e ter sido entendida, a solução torna-se óbvia. Nós precisamos mudar as nossas práticas.

Livrarmo-nos das nossas armas nucleares (unilateralmente, se necessário) irá melhorar nossa segurança. Alterar drasticamente a nossa política externa irá assegurá-la. Em vez de enviar os nossos filhos e filhas ao redor do mundo para matar árabes, para que possamos ter o petróleo que existe sob suas areias, deveríamos mandá-los para reconstruir as suas infra-estruturas, fornecer água limpa e alimentar crianças famintas.

Em vez de continuar a matar milhares de crianças iraquianas todos os dias com as nossas sanções econômicas, deveríamos ajudar os iraquianos a reconstruir suas estações elétricas, suas estações de tratamento de água, seus hospitais e todas as outras coisas que destruímos e os impedimos de reconstruir com as nossas sanções econômicas.

Em vez de treinar terroristas e esquadrões da morte, deveríamos fechar a Escola das Américas. Em vez de sustentar a revolta, a desestabilização, o assassínio e o terror em redor do mundo, deveríamos abolir a CIA e doar o dinheiro gasto por ela a agências de assistência. Resumindo, deveríamos ser bons em vez de maus. Quem iria tentar deter-nos? Quem iria odiar-nos? Quem iria querer nos bombardear?

Esta é a verdade, senhor Presidente. É isto que o povo americano precisa ouvir.

Bernard Law, arcebispo de Boston

15/07/2008

Pequenos detalhes do Gilmal Mente
O Juiz Federal de São Paulo que acompanha as investigações do caso Dantas decidiu mandar prender a máfia do banqueiro. Certamente, o juiz tomou esta decisão porque acompanha o caso ao vivo e a cores. Viu a periculosidade e o poder de corrupção da máfia, o poder de destruição das instituições públicas e do Estado Democrático de Direito. Uma máfia que oferece $ 1.000.000 (Um milhão) de dólares para corromper um delegado, ofereceria quanto para corromper um Ministro ?

O juiz vendo o poder destruidor dessa máfia decretou a prisão dos elementos. Porém, o banqueiro impetrou uma ação de habeas-corpus. Parece-me que o TRF negou o habeas-corpus. Isto também ocorreu no STJ. E se negaram foi porque viram a periculosidade e o poder destruidor da máfia. Porém, o Gilmal Mente, contrariando todo mundo, concedeu o habeas-corpus.

Quem está errado ? Quem está alinhado com a criminalidade organizada ? O Juiz prendeu. O TRF confirmou a decisão do Juiz. O STJ também confirmou... Porém, o Gilmal Mente contrariou todo mundo e deu a decisão solicitada pelo banqueiro. Seria o Gilmal o único sabidão da história, enquanto os demais não sabem nada ?

Mas o aspecto mais surpreendente foi uma notícia que vi na TV. Dizia ela que o segundo habeas-corpus foi protocolado às 15:00 e a decisão do Ministro Gilmal saiu às 17:30. Não consegui confirmar a notícia, porém, se ela for verídica, o Ministro escreveu uma decisão de 11 páginas em menos de duas horas. Considerando a burocracia do judiciário, a velocidade e a disposição do ministro em decidir a favor da criminalidade organizada é muito, é excessivamente, suspeita.

Certamente, os mais céticos sempre perguntariam: ele escreveu ou já estava com a decisão pronta antes do segundo habeas-corpus ter sido protocolado? Será que a sentença do Gilmal foi produzida antes de existir a ação de habeas-corpus? Será que ele recortou e colou, ou seja, pegou o primeiro e colou no segundo ?

Isto chama a atenção porque juristas famosos consideravam que a prisão preventiva estava bem fundamentada. Mesmo assim, numa canetada de 11 páginas e em menos de duas horas, o Ministro salvou o chefão da máfia. Isto mostra que a criminalidade organizada tem ampla supremacia dentro do Estado e movimenta o Estado de Direito na hora que quer, da forma que quer e para o que quiser.

A versatilidade do Ministro em beneficiar a criminalidade organizada é um atentado contra os cidadãos comuns, contra a maioria dos cidadãos que, muitas vezes, esperam décadas para obter um decisão judicial. Outros morrem esperando...

Nas palavras de Konstantin Gravos: "Qual é o melhor cidadão? O que se submete às leis em cuja elaboração ele não foi - e jamais será! - chamado a opinar; aquele que se deixa escorchar pelas taxas e pelos impostos injustos ou abusivos, mentindo a si mesmo que, sim, o Estado nos suga, mas para beneficiar a todos igualmente; e o estúpido crédulo que, sentindo-se injustiçado, mas confiante nas leis, feitas apenas para uma minoria, contrata um advogado, abre um processo no Fórum mais próximo, e vê sua vida e suas economias definharem ao longo dos anos, enquanto a Justiça lhe sorri." (Texto completo no final)

Além disso, o indivíduo que tentava corromper o delegado federal disse claramente, nas gravações da PF, que o STJ e o STF já estavam dominados. Esta afirmação não decorre de inferência lógica dos eventos observados, mas sim de uma confirmação do corruptor de que as instâncias superiores já haviam sido corrompidas e apenas esperavam o momento para agir, concedendo habeas-corpus, trancando ação penal, enfim, agir garantindo a impunidade da máfia.

Mas por que é que a máfia domina o STF e não consegue dominar os delegados ou os juízes de primeiro grau ? A resposta está na política. O STJ e o STF são tribunais políticos. São tribunais formados por Ministros indicados por políticos. Logo, há uma íntima ligação entre estes tribunais e os políticos, fazendo que os mesmos sejam sujeitos a pressão política ou alinhem suas decisões com os interesses políticos.

