Socialismo do século XXI - Construção de cooperativas

As cooperativas constituem um sistema de produção interessante e importante, uma vez que reune esforços a fim de realizar objetivos comuns, ou seja, é a movimentação em conjunto, movimentação alinhada e na mesma direção, que fortalece as cooperativas.

E o maior exemplo disso são os blocos econômicos que, em linguagem simples e trivial, são cooperativas de países constituídos com a finalidade de facilitar o comércio e a movimentação de recursos e pessoas e defenderem os interesses do grupo diante de outros grupos. Blocos econômicos são cooperativas.

Inclusive, o fato de alguns blocos não funcionarem ou terem uma ação limitada se deve ao fato de não perceberem que são cooperativas e que devem cooperar entre si e não competirem uns com outros. Em um bloco econômico a competição entre países é nociva e pode dissolver o bloco, uma vez que gera conflitos e divisões e inibe a cooperação.

Portanto, o fato de usarem a cooperação, por isso cooperativas, é uma garantia de sucesso, se administradas com inteligência e sabedoria.

Inclusive, a Vida tomou conta do planeta por causa da cooperação. Cooperação entre animais, vegetais, humanos, água, terra, ar, etc. A cooperação generalizada é que firmou a Vida no planeta.

E a construção de cooperativa é fácil, desde que se tenha um grupo interessado em cooperar entre si a fim de alcançar objetivos comuns. Se houver algém, em uma cooperativa, interessado em competir com outros, não está alinhado com outros. Em uma cooperativa há cooperação entre todos e não competição.

E, a fim de facilitar a visualização deste sistema de cooperativa vamos construir, na teoria e usando o Gedankenexperiment, experiência de pensamento, que era utilizado por Albert Einstein, na montagem deste projeto.

Primeiro é necessário que exista um grupo de pessoas interessadas em cooperar entre si a fim de alcançar objetivos comuns. Neste caso vamos pressupor que existam um grupo de pessoas interessadas em fazerem produção agrícola e que querem constituir uma cooperativa.

Portanto, essas pessoas se reunem e iniciam a construção do sistema, onde há uma divisão de tarefas e cada um faz aquilo que sabe a fim de ajudar na construção do empreendimento.

Quem conhece a parte burocrática começa a preencher os papéis de constituição da cooperativa. Quem conhece a parte de financiamentos agrícola e recursos governamentais que podem ser investidos em produção agrícola começa a movimentar os bancos e a buscar linhas de crédito que podem ser utilizados pela cooperativa. Quem conhece a parte de produção agrícola, terras, solos, plantios, pecuárias, etc começa a movimentar essa parte e vistoriar as propriedade com a finalidade de observar o solo e ver o que cada família quer produzir e o que tem disponível a tais produções, etc.

E se os cooperados, membros das cooperativas não possuem terras ou nao possuem propriedades, devem buscar os locais onde existam tais propriedades e de que forma podem fazer produção agrícola em tais locais. Assim vão observar os melhores tipos de solo, terrenos planos, clima, regime de chuvas, etc, correções do solo e tipos de produção que podem ser feitos no local.

Por exemplo, nesta Cidade de Santa Helena, o que eu observei lá de cima do monte, é que há uma grande quantidade de terras excelentes que podem ser utilizadas em produção agrícola, por exemplo, em uma cooperativa de produtores rurais e que estão paradas. Uma grande quantidade de terrenos plnos e pastos nativos que não estão sendo utilizados e que poderiam ser usadas em pecuária intensiva, plantação de milho, soja, trigo, arroz, feijão, mandioca, cana, frutas tropicais, etc.

Portanto, basta constituir uma cooperativa e esses terrenos serem aproveitados pela cooperativa em produção agrícola e pecuária. Inclusive, aqueles pastos nativos que tem próximo da fronteira e ao longo da fronteira podem ser cheios de bovinos, caprinos e ovinos.

