Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

28/04/2009

E a carne de porco ???
A minha família, principalmente aqueles que vivem na roça, devoram carne de porco... Inclusive, eu também, de vez em quando, comia essa carne...

Contudo, alerto, é uma carne impura... Digo isso porque basta eu comer uma pequeno pedaço dessa carne para ter pesadelos a noite... É como se essa carne abrisse a minha proteção e me empurrasse para o mundo das sombras...

Os pesquisadores deveriam analisar isso: tem alguma coisa na carne de porco que afeta o espírito humano... Acho que a impureza não está só nos hábitos de comida dos suínos, tem mais alguma coisa na essência desses animais que os torna impuros...

A gripe suína
Vocês estão acreditando nessa história de "gripe suína" ??? Vocês não acham que tem muitas coisas artificiais, midiáticas, nisso... Algo me diz que nesse angú tem caroço e caroço grande !!! Estão tentando assustar ou amedrontar a população do planeta por alguma razão... Talvez o nome correto devesse ser, ao invés de gripe suína, de terrorismo suíno...

Não se esqueça que as mídias globais tem força para produzir crises globais...

A coisa se torna mais interessante quando alguns jornais informam que, por causa da tal gripe, do tal terrorismo suíno, as ações de indústrias farmacêuticas subiram 500%...

Inclusive, eu recomendo a leitura do seguinte artigo: "Os vendedores de doença - Ray Moynihan, Alain Wasmes - Le Monde Diplomatique " que começa dizendo: "As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa “síndrome” que exige tratamento ..."

A sucessão presidencial no Brasil
Eu prefiro apoiar quem pode fazer a roda girar para frente, possa dar continuidade à revolução iniciada pelo Presidente Lula... Mudar a orientação, a trilha, seguida pelo governo Lula, é retrocesso, é caminhar para trás...

O governo Lula, inegavelmente, foi/é um governo abençoado. Abençoado por ter trabalhado pelos excluídos, pobres e humildes... Por ter trabalhado contra as injustiças sociais e ter dado chances para quem nunca teve uma... Por isso, muitas coisas boas aconteceram no Brasil durante esse governo... Foi um governo altamente revolucionário em muitas áreas... Por exemplo, o Brasil de devedor do FMI passou a ser credor... de importador de petróleo está chegando na OPEP... etc.

Certamente, poderia ter feito muito mais, ser muito mais revolucionário, se tivessem ousado mais na área social... Porém, o caminho foi descoberto... Investir no social, na redução das desigualdades, na eliminação da pobreza, no fim das exclusões e das injustiças, investir, principalmente na educação, é investir no futuro, na construção de um futuro de paz, justiça e prosperidade...

E, na minha opinião, um caminho como esse, assim como a sequência desse mesmo caminho, dificilmente será trilhado pelos neoliberais tucanos... Basta observar que os tucanos governam o Estado de São Paulo desde 1995 e, até hoje, nenhuma revolução significativa aconteceu nesse Estado... São 14 anos governando e a coisa não dá um salto de qualidade... Acho que picolé de chuchu não é só uma característica do tucano Alckmin, mas sim do jeito tucano de governar..

Inclusive, penso que eles deveriam investigar isso, pois são muitos os intelectuais de peso que orbitam nesse partido e, mesmo assim, a coisa não acontece... Uma explicação simples pode estar no fato deles representarem a classe média alta... A classe média alta é uma classe que não gosta de mudança, não gosta de revolução, não compreende os problemas sociais que enfraquecem o país e que, se não forem eliminados, não deixa o país prosperar...

Também há a explicação radical: "O modelo tucano de governar desmonta o Estado, sucateia os serviços públicos, ataca o funcionalismo, não dialoga com os movimentos sociais e protege setores da economia em detrimento das políticas públicas." (Texto completo aqui)

26/04/2009

Só para ser do contra
Dizem que tem até advogado, na cidade onde estou, oferencendo serviços gratuitos para me enfrentar no Fórum... Parece-me que o elemento acha que opondo-se à minha tese, vai ganhar fama e aparecer... Isso me preocupou, pois não sei, exatamente, até onde vai as influências desses advogados do lado sombrio sobre os magistrados...

Os advogados do lado sombrio são os legítimos advogados do Diabo (se ainda não assistiu o filme que tem esse nome, assista-o - Filme: O advogado do Diabo)... Gente que usa a profissão de advogado, não para auxiliar/contribuir na realização da justiça, mas sim para impedir, usando todas as brechas legais, que a justiça se realize... Trabalham para enganar os juízes, deturpar e torcer a lei, enfim, para bloquear todas as ações do judiciário que concretize a justiça...

Considerando que o judiciário já está infestado de servos do lado sombrio, há um casamento perfeito (magistrados corruptos com advogados do diabo) para a manutenção da impunidade e bloqueio da verdadeira justiça... Desse casamento decorrem as aberrações que vemos, todos os dias, no judiciário... E a coisa atingiu um nível de degradação que, ultimamente, vira notícia, pois é uma novidade, os atos de Juízes que fazem justiça: por exemplo, o juiz que mandou soltar presos de presídios superlotados para cumprir a Constituição, a prisão do Dantas, etc...

No meu caso específico, repito o que disse: primeiro busco resolver a questão de forma consensual. Se querem que a justiça seja feita a ferro e fogo, tudo bem, ela será...

E deixo bem claro, não esperem misericórdia do meu lado, esperem apenas justiça... Mais do que isso, conheço as intenções encobertas e vou mostrá-las... Podem juntar quantos demônios quiserem na outra ponta, a justiça prevalecerá...

A mercantilização da profissão de advogado, inegavelmente, é um grande mal... É essa mercantilização que possibilita a existência de advogados do diabo... Advogados do diabo atuam para ganhar dinheiro, ganhar fama, etc, não para fazer justiça...

25/04/2009

Pequena observação
Primeiro foi a vaca com problemas mentais (vaca louca)... Depois veio a gripe do frango... E agora a gripe do porco... Pelo visto, a bicharada vai de mal a pior...

Virus mutante ou tem alguém modificando virus para contaminar humanos ???

Coisas para desviar as atenções
Ultimamente, tenho visto na mídia muitas coisas para desviar a atenção das pessoas... Precisamos redobrar nossas atenções, olhar atentamente, ler e reler, olhar de novo, pesquisar, cruzar dados, levantar informações, etc para ver o que eles não querem que nós vejamos...

Tem coisa grande acontecendo, prestem atenção nos fatos... Estão jogando areia nos nossos olhos para a esconder a verdade e para não vermos a realidade...

Neste momento, para a sociedade brasileira, a história do Ministro Joaquim Barbosa, atacando o servo do lado sombrio, é mais relevante... O feitor do lado sombrio mostrou o chicote... Estão tentando minimizar ou encobrir isso...

Um grande perigo
Primeiro eu havia decidido entrar na política. Depois, eu decidi não entrar para a política e agora estou em dúvida... Inclusive, eu sei que tem elementos, nos bastidores, tesourando os meus projetos e idéias temendo que eu resolva, de repente, entrar de sola na política e de canhota no queixo dos corruptos... Para eles, eu represento um grande perigo, principalmente porque não entro no jogo deles...

Sem estar na política, eu já concentro muito mais poder do que muitos políticos e estando na política, muita coisa orbitaria ao meu redor... E o mundo de hoje tem muitas coisas, muitas características, que contrariam as minhas concepções, logo, assumindo eu, mais poder do que já possuo, eu me transformaria em um tirano, trabalhando para construir, ou impôr, a realidade do mundo que está na minha cabeça... Inegavelmente, eu promoveria a ruptura definitiva da velha ordem para a "Nova Era"... E fazer isso, para outros, evidencia outro grande perigo...

Ilustrativamente, é como carregar o anel do poder, no filme "O Senhor dos Anéis", o anel dá poderes ilimitados e poderes ilimitados, para um humano, é sempre ruim, seja para o bem, seja para o mal... Enquanto, os poderes ilimitados estiverem com uma pessoa consciente e iluminada, um Jedi, tudo irá bem... Contudo, quando caírem nas mãos de um Sith, a opressão do mal se torna irresistível e ilimitada...

Então, surge o dilema: entrar na política para impôr uma realidade ou entrar na política para não fazer nada, ou seja, para ser apenas mais um político parasita... Diante desse dilema, a minha opção pende para: não entrar na política.

Contudo, com a eliminação seletiva das pessoas que podem dirigir o mundo, numa transição lenta, porém gradual, rumo à evolução natural do homem, não há outra saída: vou entrar na política para impôr sobre aqueles que corrompem a humanidade e dirigem-na para uma profunda decadência, o futuro que estão tentando impedir de se concretizar...

Em tempos sombrios, quando o mal assume grande poder e as esperanças desvanecem, os guerreiros mais fortes da luz se levantam... Sempre foi assim e sempre será...

Contudo, por enquanto, a minha meta é continuar a minha obra "Metafísica da Consciência"... Essa obra tem força suficiente para mudar muitas coisas, inclusive o mundo...

E que o Poderoso Deus de Abraão continue iluminando os meus passos e guiando a minha mão...

Liberdade
Não há liberdade sem consciência... Não há liberdade onde não há consciência... A liberdade, para que exista, exige, como requisito fundamental, a presença de uma consciência formada e autônoma. Uma criança não tem liberdade, pois não tem uma consciência formada e autônoma. A consciência de uma criança ainda está em processo de formação, ainda está sendo moldada, construída.

Inclusive, na Teoria da Consciência e Liberdade, defino liberdade como "poder do indivíduo de expressar a própria consciência". Se não há consciência, não há o que expressar, logo, não há liberdade. Portanto, tudo aquilo que elimina a consciência, elimina, por decorrência, a liberdade. Tudo aquilo que restringe a consciência, também restringe a liberdade.

