Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

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17/02/2008

O que nós temos para o totalitarismo
Temos um ambiente propício. Temos uma massa atomizada ou semi-atomizada. Uma maioria supérflua e descartável. Uma minoria dominante arrogante, estúpida e odiável, ideal para campo de concentração. Temos um conjunto de dogmas enraizados. Temos um discurso montado. Temos um sistema político falido. Temos um modelo de SS (Bope). Temos uma mídia dominante construída e pronta para ser assumida pelo Estado. Temos a incompetência dos sociais-democratas, ou algo parecido, na solução dos graves problemas sociais (Isto sempre vem antes da ação totalitária. Hindenburg na Alemanha. Kerensky na URSS).

Os dogmas ? Podem vir da escravidão e de suas conseqüências... O discurso ? Pode ser elaborado nas idéias de coletivização, confisco das riquezas da minoria dominante que roubou a maioria oprimida por centenas de anos, etc...

O que está faltando ? Movimentar a massa... O monstro totalitário está sendo gestado nas favelas e periferias. As sementes totalitárias estão germinando e as autoridades somente perceberão isto quando estiverem sendo embarcadas para os campos de concentração.

Quem está criando o monstro totalitário ? Resposta: aqueles que serão exterminados por ele, quem domina o sistema atual, gerando pobreza, miséria e desigualdades sociais...

Se liga, Zé mané !!! Se eu tivesse intenções totalitárias, não estaria contando isto...

16/02/2008

Corrigindo uma injustiça
Eu disse que todos os professores da USP trabalham para classe dominante, doutrinando os alunos e transformando-os em operadores da dominação, da opressão e da exploração. Não são todos os professores que fazem isto.

Existem vários professores que denunciam este tipo de coisa e que tentam mudar os rumos da Universidade. São uma minoria, certamente. Uma minoria oprimida pelo sistema de dominação... Portanto, ainda há esperanças... Mínimas, mas há.

A USP é uma Universidade. É um sistema. É uma coisa. O que move coisas são pessoas. Agindo por si mesmos os sistemas tem personalidade fanática e psicopata. Não tem virtudes e nem valores. São as pessoas que devem dar virtudes e valores, dar moralidade e ética, aos sistemas.

O problema é que, geralmente, quem controla os sistemas são pessoas fanáticas e psicopatas. Logo, o perigo cresce exponencialmente, pois é uma coisa, naturalmente fanática e psicopata, sendo dirigida por fanáticos e psicopatas.

Documentário: The Corporation
Para determinar o tipo de personalidade que faz com que as corporações se comportem como uma máquina de externalizações, nós podemos analisá-las como um psiquiatra faria com um paciente. Nós podemos até formular um diagnóstico, baseando-se em casos de danos que infligiram em outras pessoas, selecionados de um universo de atividades corporativas. Danos aos trabalhadores: demissões, acusação de cartel, incêndios em fábricas, etc.

Dr. Robert Hare, Ph.D (Consultant to the FBI on psychopaths): Uma das perguntas que surgem, periodicamente, é se as corporações podem ser consideradas como psicopatas. E se olhamos a corporação como uma pessoa jurídica não é muito difícil comparar a loucura de um indivíduo com a loucura de uma corporação. Nós podemos analisar, uma a uma, através das características que definem esta desordem, e ver como elas podem se aplicar às corporações. Elas tem todas as características de fato. E, em muitos aspectos, as corporações representam o típico psicopata.

Joel Bakan: Bakan lembra que sempre ensinou a seus alunos que as corporações são como pessoas e que elas operam sempre para se auto-beneficiar. Da pergunta “Que tipo de pessoa é programada apenas para seguir os seus próprios interesses?”, o professor teve a idéia de simular uma análise psiquiátrica das corporações. A partir disso, os autores do documentário chegam à conclusão que essas instituições têm uma série de características comuns: são interessadas apenas em si mesmas, manipulam, são irresponsáveis, sofrem de falta de empatia e não têm capacidade de sentir remorso ou culpa. “Em outras palavras, a corporação é psicopata”, afirma Bakan.

Se a instituição dominante de nossa era foi criada com a imagem de um psicopata quem leva a responsabilidade moral por suas ações?

Milton Friedman: Pode um edifício ter opiniões morais? Pode um edifício ter responsabilidade social? Se um edifício não pode ter responsabilidade social porque as corporações seriam capazes disto? Uma corporação é simplesmente uma estrutura legal artificial, mas existem pessoas trabalhando lá, sejam os acionistas, sejam os gerentes, sejam os empregados, todos tem responsabilidade moral.

