Programa apresentado ontem no SBT, pelo Roberto Cabrini, e que devemos prestar muita atenção p/ não caminhar nesse caminho de radicalismo e destruição:
Outro caminho seria o compartilhamento de soluções inteligentes e eficientes. Há países que possuem tecnologia para produção de alimentos, por exemplo, no deserto. E há países que possuem terras férteis e clima propício e, mesmo assim, não conseguem produzir alimentos.
O que falta, é ligar as pontas. Inegavlemente, há uma movimentação nesse sentido. Porém, a maior parte das ações não são feitas visando resolver definitivamente o problema das sociedades em desenvolvimento, mas sim torná-la dependente desta ou daquela tecnologia, gerando, assim, novos mercados consumidores.
É o caso da África. Existem tecnologias que podem tornar a África um grande produtor de alimentos para o mundo, assim como o Brasil. O que falta fazer é implantar essas tecnologias em solo africano, por meio da construção de cooperativas de agricultores, etc. Pelo que tenho lido e visto, a agricultura na África ainda é artesanal e improdutiva. Por isso, há muita fome no continente.
Certamente, há os fatores políticos, os interesses estrangeiros, as guerras entre etnias. Ninguém produz no meio de guerra. A paz é fundamental para o desenvolvimento.
Contudo, no caso da África, a mudança está no Povo, não nos governantes. Os governantes são empecilhos para a mudança. Por isso, compartilhar soluções e tecnologias com os governantes é o mesmo que não fazer nada, ou pior, pode fortalecer ainda mais o sistema de opressão e dominação que castiga o Povo.
O compartilhamento de informações e soluções, assim como tecnologias de produção, deve ser feito diretamente para o Povo. A mudança está no Povo. O Povo é que deve receber o conhecimento, os saberes, as informações.