Além disso, defino consciência como um sistema analítico de informações, saberes e conhecimentos. Todas as informações, saberes e conhecimentos captados pelo indivíduo são direcionados para o sistema-consciência. Mais do que isso, a consciência somente trabalha com elementos intangíveis, com informações, saberes e conhecimentos.

Portanto, em um nível mais avançado, dentro da consciência, podemos dizer que a liberdade depende, diretamente, das informações, dos saberes e dos conhecimentos que o indivíduo possui. Quanto mais informações, saberes e conhecimentos, maior será o desenvolvimento da consciência (mais processos analíticos são realizados e executados), logo, mais ampla pode ser a liberdade do indivíduo. Digo pode ser porque os processos analíticos dependem da qualidade, densidade, das informações, dos saberes e dos conhecimentos... Quantidade nem sempre significa qualidade...

Ilustrativamente, uma pessoa que possui uma grande quantidade de informação, saberes e conhecimentos sem relevância, ou de pouca relevância, tende a ser limitada e restrita em sua liberdade, pois sua consciência não tem dados significativos para a realização dos processos analíticos. Já uma pessoa que possui poucas informações, saberes e conhecimentos, porém, esses dados são de alta densidade e extremamente significativos, possui uma liberdade mais ampla, mais intensa, pois a consciência tem elementos relevantes para a realização de seus procesos analíticos.

Essa idéia se torna mais palatável se observamos que liberdade é o "poder do indivíduo de expressar a própria consciência". Esse poder de expressão depende daquilo que sabemos e conhecemos. Essa dependência aparece tanto na intensidade do poder que será utilizado, quanto na força e forma de expressão...

24/04/2009

O diferencial deste século
Agora temos elementos para compreender o significado...

Não é a primeira vez...
Deveriam aprender a lição... Quantas vezes a "Terra Prometida" esteve nas mãos de seus legítimos possuidores ??? Basta olhar para a Bíblia para conhecer a história... E por que perderam a "Terra Prometida" ??? Por que foram dispersos pelo mundo ???

A resposta é rápida e simples: perderam a iluminação. Como a "Terra Prometida" é para iluminados (Pessoas que iluminaram e elevaram suas consciências e estavam em sintonia com o Poderoso Deus de Abraão), assim que perderam a iluminação, perderam a terra.

É exatamente o que aconteceu no Jardim do Éden. O Jardim do Éden era para pessoas puras, pessoas que não haviam comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, pessoas que obedeciam e seguiam a Palavra de Deus... No momento que desobedeceram a Palavra de Deus e comeram o fruto proibido, perderam a pureza, logo, perderam a terra, foram expulsos do Éden...

A "Terra Prometida" não é só terra e não é para qualquer um... Isso significa que não basta estar na posse da terra e nem morar nela, para usufruir das promessas que foram feitas... A terra é exatamente a mesma, as pessoas são as escolhidas, porém as consciências não estão em sintonia com Deus, não há iluminação, não há conhecimento nem respeito pelas Palavras do Criador... Logo, estão no lugar exato, exatamente onde deveriam estar, mas os céus não se abrem, as bençãos não são derramadas e as promessas não são cumpridas...

Existe a terra, existe as pessoas, mas, o que está faltando ??? Está faltando consciência iluminada por Deus, fé verdadeira, justiça em cada ato praticado... Enfim, faltam homens justos... A "Terra Prometida" e suas promessas são para homens justos, homens de consciência iluminada, homens que seguem a Palavra do Poderoso Deus, assim como fez Abraão...

Quem não tem essas qualidades, não entrará na "Terra Prometida" e não usufruirá das promessas que foram feitas... Pode estar, exatamente, em cima dela, mas não viverá em paz, não alcançará a justiça e dela será arrancado como o joio é arrancado do meio do trigo...

Basta ver que Israel já possuiu a "Terra Prometida", viveu nela, mas quando perderam a iluminação e contrariaram a Palavra de Deus, dela foram arrancados e pelo mundo foram dispersos... Estavam na terra, eram um povo e tinham o sangue de seus ancestrais que possuiram a "Terra Prometida" legitimamente, porém perderam a iluminação... Perderam a iluminação, fizeram ídolos, viraram as costas para o Criador, logo, perderam a "Terra Prometida"...

Não basta estar no local exato, não basta ter sangue azul... Se bastasse, já estariam no Paraíso e por que não estão ??? É preciso muito mais... É preciso ter a fé de Abraão... É preciso alcançar a iluminação da consciência, aproximar-se de Deus e entrar em sintonia com Ele !!!

Essa acertou bem na lata !!!

23/04/2009

Repetindo 3 posts

Estou repetindo, propositalmente, três posts publicados recentemente... Se estou repetindo, é porque são essenciais... Quero que estejam no topo por mais algum tempo. 

Evolução

O homem escapou da evolução biológica. Agora ele é regido pela evolução cultural, evolução da consciência... Isso dá ao homem a possibilidade de ditar o ritmo de sua própria evolução, o controle quase completo sobre seu corpo material.

Já os macacos, por exemplo, continuarão sujeitos à evolução biológica, à ação da natureza sobre eles. Isso significa que quaisquer mudanças genéticas entre eles poderá levar milhões de anos ou nunca acontecer... Já o homem, em pouco tempo, pode promover várias evoluções na espécie, atuando geneticamente, atuando culturamente, etc...

Certamente, esse poder pode ser utilizado tanto para o bem quanto para o mal... É um poder controlado, diretamente, pela consciência. Uma consciência iluminada vai direcionar esse poder para o bem... Uma consciência contaminada pelo mal, pela mentira, pela corrupção, pelo egoísmo vai usar esse poder para o mal, para dominar, para excluir e oprimir...


O trabalho de Noé

Às vezes fico pensando sobre Noé... Noé era um homem justo. Sua família era composta de pessoas justas. Por isso, recebeu a visita de Deus e foi protegido por Ele. Lembre-se que Deus habita na linhagem dos justos...

Contudo, Noé não ficou de braço cruzado. Não era um justo preguiçoso que esperava as coisas cairem do céu para ele. Em outras palavras, além de justo teve que trabalhar, e muito, para salvar a si e aos seus.

Primeiro, teve que pregar/disseminar a Palavra de Deus, avisando os ímpios sobre a destruição que viria, caso não retrocedessem de suas ações iníquas... Não obteve sucesso em sua pregação. Pior, foi ridicularizado.

Segundo, teve que pôr a mão na obra, ou seja, teve que construir a Arca, madeira por madeira, peça por peça...

Isso mostra, claramente, que o justo tem que trabalhar, e muito, não só para merecer a salvação, mas também para construí-la, segundo a Palavra de Deus, de acordo com as orientações de Deus. Esperamos uma Nova Era, um Novo Céu e uma Nova Terra... Logo, temos que trabalhar para que essa Nova Arca seja construída...

Eu estou fazendo o meu trabalho... E você, está fazendo o seu ???

São os homens que determinam a realidade

Parafraseando Henry Thoreau, pode-se dizer que: um mundo de homens conscientes é um mundo que tem consciência... Um mundo de pessoas iluminadas, é um mundo iluminado... Um mundo de pessoas abençoadas, é um mundo abençoado...

Hoje vivemos em um mundo de injustiças, corrupção, mentiras... Um mundo caótico, violento, individualista, egoísta. Logo, podemos determinar, com boa aproximação, as características que marcam a maioria das pessoas desse planeta.

Para mudar o mundo é preciso mudar as características principais da maioria dos homens que habitam este mundo. Torná-los conscientes, iluminados, abençoados...

A Palavra do Senhor - Isaías 59:1-15

1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.
2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.
3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam falsidade, a vossa língua pronuncia perversidade.
4 Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade, e falam mentiras; concebem o mal, e dão à luz a iniqüidade.
5 Chocam ovos de basilisco (lagarto), e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles, morrerá; e, quebrando-os, sairá uma víbora.
6 As suas teias não prestam para vestes nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniqüidade, e obra de violência há nas suas mãos.
7 Os seus pés correm para o mal, e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniqüidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas.
8 Não conhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.
9 Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão.
10 Apalpamos as paredes como cegos, e como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros como mortos.
11 Todos nós bramamos como ursos, e continuamente gememos como pombas; esperamos pelo juízo, e não o há; pela salvação, e está longe de nós.
12 Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades;
13 Como o prevaricar, e mentir contra o SENHOR, e o desviarmo-nos do nosso Deus, o falar de opressão e rebelião, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade.
14 Por isso o direito se tornou atrás, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar.
15 Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o SENHOR viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça.

Simulação

A melhor saída para as simulações é torcê-las de tal forma que o mal lançado retorne com força dobrada para quem o produziu... É a velha idéia de usar a força do inimigo contra ele mesmo... O resto é história...

O justo não será abalado. Deus habita na linhagem dos justos...

Ainda temos juízes em Berlim

Outras versões: Sim, se não houvesse juízes em Berlim ou Ainda há juízes em Berlim.

Serve para exprimir a crença na força da justiça e origina-se da seguinte anedota: Frederico II o Grande (1712-1786), rei da Prússia, desejava comprar o moinho que o impedia de alargar o parque de Sans-Souci, mas o moleiro mantinha-se irredutível em não querer cedê-lo por nenhum preço. O rei deu-lhe a entender que podia forçá-lo à venda, recebendo então a resposta que ficou nos anais da história. (Fonte: Enciclopédia Jurídica Leib Soibelman)

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Aplicando esta máxima no Brasil, ficamos estarrecidos: se a história acontecesse hoje, o Frederico teria desapropriado o moinho e usaria a "PEC do calote" para não pagar nada ou para pagar bem pouquinho... Pior do que isso, muitos juízes não tem compromisso com a justiça, não agem com consciência e retidão e o judiciário brasileiro está desmoronando...