Noam Chomsky: É uma suposição justa que todo ser humano, seres humanos reais, aqueles de carne e osso, não corporativos, mas todo ser humano de carne e osso é uma pessoa moral. Vocês sabem que temos os mesmos genes, nós somos mais ou menos iguais, mas nossa natureza, nossa natureza humana permite todo tipo de comportamento. Quero dizer que cada um de nós, sob certas circunstâncias, poderia ser um operador de câmara de gás ou um santo. (...)

Quando você olha para uma corporação como você olharia para um proprietário de um escravo, você tem que distinguir entre a instituição e o indivíduo. A escravidão por exemplo, ou qualquer outra forma de tirania, tem a natureza de monstros, mas os indivíduos que participam dela podem ser os caras mais legais que você pode imaginar, benevolentes, amigáveis, bom com as crianças e mesmo legais com seus escravos, se importando com o sentimento dos outros. Como todo indivíduo deveria ser. Mas no plano institucional eles são monstros porque sua instituição é monstruosa. (...)

Privatizar não significa você pegar uma instituição pública e dá-la a uma pessoa bacana. Significa você pegar uma instituição pública e dá-la a uma tirania irresponsável. Instituições públicas tem muitos lados bons. Por exemplo elas podem propositalmente dar prejuízos. Elas não são para dar lucros. Elas podem propositalmente trabalhar no vermelho, por causa dos benefícios que isto pode trazer. Por exemplo, se uma indústria pública de aço trabalha no vermelho, ela está provendo aço barato para outras indústrias, talvez isto seja uma coisa boa. Instituições públicas podem ser um dispositivo anti-ciclos. Isto significa que podem manter o emprego em períodos de recessão, aumentando a demanda e ajudando sair da recessão. Companhias privadas não podem fazer isto. Em um período de recessão jogam fora sua força de trabalho, porque é assim que se ganha dinheiro.

Dr. Jeremy Rifkin (Presidente, Foundation on Economic Trends): O caso Chakrabarty é um dos grandes momentos judiciais da história do mundo. E o público ficou totalmente inconsciente do que aconteceu e o que o processo envolvia. A General Electric e o Professor Chakrabarty foram ao escritório de patentes com um pequeno micróbio que comia óleo derramado. Eles disseram que haviam modificado o micróbio em laboratório e que por isso era uma invenção.

O escritório de patentes e o governo dos Estados Unidos deram uma olhada nesta citada invenção; e disseram de jeito nenhum. As patentes não cobrem coisas vivas. Isto não é uma invenção. Parem com isso. Então a General Electric e o Doutor Chakrabarty apelaram para a corte americana de apelações. E todo mundo ficou surpreso quando pela decisão de três a dois eles passaram por cima do escritório de patentes. Eles disseram que o micróbio parecia mais como um detergente ou um reagente do que como um cavalo ou uma abelha. Eu ri porque eles não entendiam biologia básica; parecia mais como um produto químico para eles. Tenha ele uma antena ou olhos ou asas ou pernas isso nunca cruzaria as suas mesas e seria patenteado. Então o escritório de patentes apelou. E o que o público deve saber agora é que o escritório de patentes foi muito claro que você não poderia patentear vida.

Minha organização providenciou o relatório "amicus curiae" se você permitir a patente deste micróbio, nós argumentamos significa que sem qualquer discussão no congresso ou discussão pública as corporações possuirão os direitos sobre os projetos da vida. Quando eles decidiram, nós perdemos por cinco a quatro e o Juiz Warem da justiça disse que tinha certeza de que existiam grandes questões mas achava que isto era uma decisão pequena. Sete anos mais tarde o Escritório americano de patentes emitiu o decreto sentença UM que diz que você pode patentear qualquer coisa viva no mundo exceto um ser humano completo.

Todos nós ouvimos sobre o anúncio de que nós mapeamos o genoma humano. Mas o que o público não sabe é que agora existe uma grande corrida pelas companhias que tem o genoma e pelas companhias de biotecnologia e pelas companhias científicas para achar o tesouro no mapa. O tesouro dos genes individuais que geram a projeto da raça humana. Toda vez que eles capturam um gene e o isolam essas companhias de biotecnologia os reclama como sua propriedade intelectual. O gene do câncer de seio, o gene da fibrose cística, e vai por aí, e adiante. Se isto continuar assim na comunidade mundial dentro de menos de 10 anos um monte de companhias globais irá possuir diretamente ou através de licenças os genes que fazem a evolução das espécies. E eles estão agora patenteando estes genomas de qualquer outra criatura deste planeta.