Como esta máfia é especializada em lavar dinheiro sujo oriundos de corrupção política ou de desvios de recursos do patrimônio público (privatizações, fraude em licitação, etc), assim como em administrar contas de dinheiro sujo no exterior (aqui entra o Naji Nahas), sendo o Pitta o melhor exemplo, há muitos políticos presos na teia do Dantas. E são estes políticos que dão poder para o Dantas afetar/dominar as decisões do STJ e do STF

Se o Dantas cair, os políticos grudados nele caem juntos. E na mesma queda arrastam os Ministros que indicaram para o STJ e para o STF. Logo, a teia de corrupção trabalha unida para garantir a impunidade de todos: os Ministros livram a cara do Dantas, garantindo a sua impunidade, e ele, por sua vez, salva os políticos que possuem dinheiro sujo guardados, pela máfia, no exterior ou administrado por ela no banco mafioso...

E o Greenhalgh, que lutou tanto contra a ditadura militar e contra as violações de Direitos Humanos, pelo visto, não conseguiu resistir ao poder de corrupção da criminalidade organizada. Foi seduzido pelo dinheiro sujo do Dantas.

Certamente, o Dantas contratou o Greenhalgh para ser mais do que um advogado ou assessor. Contratou ele para ser uma fonte de informações privilegiadas. As gravações da polícia federal mostram isso claramente. Mostram o Greenhalgh tentando obter informações privilegiadas do assessor da Presidência da República. Informação esta que, certamente, seria repassada para a máfia.

Inclusive, deve ter sido dessa forma que o Dantas ficou sabendo, antecipadamente, das descobertas da Petrobrás...

O Dantas tem um poder de corrupção muito maior do que o poder que tinha o Renan Calheiros. O Renam saiu impune, para vergonha da nação, e o Dantas segue o mesmo caminho, segue o caminho da impunidade...
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Dogville: o inefável sabor da vingança
Konstantin Gavros
Donatien-Alphonse-François, o marquês de Sade, conta - em A filosofia na alcova - que Luís XV, ao dirigir-se a Chardolais, "que matara um homem para se divertir", lhe diz: "- Eu vos perdôo, mas também àquele que irá matar-vos."

Há uma ética a ser dissecada na fala de Luís XV. Uma ética que coloca todos os homens em pé de igualdade. Uma ética que não faz distinção entre fortes e fracos, entre poderosos e submissos, entre homens livres e escravos. Uma ética cujo princípio é o da mais pura igualdade, pois todos estão perdoados de antemão, mas devem também estar preparados para arcar com as conseqüências de seus atos. Uma ética que pressupõe o direito de vingança e o referenda como algo justo - e justo exatamente por igualar o assassino e, no caso, o provável justiceiro que o perseguirá: colocados um diante do outro, eles resolverão entre si, da maneira mais pura e mais digna, o acerto de contas pela violência que o primeiro cometeu gratuitamente.

Essa é, contudo, uma ética incompreensível para nós, educados em uma civilização cujos pilares nascem do direito romano e do cristianismo. Para muitos de nós, as palavras de Luís XV são tão incompreensíveis quanto a última parte do filme Dogville, de Lars Von Trier.

De fato, a vingança está exilada de nossas vidas, como se ela fosse um gesto que nos diminuísse, nos inferiorizasse, ou nos tornasse moralmente fracos. O ultrajado que ousa escolher o caminho da vingança é, entre nós, punido pelo Estado, pela religião e pela sociedade. Claro, fomos educados para perdoar e amar, ainda que o mundo nos apedreje...

O que todos escondem, no entanto, é que vivemos em uma sociedade hipócrita, na qual, de um lado, nos consumimos, impotentes e em silêncio, em nossos desejos de vingança, e, de outro, somos treinados, desde muito cedo, a reprimir o que sentimos, pois nos ensinam que seremos considerados bons e exemplares apenas quando nos comportarmos de maneira servil.

Quem é o melhor empregado? O que corteja, de maneira sóbria e gentil, equilibrando-se entre a subserviência e um falso ar de responsabilidade; ou mesmo o bajulador declarado, um tipo que é sempre vencedor.

Qual é o melhor cidadão? O que se submete às leis em cuja elaboração ele não foi - e jamais será! - chamado a opinar; aquele que se deixa escorchar pelas taxas e pelos impostos injustos ou abusivos, mentindo a si mesmo que, sim, o Estado nos suga, mas para beneficiar a todos igualmente; e o estúpido crédulo que, sentindo-se injustiçado, mas confiante nas leis, feitas apenas para uma minoria, contrata um advogado, abre um processo no Fórum mais próximo, e vê sua vida e suas economias definharem ao longo dos anos, enquanto a Justiça lhe sorri.

Qual é o melhor filho? O mais obediente, o mais submisso, o que acata todos os "nãos" como se fossem uma bênção; o que - semelhante a um cão - lambe as mãos de quem o castra e humilha.

O filme de Lars Von Trier nos escandaliza somente por uma única razão: ele é o espelho do mundo que construímos com nossa covardia. Nós somos Dogville. Cultivamos nossas mesquinharias, nossas frustrações e nossos medos, fruindo desse prazer masoquista que nos foi inculcado desde o ventre de nossas mães. Mas sempre prontos a, no silêncio da nossa falsa bondade e esboçando o sorriso de um tartufo, espoliarmos, abusarmos e violentarmos a primeira Gracie que aparecer em nossas vidas. Realmente, não há maior lucidez do que a do marquês de Sade, quando - também em A filosofia na alcova - ele nos diz que "aquilo que os idiotas chamam de humanidade não passa de uma fraqueza nascida do temor ou do egoísmo".