Inegavelmente, estamos caminhando para o lado errado...

O risco judiciário

A primeira análise que faço nos casos em que aceito atuar (evito pegar diversas ações, pois envolvem mentiras, simulações, ou então, agir injustamente contra alguém) é: tem como resolver a questão sem ir bater nas portas do judiciário ???

Faço isso, justamente, porque sei que o judiciário não é confiável... Não é questão de tese jurídica ou de questão controversa, é questão de corrupção, parcialidade, falta de consciência e de compromisso com a justiça, com a realidade das coisas... Certamente, uma grande parte do judiciário ainda tem essas qualidades, porém, a banda podre é que dá as cartas, eles estão no comando...

Juiz que trabalha na linha, que julga com consciência e tem compromisso com a justiça não sobe de cargo, raramente sai do lugar ou vai para as altas cortes... A maioria dos que chegam lá, não estou dizendo todos, pois há muitas exceções, tem as costas quente, tem ligação com a máfia... Exemplo cristalino e inquestionável: os indicados do Renan para o CNJ... Se assumirem o cargo, vão contaminar o órgão, destruir toda a credibilidade que ainda resta à instituição...

Inclusive, lembro-me, da época em que ainda estudava na USP.... Movi uma ação trabalhista contra a universidade, perdi a ação porque o Juiz era formado pela USP. O meu advogado abria a boca para falar e o juiz dizia: indeferido.

Uma colega advogada estava muito revoltada com a juíza de certa Comarca... Juíza que é casada com um advogado que atua na mesma comarca, só que, para não ser descoberto, ele usa advogados laranjas nas petições... Ela estava revoltada porque a Juíza, em ações similares, concede toda e qualquer tutelada antecipada solicitada pelos laranjas do marido e, nas ações da minha colega, não concede nenhuma tutela antecipada...

Certamente, recomendei à minha colega uma representação contra a juíza no CNJ, porém, depois que soube que o bando do Renan está tentando dominar o órgão, conclui que a coisa vai acabar mal...

E aí, a justiça é necessária... É necessário que exista um órgão que faça justiça e mantenha a sociedade em ordem... O judiciário está perdendo essa função. Quanto perdê-la totalmente, quem vai fazer justiça ??? As comunidades comandadas pelo narcotráfico já possuem resposta... E o resto da sociedade, vai procurar quem ??? Certamente, vão optar por algum justiceiro de plantão, justiceiro privado...

De quem é a culpa pela deterioração do sistema... Inegavelmente, a culpa não é de uma única pessoa, mas sim de muitas pessoas... Porém, há um perfil comum a todas essas pessoas: elas são parecidas com o Gilmar Mendes, com as idéias do Gilmar Mendes, com os pensamentos do Gilmar Mendes...

A casta do Gilmar Mendes

O Gilmar Mendes  e sua casta. Certamente, pensam que o Ministro Joaquim Barbosa está no lugar errado, pois o STF deveria ser um lugar puro sangue, só de brancos... E, de repente, um negro também se torna ministro... Atinge o mesmo nível, chega no topo... Certamente, entrou areia nos negócios do clube seleto...

O Gilmar Mendes ainda tenta manejar o chicote do feitor e a casta que o apóia tentam respaldar e justificar as suas chicotadas... Cuidado, Gilmar Mendes, o chicote do feitor, a escravidão que seu grupo impôs e promoveu no Brasil, feriu muita gente e os descendentes querem justiça...

Inclusive, uma coisa muito simples pode incendiar esse país: basta rastrear as famílias dos senhores de escravos, ver onde está cada um dos descendentes, onde está a riqueza que acumularam com o sangue negro, com a escravidão...

O erro do Ministro Joaquim Barbosa foi dizer a verdade na cara de quem não quer ouvir. Disse a verdade na frente de todos, sem meias palavras. Porém, a casta que não gosta da verdade, trabalha para minimizá-la, escondê-la, enterrá-la... Inegavelmente, estão do lado errado e estão em contradição com o Brasil e com os Brasileiros.

Depois do Habeas Corpus para o Dantas, quem tem dinheiro vê justiça no STF, no STJ, etc contudo, a maioria da população, que não tem dinheiro e nem tem suas ações chegando na Corte Suprema teve uma certeza: o judiciário, principalmente as altas Cortes do país, não trabalha para fazer justiça, mas sim para beneficiar quem tem dinheiro...

Os Movimentos Sociais, principalmente o Movimento Negro, deve se preparar para apoiar Joaquim Barbosa e, se a coisa engrossar, para derrubar a casta do Gilmar Mendes que passa, inclusive, pelos tucanos de São Paulo... O Gilmar é cria do FHC... Foram os tucanos que colocaram o Gilmar no STF...

O MST já odeia o Gilmar, agora ele também vai entrar na mira do Movimento Negro...

21/04/2009

PEC do Calote
Na minha opinião o termo "PEC do Calote" é ruim... Não traduz para a população a realidade dos fatos, ou seja, não mostra para a população o que estão tentando fazer... É preciso explicar, detalhadamente, de forma simples, cada detalhe das mudanças pretendidas pelo ente estatal... Além disso, é preciso dizer o porquê do ente estatal tentar impôr essas mudanças...
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Repetindo a minha idéia sobre os precatórios

"Um dos grandes problemas enfrentados pelos indivíduos que vencem demandas pecuniárias contra o Estado é o pagamento feito em precatórios... Precatórios, ninguém merece !!! Mas, é assim que é feito... Logo, temos que buscar uma solução para a questão...

Na minha opinião a solução é simples: basta tornar os precatórios títulos negociáveis na bolsa, uma espécie de título da dívida pública ou coisa parecida... Assim, podendo comprar e vender esses papéis, quem não pode esperar transfoma-os em dinheiro... Quem pode esperar adquire os papéis como investimento seguro."

Além disso, penso que a União deveria ser responsável pelo pagamento de todos os precatórios, incluindo aqueles dos municípios e estados... A União paga e depois desconta dos valores que tem que repassar para esses entes federativos... Sob a gerência da União ficaria mais fácil transfomar os precatórios em títulos negociáveis... O Banco Central ou o tesouro nacional, não sei que emite os títulos públicos para venda, poderia cuidar dessa transformação...

Uma solução simples e fácil...
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OAB sugere utilizar precatórios para pagamento de impostos e casa própria
http://www.oab.org.br/noticia.asp?id=16265

Brasília, 24/03/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, ao se reunir hoje (24) com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), defendeu a inclusão no substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 12 de um sistema pelo qual os precatórios não-quitados possam ser utilizados para pagar débitos contraídos por seus titulares, como impostos e outras obrigações assumidas junto à União e Estados, ou serem trocados por dívida ativa. A senadora é a nova relatora da PEC 12, que institui novo regime de pagamento dos precatórios por Estados e Municípios, considerada pela OAB como "a PEC do Calote", ao agravar as condições para o recebimento desses débitos, que já vem sendo postergados indefinidamente pelos entes públicos devedores. Estima-se que o total da dívida em precatórios da União, Estados e Municípios seja hoje cerca de R$ 100 bilhões.

Britto sugeriu também um mecanismo pelo qual os precatórios alimentares não-quitados possam ser aplicados no abatimento de prestações da casa própria. O presidente nacional da OAB voltou a criticar duramente a proposta original, de autooria do Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que para ele "representa a desmoralização do Poder Judiciário à medida que não respeita a sentença judicial e leiloa os créditos alimentares decididos pela Justiça". Os dirigentes da OAB pediram também que fique claramente definido no substitutivo que o pagamento do precatório de natureza alimentar tem prioridade nos orçamentos públicos.

Acompanharam Britto na audiência com a senadora, em seu gabinete, o presidente da Comissão Nacional de Legislação da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o presidente da Seccional da OAB no Tocantins, Ercílio Bezerra, e membros da Comissão Especial dos Credores Públicos (Precatórios) da entidade, Flávio Brando e Eduardo Gouveia.
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“PEC do Calote” vai para Câmara dos Deputados!
Postado em 03. abr, 2009 por João Rodholfo em Notícias

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º/3) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 12/06, que altera o regime de pagamento dos precatórios devidos por União, estados e municípios.

Apelidada de “PEC do Calote”, a proposta institui limites orçamentários para a quitação das dívidas judiciais e cria um regime especial que acaba com a ordem cronológica de pagamento.

A aprovação da proposta gerou forte reação por parte de entidades da magistratura e da advocacia. Em nota conjunta, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Ajufe (Associação dos juízes Federais) e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) classificaram as mudanças impostas pelo projeto como “um atentado ao Estado democrático de Direito”.

Para as entidades, a proposta “oficializa o calote e afronta o Poder Judiciário, ao propiciar o descumprimento de suas sentenças”. Caso a PEC seja aprovada, as entidades afirmaram que devem recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com a PEC, os entes federativos que possuírem débitos judiciais superiores ao valor previsto em orçamento poderão pagar primeiro os precatórios considerados de pequeno valor e aqueles pertencentes a pessoas com mais de 60 anos.

Para os estados e o Distrito Federal a reserva de orçamento ficará entre 0,6% e 2%, enquanto os municípios reservariam entre 0,6% e 1,5 % das receitas líquidas.