Pode-se constituir uma cooprativa e a cooperativa solicita os terrenos ao governo e, após receber autorização p utilizar a terra divide entre os cooperados uma parte que podem fazer as produções agrícolas planejadas. Essa parte distribuída não pode ser pequena e nem pode ser muito grande. Tem que ter um tamanho razoável no qual o cooperado e a família que tem possam trabalhar o solo em paz.

Após receber as terras, os cooperados devem receber treinamento sobre a produção agrícola que irão fazer. Esse treinamento, os dirigentes das cooperativas obtém junto a universidade e centros de pesquisas agrícola nacionais ou estrangeiros. Os dirigentes da cooperativas fazem um acordo com essas universidade e centros de pesquisas e técnicos agrícolas passam a ministrar cursos ensinando os cooperados a produzirem os tipos de cultura que desejam.

Além disso, a cooperativa pode trazer produtores rurais de outros  a fim de ensinar os cooperados a produzirem. Isso se aplica a todos os tipos de plantação.

No Brasil existem muitos trabalhadores e produtores rurais que, caso recebam um lote de terra considerável p/ produzirem e façam parte da cooperativa podem vir ajudar a construir a cooperativa e ensinar os cooperados a produzirem as mais diversas culturas. Basta contactar o movimento de trabalhadores sem-terra que se encontrará produtores rurais que busvam terras p/ produzir e podem ensinar os membros da cooperativa a produzirem milho, arroz, feijão, soja, trigo, etc.

Além disso, é preciso saber o que produir, p/ quem se produz, qual é o valor da produção, quanto se plantará, etc. Dessa forma a produção agrícola pode ser planejada de forma exata e sabendo quanto se obterá com tais produção.

Também é preciso conhecer o regime de chuvas que caracteriza o local de produção. Conhecer o regime de chuvas é fundamental, uma vez que deve-se plantar na época das chuvas e colher na época de sol. Caso não conheça o regime de chuva a plantação pode ser perdida, uma vez que chuvas demais na época da colheita, em algumas lavouras, significa prejuízos.

Outro ponto importante é que, em uma produção agrícola, é necessário trabalhadores, terra, insumos agrícolas, máquina e equipamentos, etc. Insumos agrícolas, máquinas e equipamentos e treinamento dos trabalhadores devem ser de inteira responsabilidade das cooperativas.

Inclusive, a questão do que se produz e p/ quem se produz também é de responsabilidade dos dirigentes da cooperativa que devem orientar a produção. Por exemplo, cooperados que plantam frutas devem saber que a cooperativa irá adquirir a produção e venderá a mercadoria mercados estatais, mercados não-estatais, escolas e órgãos públicos. O mesmo acontece com outras produções que se enquadram neste perfil.

Portanto, o governo é um parceiro importante das cooperativas, uma vez que pode adquirir a produção das cooperativas e vender nos mercados estatais a preço de custo, pode adquirir a merenda escolar nas cooperativas, pode adquirir a alimentação consumida nos órgãos públicos direto das cooperativas.

As ONGS também são importantes parceiros das cooperativas, uma vez que também podem aduirir produtos e serviços das cooperativas e utilizar nas instituições que possuem. Por exemplo, ONGS que tem escolar, orfanatos, asilos, etc, podem adquirir a alimentação das cooperativas. O mesmo ocorre com instituições religiosas, etc.

A importância das cooperativas, além do que foi citado, é que distribuem renda e geram empregos, tanto no campo quanto na cidade. E as cooperativas que envolvem a agricultura familiar resolve o problema do êxodo rural e falta de emprego e renda no camo, resolve o problema da produção de alimentos e podem produzir a matéria-prima necessária nas indústrias de alimentos e derivados, etc.

No sul do Brasil existem diversos tipos de cooperativas e grandes cooperativas. Desde a produção de milho, soja, trigo, pecuária leiteira, etc, até cooperaivas de crédito ou banco. Basta pesquisar na internet que se encontrará o endereço dessas cooperativas.

Além disso, os parceiros ideais das indústrias e empresas socialistas são as cooperativas, uma vez que possuem interesses alinhados, ou seja, as cooperativas podem produzir a matéria-prima necessária nas indústrias socialistas ou empresas socialistas.