Na era da biologia, a política está dividida entre aqueles que acreditam que a vida tem um valor em si e entretanto devemos escolher tecnologias e usos comerciais que honram este valor... E aqueles que acreditam que a vida é uma simples utilidade. É uma oportunidade comercial e eles se alinham com a idéia de deixar o mercado ser o árbitro de toda a era da biologia.

15/02/2008

Eu enrolei o máximo possível
O problema não é quebrar as instituições e vencer a guerra. O problema é impedir que o vácuo de poder, gerado por esta ação, caminhe para uma ditadura ou para um movimento totalitário. A meta é acabar com a dominação e com a opressão e não substituir uma opressão por outra. A contra-revolução tem que ser temida. E os próprios revolucionários devem ter compromisso com as novas instituições.

Por isso, eu enrolei o máximo possível. Estava procurando um caminho para fazer a revolução sem correr o risco de abrir a porta para a justiça e liberdade, e ser atropelado pelo monstro totalitário comedor de branco opressor. Temos que fazer a revolução e, simultaneamente, instalar uma república com democracia direta. Acho que a minha visão de 2099 mostra, na penumbra, o caminho que seguiremos...

É preciso saber com exatidão o que será feito e como será feito, pois no vácuo de poder não há momento para hesitação ou teste. Derrubou um, o outro assume imediatamente. As novas instituições devem estar detalhada e especificadas. A orda do antigo regime tem que estar presa, esperando julgamento... Vamos ver o que eles alegarão na defesa...

Destruir as instituições e vencer a guerra, é a parte mais fácil. Não haverá resistência e nem defesa contra as coisas que faremos... Pode ser feito em menos de um ano. O perigo reside no vácuo de poder. Por isso, eu digo, antes de começar temos que detalhar e especificar todo o futuro. Passo a passo. Ação por ação. Inclusive eu cogito a idéia de formar um governo secreto provisório que cuide da revolução e, ao mesmo tempo, seja responsável pela instalação das novas instituições e dos primeiros anos de governo.

Certamente, criamos, junto com o plano a ser executado, vários planos falsos. Isto vai distrair os arapongas que estão lendo este texto agora... Além disso, eu posso fazê-los ficar com os olhos vidrados em mim, enquanto o outros assumem o poder pelas costas deles... Araponga é igual cachorro, fica de olho no osso. Logo, para onde você joga o osso, ele vai... Não se esqueça nunca do "controlar o cenário...". Se você controla o cenário, você é o dono da festa e da música e eles dançam !!!

Hoje os grupos dominantes pensam que controlam o cenário, porém, isto não é verdade. Existem negros e pobres em todas as partes e em todos os lugares, inclusive dentro da casa dos dominadores, opressores e exploradores, vigiando o sono deles. Tudo o que temos que fazer é orientar esta força a nosso favor e contra eles. Esta força já é nossa, porém, não está orientada a nosso favor.

07/02/2008

O sistema tem que ser destruído
Somos judeus (negros) tentando convencer os nazistas (sistema atual) a parar de exterminar judeus (negros). Eles vão nos ouvir ?
Quais eram as chances de um judeu implantar um sistema de direitos humanos na Alemanha nazista ? Nenhuma... Por que nenhuma ? Porque o judeu e suas idéias se chocavam diretamente com a natureza do sistema.

Olhando a realidade que vivemos hoje. Um sistema excludente e de exploração da maioria, dos negros e dos pobres. Um sistema que vive da exploração e da escravidão. Quais as chances de se implantar projetos que democratizem o conhecimentos e socializem os saberes ? Projetos que atingem o sistema em sua essência, no cerne, e quebram um dos braços da dominação.

A resposta é: nenhuma. Por que nenhuma ? Porque estes projetos se chocam diretamente com a natureza do sistema. Isto se aplica a quaisquer projetos que contrariem a natureza do sistema. Os projetos de democratização e socialização dos saberes e dos conhecimentos são só um exemplo.

Quando o sistema é o mal, só há uma coisa a ser feita: destruí-lo.
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Repetindo Henry Thoreau (A desobediência civil") de novo:

De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações.