A proposta também institui um “leilão inverso”, onde quem der o maior desconto ao órgão estatal devedor recebe primeiro. O projeto, que obriga a destinação de 60 % dos recursos previstos ao pagamento de precatórios para a realização dos leilões, segue agora para votação na Câmara dos Deputados.

Para acelerar a aprovação do projeto em dois turnos em único dia, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) convocou três sessões extraordinárias seguidas para que os prazos regimentais pudessem ser cumpridos. Em segundo turno, a proposta teve 58 votos a favor e apenas uma abstenção.

Reação

Para o advogado Carlos Toffoli, vice-presidente do Madeca (Movimento dos Advogados em Defesa dos Credores Alimentares), o objetivo da PEC não é solucionar o impasse sobre o pagamento dos precatórios. “O objetivo não é sanear dívidas, é pagar menos. A proposta dá um sinal-verde para estados municípios gastarem e desapropriarem”, disse.

Segundo o advogado, os governantes poderão sentir-se livres para despender recursos para outras áreas e promover desapropriações, já que teriam um limite mínimo de pagamento anual.

Ele também protesta contra a instituição do “leilão inverso” para a quitação dos débitos, em que o ente federativo devedor é beneficiado pelo desconto. “Isso equivale a tripudiar sobre o cidadão, lucrar com o desespero das pessoas. Se a pessoa tiver um precatório de R$ 10 mil e não quiser abrir mão do valor total, vai ser o último a receber”, destaca.

Toffoli ressalta que o Estado e o município de São Paulo, que têm grandes filas de precatórios alimentares não-pagos, têm alardeado recursos para investimentos. “O Estado e o município de São Paulo têm condições de pagar o que devem ser alterar a Constituição”.

O advogado acusa ainda os senadores de se renderem a pressões de governadores e prefeitos e de legislar em causa própria, uma vez que muitos parlamentares já ocuparam ou pretendem ocupar tais cargos.
Nos últimos tempos temos visto tantas coisas “estranhas” no mundo jurídico que é bastante provável a aprovação da “PEC do Calote”; transformando o recebimento de precatórios de uma poupança para os netos para um fundo de investimento perdido e pouco lucrativo!

FONTE: Ùltima Instância

A Palavra do Senhor - Provérbios 10

1 Provérbios de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
2 Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.
3 SENHOR não deixa o justo passar fome, mas rechaça a aspiração dos perversos.
4 O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece.
5 O que ajunta no verão é filho ajuizado, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.
6 Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos perversos.
7 A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
8 O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios ficará transtornado.
9 Quem anda em sinceridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido.
10 O que acena com os olhos causa dores, e o tolo de lábios ficará transtornado.
11 A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos.
12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.
13 Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento.
14 Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína.
15 Os bens do rico são a sua cidade forte, a pobreza dos pobres a sua ruína.
16 A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso, ao pecado.
17 O caminho para a vida é daquele que guarda a instrução, mas o que deixa a repreensão comete erro.
18 O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que divulga má fama é um insensato.
19 Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.
20 Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor.
21 Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.
22 A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores.
23 Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria.
24 Aquilo que o perverso teme sobrevirá a ele, mas o desejo dos justos será concedido.
25 Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem fundamento perpétuo.
26 Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
27 O temor do SENHOR aumenta os dias, mas os perversos terão os anos da vida abreviados.
28 esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.
29 O caminho do SENHOR é fortaleza para os retos, mas ruína para os que praticam a iniqüidade.
30 O justo nunca jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra.
31 A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será cortada.
32 Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.

20/04/2009

Atribuições
Você já percebeu que sempre tem gente atribuindo coisas àquilo que certas pessoas fazem... Desvirtuam frases e contextos... Marcam alguns textos... Escondem outros... Atribuem números, inclusive nos horários de postagens...

Por que fazem isso ??? Para filtrar e controlar a disseminação das coisas que você escreve. Usam números e frases para passar códigos e dizer para o bando que os congrega o que pode passar e aquilo que tem que ser escondido... É o tal filtro na luminária para contaminar uma fonte de luz, luz branca, transformando-a em luz vermelha, luz amarela, etc...

Enfim, trabalham para converter uma luz pura em um espectro que esteja em sintonia com eles, que sirva a seus interesses e propósitos. Desviam, que tem missão certa e determinada, da rota que deve seguir...

Ainda bem que continuamos andando em círculo no deserto... Andamos em círculo por culpa deles. E eles não passarão... Serão extintos. Ficarão enterrados no deserto... Os incrédulos, idólatras, mentirosos, corruptos, etc não herdarão a "Terra Prometida"...

Pequena observação
Algumas idéias contidas no post abaixo são muito interessantes e peculiares. Vou analisá-las mais atentamente. Inclusive, vou ler a série toda para mirar as coisas pelo ângulo que eles olham...

Demais textos da série nos links abaixo:

O Início do Mal no Mundo — O Aspecto Problemático e Estranho do Pecado

Gênesis 3 conta a história da entrada do pecado no mundo. Aí a teologia da criação faz uma distinção sutil, porém decisiva no pensamento bíblico, a saber, que o pecado não tem origem, somente início, porque se fosse possível dar uma explicação clara e definitiva de sua causa primordial e de seus componentes, não se poderia considerar ilegítimo seu irrompimento no mundo. Aqui veremos o seguinte: mediante o uso responsável e propositado de imagens espirituais, esse capítulo explica o início do pecado, mas mantém a origem do mal no mais profundo mistério. Isto significa que a teologia da criação se abstém de considerar a origem do mal ou do pecado como evidente e natural.

Questões preliminares

Quem medita sobre a existência do mal no mundo e procura compreender a realidade chocante do pecado defronta-se normalmente com a pergunta: Qual é a origem do pecado? Ou a amplia indagando: Qual é a origem do mal? Segundo Bavinck, a origem do mal é o maior problema da vida, depois do ser, e a cruz mais pesada do intelecto.

Devido às limitações deste artigo, não é possível abordar a fundo a complexidade dessa pergunta e de sua resposta. Digamos apenas que a pergunta e a resposta têm variado e dividido os espíritos. É óbvio que a resposta depende muito da compreensão que se tem do que é o mal. Ela será, naturalmente, diferente dependendo do sentido dado ao mal, por exemplo, se ele é visto como uma anormalidade geral, uma destruição incontestável das relações humanas; ou se ele é compreendido no sentido bíblico de desobediência ao mandamento divino, ruptura da comunhão com o Criador, enfim, rebelião contra o seu domínio. Em virtude disso, podemos perceber quão complexa e variável pode apresentar-se tanto a indagação quanto à resposta sobre a origem do pecado.

Aqui quero fazer justiça ao Gênesis. Para tal, me dedicarei unicamente ao estudo de sua resposta à questão sobre a existência do mal, respeitando a sua própria intenção de falar não da origem, mas do início do pecado no mundo. Conseqüentemente, rejeito a maneira bastante comum e equivocada de interpretar as imagens espirituais do capítulo 3, que consiste em transferir para tais imagens conjeturas dogmáticas, as quais afirmam que o pecado tem origem na substancialidade de um poder perverso e autônomo. E, assim, fazem que a teologia da criação diga o que ela não diz. Para esta teologia só a consideração da existência do pecado tem sentido. Pois, como constamos mais adiante, toda tentativa de explicação causal não só complica mais o problema, mas também dissolve o pecado.

O que faço aqui é inventariar o verdadeiro sentido das imagens espirituais de Gn 3, seguindo o método adotado neste estudo, cujos passos principais são: respeitar a forma como as narrativas estão concatenadas no texto, projeta-las sobre o fundo cultural do Antigo Oriente Médio e estabelecer um paralelismo com os mitos, cujas idéias contestam.

O mal não é criação de Deus

Não é sem motivo que a história da queda segue imediatamente depois da história da criação. Elas foram concatenadas no texto para deixar claro o seguinte: o Deus criador não é o autor e causa do mal. Facilmente constamos estas implicações nessa concatenação: o mal não pode ser explicado como criação de Deus, porque não se pode relacionar a existência do mal com a criação; por isso, o problema do pecado é bem diferente daquele que diz respeito às origens do céu e da terra; o pecado não existia antes da queda e tem caráter existencial.

Essa formulação e suas implicações visam refutar os mitos do ambiente, os quais imputam a responsabilidade da existência do mal à divindade. E os mitos expressam uma ou outra das seguintes correntes de pensamento sobre a origem do mal: o monismo, que têm a tendência de atribuir tudo a Deus, inclusive o pecado; e o dualismo, que concebe uma antítese entre dois princípios primordiais, a luz e a sombra, explica a origem do mal indicando uma oposição eterna entre o bem e o mal. Oposição que, segundo os mitos, caracteriza o mundo divino. Estas explicações são consideradas blasfêmias tanto no judaísmo como no cristianismo. A elas a Igreja tem respondido com afirmações como as seguintes: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1:5); Deus é o único bom (Mt. 19:17); “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem lá do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1:17).

Mas a concatenação de Gn 3 não é só com as narrativas da criação, é também com tudo o que segue depois. Esse capítulo separa duas condições radicalmente distintas da realidade e da vida humana. A primeira, descrita nos capítulo 1 e 2, é a história da criação do mundo original, um mundo “muito bom” caracterizado pelo jardim do Éden. O termo Éden significa "delícia" no hebraico, e evoca a idéia de "abundância", "gozo" e "prazer". Aí o pecado ainda não existia e o ser humano vivia em seu estado original de inocência e comunhão direta com Deus. Na segunda, descrita nos capítulos 3 a 50, começa a história do pecado, da destruição e da destituição da realidade. Em Gn 3 o início do pecado é o ponto crucial no qual a vida deleitosa se converte em vida de sofrimento e o mundo bom original em "vale de lágrimas". Nesse ponto, começa também o desenrolar da história da salvação.