Mas o que ocorreria ao mundo se cada um de nós pudesse exercer, sem censura ou medo, as suas pulsões de vingança, por mais cruéis que elas fossem? Regrediríamos, certamente, ao que os filósofos chamam de "estado de natureza", o suposto estágio que antecede o início deste em que vivemos, e que os filósofos apreciam chamar de "contrato social". Um contrato de cláusulas leoninas, segundo as quais a imensa maioria deve servir e apodrecer na miséria, na fome e na doença, enquanto uma minoria legisla e governa em causa própria, além, é claro, de enriquecer. E denominamos esse estado de absoluta discrepância de poderes com um outro adorável eufemismo: "democracia". Uma palavra que de tão falsa chega a me provocar pruridos anais...

As regras, como vemos, são muito simples: eu te exploro e você me agradece (ou, como é o costume, finge agradecer). Se, por alguma incontrolável razão, você decidir se vingar... bem... para isso existem as prisões e os hospícios...

Contudo, um alerta: até agora falamos, neste artigo, daqueles 40% da população brasileira que não mora em favelas e alimenta-se três vezes ao dia, pois o restante vive à margem do sistema em que as regras da hipocrisia legal vicejam. Seria um exercício saudável aos nossos intelectuais - de esquerda e de direita - uma estadia de quatro semanas em uma favela - todas elas, aliás, comandadas pelo narcotráfico -, pois descobririam um outro país, no qual a vingança fria e calculada - ou seja, o direito de retribuir em igual medida o mal que foi cometido - comanda as relações sociais, criando um equilíbrio e uma harmonia só comparáveis aos que usufruíamos quando ainda habitávamos a selva.

E a história não nos desampara neste momento: compulsemos os melhores tratados e veremos que a verdade só triunfa quando escolhe, como aliada, a violência. Os servos só deixaram de ser espoliados quando encostaram a faca na garganta dos seus opressores. Da mesma forma, certamente também nós guardamos a lembrança dos poucos momentos em que ousamos erguer a cabeça e nos revoltamos. Aqueles minutos de prazer, semelhantes em tudo a uma deliciosa sucessão de orgasmos, foram os únicos em que ousamos ser verdadeiros, e são eles, hoje, que nos salvam do completo embotamento.

É exatamente o que Dogville nos ensina. Ao final do filme, inebriados pela correta decisão de Grace, alegres por ela ter feito o que não temos coragem de fazer, recordamos outro trecho de Sade: "Só a piedade e a beneficência são perigosas no mundo. A bondade é apenas uma fraqueza cuja ingratidão e a impertinência dos fracos forçam sempre as pessoas honestas a se arrependerem." O prêmio de Grace por sua absoluta bondade foi apenas a sua queda. Uma derrocada, aliás, orquestrada por Tom, o arquétipo de todos os moralistas.

Na verdade, o que Dogville nos mostra é que o chamado "contrato social" precisa ser urgentemente reescrito. E se eu vier a ser consultado sobre o teor das novas cláusulas, recomendarei que haja apenas uma: "Olho por olho, dente por dente." Essa é a única regra capaz de instituir justiça e igualdade entre os homens.

Pequenas Histórias para reflexão
A soberba do rei -- Daniel 4
1 Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio.
5 Tive um sonho que me espantou; e estando eu na minha cama, os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram.
6 Portanto expedi um decreto, que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7 Então entraram os magos, os encantadores, os caldeus, e os adivinhadores, e lhes contei o sonho; mas não me fizeram saber a interpretação do mesmo.
8 Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9 Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
10 Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura;
11 crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra.
12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne.
13 Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu.
14 Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
15 Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra.
16 Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a de homem, e lhe seja dada mente de animal; e passem sobre ele sete tempos.
17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles.
18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor, o vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação; porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação; mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Falou, pois, o rei e disse: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos:
20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e que era vista por toda a terra;
21 cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;
22 és ,tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra.
23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a; contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos;
24 esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor:
25 serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva comoos bois, e serás molhado do orvalho do céu, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
26 E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois quetiveres conhecido que o céu reina.
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, se, porventura, se prolongar a tua tranqüilidade.
28 Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonosor.
29 Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o palácio real de Babilônia,
30 falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?
31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou deti o reino.
32 E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva comos bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor, e foi expulso do meio dos homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como as penas da águia,e as suas unhas como as das aves:
34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio sempiterno, e o seu reino é de geração em geração.
35 E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
36 No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento; e para a glória do meu reino voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor. Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; e fui restabelecido no meu reino, e foi-me acrescentada excelente grandeza.
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são retas, e os seus caminhos justos, e ele pode humilhar aos que andam na soberba.
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O Caso Slovik - Os que nada possuem estão cansados de ir para uma guerra defender os que tem tudo
Enciclopédia Jurídica - Leib Soibelman

Eddie D. Slovik, soldado raso do exército norte-americano, foi fuzilado em 1945, na França, como desertor, tendo declarado em sua confissão que renovaria, se necessário, o seu gesto. Foi o único soldado executado por deserção desde 1864.