Há milhares de pessoas cuja opinião é contrária à escravidão e à guerra; apesar disso, nada fazem de eletivo para pôr fim a ambas; dizem-se filhos de Washington e Franklin, mas ficam sentados com as mãos nos bolsos, dizendo não saber o que pode ser feito e nada fazendo; chegam a colocar a questão do livre comércio à frente da questão da liberdade, e ficam quietos lendo as cotações do dia junto com os últimos boletins militares sobre a campanha do México; é possível até que acabem por adormecer durante a leitura. Qual é hoje a cotação do dia de um homem honesto e patriota? Eles hesitam, arrependem-se e às vezes assinam petições, mas nada fazem de sério ou de eletivo. Com muito boa disposição, preferem esperar que outros remedeiem o mal, de forma que nada reste para motivar o seu arrependimento. No melhor dos casos, nada mais farão do que depositar na urna um voto insignificante, cumprimentar timidamente a atitude certa e, de passagem, desejar-lhe boa sorte. Há novecentos e noventa e nove patronos da virtude e apenas um homem virtuoso; mas é mais fácil lidar com o verdadeiro dono de algo do que com seu guardião temporário.

Na maior parte dos casos não há qualquer livre exercício de escolha ou de avaliação moral; ao contrário, estes homens nivelam-se à madeira, à terra e às pedras; e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. Não são mais respeitáveis do que um espantalho ou um monte de terra. Valem tanto quanto cavalos e cachorros. No entanto, é comum que homens assim sejam apreciados como bons cidadãos. Há outros, como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, funcionários e dirigentes, que servem ao Estado principalmente com a cabeça, e é bem provável que eles sirvam tanto ao Diabo quanto a Deus - sem intenção -, pois raramente se dispõem a fazer distinções morais. Há um número bastante reduzido que serve ao Estado também com a sua consciência; são os heróis, patriotas, mártires, reformadores e homens, que acabam por isso necessariamente resistindo, mais do que servindo; e o Estado trata-os geralmente como inimigos. Um homem sábio só será de fato útil como homem, e não se sujeitará à condição de "barro" a ser moldado para "tapar um buraco e cortar o vento”; ele preferirá deixar esse papel, na pior das hipóteses, para as suas cinzas.

22/01/2008

Vídeos, banda larga e a má-vontade
No desenvolvimento do Sistema de Ensino Público Gratuito via Internet, tenho percebido que a má-vontade dos burocratas é o maior de todos os problemas. O resto, os problemas técnicos, possuem soluções previsíveis e facilmente implementáveis, basta pensar um pouquinho para encontrá-los.

O último problema que lançaram para nós foi a questão dos vídeos, dos links telefônicos e do acesso via banda larga. Problemas técnicos que teríamos que resolver, caso contrário, afetaria o desenvolvimento e o número de usuários do Sistema. Hoje de manhã acordei com a solução pronta em minha cabeça.

A primeira coisa que nós temos que pensar é que estamos construindo um sistema. E sendo um sistema diversas soluções podem ser agregadas. A solução já está embutida no projeto original do sistema...

Resumindo a história, nós não teremos problemas com banda larga e nem com restrições ao nosso conteúdo. Tudo estará disponível para todos, inclusive para o internauta que acessa a rede por linha discada. Mais do que isto, eu já penso até na eventualidade de pessoas que não possuem computador com internet terem acesso a todos os conteúdos.

Como eu disse, o Sistema de Ensino Público Gratuito via Internet tem infinitas soluções. Soluções para todos os problemas que criarem ou inventarem. Logo, não vão impedir a democratização do conhecimento e a socialização dos saberes.

Só estamos aguardando a cotação dos servidores para disparar os projetos para o governo e para as empresas interessadas em contribuir com a construção desse Sistema de Ensino Público Gratuito via Internet.

09/01/2008

Mudança na estrutura do Judiciário Brasileiro
O Professor Yarshell, da Faculdade de Direito da USP, diz que o grande problema do Judiciário Brasileiro não está na estrutura recursal, mas no fato desta instituição não saber resolver conflitos de massa, ou seja, há uma incapacidade do sistema em lidar com as tutelas coletivas (direitos difusos).

O problema está no fato da demanda coletiva só vincular os envolvidos quando é acolhida, ou seja, quando a demanda é rejeitada ou perdida, as partes não ficam vinculadas. Logo, pode repropor a demanda individualmente.

Precisamos refletir sobre isto... Precisamos achar uma solução para isto.