O homem como ser livre

Não se pode compreender Gênesis 3 a menos que primeiro se entenda o homem como ser livre, e o mundo como criado para que o ser humano pudesse expressar nele a liberdade. Gn 2:16,17 testemunha da liberdade original do homem em relação à soberania de Deus.

E o Eterno deu ao homem a seguinte ordem: — Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá.

A fruta da árvore é a figura da liberdade que Deus deu ao ser humano: a liberdade própria de uma criatura, isto é, ele tem completa liberdade dentro do campo do bem, mas o campo do mal lhe está proibido. (Nas Escrituras, o bem é o que é bom para o homem; e o mal é o que é mau para o homem.) O ser humano estará seguro e protegido como criatura enquanto exercer sua liberdade e seu direito de decisão com responsabilidade. Mas se atentar contra a soberania do Criador se colocará forçosamente numa situação extrema de perigo, porque ela é o elemento fora do qual o ser humano não poderia viver como criatura de Deus. Contudo, o homem pode optar pelo conhecimento do mal e dar outro rumo à vida.

A figura do fruto proibido mostra que o mal não era uma realidade nem no mundo divino, nem no mundo humano original. Existia apenas como conhecimento possível. Revela a verdade última da existência: o segredo de que somos livres. Fornece uma compreensão do lugar central que o livre-arbítrio ocupa nos assuntos humanos: somos livres para definir quem somos em cada momento dado. E essa é a condição humana: o homem é um ser que faz opções.

Também indica que o homem está situado entre dois chamamentos contraditórios: manter-se submisso ao domínio de Deus, e viver; ou rebelar-se, e deixar de existir como criatura de Deus. Por um lado, Deus persuade o ser humano. Persuade para que o ser humano use com responsabilidade sua liberdade e seu direito de decisão, escolhendo realizar-se como criatura de Deus e assim usufruir a vida em sua plenitude. Por outro lado, e a par da persuasão divina, há também a sedução que incita o homem para que se desencaminhe, para que atente contra a soberania de Deus.

A ordem divina denota que, no mesmo dia em que comesse o fruto proibido, o ser humano deixaria de existir como criatura de Deus. Refere-se à perda da criaturalidade, e não à morte física. Esta chegou mais tarde. Depois de comer o fruto proibido o homem se transformou na pessoa que ele escolheu ser, isto é, alguém feito por si mesmo, um produto de sua própria vontade, de suas escolhas e atitudes. Segundo o Novo Testamento, a criaturalidade é recuperada somente na nova criação (novo ser humano) em Cristo. Daí que, no Novo Testamento, a nova criação já é a salvação.

A seguir veremos os aspectos principais do pecado, implicados na narrativa de Gn 3.

A sedução

O relato da sedução em Gn 3:1-6 é um diálogo da serpente com a mulher. Seu trecho principal está relacionado com Gn 2:16, 17:

Mas a cobra afirmou: — Vocês não morrerão coisa nenhuma! Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal. A mulher viu que a árvore era bonita e que as frutas eram boas de se comer. E ela pensou como seria bom ter conhecimento. Aí apanhou uma fruta e comeu: e deu ao marido, e ele também comeu.

Em algumas culturas antigas, a cobra era o símbolo do mal. No Gênesis ela encarna o aspecto problemático e misterioso do pecado. Em primeiro lugar, sua figura serve para mostrar que o pecado vem ao homem como sedução que acontece no diálogo entre as criaturas. Nesse diálogo, somente o homem pode ser seduzido a “ser como Deus”, porque ele é a única criatura feita a “imagem de Deus”, a fim exercer o domínio no mundo. Sobre a cobra é importante notar o seguinte: no verso 1 está explícito que ela é um dos animais “que Deus tinha feito”, e não o poder demoníaco disfarçado de serpente ou incorporado nela, como querem alguns intérpretes.

Aqui o disfarce do pecado é outro. Ele vem ao ser humano na forma de sedução que engana e desencaminha. Faz vencer a sua escuridão apresentado-se como uma luz, a semelhança do bem. Não é claro, porque vem com propostas "elevadas", as quais têm sua origem no mundo de Deus. As "delícias" e "encantos" dessas propostas atraem e prendem o homem. Entre outras coisas, oculta o fato de que Deus, o qual por ser Deus conhece todas as coisas, conhece também o mal, mas não o pratica e até o proíbe. Em vez de "abrir os olhos", o pecado produz cegueira. Aquele que se deixa seduzir não percebe a realidade como ela é, porque a sedução o faz confundir a luz com as trevas, o bem com o mal. Com seu raciocínio, a cobra não propõe escolher as trevas, mas procura atrair os olhos do ser humano com o brilho da luz. Agindo desse modo, a sedução obstrui o caminho para que o ser humano não veja e não conheça o pecado.

Daí que a intenção de Gn 3 seja a mesma das Escrituras. Elas conhecem o pecado e revelam seu modo de agir. Retiram a máscara do pecado e mostram a cegueira que ele produz. E preservam tal cognição porque querem conduzir a visão das pessoas verdadeiramente interessadas em enfrentar o pecado. Nos mandamentos elas vão ver-se como transgressoras e vão desejar a salvação. E a salvação lhes é oferecida no Evangelho.

O desencaminhamento

Pecado é uma palavra ausente em Gn 3. Não o nomeia como faz Paulo em Rm 5:12-21. Mas suas ricas imagens mostram que o pecado vem ao homem na forma de desencaminhamento. Este termo expressa melhor a maneira como as Escrituras definem o pecado: "extraviar-se", "errar o alvo", uma ação sem valor por não ter resultado.

Em Gn 3:4, 5 o desencaminhamento tem caráter existencial, porque o que destrói a felicidade é a vida pecadora e mentirosa. Ele transcende a mera transgressão do santo mandamento de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. É algo muito mais complexo e profundo. A expressão "vocês serão como Deus" traz a tona o aspecto mais terrível do pecado: sua capacidade não de divinizar, mas de desumanizar. Na palavra “ser” encontra-se a chave para definir o desencaminhamento: é uma orientação falsa da natureza humana, cuja essência consiste na recusa do homem de ser verdadeiramente humano, como lhe foi dado na criação.

Na narrativa, comer a fruta proibida e querer ser como Deus é a mesma coisa. Refere-se ao poderoso e ilegítimo impulso, suscitado misteriosamente pela serpente, de auto-elevação do plano humano para o plano divino. Ou seja, é o impulso estranho e muito louco de não querer ser o que é, a fim de ser o que não é, nem pode ser. Aí o pecado não é algo que afeta ocasionalmente o comportamento humano. É, isto sim, a característica fundamental que determina todo o modo de ser da humanidade, conseqüentemente, todo o seu modo de pensar e agir. Isso fica claro na sucessão de historias contadas em Gn 4 a 11, as quais mostram como o pecado age no mundo.

O que o ser humano pretende com essa auto-elevação? Pretende constituir-se no centro de si mesmo e de seu mundo. "Ser como Deus" significa que a humanidade não quer depender mais de Deus, a fim de constituir-se em o deus de si mesma.

Resumindo: segundo a teologia da criação, o pecado é muito mais que uma questão moral, é uma questão existencial. É algo que determina por completo a forma de pensar, de querer, de exercer a vontade, de escolher, de agir, isto é, todo o modo de ser, toda a forma de vida individual e coletiva.

Isso fica claro ao considerarmos as marcas do desencaminhamento.

As marcas do desencaminhamento

A primeira marca é atentar contra a soberania de Deus. O diálogo entre a cobra e a mulher é em torno de Deus. Não nega a realidade de Deus, mas expressa desconfiança na maneira como Deus exerce o domínio na vida humana. A cobra questiona o caráter e a idoneidade de Deus como soberano do homem. Argumenta que a proibição de comer a fruta da árvore do conhecimento do bem e do mal e a ameaça de morte se deve ao fato de que Deus quer limitar a capacidade do ser humano, impedindo-o de atingir o estágio divino da existência. Segundo a cobra, esse estágio não é exclusividade de Deus. O ser humano pode atingi-lo mediante a auto-elevação.

O desencaminhamento é, antes de tudo, a ruptura da unidade do homem com Deus. Sua matriz é o desejo desordenado do homem de vincular toda realidade do universo a seu ego, mediante uma existência dirigida exclusivamente em proveito próprio. Daí que se manifesta em toda atividade humana como sendo um desejo ilimitado de conhecimento, poder, prazer, riqueza e glória.

A segunda marca é a negação do ser natural. A cobra seduz à insatisfação existencial ao argumentar que não há vantagem para o ser humano limitar-se a sua condição original. Se desejar e usar convenientemente suas potencialidades e as potencialidades de seu mundo, ele pode se auto-elevar da condição humana "inferior" que lhe foi imposta e atingir a condição divina superior. Sendo que o homem não pode ser como Deus, o que ele faz é orientar sua existência não no sentido do “ser”, mas no sentido do “ter”. É acumulando conhecimento, prestígio, riqueza e poder que o homem se sente um “ser superior”..

Mas o pecado é uma terrível ilusão. O ser humano imagina que está subindo para atingir um estágio superior de vida, semelhante ao divino, quando em realidade está caindo até uma condição inferior à que lhe foi dada na criação. Quando o homem quer ser como Deus, não se realiza como ser humano porque não deseja esta realização. Mas tão pouco se realiza como ser divino porque o homem não é Deus, nem o pode ser por mais que o deseje. Realiza-se sim como ser decadente. Os estudiosos da Bíblia costumam designar, com muita propriedade, o início do pecado no mundo como a "queda" existencial do ser humano.