Durante a guerra de secessão, Lincoln ordenou a execução de desertores e na segunda grande guerra houve milhares de casos.
Slovik teve uma juventude marcada por pequenos delitos e reformatórios, até que pouco antes de ser convocado casara, trabalhava regularmente e tinha um carro velho, coisas que para ele representavam muito, pois pela primeira vez estava usufruindo algo depois de uma vida de misérias.

Sua reação ao receber o aviso de convocação foi a seguinte: "por que é que antes eles não se interessavam por mim e agora que consegui alguma coisa eles me chamam?" Só tinha encontrado adversidade em sua vida anterior e não tinha nenhuma formação para entender os deveres de um cidadão ou ser grato ao sistema no qual vivia. Além disso era uma pessoa extremamente temerosa, o que já havia sido notado pelos que o conheciam ou examinaram.

Na frente de combate recusou-se a atirar contra qualquer inimigo e não admitia que o governo pudesse exigir de alguém que fosse para uma guerra. Desertou por simples covardia, condição que nunca negou, achando que não tinha constituição para enfrentar o inimigo.

Pouco antes de ser executado declarou: "eles não me fuzilam porque eu desertei, coisa que milhares fizeram, mas pelo pão que roubei quando tinha doze anos", e, desgraçadamente, dizia a pura verdade, porque os militares que participaram do caso achavam que o seu "passado civil" não recomendava a clemência confundindo simples delitos da juventude com uma vida de criminoso endurecido.

Paradoxalmente, enfrentou o fuzilamento com uma grande coragem. Eisenhower, chefe das forças norte-americanas na Europa, recusou a clemência, baseado em relatórios de seus assessores, um dos quais afirmava que Slovik devia ser executado não como "castigo ou sanção, mas para manter a disciplina, que somente ela pode nos assegurar a vitória sobre nossos inimigos".

É verdade que na época os exércitos norte-americanos enfrentavam terríveis batalhas e dificuldades. O processo veio demonstrar mais uma vez o eterno drama ou conflito entre a autoridade e a consciência individual, entre os interesses de uma comunidade e os direitos de cada um.

Slovik pretendia trocar os perigos da frente de batalha pela segurança e relativo conforto de uma prisão, pois desertou deliberadamente como ficou provado. Dias antes de fazê-lo indagara de superiores sobre o que é que podia acontecer no máximo num caso de deserção e todos lhe responderam que era uma corte marcial, ninguém lhe tendo dito que podia arriscar uma pena de morte. Parece que ele mesmo não acreditava na execução até o último momento.

Um dos generais declarou: "se perdoar um tipo desses como poderei encarar meus comandados da linha de frente? se todos pensarem assim, amanhã estaremos sob as botas de Hitler". O azar de Slovik foi ter sido julgado quase que sumariamente por uma corte marcial no teatro da guerra, sem nenhuma defesa que pudesse apelar para exames psiquiátricos ou psicanalíticos e outros recursos de caráter particular.

Anos depois, o número de desertores aumentou tremendamente, como na guerra da Coréia e do Vietnã, mas eram situações totalmente diferentes, guerras de intervenção norte-americana em terra alheia e não em defesa de toda uma civilização como na segunda grande guerra.

Hoje a opinião pública reprova totalmente a execução de um desertor.

Outro azar de Slovik foi ter sido enviado para a frente de luta em vez de prestar um serviço burocrático, falha evidente do serviço de convocação que não soube analisar a sua personalidade. Mas este processo suscita uma questão séria: o que é o dever? Como conciliar um mundo que defende a liberdade pelas armas com os direitos que tem uma pessoa de ser convencida de que o seu sacrifício é justo? como exigir de um indivíduo que defenda um sistema que lhe negou tudo?

É evidente que o melhor seria não existirem guerras, mas dizer isto não resolve nada. Só uma conclusão é possível tirar: a democracia, para exigir com justiça a participação de um indivíduo na guerra, tem de ser social e não apenas formal, porque os que nada possuem estão cansados de ir para uma guerra defender os que tem tudo.

B. - William Bradford Huie, L'exécution du soldat Slovik. Julliard ed. Paris, 1956.

14/07/2008

A tolerância diante do mal
Por que a maioria dos cidadãos tem que tolerar o mal praticado por uma minoria ? Por que a maioria dos cidadãos tem que tolerar a corrupção das instituições públicas, os corruptores e os corruptos ? Por que temos que aceitá-los como pessoas comuns quando eles nos oprimem, exploram e excluem ? Por que temos que tolerar o mal que eles impõem sobre nós ?

A verdade é que não temos que tolerar o mal, não podemos nos omitirmos diante da corrupção das instituições públicas. Não podemos nos submeter à vontade dos poderosos e do dinheiro, abandonando o caminho da justiça e da legitimidade da maioria. Temos que lutar contra o mal, contra a corrupção, contra os corruptores e contra os corruptos. Também temos que lutar contra a opressão, a exploração, a exclusão e as desigualdades.

E isso pode ser feito, inclusive, sem abrir o leque de inimigos, pois os corruptores e os corruptos são as mesmas pessoas que operam o sistema de exploração, opressão, exclusão e tirania. As desigualdades atuais são frutos de relações capitalistas coordenadas e manejadas por empresários, banqueiros, doleiros e políticos. Os mesmos que corrompem o Estado Democrático de Direito e torcem as leis para satisfazer seus interesses pessoais ou para garantir a impunidade.

