Essa cultura da sustentabilidade, para se firmar e fortalecer, precisa ser disseminada pela sociedade, tanto por meio da educação, quanto das mídias. Além disso, produtos e serviços sustentáveis de baixo custo devem ser desenvolvidos. Logo, pesquisas científicas devem criar novos produtos e serviços para substituir aqueles que são poluidores do meio ambiente e nocivos para a saúde humana.
É o caso, por exemplo, do petróleo. O Petróleo pode ser usado em produtos que não cause danos ao meio ambiente e à saúde humana. Logo, nos produtos que ele causa dano e destruição, tem que ser substituído por algo sustentável. Queimar petróleo polui o meio ambiente, a atmosfera e causa danos à saúde humana. Portanto, deve-se usar um combustível que não cause esses danos ou criar mecanismos que impeçam os gases oriundos dessa queima escapar para a atmosfera.
A sociedade atual pode ser chamada de sociedade do petróleo, pois a maioria dos processos industriais, das fontes de energia, incluindo os carros, etc usam esse produto. Inclusive, o próprio ser humano, que vive nas grandes cidades, deve ter sua composição física e genética modificada pelos poluentes oriundos da queima do petróleo. Não só da queima, mas também pelos alimentos que são produzidos com fertilizantes e outros produtos que usam petróleo e que entra nos processos de produção da indústria alimentícia. Certamente, a indústria do petróleo tem uma grande responsabilidade no problema do aquecimento global.
De uma forma ou outra, a indústria do petróleo terá que se adequar à cultura da sustentabilidade. Isso significa que terão que buscar soluções não poluentes, seja desenvolvendo mecanismo que impeçam a poluição causada por seus produtos, seja desenvolvendo novas formas de energia.
Portanto, a sociedade do petróleo tem que ser substituída por uma sociedade sustentável. O consumismo patológico e irracional, que incentiva a produção de produtos e serviços que fazem mal tanto para o homem, quanto para o meio ambiente, pois adquire e usa esses serviços, deve dar lugar a uma sociedade de consumidores conscientes. Pessoas que não adquirem e nem usam produtos e serviços que causam danos ambientais e para a saúde humana. Se os consumidores rejeitam esses produtos e serviços, as empresas não vão produzi-los, terão que rever seus métodos de produção, suas matérias-primas e sua forma de gestão.
Um grande aliado da cultura da sustentabilidade são as cláusulas sociais, ambientais e econômicas inseridas nos acordos e tratados internacionais de comércio. Essas cláusulas, sendo cumpridas, obriga a adoção de caminhos sustentáveis na produção de produtos e serviços para exportação.
Outro grande aliado são as Organizações não-governamentais de proteção do meio ambiente, da saúde humana, etc. As ONGS devem rastrear a produção de cada bem e serviços, analisando como são produzidos, se são poluidores, se usam mão-de-obra escrava, etc e informar a sociedade e os consumidores sobre os males que causam quando consomem aquele tipo de produto. Se os consumidores rejeitarem o produto, as empresas terão que mudá-lo, corrigindo as falhas, ou quebrarão.
Além disso, as ONGS devem trabalhar contra a cultura da inconsciência, do consumo patológico, cultura das banalidades, promovida pelas empresas. As empresas querem fechar os olhos dos consumidores para que não questionem seus produtos e serviços, mesmo que estes estejam contaminando e destruindo a saúde de quem está consumindo, elas querem apenas que consumam. Essa cultura de inconsciência tem que ser eliminada.