A terceira marca é alienação. Ao separar-se de Deus, o homem se aliena de sua condição humana e daquilo a que ele pertence. Gênesis 3 e 4 se referem, como conseqüência do pecado, ao ser humano alienado:

* De Deus — Adão é Eva têm medo da presença de Deus (3:8).
* De seu ser natural — Adão e Eva sentiram vergonha de sua nudez (3:7).
* Do mundo — Adão e Eva são expulsos do paraíso, do mundo muito bom criado por Deus (3:22-24).
* Do próximo — Caim diverge de seu irmão Abel e o mata premeditadamente (4:8 e seguintes).

A vida do ser alienado pelo pecado não tem sentido. E a morte é o ponto mais distante da alienação. Na morte, o ser humano é completamente separado de Deus, da humanidade e da realidade. Abandonado numa sepultura, não tardará muito tempo para ser esquecido.

A quarta marca é autodestruição. O Gênesis (2:17 e 3:11) assinala a morte, isto é, o não ser, como o resultado final do pecado. Pecado é desprezar e combater, no sentido mais profundo, a condição humana. Por isso, o pecado transforma o homem no maior inimigo de sua humanidade. E é combatendo sua condição humana que o homem prepara sua autodestruição.

A raiz de todas as perturbações

Segundo Gn 3, o desencaminhamento é a causa de nossas múltiplas e profundas perturbações, e a razão pela qual a ordem da criação se alterou. Valendo-se de Adão e Eva como figuras federativas, a narrativa quer dizer o seguinte: o que aconteceu com Adão e Eva, é o que aconteceu com todas as pessoas, em todos os lugares e épocas, isto é, toda a humanidade caiu em pecado. E o pecador é visto nas Escrituras como um ser dividido, existencialmente perdido, sem força nem sanidade reais e impossibilitado de exprimir-se numa ação boa e normal.

É fácil constatar historicamente o seguinte: todos os seres humanos, de qualquer lugar e época, devoramos o fruto proibido; o homem sempre usou seu conhecimento para o bem e para o mal; o conhecimento que o homem tem acumulado e transmitido de geração em geração só serviu para aumentar seu poder; e o conhecimento que o homem busca não é sobre si mesmo. Por isso tudo, o conhecimento não fez com que o homem tivesse mais sabedoria e fosse mais humilde, nem o levou ter mais amor, bondade, compaixão, solidariedade e tolerância. Logo, na medida em que o homem acumula rapidamente, nos dias de hoje, mais quantidade e mais variedade de conhecimento, mais perigoso e ameaçador ele se torna.

Em Gn 3 estão implicadas quatro perturbações, das quais derivam todas as demais.

1. A perturbação do relacionamento com si mesmo. Esta perturbação desponta na vergonha que o ser humano caído em pecado sentiu por estar nu, isto é, de mostrar-se como realmente é, de deixar aparente seu ser natural. A falta de concordância entre o que o homem é e o que deveria ser produz sérios conflitos de identidade. Esta perturbação aparece nos indivíduos que não se conhecem, não sabem quem realmente são; nos que têm ódio de si porque não se aceitam e não se amam; e naqueles que têm medo de enfrentar e expor seu verdadeiro eu.

2. A perturbação do relacionamento com a vida. Pecado é um pacto com a morte, a negação da vida. E o homem caído em pecado encontrou muitas maneiras de negar e destruir a vida — a própria e a que há no mundo. Tal destruição, durante milênios, tem sido enorme. Esta perturbação aparece nas pessoas fechadas para a vida, com medo da vida, e que, por isso, passam o tempo sedando muitas das funções da vida e dando mostras da inabilidade de viver.

3. A perturbação do relacionamento com o mundo. Expulso do paraíso, o homem caído em pecado não tem outra alternativa senão instalar-se na estepe árida, onde a sobrevivência é muito difícil. A estepe árida (mencionada em Gn 3:23) é uma boa figura das enormes dificuldades que o homem sempre teve para instalar-se no mundo, seu lar. Esta perturbação aparece também nas pessoas que são incapazes de aceitar e enfrentar a realidade, porque têm medo do mundo e se sentem inseguras nele. A tendência destas pessoas é construir um mundo imaginário particular para nele viver.

4. A perturbação do relacionamento com o outro. O pecado é, em primeiro lugar, uma grave perturbação do relacionamento com o Outro absoluto, Deus. Perturbação assinalada na figura exemplar do ser humano que, depois de cair em pecado, se esconde da presença de Deus. Logo, refere-se à perturbação do relacionamento com o próximo: Adão culpa a Eva pela queda (Gn 3:11,12), o assassinato de Abel por Caim (Gn 4:8), a maldade da geração pré-diluviana (6:1-7), entre outros.

Todos sabemos das enormes dificuldades que os seres humanos temos para assumir o compromisso de amar-nos uns aos outros. Desde tempos remotos, as interações humanas têm sido marcadas pelo medo, pela desconfiança, por contendas de todo tipo, por atitudes pouco ou nada amistosas. A verdade é que, por causa dessa perturbação, vivemos em um mundo onde parece que todos estão contra todos e ninguém se sente seguro.

Culpa e desculpa

Gn 3:8-24 nos leva ao cerne da questão. Indica claramente o que é pecado e o que o fez entrar no mundo: é a culpa do ser humano por deixar-se seduzir pelo mal. E revela que o ser humano não se responsabiliza por essa culpa. O que ele faz é transferi-la para outro, valendo-se da desculpa. Isto está claro no diálogo que ocorre quando o ser humano caído em pecado se enfrenta com Deus. Este indaga a Adão — Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Adão responde — A mulher que me deste para ser minha companheira me deu a fruta, e eu comi. Então Deus questiona a Eva — Que é isso que fizeste? E Eva responde — A cobra me enganou, e eu comi. Cada resposta é uma desculpa que assume a forma de uma acusação gratuita, na qual se transfere a culpa para outro participante da relação pecaminosa.

Mas as desculpas não diminuem a seriedade da transgressão e o juízo correspondente. No julgamento do primeiro pecado, Deus não esquece nenhum dos participantes. A cada um torna patente a culpa e rejeita a desculpa. No veredicto sobre cada um, inclusive a cobra, diz: "Por causa do que você fez..." Julgamento, castigo e expulsão do paraíso não deixam dúvidas sobre a culpa e seus efeitos.

A causa do pecado é a culpa. No julgamento divino do primeiro pecado, a culpa do ser humano não é resultado de outra causa senão sua própria atitude de rebelião, desobediência e alienação. Há culpa quando alguém se deixa seduzir e se deixa vencer pelo mal. Dizer "a cobra me enganou" ou "o diabo me enganou" dá no mesmo. Responsabilizar o poder diabólico pelo pecado não nos livra da culpa, do mesmo modo que Eva não se livrou da culpa responsabilizando à cobra. A resposta sobre a origem do mal, baseada na superioridade dos demônios que dominam fatalmente a existência humana, não seria mais uma desculpa pelo pecado? Não seria a forma que encontramos para continuar discutindo sobre a culpa e alienar-nos pela transferência da culpa para outros? Com efeito, a Bíblia não vai tão longe assim na busca pelas origens do pecado. Ela admite apenas que os seres humanos se tornaram aliados dos demônios no atentado contra a soberania de Deus.

O enigma do pecado

Voltemos a falar da cobra, que em Gn 3 é a imagem do enigma do pecado. Aí ela simboliza o poder destruidor do pecado, o qual as Escrituras consideram algo anormal e estranho, que se manifesta e se faz sentir em todos os lugares, atacando a própria vida, tornando caótica a realidade. A cobra também expressa o caráter sem-sentido e sem-motivo do pecado, e que ele é enigmático e insolúvel, porque não tem razões, causas, pressuposições, nem motivos. E o pecado se torna cada vez mais incompreensível à medida que se considera a bondade, a glória e os sábios desígnios do Deus. A rebelião contra este Deus é cada vez mais grave e obscura. A transição da bondade original da criação para uma existência sem sentido, também torna impossível toda explicação da origem do mal. Em Gereformeerde Dogmatiek, Bavinck diz: "Não sabemos de onde ele é nem o que ele é. O pecado é presente e não tem direito de existir. Existe e ninguém explica a sua origem. Entrou sem motivo no mundo, porém tornou-se o motivo para todo pensamento e ação dos seres humanos".

Embora sejam abundantes os escritos que estabelecem ligações entre o início do pecado no mundo e o poder demoníaco, nada fica esclarecido com tais ligações. Pelo contrário, complicam ainda mais o problema e colocam o mistério do mal em uma profundidade impenetrável. Em primeiro lugar, tais escritos diluem o pedado (a culpa do ser humano) quando defendem a idéia de que ele é o resultado da atividade e superioridade do poder demoníaco, e quando apresentam o retrato de uma humanidade desarmada e impotente, tragicamente derrotada pelo poder fatal do reino das trevas. Em segundo lugar, essa resposta à pergunta sobre a origem do mal coloca o mistério do pecado em uma profundidade ainda mais impenetrável: se os demônios são anjos caídos, como explicar a origem do mal considerando a pureza dos seres celestiais, o fato de que eles vivem na presença de um Deus perfeito em sua bondade e num ambiente tão puro como é o céu?...

Por exemplo, a novela criada com base em uma interpretação equivocada das Escrituras, que apresenta como a origem do mal a rivalidade que houve no céu, em tempos remotos, entre Lúcifer e o Filho de Deus. Suas explicações nesse sentido parecem não ter fim. Quanto mais tratam de explicar o mistério da origem do mal, mais obscuro ele fica.