O dinheiro que furtam das empresas públicas, dinheiro da coletividade, serve para financiar a democracia representativa que os perpetua no poder, serve para perpetua a corrupção e o mal sobre nós. O dinheiro que roubam do patrimônio coletivo serve para financiar a opressão, a exploração e a exclusão da maioria da população. Estamos diante de um círculo que fecha sobre si mesmo, uma engrenagem que engendra e perpetua o mal dentro da sociedade.

Temos que quebrar essa corrente de opressão e exploração, temos que partir com força máxima para cima dos corruptores e dos corruptos. Não podemos tolerar e aceitar pacificamente, com normalidade, como regra normal da democracia, o mal que nos oferecem e nos apresentam. Os bilhões que roubam de nós servem para nos escravizar. O sangue que arrancam de nossos corpos servem enfraquecer a nossa capacidade de resistência. As instituições que deveriam proteger o interesse público, o patrimônio público, a vontade da coletividade, se tornou um instrumento que pune os mais fracos e liberta os criminosos ricos.

E tudo isto porque temos sido tolerante e submissos diante do mal, diante da opressão, da exploração e da exclusão. Contudo, as desigualdades, cada vez mais acentuadas, fará esta estrutura arcaica, estrutura do antigo regime, desmoronar. Os nobres atuais acabarão na guilhotina e os políticos corruptos atuais, assim como o rei, perderá o trono e a cabeça...

A história humana é uma história de violência
(Texto antigo)
Somente ocorreram mudanças significativas na história humana quando os oprimidos encostaram a faca na garganta dos opressores. A Revolução Francesa foi uma revolução violenta. Por isso deu certo. A Revolução Russa foi uma revolução violenta. Por isso os revolucionários conquistaram o poder. Os ingleses foram expulsos da América depois de uma guerra violenta. A Revolução Chinesa somente alcançou êxito depois de uma guerra sangrenta.

Não há como separar as mudanças significativas da história humana de uma guerra ou de uma revolução violenta. Mas então dirá algum observador perspicaz, a Índia não fez uma revolução violenta ? Certamente não, pois na Índia a não-violência é uma religião. Mesmo assim Gandhi morreu com um tiro. Mas os negros americanos conquistaram muita coisa sem violência ? Mesmo assim Luther King, o grande líder negro, morreu com um tiro.

Enfim, onde não houve revolução violenta nada deu certo. Vejam o Brasil. A escravidão e a opressão continuam até hoje. Os governantes que vieram nas caravelas ainda estão no poder ou próximo deles. Talvez se tivéssemos tido uma revolução violenta eles não estariam por aí, escondidos na sombra manipulando a mídia, manipulando jornalistas, bancos, etc.

Quem tem medo de uma revolução violenta é a classe dominante. Ela tem muito a perder com uma revolução desse tipo. Os oprimidos, ao contrário, se não morrerem lutando em uma revolução que visa alcançar a sua liberdade e a independência, morrerão com um tiro da polícia quando estiverem chegando do trabalho escravo em uma das milhares de periferias e favelas que existem neste país. Os oprimidos não perderão nada se iniciarem uma revolta armada sangrenta. Talvez a única coisa que percam seja as correntes da opressão, da exclusão e das desigualdades.

Enfim, discurso de não-violência e de direitos humanos é adequado e inerente aos grupos dominantes que moram nos bairros nobres onde os índices de homicídios são iguais a zero. Nesse locais o discurso da não-violência e dos direitos humanos colam. Em uma periferia onde os confrontos militares são comuns e se vive ouvindo tiros e explosões e convivendo com mortos na soleira da porta não-violência e direitos humanos é mito, conversa para boi dormir.

Quando a violência chegar nos bairros chiques e nobres, do jeito que ela existe na periferia, não tenham dúvidas, a situação será resolvida imediatamente. Enquanto for negro matando negro, pobre matando pobre, traficante matando traficante ou policial matando traficante, as mortes continuarão sendo tratadas como controle de natalidade.

Além disso, engana-se redondamente quem acha que o futuro será um lugar de paz e harmonia. O futuro será de guerras e guerras sangrentas. Por isso todos os países investem maciçamente em armas. Se o futuro fosse de paz ninguém investiria em armas, pois seria um dinheiro perdido. Inclusive se se analisar as notícias dos últimos anos observar-se-á que os maiores investimentos estão sendo feito em arsenais bélicos: armas nucleares, mísseis balísticos, escudo anti-míssil, projeto guerras nas estrelas, Guerra no Iraque, etc.

Esses investimentos militares tem uma razão: os recursos naturais e minerais se tornarão cada vez mais escassos e dominará esses recursos a nação que tiver poder militar para conquistá-los, ou seja, eu sou mais forte que você e você tem algo que eu quero e é essencial para a minha sobrevivência, o que eu faço ? Tomo de você. Se reclamar ainda leva um cascudo. Por isso o futuro será de guerras.

Inclusive há um documentário interessante sobre esse assunto chamado "Império do Caos". Pretendo disponibilizar esse documentário no You Tube um dia desses.

Portanto, a meta não iniciar uma guerra violenta e sangrenta o mais rápido possível, mas sim mostrar aos grupos dominantes que se a situação não for resolvida rapidamente, se a opressão e as exclusões não acabarem e as desigualdades não forem reduzidas, chegaremos a uma guerra sangrenta e violenta, inevitavelmente.

Ocupação do STF pelos Movimentos Populares
(Texto antigo)
Antes de detonar o novo presidente do STF, Gilmar Mendes, a primeira coisa que deve ficar bem clara é: o STF é uma instância do poder judiciário. Os ministros do STF são juízes. Logo, devem se manifestar em autos, ou seja, nos processos que são submetidos à corte. Fora dos autos, um ministro falando e um cachorro cagan... é a mesma coisa.