Além disso, eu considero que a estrutura atual do Poder Judiciário é ruim, muito ruim. Temos centenas de varas e juízos em um Estado e somente um tribunal de segunda instância. Como a maioria das sentenças e decisões suportam vários recursos em segunda instância, não é concebível que exista um único tribunal de segunda instância. Pior do que isto, estes tribunais possuem poucos desembargadores e a maioria deles são dinossauros...

Portanto, uma solução para o caso é aumentar, exponencialmente, o número de desembargadores, criando uma estrutura flexível para entrada nesta função. Assim, remove-se os dinossauros e permite-se a adoção de técnicas mais avançadas neste órgão do judiciário. Por exemplo, a informatização dos processos - Processos Digitais.

Lembre-se que dinossauro não pensa, são extremistas conservadores, por isso foram extintos...

Contudo, eu prefiro virar o negócio do avesso. Mudar a estrutura da coisa. E a minha idéia é implantar uma estrutura parecida com o TPI. Acho que a estrutura do Tribunal Penal Internacional é a mais dinâmica. Uma estrutura digna do século XXI.

De acordo com o Professor Lewandowski (Texto aqui): "O Tribunal será integrado por 18 juízes, no mínimo, que se distribuirão por três Seções: a Seção de Questões Preliminares, incumbida de examinar a admissibilidade dos processos, a Seção de Primeira Instância, que proferirá os julgamentos, e a Seção de Apelações, responsável pela apreciação dos recursos."

Vejam esta estrutura: 1-- Seção de Questões Preliminares; 2-- Seção de Primeira Instância; 3-- Seção de apelações. É uma estrutura versátil e flexível.

Com esta estrutura teríamos, em cada comarca, um sistema que resolveria a causa rapidamente, pois a mesma comarca teria estas três seções. Precisamos acabar com este negócio de Tribunal só em capital e com desembargadores dinossauros. Não há razão para ter só desembargadores dinossauros nos Tribunais ou para ter Tribunais só na Capital.

Inclusive, penso que este sistema amplia as garantias constitucionais, pois é quase um sistema de três instâncias que envolvem três juízos diferentes que analisam o mesmo caso. Certamente, não podemos admitir interferência macunaíma para sujar a idéia. É preciso envolver três seções na solução da causa, pois o fundamento é acelerar o processo e não travá-lo ainda mais.

Reitero, as três seções devem existir na mesma comarca. As três seções reunidas formam um sistema e o número de sistema, em cada comarca, deve ser proporcionar ao número de habitantes da comarca.

Vou pensar mais sobre isto... Esta é a minha função: pensar sobre as coisas e sugerir novas soluções...

28/09/2007

A guerra já existe

Leonildo Correa -- 28/09/2007 -- A periferia está em guerra. Vemos isso nos jornais todos os dias. Centenas, talvez milhares, de pessoas morrem anualmente nesta guerra silenciosa e não declarada. Uma guerra violenta e sem objetivos. O Estado, supostamente, lutando contra o narcotráfico e os narcotraficantes ataca ferozmente a população civil desarmada que vive nos morros e nas favelas. Dizem que matam traficantes, mas sempre vemos trabalhadores mortos nas fotos. E se matam traficantes, por que tráfico continua funcionando como se nada tivesse acontecido ? Chamam de guerra contra as drogas, mas na verdade é uma guerra contra a população da periferia. Uma guerra do Estado contra os pobres da favela e dos morros.

Portanto, a guerra já existe. Não precisamos inventar e nem começar nada. Tudo o que temos que fazer é re-orientar a guerra atual para novos objetivos, assim como armar a população civil para resistir contra os ataques do Estado. Nada irá mudar nas favelas e periferias. Talvez apenas o número de morto, pois as ações e reações serão mais equilibradas. Hoje o Estado e os grupos dominantes invadem as favelas com seus fuzis e caveirões. E a população não tem nada nas mãos para repelir essas invasões e esses ataques.

Assim, em um futuro próximo, as periferias e favelas não apenas terão capacidade para repelir os ataques do Estado como para contra-atacar os redutos dominantes e as forças de opressão. A idéia é expandir a guerra que se restringe às periferias. O Estado vai até a periferia para matar moradores. A periferia precisa ir atrás dos controladores do Estado para retribuir em dobro. Se a guerra sair da periferia e se disseminar pelas cidades e por todo o país, certamente, em pouco tempo assumiremos o controle das instituições, do sistema e do Estado.