A Bíblia nos apresenta outra imagem quando fala do pecado em relação ao poder demoníaco. O pecado não tem sua origem na superioridade do poder demoníaco que fatalmente seduz e vence o homem, mas na culpa do ser humano que se manifesta no deixar-se seduzir e deixar-se vencer. O homem é pecador porque escolheu ser assim.

O Senhor Jesus ensinou que o ser humano mesmo é a sede do pecado. A fonte de onde flui o mal é o coração humano, e os caminhos que percorre são os que partem do interior do homem para o exterior (Mc 7:21-23; Mt 23:25; Lc 11:39). E Jesus não fala do coração como algo fora do homem. Mas usa essa expressão para referir-se ao centro mesmo do ser humano, à totalidade de sua existência.

Em Gn 3, não encontramos uma tentativa de esclarecer a origem do mal através de uma referência ao poder demoníaco. O primeiro pecado está afastado desse ponto de vista fatalista e trágico. Fica somente contra o pano de fundo da bondade original do homem e da beatitude de sua vida em comunhão com o Criador. A narrativa afirma claramente que a cobra "era um dos animais que Deus havia feito". Ou seja, não busca a origem do mal ultrapassando os limites da vida humana, nas distâncias espaciais ou nas profundezas insondáveis. O ser humano não é dominado por um poder fatal. Por isso, ainda pode esconder-se no meio das árvores do jardim porque tem medo da presença divina. A pergunta de Deus é: "O que você fez"; não é: "O que fizeram com você?" A responsabilidade do ser humano é evidente. Por isso, sua ação pecaminosa é respondida com maldição, juízo e expulsão do paraíso (Gn 3:8, 10, 23 e 24).

A narrativa expressa mais esta verdade sobre a condição humana: somos responsáveis pelo que decidimos ser, pela maneira como pensamos e agimos. Geralmente, ignoramos essa responsabilidade. O que fazemos é buscar as razões fora nós por tudo de ruim que nos acontece. Logo, culpamos às forças externas por nossas ações. Raramente nos perguntamos: Como decidi agir ou reagir deste modo?

A narrativa de Gn 3 tende à aceitação da responsabilidade, por parte do ser humano, pelo irrompimento do pecado. E não poderia ser de outra maneira, porque o testemunho das Escrituras é este: só quando a culpa não é ocultada, mas confessada, é que Deus acolhe e salva o ser humano do poder destruidor do pecado.

O conhecimento do pecado oferecido pela teologia da criação não se esgota na história da queda. O Gênesis nos conta outras histórias nas quais mostra como o pecado age no mundo. É o que veremos no próximo artigo.

É impressionante...

Falar de paz, verdade, justiça e retidão insulta e preocupa muita gente. Pior do que isso, quem fala e trabalha nessa direção torna-se inimigo declarado de alguns grupos. Querem silenciar, denegrir, prejudicar quem busca essas coisas....

Nessas horas você pára e se pergunta: se eles são inimigos da paz, da verdade, da justiça e da retidão, eles são amigos de quem ??? Trabalham pelo quê ??? Que tipo de mundo e de futuro construirão com esse tipo de pensamento e comportamento ???

Certamente, a questão pode ser respondida de forma simples e direta. Basta lembrar quem é o pai da mentira e quem é inimigo declarado da paz, da verdade, da justiça e da retidão...

19/04/2009

Blurb Booksmart no linux

Pesquisando na web, descobri que o booksmart pode rodar no linux via wine...

Para mais informações - clique aqui.

Repetindo Post
É hora de unir
O Povo que segue os ensinamentos da Bíblia, assim como aqueles que acreditam e praticam a máxima: "A verdade vos libertará" tem que se aproximar mais e unir esforços para lutar contra o mal, lutar contra o domínio da corrupção, da mentira e das trevas...

Pastores e Padres precisam começar a orientar os fiéis a não apoiarem e não votarem em corruptos e mentirosos... Aqueles que seguem a luz não podem dar apoio e nem voto aos seguidores das trevas... Não podemos colocar sobre nós, nas instituições públicas, autoridades que servem ao lado sombrio, autoridades que não acreditam naquilo que acreditamos e que não ouvirão as nossas vozes...

Os justos não podem, sob nenhuma hipótese, apoiar ou fortalecer o mal... Não podem entregar o poder para servidores das trevas, para gente que vai usar o poder que recebe para corromper, mentir, roubar, matar e destruir...

Não podemos apoiar ou eleger como representante quem não vai nos representar... Quem vai fazer, justamente, o contrário daquilo que pensamos e queremos... Representação é alinhamento de interesses, não conflito/colisão de interesses...

Isso se aplica também àqueles que defendem o extermínio de bebês (aborto) e o uso de embriões como matéria-prima para pesquisa científica e fabricação de medicamentos (células-troncos)...

Corruptos e mentirosos, assim como aqueles que são contra a vida, defendem o aborto, etc, não podem ter o apoio e nem o voto de quem é justo, de quem segue os ensinamentos da Bíblia... Não podemos dar poder ou colocar no poder aqueles que são contra nossas crenças, que estão em rota de colisão conosco... Se dermos poder para essa gente, quando colidirem conosco, eles nos destruirão...

Pior do que isso, não podemos colocar o mal sobre nós, dar poder para os servidores das trevas nos governarem... Quem segue a luz, a justiça e a retidão não pode ser governado pelo diabo e seus servos...

Sábias foram as palavras de Henry Thoreau:

"De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações." (http://www.leonildocorrea.adv.br/ini4-6.htm)

O império da corrupção
Os corruptos estão se fortalecendo. A corrupção está se disseminando e os corruptos dominando, ou tentando dominar, cargos importantes da República. O objetivo é claro: garantir a impunidade dos crimes que praticam... Não é preciso ser muito inteligente para ver que esses elementos, com suas mentiras e ações corruptas, são a desgraça do Brasil... O mal está com eles. O mal caminha com eles.

Você já pensou nisto: o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) nas mãos dos corruptos ??? Eles já tem representantes no STF, STJ e agora querem, também, o CNJ. E os homens justos, que trabalham contra a mentira, a corrupção, que lutam contra o mal... estão fazendo o quê ??? Dormindo ??? Foram pagos para dormir enquanto o mal conquista novas posições ???

Renan manobra para emplacar aliado no CNJ
Objetivo é recompensar ex-advogado-geral do Senado, que buscou teses jurídicas para dificultar sua cassação.

Demitido do cargo de advogado-geral do Senado por buscar brechas contra o fim do nepotismo, Alberto Cascais pode agora ser recompensado por seus serviços e pelos favores prestados. Nos próximos meses, ele poderá ser o escolhido pelos senadores para integrar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle do Judiciário que, por sinal, foi o primeiro a banir a contratação de parentes nos tribunais.

Cascais tem como principal cabo eleitoral o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que terá grande importância na indicação do novo integrante do conselho. Apoio que, em boa parte, foi obtido no decorrer do processo por quebra de decoro a que Renan teve de responder pela acusação de receber dinheiro de uma empreiteira para custear despesas pessoais. Na época, Cascais ajudou o senador a buscar teses jurídicas e regimentais que dificultassem a cassação de seu mandato.

No fim do ano passado, na presidência do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Cascais foi afastado da Advocacia-Geral por assinar um parecer em que permitia que senadores mantivessem em seus gabinetes os parentes contratados antes da posse. Os argumentos levaram o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) uma reclamação contra o Senado.

Nesse cenário, Garibaldi decidiu afastá-lo do cargo. Atualmente, Cascais integra o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

OUTRO NOME

No páreo há outro candidato com o apoio de Renan, o consultor legislativo do Senado Bruno Dantas. Mas sua indicação é complicada e depende da aprovação de uma proposta de emenda constitucional que acaba com a obrigação de que os membros do conselho tenham obrigatoriamente idade superior a 35 anos.

Pela legislação atual, Dantas não poderia ser o escolhido por ter apenas 31 anos. Se o texto for aprovado, terá boas chances. "Se for possível, é óbvio que eu quero", afirmou.

Dantas já era o chefe da Consultoria Legislativa do Senado na época do processo de cassação de Renan. Às vésperas da decisão no Conselho de Ética, quatro outros consultores assinaram parecer dizendo que a votação deveria ser secreta, o que favorecia a absolvição do senador. No fim das contas, a votação foi aberta.

Nenhum dos dois nomes agrada ao governo. Cascais, além das polêmicas em que se envolveu, é considerado despreparado para o cargo. Dantas, por sua vez, é tido como inexperiente.

Além disso, reclamam integrantes do governo, o indicado pelo Senado não precisa ser necessariamente um funcionário da Casa. Temem que os senadores queiram fazer do CNJ uma extensão da Senado, um prêmio para funcionários.

SOCIEDADE

De fato, os senadores precisam escolher alguém da sociedade para compor o CNJ. Correm por fora nessa disputa, que tem Cascais e Dantas como favoritos, outros três candidatos, nenhum deles funcionário do Senado.

As chances desses três, arriscam conselheiros do CNJ, são pequenas, especialmente por não terem apoio do senador alagoano. O candidato indicado pelo Senado assumirá a vaga hoje ocupada pelo advogado Joaquim Falcão, que deixará o conselho em junho.

18/04/2009

Um software muito interessante
Navegando na Web descobri um software muito interessante. O nome é Blurb BookSmart. Um software que serve para diagramar livros. Você já digita o livro dentro da formatação e diagramação que escolhe. Inegavelmente, um software muitíssimo inteligente.

Veja um video sobre esse software:


Para saber mais e baixar esse software, visite o seguinte endereço:
http://www.blurb.com/

Inclusive o Portal Mundo Acadêmico divulgou uma nota sobre isso.