Além disso, lembro-me de um texto que estudamos na Disciplina de Filosofia do Direito na Faculdade de Direito da USP. Era um texto de Paul Johnson intitulado "Precisamos de uma Filosofia do Direito ?". Este texto diz:

"Tampouco fico feliz com a idéia de que juízes entrem em cena para convalidar os fracassos dos políticos na busca de fins filosóficos ou políticos. Existe um exemplo desse gênero em Israel, onde o presidente do Supremo Tribunal, um triunfalista jurídico, está decidido a limitar o poder político dos partidos religiosos. Prevejo que isso vá acabar em desastre, exatamente do tipo com que menos a sociedade israelense pode arcar.

Um dos aspectos mais perturbadores da vida americana no último meio século tem sido o aventureirismo da Suprema Corte na reelaboração, e não interpretação, da Constituição. Sem dúvida, haverá juízes que dirão que a igualdade é seu objetivo. Isso não justifica a usurpação do Poder Legislativo pelos juízes, mesmo que admitamos (o que, enfaticamente, não faço) que se possa legislar para que a igualdade passe a existir. Juízes da Suprema Corte podem não ser um produto direto do processo político, e os melhores entre eles alcançaram uma imparcialidade quase divina, mas muitos outros foram nomeados, por presidentes altamente políticos, com objetivos partidários. Da mesma forma, proeminentes candidatos foram vetados pelo mesmo motivo: pense-se no martírio do juiz Bork ou na vã tentativa de negar a Clarence Thomas assento no tribunal em que, desde então, eles se tem mostrado exemplar.

Juízes nem sempre são objetivos, ou desinteressados, ou sábios, ou até sensatos, e é provável que sua sabedoria os abandone quanto mais eles se aproximam da política. No trato do caso Pinochet, por exemplo, os lordes-juízes britânicos se cobriram de ridículo, a despeito de terem dado dois palpites num veredicto, e no fim precisaram ser salvos pelos médicos. Teria sido muito melhor se os políticos tivessem lidado com o caso desde o início, como certamente teriam feito no governo de Margaret Thatcher."
(Texto completo -- http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/texto2.htm)

O STF não defende a Constituição. O STF interpreta a Constituição. Defender significa proteger, inclusive, contra qualquer tipo de mudança. Já interpretar significa adequar as regras Constitucionais a novos contextos, ou então, alinhar ou adequar textos infraconstitucionais às regras veiculadas pela Constituição.

Além disso, o STF parte da Constituição para frente. Portanto, o STF interpreta o que está na Constituição ou sugerido pela Constituição. O STF não possui nenhum poder para modificar o espírito do texto constitucional. Se a Constituição criou e regulou as medidas provisórias, cabe ao STF respeitar o instituto constitucional e não tentar eliminá-lo ou ficar reclamando, feito uma vitrola enroscada, de algo que não é de sua competência ou poder.

Mas a questão é: por que o STF implica com as medidas provisórias ? A resposta é simples: porque as medidas provisórias permite ao governo, ao poder executivo, ser ágil e rápido em certas medidas. Se não fossem as medidas provisórias, o executivo ficaria completamente dependente da morosidade e das tramóias do legislativo ou judiciário. Os grupos dominantes reinariam absolutos e o Estado ficaria paralisado nas garras desta minoria autoritária. É exatamente isto que eles querem, ou seja, querem que o executivo tenha uma severa e profunda dependência dos outros poderes.

Se não existisse as medidas provisórias, a maioria das ações do governo Lula não teriam saído do papel, pois os demais poderes, inclusive o STF, é controlado pela minoria dominante. Logo, a maioria das propostas do executivo ficariam paralisadas nos arquivos do legislativo ou do judiciário.

Este é o truque que os grupos dominantes usam para impedir o avanço de projetos sociais ou ampliação da participação popular. Tudo aquilo que pode beneficiar a coletividade, ocasionando um grande impacto social, é paralisado e arquivado, pela minoria dominante, quando eles possuem algum poder de interferência na ação.

Um exemplo recente disso, que eu próprio vivi, foi o projeto OCW-USP. Um projeto que beneficiaria milhões de brasileiros. Um projeto para a coletividade. Porém, o projeto está paralisado e arquivado na USP. Os grupos dominantes, uma minoria rica e branca que controla a Universidade, uma minoria formada por tucanos, impede que o projeto se concretize. Por que fazem isto ? Porque o projeto vai beneficiar a coletividade e distribuir gratuitamente os saberes e o conhecimento retido dentro da Universidade. Democratizar os conhecimentos e socializar os saberes não é de interesse dos grupos dominantes, pois isto significa o enfraquecime, exclusão e opressão que incide sobre a maioria da população.

As aulas de todas as Universidades Públicas são completamente descartáveis. O Professor vai até a sala de aula e joga a aula no ar. Alguns alunos captam, outros não. O que nós faríamos com o Projeto OCW-USP era engarrafar estas aulas e distribuílas gratuitamente, através da internet, para toda a sociedade brasileira. Quem quiser ouvir e ver as aulas, bastaria acessar a internet para fazer isto. Nós pegaríamos uma coisa descartável e transformaríamos em matéria-prima para democratização e socialização dos conhecimentos e saberes.

A idéia está arquivada na USP. Eles querem que as aulas continue descartáveis e subutilizadas. É a mediocridade e a estupidez dominando a USP. São os interesses e a vontade dos grupos dominantes, de uma pequena minoria branca e rica, imperando sobre o interesse público, sobre a vontade da maioria.