As leis serão refeitas e estabeleceremos as nossas regras. As leis leoninas serão derrogadas e os grupos dominantes irão rezar a cartilha que lhes for imposta. Contudo, os atuais controladores do sistema não poderão ser poupados. Todos eles devem ser fuzilados logo no início do movimento, pois a repressão, a opressão, a exclusão e a exploração que vivemos e sentimos hoje são obras de suas mentes diabólicas. E se eles nos pegarem primeiro, certamente, seremos todos mortos. Por isso, não podemos poupá-los.

O poder dos grupos dominantes está na fragmentação das vítimas. Os oprimidos, os excluídos e os explorados são maioria e se eles se unirem, não sobrará nada do sistema dominante. Precisamos montar uma agenda comum e unir esforços. Isso tem que ser feito nas periferias, com os moradores da periferias. A burguesia jamais mudará o sistema que criou para dominar, oprimir e excluir. Os ricos se alimentam disso. A fonte de riquezas deles é a exploração e o parasitismo das periferias que são senzalas de mão-de-obra escrava. O salário mínimo é uma forma de escravidão. O sangue e o suor dos trabalhadores geram os lucros capitalistas.

Isso tem que acabar e isso somente acabará quando os explorados, os oprimidos e os excluídos se levantarem em uma luta armada violenta e sangrenta... Somos maioria e o sistema tem que funcionar a nosso favor e pelos nossos interesses. Se o sistema funciona contra nós, contra a coletividade, contra a sociedade, temos que destruí-lo. Não só destruir o sistema, mas também destruir quem contaminou o sistema, reprogramando-o para trabalhar contra a maioria e a favor das minorias e dos grupos dominantes.

Se o sistema não trabalha a nosso favor, vamos destruir o sistema e todos aqueles que o sustentam.. Se o sistema nos escraviza, vamos destruir o sistema e todos aqueles que o sustentam.. Se o sistema nos impede de evoluir, vamos destruir o sistema e todos aqueles que o sustentam.. Se o sistema nos explora, nos engana, nos rouba, vamos destruir o sistema e todos aqueles que o sustentam.

Olhe a seu redor e diga-me o que você vê. Você vê futuro ? Você terá futuro ? As coisas foram armadas e estruturada para que você seja um escravo. Para que você trabalhe toda a sua vida e não obtenha nada. Para que você chegue aos seus oitenta anos, olhe para trás e veja apenas vida inútil e insignificante: vida de escravo. Passou a vida e viveu como escravo. A culpa não é sua. A culpa é do sistema. Alguém ganha com isso. A mentira é: você precisa trabalhar para sobreviver... A verdade é: você precisa trabalhar para gerar lucros para alguém, alguém quer a sua inteligência e os seus serviços para vender... Você precisa trabalhar para o sistema e para os grupos dominantes.

Esparta... Esparta é o melhor exemplo. Uma minoria espartana dominando e controlando uma maioria. Porém Esparta era uma sociedade militar. Nós não somos uma sociedade militar, portanto, como o controle e a dominação é possível ? Como uma minoria pode dominar e controlar uma imensa e monstruosa maioria ?

A resposta está na lei, nas normas e nas instituições. A dominação deriva da lei que não elaboramos, não aprovamos e que nos escraviza. A dominação, a opressão, a exploração e a exclusão são implantadas pela lei e por nossa obediência à lei e às instituições. Por isso, os grupos dominantes insistem tanto na questão da obediência à leis e às instituições, pois enquanto formos obedientes seremos escravos. Nada mais do que escravos...

Contudo, não somos obrigados a obedecer leis arbitrárias, opressivas e ilegítimas. Não somos obrigados a aceitar um sistema que nos escraviza. Somos a maioria e podemos quebrar o sistema na hora que quisermos... Precisamos apenas unir forças... Todas as forças em uma só direção: destruir o sistema e todos aqueles que ganham com a escravidão da maioria..

O sistema, a revolução e a violência

Leonildo Correa -- 27/09/2007 -- Você acha que uma pessoa semi-analfabeta que ganha um salário mínimo trabalhando 12 horas por dia conseguirá estudar e subir na vida ? Você acha que uma pessoa que ganha um salário poderá construir alguma coisa, sairá da favela, comprará uma casa, etc ? Você acha que um reajuste de 100% no salário mínimo mudará alguma coisa ? O salário mínimo é uma espécie de escravidão, ele mantém a pessoa em estado de sobrevida, vegetando, ou melhor trabalhando, e não a deixa evoluir e nem crescer. Se esse assunto for desenvolvido na favela, você sabe o que acontece ?

