Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

31/12/2007

Estou entrando de sola
Se os militares brasileiros cometeram crimes quando entregaram presos para outro país, o Governo do Presidente Lula também cometeu crime quando entregou os atletas para Cuba. Ou será que Cuba não é uma ditadura ?

O mesmo peso e a mesma medida devem ser aplicados. Isto é justiça !!! Ou vocês atuam com entendimento e sabedoria, ou não se manifestem !!! Primeiro nós queremos saber, exatamente...exatamente, o que aconteceu... Depois, quando tivermos todos os dados, todas as versões, todos os documentos, é que decidiremos se haverá um julgamento ou não. Primeiro, precisamos saber o que realmente aconteceu !!!

Além disso, quem deve julgar os casos é a minha geração, não as pessoas que participaram da lambança. Quem participou da lambança é parte e parte não tem imparcialidade e esclarecimento para julgar o que aconteceu...
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Senado quer ouvir general que admitiu Operação Condor
SÃO PAULO - A Comissão de Direitos Humanos do Senado quer retomar os trabalhos legislativos, em fevereiro, com uma audiência pública para discutir a participação de militares brasileiros na Operação Condor, nome dado às ações conjuntas das ditaduras da América do Sul, nas décadas de 70 e 80. Integrante da comissão, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu ontem que seja chamado o general da reserva Agnaldo Del Nero Augusto, que, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, revelou que o Exército brasileiro prendeu militantes latino-americanos e os entregou a militares argentinos.

O senador ficou indignado com as declarações de Del Nero sobre a participação brasileira na operação: "Que ele venha a público dizer isso. O que se fez foi entregar pessoas para a morte. Acabo de ver a história de um caminhão que enchiam de judeus, na Alemanha, e funcionava como uma câmara de gás. E o motorista disse que só dirigia."

Para Cristovam, a declaração do general "é de mau gosto, cínica e desrespeitosa." Del Nero, que integrou a Seção de Informação do Estado-Maior do 2º Exército, nos anos 70, disse ao Estado que os militantes de esquerda eram apenas presos no Brasil: "A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso."

"Há crime, sim", reagiu o ex-deputado e advogado de presos políticos Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). "Ele acha que está isento de culpa, mas não está. Se o Exército de outro país matou, o Exército brasileiro concorreu para a prática do crime. Além disso, foram ações totalmente clandestinas e ilegais e, portanto, criminosas."

Em Porto Alegre, o fundador do Movimento Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, destacou que até hoje nenhuma autoridade militar tinha falado abertamente sobre o assunto: "São revelações importantes. Abrem uma fresta, pela qual começamos a visualizar com mais clareza o que aconteceu nos anos da ditadura - especialmente a colaboração das Forças Armadas com suas congêneres de países vizinhos, na Operação Condor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.