No mundo atual não há espaço para o autoritarismo e nem para o fundamentalismo. Os últimos regimes de opressão política estão sendo sufocados e isolados: Coréia do Norte, Cuba, Irã, China, etc. Isto porque tais regimes contrariam a natureza humana que necessita de liberdade para viver. O homem é um ser que nasceu para ser livre e não para ser escravo.
A trilha do autoritarismo, assim como a trilha do totalitarismo (mil vezes pior), foram seguidos por inúmeras nações e todas elas chegaram no mesmo ponto: a queda do regime.
Isto porque um regime autoritário e o totalitário carregam consigo o germe de auto-destruição. Mais cedo ou mais tarde, nesta geração ou na próxima, daqui a 10, 100 ou 1000 anos o germe de autodestruição é ativado e o regime desmorona. Por que isso acontece ? Acontece por uma razão simples: o autoritarismo e o totalitarismo tiram dos homens a individualidade, a liberdade, a iniciativa, a capacidade de pensar, criar e ser feliz. E sem esses elementos o homem não se desenvolve e não evolui. Quando os indivíduos, dentro do sistema autoritário ou totalitário, percebem isto, o germe é ativado e o regime cai. Cai porque o autoritarismo ou totalitarismo são sistemas. E são os homens que criam os sistemas e não os sistemas que criam os homens.
Portanto, um sistema autoritário ou totalitário está fadado ao fracasso e à destruição. Contudo, enquanto sobrevive causa grande mal e sofrimento aos seres humanos.
Irã e Venezuela caminham, inegavelmente, para o mesmo fim: a destruição do regime de opressão. No Irã os aiatolás, com seu fundamentalismo religioso, sangram a sociedade dia após dia. Na Venezuela os ferros do carrasco e os grilhões ainda estão sendo forjados e construídos. O Povo venezuelano ainda está vendendo e abrindo mão de sua liberdade. Quando se derem conta do que fizeram, será tarde demais, pois os ferros do carrasco e os grilhões estarão terminados e prontos para serem usados naqueles que contestarem o regime.
O discurso de V, no filme V de vingança, pode ser aplicado ao Povo da Venezuela. Basta substituir o terror forjado pelo governo pela pobreza que assola o país. O Povo da Venezuela abre mão de sua liberdade em troca de uma grande mentira chamada socialismo do séc. XXI. Buscam um sonho, mas encontrarão o pesadelo do autoritarismo no fim do túnel.
Os discursos são mentirosos. As ações mostram a realidade e indicam o futuro. A pobreza está servindo, como sempre serviu, como uma boa justificativa para instauração de um regime autoritário ou totalitário.
Diz V:
"Boa noite, Londres. Primeiro, quero pedir desculpas por utilizar esse canal de emergência. Como muitos de vocês, eu também aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do que é familiar, a tranqüilidade do repetitivo. Gosto disso, como qualquer um.
No intuito de comemorar eventos importantes do passado, geralmente associados à morte de alguém ou o fim de alguma horrível luta sangrenta, vocês celebram um feriado legal.
Achei que podíamos marcar esse dia 5 de novembro, um dia que certamente não é mais lembrado, tirando um dia das nossas vidas diárias para sentar e bater um papinho.
Claro que há alguns que não querem que falemos. Neste momento estão gritando ordens nos telefones e homens armados estão a caminho. Por que ?
Porque enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é ?
Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje têm a censura e sistemas de vigilância coagindo vocês a conformidade e a submissão.
Como isso aconteceu ? De quem é a culpa ? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar o culpado, basta olharem no espelho.
Sei porque fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria ? Guerras, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao Alto Chanceler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente.
Ontem à noite, busquei acabar com esse silêncio. Ontem à noite destruí o velho Barley (Edifício da Justiça) para lembrar este país o que está esquecido.
Mais de 400 anos atrás um grande cidadão quis incrustar o dia 5 de novembro para sempre em nossa memória. Sua esperança era lembrar ao mundo que retidão, justiça e liberdade não são meras palavras. Elas são perspectivas. (...)".