Mas o que tudo isto tem a ver com o STF e seu novo presidente ? Gilmar Mendes como Presidente do STF é encrenca na certa. As idéias conservadoras e autoritárias de Gilmar Mendes, Ministro do STF, aumentaram de peso, pois o elemento se tornou Presidente da Corte.

Gente com a mentalidade de Gilmar Mendes deveriam ter seus poderes diminuídos e extintos e não ampliados. Isto porque quando mentalidades autoritárias e contrária aos interesses da coletividade sobem, para contrabalançar o outro lado, caminhamos para o fundamentalismo e para a violência. É preciso resistir ao autoritarismo das autoridades públicas.

O fundamentalismo e a violência são respostas lógicas para a concentração de poder nas mãos de uma minoria que tenta impor seus interesses e sua vontade sobre a grande maioria. Sejam governantes chicoteando o povo, sejam autoridades públicas que indicadas que pensam ser governantes. Presidente do STF é funcionário do Povo. Não é presidente e nem é Rei. Certamente, se dependesse da maioria da população Gilmar Mendes teria caído para faxineiro do STF. Ele subiu para Presidente da corte porque o STF é um panelão onde predomina uma minoria autoritária, remanescente da ditadura militar: a laia do Gilmar...

Gilmar Mendes fala em Estado de Direito e em Lei. Quer opor o Estado de Direito e as Leis contra os movimentos populares. Não haveria necessidade de se dizer isto, ou de se fazer isto, se o Estado de Direito e as Leis representassem legitimamente os interesses e a vontade popular. Porém, como o Estado de Direito e as Leis atuais emanam de uma minoria, da qual Gilmar Mendes faz parte, é preciso impô-las à coletividade, impô-las à maioria da população.

Este fato mostra claramente que a estrutura do Estado atual e dos poderes que o compõem devem ser modificadas, refeitas, re-arquitetadas. A participação popular no legislativo tem que ser direta. A representação tem que acabar, pois é um instrumento do século passado. È um instrumento inadequado para o século XXI.

Lembro-me de um outro texto, "Fundamentos da Democracia" que diz o seguinte:

O Estado de Direito
Durante grande parte da história da humanidade, governante e lei foram sinônimos — a lei era simplesmente a vontade do governante. Um primeiro passo para se afastar dessa tirania foi o conceito de governar segundo a lei, incluindo a idéia de que até o governante está abaixo da lei e deve governar através dos meios legais. As democracias foram mais longe criando o Estado de Direito. Embora nenhuma sociedade ou sistema de governo esteja livre de problemas, o Estado de Direito protege os direitos fundamentais, políticos, sociais e econômicos e nos lembra que a tirania e a ilegalidade não são as únicas alternativas.

Estado de Direito significa que nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei.
As leis devem expressar a vontade do povo, não os caprichos de reis, ditadores, militares, líderes religiosos ou partidos políticos auto-nomeados.

Os cidadãos nas democracias estão dispostos a obedecer às leis da sua sociedade, então, porque estas são as suas próprias regras e regulamentos. A justiça é melhor alcançada quando as leis são criadas pelas próprias pessoas que devem obedecê-las.
No Estado de Direito, um sistema de tribunais fortes e independentes deve ter o poder e a autoridade, os recursos e o prestígio para responsabilizar membros do governo e altos funcionários perante as leis e os regulamentos da nação.
Por esta razão, os juízes devem ter uma formação sólida, ser profissionais, independentes e imparciais. Para cumprirem o papel necessário no sistema legal e no político, os juízes devem estar empenhados nos princípios da democracia.

As leis da democracia podem ter muitas origens: constituições escritas; estatutos e regulamentos; ensinamentos religiosos e étnicos e tradições e práticas culturais. Independentemente da origem, a lei deve preservar certas cláusulas para proteger os direitos e liberdades dos cidadãos."
(Texto completo - http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/enci/fundamento.htm)

Inclusive, o século XXI será o século da democratização e socialização do poder. Hoje, o poder está concentrado nas mãos de uma minoria. As principais decisões do Estado, que afetam diretamente a vida de todos os cidadãos, continuam sendo tomadas por uma minoria mira apenas seus interesses particulares ou a vontade do pequeno grupo que integram. Hoje o poder está centralizado nas mãos de poucos, está restrito, monopolizado. Nós temos que democratizá-lo e socializá-lo para toda a população. O poder emana do povo e pode ser exercido diretamente pelo povo. A democracia representativa chegará ao fim no século XXI.

Mas vontade ao caso do STF. O grande sonho de Gilmar Mendes e da minoria que ele integra é dar status de grupos terroristas aos movimentos populares. Não só esta minoria, mas também outras minorias, como os latifundiários, sonham com isto.

A primeira vista isto parece terrível para os movimentos populares, mas não é, pois se eles qualificarem e transformarem os movimentos populares em grupos terroristas, os métodos de ação da coletividade, contra eles, será outro. E, não há dúvida, a minoria conservadora e autoritária, da qual Gilmar Mendes faz parte, voaria pelos ares em pouco tempo.

Gilmar Mendes e sua laia são poucos. Os movimentos populares reúnem milhões. Poucos contra milhões. Certamente, vence os milhões.

Ou então, autoridades graúdas, como Gilmar Mendes, acabaria no meio do mato, amarrado com correntes em uma das milhões de árvores da floresta amazônica, uma espécie de "Ingrid Betancourt" brasileiro.