Eu me preocupo com isso porque eu vejo claramente o que está sendo construído, porque eu faço parte dessa realidade dos grupos oprimidos, excluídos e explorados, porque eu serei uma das pessoas chamadas para liderar o exército das periferias, o exército que se levantará contra o sistema e contra os grupos dominantes. Certamente, não serei o único, outros, que estão nas sombras, irão se levantar para destruir o mal que domina a sociedade... E não ficará pedra sobre pedra...

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O dicionário aurélio apresenta várias definições para o termo "revolução". Desses termos três podem ser destacados. O primeiro diz que revolução é uma "Transformação radical e, por via de regra, violenta, de uma estrutura política, econômica e social". O segundo diz que esse termo significa "Qualquer transformação violenta da forma de um governo". E o último considera revolução como uma "Transformação radical dos conceitos artísticos ou científicos dominantes numa determinada época".

Dessas definições concluímos que a revolução é, necessariamente, uma transformação radical, assentada no uso sistemático da violência. Isso porque transformações radicais atingem o cerne da estrutura dominante e mudanças nesse âmbito só ocorrem com o uso da violência.

E a violência jamais será afastada da natureza humana e da sociedade. A violência faz parte da estrutura social. É um caminho que se abre para mudança e para a transformação quando a negociação e a conversa não funcionam. Isso significa, como diz V no filme V de Vingança, que a violência pode ser usada para o bem. A violência é usada para o bem quando o fim que a justifica é um bem e não um mal.

O sistema de exclusão vigente no Brasil prepara e treina os futuros revolucionários. A revolução está nas periferias, está adormecida e em fase de crescimento. Todos que estão nas periferias possuem uma revolta contida no peito e uma vontade louca de arrebentar o sistema e os poderosos que o controlam. Precisam apenas de um lider, de armas, um discurso e uma direção.

Há um ódio social se desenvolvendo nas periferias. Um ódio uniforme contra os ricos, contra os empresários, contra os políticos e contra os intelectuais hipócritas. Um ódio que vai explodir numa violenta guerra civil dos pobres contra os ricos, da maioria oprimida, caída, excluída e explorada contra os grupos dominantes parasitas.


O ÓDIO SOCIAL


O ódio social que brota de grupos contra a coletividade ou da coletividade contra grupos e minorias não nasce da noite para o dia e nem surge de um fato isolado. Esse ódio social deriva de ações constantes de opressão, tirania e violações que se repetem ao longo do tempo.

O ódio individual vai até a pessoa do inimigo e pára, já o ódio social vai além, ultrapassa o indivíduo, alcançando seus ascendentes, descendentes, colaterais, assim como sua raça, seu grupo, seus amigos, etc. O ódio individual se deleita no sofrimento do inimigo, mas não aceita que outros sofram no seu lugar, ou seja, que outro assuma o lugar do inimigo no martírio, seja um filho, um parente ou um conterrâneo. Já o ódio social tem um grupo inteiro como inimigo e se deleita no sofrimento de quaisquer um deles, seja um adulto ou uma criança, seja uma mulher ou um velho. Todos são inimigos. Todos merecem o castigo que recebem. Todos devem pagar pelo mal que ocasionaram.

Somente a banalidade do mal não explica o holocausto nazista. A máquina totalitária necessita de um elemento a mais para ser acionada e movimentada com eficiência. É preciso que exista uma cola entre as partes do sistema, um cimento que ligue as coisas e faça todos agirem no mesmo sentido. Na física seria a força que orienta os vetores na mesma direção. Esse algo a mais é justamente o ódio. Não o ódio individual, mas o ódio social, o ódio de grupos e de classe, construído a partir das mais diversas motivações: religião, diferenças físicas e sociais, etc.

As guerras movidas pelo ódio social têm o extermínio como objetivo... E a meta não é fazer prisioneiros de guerra, mas sim exterminar todos, sejam soldados ou civis.

A máquina totalitária possui diversas peças, porém essas peças, mesmo coladas e ligadas, permanecem inerte, É o ódio social que a movimenta. E esse ódio extravasa na violência de um grupo contra o outro, de uma maioria contra uma minoria, ou de uma minoria contra uma maioria. Assim, todas as metas e todas as forças do sistema se movimentam na direção de ações que extinguam completamente o objeto odiado.

