Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

27/09/2010

ERRADICAÇÃO DA FOME E DA DESNUTRIÇÃO

NELSON MANDELA: “A pobreza não é algo natural, ela é criada pelo homem e pode ser superada pela ação dos seres humanos.”

A fome e a desnutrição constituem perversidades dentro do grupo de maldade chamada pobreza. Isso porque existem pobres que possuem alimentação diária, que não estão sujeitos à fome e à desnutrição. E existem pobres que estão sujeitos a fome e a desnutrição como ocorre, por exemplo, nas regiões de seca e escassez ou nas periferias e ruas das grandes cidades.

Por isso, resolver o problema da fome e da desnutrição é mais urgente do que atacar o grupo maior chamado pobreza. Primeiro é preciso resolver os casos mais urgentes, depois as demais questões. Quem está passando fome, ou sujeito à desnutrição, não pode permanecer em fila de espera. Devem ser os primeiros a serem atendidos.

A erradicação da fome e da desnutrição não se baseia apenas na produção contínua de alimentos. Além disso, é necessário que exista uma distribuição equilibrada da produção e do consumo, ou seja, todos os agrupamentos humanos devem ter informações, saberes e recursos suficientes para produzir alimentos para a própria subsistência, sem depender da importação de outros lugares.

Certamente, podem importar produtos que não sejam típicos da região em que se situam, porém, não podem depender somente da importação ou do envio de alimentos estrangeiros. Se dependerem, ficarão sempre vinculados a interesses de outros lugares, regiões e pessoas.

Essa dependência alimentícia é ruim porque vincula a alimentação, um direito humano básico, ao elemento dinheiro; mercantilizando a vida de grupos humanos que, muitas vezes, não tem o dinheiro para adquirir os alimentos que necessitam. Justamente por isso os direitos humanos fundamentais não podem ser mercantilizados ou dependerem de elementos que não estão disponíveis para os grupos humanos.

Se são direitos humanos fundamentais, automaticamente, devem ser garantidos e disponibilizados para acesso dos grupos humanos. Seja diretamente, seja fornecendo os meios para que sejam acessados.

Nesse contexto, os projetos aqui reunidos visam orientar as ações a fim de erradicar, de uma vez por toda, da sociedade humana, em um primeiro momento a fome e a desnutrição; em seguida a pobreza em geral, seja de alimentos, seja de conhecimento.

Além da produção de alimentos é preciso observar a qualidade nutritiva do alimento produzido. A produção de alimentos mais nutritivos, com alta qualidade de nutrição, implica na necessidade de produzir menos alimentos para uma mesma população.

Não adianta produzir muito de um produto que tem baixo nível de nutrientes para o organismo. Essa produção ocupará espaço, tempo e recursos, porém, não suprirá as necessidades humanas.

Portanto, a produção de alimentos melhorados geneticamente, que tenham alta capacidade nutritiva, implica em alimentar mais pessoas com menos alimentos. Logo, é uma solução que deve ser juntada aos projetos de erradicação da fome e da desnutrição.

É interessante observar que no mesmo grupo de projetos sobre a saúde humana do futuro, se situa a solução para erradicar a fome e a desnutrição que assola as populações humanas, seja de regiões áridas, seja das periferias e ruas das grandes cidades.

Distribuição equilibrada da produção significa produzir alimentos em todos os locais disponíveis, seja no solo, seja na água.

Certamente, a produção de alimentos modificados implica em diversidade de espécie, ajustamento ao clima de variedades, etc.

Contudo, é válido observar que a hidroponia é uma solução eficaz na produção de alimentos modificados e com novas características nutritivas. Assim como podem ser integradas a outros tipos de produção, por exemplo, peixes, etc.

As culturas hidropônicas são os meios mais adequados para produzir alimentos com características específicas e de alta capacidade nutritiva. Isso porque os nutrientes dessas plantas são controlados facilmente. Sem contar que essas culturas, como são protegidas, independem do clima da região.

Paralelo a isso deve-se mapear a produção de alimentos que possuem os compostos aglutinados pelo organismo, ou seja, cada tipo de planta ou vegetal possui que tipo de nutrientes que são usados pelo organismo humano.

Esse mapeamento deve ser usado para aumentar a capacidade de produção de alimentos, reduzindo os produtos desnecessários, eliminando resíduos, etc. Assim se produz mais daquilo que o organismo mais necessita, podendo produzir de forma mais eficiente.

Também se pode aumentar/multiplicar a presença de compostos essenciais nos alimentos mais consumidos pela população, construindo alimentos mais nutritivos, com menos resíduos e de forma mais barata.

Certamente, isso envolve um cruzamento das áreas de engenharia de alimentos, engenharia genética, biotecnologias, etc. Contudo, é válido assinalar que essa adição de nutrientes não significa a mistura industrial de elementos químicos em produtos naturais. Isso implicaria na dependência da produção alimentícia das indústrias de transformação.

Significa o desenvolvimento de novas variedades, o cruzamento de espécies e a formação de novas espécies por meio do uso da engenharia genética. A diferença é que essas novas variedades, seja para cultivo no solo, seja para hidroponia, pode ser plantadas por quaisquer pessoas. Enquanto que a adição de produtos químicos implica na existência de uma indústria, etc.