Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

27/09/2010

RECONSTRUÇÃO DAS CIDADES
Outro ponto fundamental no advento da sociedade eletrônica refere-se à reconstrução das cidades. Uma tarefa que, sem nenhuma margem de dúvida, garantirá trabalho, emprego e renda para as novas gerações.

A idéia primordial é reconstruir as cidades usando como ponto fundamental a cultura da autosuficiência (energia, água, etc), da sustentabilidade, uso intensivo de tecnologia, respeito pelas diferenças e crenças, etc.

As cidades do futuro não serão poluídas, nem superlotadas (trabalho a distância mantém parte da população vivendo em outros locais), nem barulhentas (veículos elétricos não emitem sons), usinas atmosféricas limpam e controlam a qualidade do ar, etc.

Certamente, tudo isso depende do planejamento antecipado que integra a reconstrução das cidades com as novas tecnologias que farão parte dela. Tecnologia que deve ser anexada, em alguns casos, diretamente na estrutura das construções. Por exemplo, os dutos de fibra ótica, etc.

O primeiro ponto é por onde começam as reconstruções. E a resposta é óbvia: pelos bairros decadentes ou abandonados das cidades atuais. Por que ? Porque os terrenos custam pouco e são os locais onde é possível a reconstrução total, com pouco aproveitamento, ou nenhum, dos materiais antigos que foram utilizados.

Além disso, esses são os locais, nas grandes cidades, geralmente desabitados. Inclusive, nada impede que as reconstruções comecem pela periferia. Certamente, os projetos são realizados por construtoras específicas que, no caso das periferias, vendem as novas construções para o governo, que financia para os moradores.

Uma outra modalidade possível é o governo financiar o material, construtoras específicas gerenciarem as obras, e os moradores entrarem com a mão-de-obra. Assim, parte do salário dos moradores é usada para pagar as construtoras e o material, etc. Essa idéia gera emprego, renda e moradia nas periferias.

O ponto seguinte refere-se às características das construções, sejam casas ou edifícios:

* Devem ser construções pré-fabricadas onde as peças são de fácil substituição. Além disso, a parede, o telhado, etc podem vir com tecnologias acopladas. Assim, é possível modificar uma parede inteira sem atingir a estrutura;

* Devem ser construções autosuficientes, ou seja, que captem a energia e a água que consomem. Além disso, essas construções devem ter saídas para que a energia excedente possa ser vendida para o governo ou outras residências. Inclusive, esse valor pode ser descontado no financiamento da residência feito pelo governo ou construtora;

* Os condomínios e edifícios devem ser construídos com estrutura de redes de alta velocidade – fibra ótica, ou seja, o intensivo de tecnologia nas residências exige a presença de estruturas específicas que suportem o tráfego intenso de som e vídeo, incluindo a possibilidade de substituição rápida dessas redes, na vigência de novas tecnologias;

* É válido assinalar que, atualmente, o máximo de estrutura de rede que existe, nos edifícios residenciais, são os cabos telefônicos. E no caso a que me refiro, o mínimo começa com redes de fibra ótica, que suportam tráfego intenso de som e imagem, principalmente, a instalação nas residências de ambientes de simulação e espaço para trabalho a distância;

* Além disso, as residências devem possuir sistema de reciclagem instalado. Assim, todo lixo produzido será separado e encaminhado para empresas específicas de reciclagem, seja o lixo reaproveitável, seja o lixo orgânico que podem ser encaminhados para usinas de geração de energia;

* A razão de começar essas reconstruções pelos bairros decadentes também se deve ao fato de que, quando a reconstrução total desses bairros for terminadas, as construções dos demais bairros já estarão decadentes e em desuso, principalmente porque a população vai se deslocando e ocupando as novas residências, etc.

* Outro ponto importante, que deve ser considerado, é que as residências e condomínios devem ser planejados com os requisitos essenciais para o exercício do trabalho a distância, principalmente observando que as famílias ficarão muito mais tempo reunidas;

Hoje ocorre exatamente o contrário. O excesso de trabalho mantém os membros das famílias dispersos. Passam a maior parte do tempo fora de casa. Logo, o convívio entre familiares, pais e filhos, etc só ocorre, na maioria dos casos, no momento das refeições. Em seguida, uns vão para a escola, outros para o trabalho, etc.

Nessa nova realidade, com a disseminação do trabalho a distância, as famílias permanecerão mais unidas, pois os pais trabalham diretamente de suas residências e os filhos terão a maior parte de suas aulas em salas virtuais, ou seja, também não precisam sair da residência para irem para a escola.

Portanto, os novos condomínios residenciais, sejam de casas ou edifícios, precisam estar preparados para esta nova realidade. Mais do que isso, devem ter toda a estrutura para suportar essas tecnologias.

Além disso, as novas cidades devem ter ruas planejadas para o tráfego de veículos dirigidos a distância, ou seja, precisam ter corredores específicos para esses novos veículos (ônibus, caminhões, etc).