Enfim, talvez em um futuro próximo V de Vingança seja uma grande inspiração para a resistência democrática na Venezuela.
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A união Irã + Venezuela não é apenas perigosa, é perigosíssima, pois se o Irã conseguir obter armas atômicas, certamente, essas armas chegarão à Venezuela.
O Irã não consegue atingir cidades americanas de sua posição, somente Israel... Mas mísseis nucleares na Venezuela conseguirão atingir o território norte-americano.
Portanto, o caminho mais seguro será cortar estes regimes autoritários pelo meio, pois eles colocam em risco a paz e a segurança internacional.
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Irã Hoje. Venezuela amanhã...
Sanções dos EUA podem afetar 300 empresas
Entre elas está a Petrobrás, que pode perder investimentos americanos
Estadão Online -- Patrícia Campos Mello -- WASHINGTON
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071026/not_imp70922,0.php
No mundo, cerca de 300 empresas de capital aberto, como a Petrobrás, mantêm negócios com o Irã e podem ser afetadas, ainda que indiretamente, pelas sanções anunciadas ontem pelo governo dos EUA contra Teerã. A informação é do grupo DivestTerror (algo como "desinvista do terror"), grupo que prega o boicote a investimentos em países considerados "patrocinadores de terrorismo" pelo Departamento de Estado - Irã, Síria, Coréia do Norte e Sudão.
"As empresas precisam escolher. Ou fazem negócio com os Estados Unidos ou com o Irã", disse ao Estado Christopher Holton, diretor do DivestTerror. "Essas novas sanções são muito bem-vindas, esperamos que o governo americano seja realmente rígido na aplicação das medidas."
Ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, divulgou uma lista de 18 empresas iranianas proibidas de manter negócios com os Estados Unidos, entre elas os grandes bancos estatais iranianos Melli, Mellat e Saderat. Todas as empresas americanas estão proibidas de manter negócios com o Irã e os bens das companhias iranianas relacionadas pelo Tesouro nos EUA serão congelados.
Atualmente, segundo pesquisa do instituto conservador American Enterprise Institute, são pouquíssimas as empresas com sede em solo americano que ainda mantêm ligação direta com o Irã. Neste ano, só a Pepsi e a Coca-Cola fizeram negócios diretos com o país. A Halliburton - onde o vice-presidente americano, Dick Cheney, trabalhou - só parou este ano de fazer negócios com o Irã.
A Casa Branca não pode forçar empresas de outros países a deixar de negociar com o Irã, mas espera que companhias européias e latino-americanas gradualmente cortem seus negócios com o país, por medo de retaliações. Isso já vem ocorrendo com vários bancos europeus, entre eles o Deutsche Bank, que se retiraram do mercado iraniano.
"Bancos e empresas responsáveis ao redor do mundo" não devem ter relacionamento com essas entidades ligadas ao governo iraniano, disse ontem o secretário do Tesouro americano. "Muitos bancos no mundo decidiram que manter negociações com o Irã simplesmente não vale a pena. Instituições de boa reputação não querem ser os banqueiros desse regime perigoso", declarou Paulson
O DivestTerror divulga uma lista das empresas que mantêm o maior volume de negócios com os iranianos e prega boicote contra elas - são as "12 empresas sujas", entre elas Alcatel, BNP Paribas, ENI, Hyundai e Siemens. O DivestTerror conclama investidores a não aplicar seu dinheiro em fundos que investem em empresas presentes no Irã.
Uma lei tramitando na Câmara dos EUA prevê penalidades para empresas estrangeiras de energia que mantenham negócios com o Irã. Essa lei, se aprovada, vai atingir em cheio a Petrobrás.
A Petrobrás é a única empresa brasileira citada na pesquisa do American Enterprise Institute. Alguns Estados americanos, como Califórnia e Flórida, já promulgaram leis que proíbem seus fundos de pensão de investir em empresas que negociam com países considerados terroristas - e os Estados devem se desfazer de investimentos na Petrobrás.