Inegavelmente, Hitler era um grande orador, contudo seu discurso não surtiria nenhum efeito se não houvesse um ódio social pairando sobre a sociedade alemã contra os judeus. O que Hitler fez foi centralizar e canalizar o ódio que estava pronto para explodir, direcionando-o para a movimentação da máquina totalitária que havia sido, meticulosamente, montada. Se os alemães não odiassem socialmente o povo judeus, os discursos de Hitler, por mais inflamados que fossem, não teriam surtido nenhum efeito. O que Hitler fez foi falar o que todos queriam ouvir e mostrar o caminho para mudar as coisas.

Discursos só fazem efeito onde há uma motivação prévia naquele sentido. Se não houver motivação prévia, os discursos são inócuos. Por isso, no Brasil, o melhor discurso para se iniciar uma guerra é a questão social, a divisão entre ricos e pobres, as desigualdades... A motivação prévia já existe, basta apenas montar o discurso, fornecer as armas e mostrar o inimigo...

Os guetos da burguesia

A burguesia brasileira, ao invès de enfrentar e resolver os problemas sociais, afasta-se da realidade social, criando fortalezas e guetos fortemente protegidos. Assim, pensam os burgueses, podem continuar explorando e oprimindo sem nenhum problema, pois vivem isolados e protegidos do resto da sociedade e dos pobres que estão imersos em altos índices de desigualdades e lutando, um contra o outro, por um pedaço de pão.

Contudo, mesmo formando um gueto e criando fortaleza altamente protegida, os burgueses continuam dentro da realidade social. Pior, estão completamente cercados por ela. Quanto mais as desigualdades e a pobreza aumentam, maior é o risco dos guetos e das fortalezas serem invadidas e devassadas pelos oprimidos e excluídos, que acreditam que o paraíso está dentro do gueto.

Além disso, a constituição de guetos tornam a burguesia presa fácil da maioria oprimida e excluída, pois todos sabem onde estão concentrados e amontoados os burgueses. Todos sabem onde ficam os condomínios de luxos, os bairros nobres, os edifícios de alto padrão, etc.

Numa eventual guerra dos pobres contra os ricos os mísseis subirão das periferias para caírem nos guetos burgueses. As bombas voadoras, os lança foguetes, etc, estarão apontados para os locais onde a burguesia se isolou e se fechou para continuar explorando e oprimindo a maioria da população.

Dessa perspectiva se observa que a solução não é o isolamento e o afastamento dos grupos dominantes dos problemas sociais, assim como a construção de guetos e fortalezas inexpugnáveis não salva os opressores e tiranos da fúria dos oprimidos e excluídos.

Ninguém ganha com os altos indíces de desigualdades e pobrezas, pois a vantagem que se obtém hoje, explorando e escravizando, se perde amanhã quando as massas se levantarem para destruir tudo e todos que alimentaram a máquina de exclusão, opressão, injustiça e escravidão.

As mudanças atuais, que estão em andamento, são lentas e imperceptíveis. Tão imperceptíveis que todos acham que elas não existem. Logo, o ódio social continua se desenvolvendo e se alastrando. E, certamente, chegará um momento em que não será mais possível contê-lo ou segurá-lo. Chegará um momento em que a única forma de se aplacar o ódio social é promovendo um banho de sangue na sociedade. Para os ricos, tudo está bem... Para os pobres, uma guerra se aproxima e está prestes a explodir...

Notícias de uma Guerra Particular - Hélio Luz: ex-chefe de polícia do RJ







Hoje no Brasil, com dados do IBGE de 1996:

Elite -- Profissionais pós-graduados, empresários e altos administradores. -- 4,9%

Classe média alta -- Pequenos proprietários, técnicos com especialização e gerentes de grande empresa. -- 7,4%

Classe média média -- Pequenos fazendeiros, auxiliares de escritório -- e profissionais com pouca especialização. -- 13,3%

Classe média baixa -- Motoristas, pedreiros, pintores, auxiliares de serviços gerais, mecânicos, etc. -- 26,9%

Pobres -- Vigias, serventes de pedreiros, ambulantes e outros trabalhadores sem qualificação. -- 23,4%

Muito pobres -- Trabalhadores rurais, bóias-frias, pescadores, peões de fazendas, catadores urbanos,etc. -- 24%

Para saber mais:
http://www.ai.com.br/pessoal/indices/CLASSES.HTM