O que chamou a minha atenção no texto foram as seguintes informações:
1- É matematicamente possível calcular todos os riscos de uma planta industrial e até elevá-los a uma potência máxima que dificilmente será atingida. O que não se pode prever matematicamente é o fator humano em situação de risco. A reação humana pode elevar os riscos. Esse caráter humano foge à percepção dos engenheiros.
2- A matemática é exata, enquanto o homem é imprevisível. Ele chegou a lembrar que, ao traçar rotas de escapes, alguns modelos matemáticos preveêm o espaço a ser ocupado por cada pessoa em caso de emergência. Exemplo: um incêndio em um auditório ou em uma fábrica. Para ilustrar, ele comentou que, se pegasse fogo em um auditório lotado, a tendência de reação das pessoas poderia quebrar esse antigo modelo matemático. Por isso, lembrou que qualquer estudo tem de levar em conta as reações humanas e procurar criar situações em que a aparente segurança predomine sobre o pânico (...)
3- O ser humano tende à dispersão diante de movimentos repetitivos e esse é um fato de amplificação do risco.
Essas considerações foram feitas pelo Prof. Celso do Amaral e Silva (USP) e pelo Prof. Moacyr Duarte (UFRJ). Portanto, especialistas no assunto.
O meu interesse nessa questão não é seguir o caminho deles, mas sim aplicar as informações que eles citaram em um outro campo, qual seja: o fator humano na construção de uma nova civilização.