Gilmar Mendes e a minoria que o acompanha são animais em extinção. Deveriam ter sido enterrados com a ditadura, porém sobreviveram e estão passando adiante o gene maldito que possuem. Ele e sua mentalidade autoritária pertencem ao passado, ao século passado. É um dinossauro, um troglodita, vivendo na era da informação e do conhecimento.

Cada vez que gente como Gilmar Mendes ganha força, e um pouco mais de poder, nós recuamos na História, voltamos para atrás no desenvolvimento, regredimos nas conquistas, alimentamos o fundamentalismo, o ódio, a violência e o autoritárismo. Ao menos o autoritarismo oriundo da maioria da população é legítimo e respaldado na vontade da coletividade. O autoritarismo oriundo de uma pessoa só ou de uma minoria medíocre e conservadora, como a oposição que festeja Gilmar Mendes, é uma degeneração.

O diabo é um homem com um plano. Gilmar Mendes não é o diabo. Ele é o mal. O mal é um conluio de homens. O STF é um conluio que, na desculpa de proteger a constituição, muitas vezes, trabalha contra a coletividade, contra o interesse público e a vontade da maioria da população. As instituições, encabeçadas por gente da laia de Gilmar Mendes, são o mal pairando sobre nós.

Certamente, a oposição, principalmente os tucanos, estão felizes da vida, pois ampliaram o poder de um dos seus infiltrados no STF. Pensam que com isto poderão aumentar e disseminar suas influências em diversos temas, podendo, inclusive, parar ações promovidas pelos movimentos populares. Por exemplo, o terceiro mandato de Lula tem mais chances de ser derrubado, proposto como emenda na CF/88, no STF.

Logo, caso este tema caminhe, a saída, como eu já disse antes, é fazer outra Consituição, com outros fundamentos e estrutura. Certamente, a nova Constituição deverá demitir a Corte atual. Os novos Ministros deveráo ser eleitos e não indicados, como foi o Gilmar Mendes.

Indicação é uma forma eficiente para se infiltrar gente em instituições públicas. Quem foi indicado, foi infiltrado. Logo, vai defender, dentro da instituição, so interesses e a vontade de quem o indicou. Uma espécie de uma mão lava a outra. Por isso a tucanada estava em peso na posse do elemento.

Contudo, a alegria da oposição pode durar pouco, pois mexer com os movimentos populares é cutucar onça com vara curta. Se todos os movimentos populares se levantarem, Gilmar Mendes cai como uma maçã podre. Quando os movimentos populares se levantam, os presidentes caem, as instituições são esvaziadas e o poder popular se manifesta. Se uma Universidade ou órgão público pode ser ocupado, o STF também pode e, assim como o reitor corrupto da UNB foi tirado do cargo, os movimentos populares, reunidos, orientados e com objetivos certos, podem tirar o Presidente do STF e expulsar alguns Ministros da Corte, fazendo uma ocupação de longo prazo nos domínios do judiciário.

A cultura do levante popular tem que ser restabelecida e disseminada. Alguns grupos e pessoas, principalmente o Gilmar Mendes, devem aprender que a turba ainda detém o poder de apedrejar e lixar autoridades em praças públicas. É um poder pouco exercido, mas ele pode ser recuperado.

Certamente, dirá o Gilmar Mendes, isto não consta da Constituição, porém a vontade popular, a vontade coletiva, a vontade da maioria da população é que forma, gera e legitima a Constituição. A Constituição de 88 está ultrapassada. Precisamos de uma Constituição do século XXI. Uma Constituição que expresse verdadeiramente a vontade popular. Uma Constituição que emane diretamente do Povo e que seja aprovada pelo Povo. Uma constituição que faça a maioria exercer diretamente o poder que possui. Exercê-lo diretamente, sem representantes, principalmente no âmbito do legislativo.

A Constituição de 88, mais conhecida com "Constituição Jobim", é do século passado. Foi feita na quentura do Regime Militar e teve influência profunda dos militares, através de constituintes infiltrados por eles. É um instrumento ultrapassado em muitos pontos. È um instrumento que legitima a vontade de uma minoria (os legisladores) sobre a maioria da população. Este instrumento da representação política é uma farsa. É um truque para tirar o poder da maioria e dá-los a uma minoria que usa tal poder para defender e fixar seus interesses e suas vontades pessoais ou de seus grupos nas ações do Estado ou do Governo.


Enfim, o Gilmar Mendes, com sua mentalidade autoritária, conservadora e nazista, pode precipitar muito coisa que está engasgada no gargalo da sociedade. Cutucar e tentar enquadrar os movimentos populares, em pleno século XXI, no Estado de Direito, nas Leis construídas por uma minoria dominante, pode ser o estopim para romper a exploração, a exclusão e a opressão da maioria.

E esta história pode acabar com uma revolução, ou então, com o Gilmar Mendes tendo que comer a Constituição de 88, enquanto uma nova Carta Constitucional é preparada e aprovada pela maioria da população. Uma Carta Constitucional que represente, verdadeiramente, a coletividade, os seus interesses e as suas idéias. Gilmar Mendes e Celso de Mello são obras dos tucanos e do Fernando Collor. É gente da minoria dominante. Gente da oposição que acabou com a CPMF para destruir a saúde pública. Gente que privatizou/vendeu a Vale do Rio Doce e demais empresas públicas. Gente que fez e faz o Brasil andar para trás. Portanto, dessa laia já sabemos o que podemos esperar...