Divulgação de notícia: BLURB-Diseña tus propios libros de forma colectiva - software BookSmart [ http://www.laflecha.net/canales/comunicacion/noticias/disena-tus-propios-libros-de-forma-colectiva ]

Blurb, é um serviço de edição de livros a la carte - lançou sua versão beta 1.9 de BookSmart™, um inovador software gratuito que se puede baixar pela Internet.

"En opinión de Eileen Gittins, fundadora y presidenta de Blurb, «se trata del producto más ambicioso que la compañía ha lanzado en su historia». «Los usuarios de Blurb -prosiguió Gittins- publican varios millares de libros cada semana y tomamos muy buena nota de sus aportaciones y de sus expectativas sobre el producto. Primero, escuchamos con atención y luego desarrollamos aquellas prestaciones que más nos demandan los usuarios, en una dinámica de diálogo continuado. Así hemos incorporado sus sugerencias y ahora les correspondemos materializándolas en una nueva versión de BookSmart, la más completa y la mejor hasta la fecha».

"BookSmart es un programa gratuito (...) cualquiera puede editar, compartir, comercializar y vender a un precio asequible libros tan atractivos como los que se encuentran en cualquier librería."
(La Flecha, 12/12/2007)

Esclarecendo um ponto
O homem escapou da evolução biológica. Agora ele é regido pela evolução cultural, evolução da consciência... Isso dá ao homem a possibilidade de ditar o ritmo de sua própria evolução, o controle quase completo sobre seu corpo material.

Já os macacos, por exemplo, continuarão sujeitos à evolução biológica, à ação da natureza sobre eles. Isso significa que quaisquer mudanças genéticas entre eles poderá levar milhões de anos ou nunca acontecer... Já o homem, em pouco tempo, pode promover várias evoluções na espécie, atuando geneticamente, atuando culturamente, etc...

Certamente, esse poder pode ser utilizado tanto para o bem quanto para o mal... É um poder controlado, diretamente, pela consciência. Uma consciência iluminada vai direcionar esse poder para o bem... Uma consciência contaminada pelo mal, pela mentira, pela corrupção, pelo egoísmo vai usar esse poder para o mal, para dominar, para excluir e oprimir...

O trabalho de Noé
Às vezes fico pensando sobre Noé... Noé era um homem justo. Sua família era composta de pessoas justas. Por isso, recebeu a visita de Deus e foi protegido por Ele. Lembre-se que Deus habita na linhagem dos justos...

Contudo, Noé não ficou de braço cruzado. Não era um justo preguiçoso que esperava as coisas cairem do céu para ele. Em outras palavras, além de justo teve que trabalhar, e muito, para salvar a si e aos seus.

Primeiro, teve que pregar/disseminar a Palavra de Deus, avisando os ímpios sobre a destruição que viria, caso não retrocedessem de suas ações iníquas... Não obteve sucesso em sua pregação. Pior, foi ridicularizado.

Segundo, teve que pôr a mão na obra, ou seja, teve que construir a Arca, madeira por madeira, peça por peça...

Isso mostra, claramente, que o justo tem que trabalhar, e muito, não só para merecer a salvação, mas também para construí-la, segundo a Palavra de Deus, de acordo com as orientações de Deus. Esperamos uma Nova Era, um Novo Céu e uma Nova Terra... Logo, temos que trabalhar para que essa Nova Arca seja construída...

Eu estou fazendo o meu trabalho... E você, está fazendo o seu ???

Reforçando a idéia
Parafraseando Henry Thoreau, pode-se dizer que: um mundo de homens conscientes é um mundo que tem consciência... Um mundo de pessoas iluminadas, é um mundo iluminado... Um mundo de pessoas abençoadas, é um mundo abençoado...

Hoje vivemos em um mundo de injustiças, corrupção, mentiras... Um mundo caótico, violento, individualista, egoísta. Logo, podemos determinar, com boa aproximação, as características que marcam a maioria da pessoas desse planeta.

Para mudar o mundo é preciso mudar as características principais da maioria das pessoas que habitam esse mundo. Torná-las conscientes, iluminadas, abençoadas...

17/04/2009

Textos interessantes
Navegando aleatoriamente na web descobri um blog que possui textos interessantes sobre o Judaísmo. Os textos são interessantes, mesmo assim devem ser lidos com pensamento crítico...

Se quiser dar uma olhada nesse blog, o endereço é: http://judeus.blogspot.com

Entre os textos, há um do Rabino Aryel Kaplan que fala do Messias... (Texto aqui). Inegavelmente, um texto interessante, contudo, poucos iluminados conseguem compreender o verdadeiro significado do Messias. A consciência da maioria ainda é rudimentar demais para acessar e compreender coisas tão elevadas. Inclusive, tem gente que acha que "Terra Prometida" é só terra... Ganhou a terrinha, encerrou a questão...

Ilustrativamente, o indivíduo decorou uma frase em uma língua que desconhece. Ele pode repetir a frase quantas vezes quiser, porém sempre vai desconhecer o significado daquilo que está falando. É preciso conhecer o significado. É preciso pedir a Deus sabedoria, conhecimento, entendimento e discernimento. Só assim o significado verdadeiro pode ser acessado, é revelado.

O resultado de uma leitura sem iluminação, fundada apenas na racionalidade humana, é a deturpação da verdade, a incompreensão dos fatos e da realidade que foi expressada. Por exemplo, muitos verão no texto de Kaplan , não o advento de uma Nova Era de paz, justiça e prosperidade, mas sim a velha e requentada história da conspiração dos judeus para dominar o mundo. Logo, podem, perfeitamente, usarem essas falsas interpretações para fomentar o anti-semitismo, o fundamentalismo fanático, a intolerância religiosa, intolerância pelas diferenças e guerras...

Resumindo a encrenca toda: antes de viajar para Marte, é preciso construir um foguete que voe até lá... E, parafraseando Henry Thoreau, pode-se dizer que: um mundo de homens conscientes é um mundo que tem consciência... Um mundo de pessoas iluminadas, é um mundo iluminado... Um mundo de pessoas abençoadas, é um mundo abençoado...

A evolução humana caminha nessa direção...Por isso, o homem rompeu a barreira da evolução biológica e entrou na era da evolução cultural, evolução da consciência... A chave é a consciência, pois a fé (a fé de Abraão) tem morada na consciência...

Uma boa resposta
" Dada a tradicional pergunta "afinal vocês acreditam ou não em Jesus Cristo?", a resposta mais inteligente que eu já escutei foi do Rabino Sobel: "nós judeus acreditamos que o Messias virá. Vocês cristãos acreditam que ele já veio, mas voltará. Portanto, numa coisa nós concordamos - ainda vem alguém pela frente. Muito simples! Basta aguardar o Messias e, quando ele chegar, perguntamos se essa é a primeira ou a segunda vez que ele aparece por aqui...". Se Jesus é ou não o messias não é a pergunta mais importante que divide o Judaísmo do Cristianismo."

Texto completo (clique aqui)

15/04/2009

O filme “Escritores da Liberdade” e a função do pensamento em Hannah Arendt
Autor: Raymundo de Lima

... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King - fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.

Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência. Dulce Critelli, 2006.

Há muitos filmes americanos sobre escola, mas não como "Escritores da Liberdade". (Freedom Writers, EUA, 2007). Porque é o único filme dessa categoria que incentiva os alunos a lerem literatura, ponto de partida para testar a vocação de cada um para escrever dede um diário sobre o cotidiano trágico de suas vidas até uma poesia hip hop ou um livro de ficção. O valor desse filme também está na ousadia da linguagem cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-culturais que atingem a escola contemporânea; também porque ele dá visibilidade á diversidade dos grupos, com seu rígido código de honra, cada um no seu território, o narcisismo da recusa e da intolerância para com "os outros", o boicote ás aulas, a prontidão para aumentar os índices de violência entre os jovens e transformar a escola no seu avesso, isto é, uma comunidade bem próxima da barbárie, o que de fato vai acontecer em 1992, em Los Angeles, EUA.

O filme é baseado na história real de Erin (interpretada por Hilary Swank[1]), uma professora novata interessada em lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes resistentes ao ensino convencional; alguns estão ali cumprindo pena judicial, e todos são reféns das gangues avessas ao convívio pacífico com os diferentes.

Como em outros filmes sobre turmas problemáticas, a professora Erin toma sua tarefa como um grande desafio: educar e civilizar aquela turma esquizofrênizada e estigmatizada como "os sem-futuro" pelos demais professores. Percebe que seu trabalho deve ir para além da sala de aula, por exemplo, visitando o museu do holocausto, possibilitando aos jovens saber os efeitos traumáticos da ideologia da "grande gangue" nazista, que provocou a 2ª. Guerra Mundial e o holocausto, e também reconhecer as semelhanças com suas "pequenas gangues" da escola. Nota: a palavra "holocausto"[2], referida no filme, é usada mais pelos judeus. E, "genocídio"[3] é o termo cunhado pelo Direito Internacional do pós Guerra. Ambas significam o ato racional de eliminação de seres humanos em escala inimaginável (conferir nota de rodapé).

O método da jovem professora consistiu em entregar para cada aluno um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares e sociais. Também, instigou-os a ler livros como "O Diário de Anne Frank" com o propósito de despertar alguma identificação e empatia, ainda que os personagens vivam em épocas diferentes; a partir de eventuais encontros imaginários cada aluno poderia desenvolver uma atitude especial de tolerância para com o "outro". Na vida real, os diários foram reunidos em um livro publicado nos Estados Unidos, em 1999, e terminaram inspirando o diretor Richard LaGravenese para fazer esse filme.

Formada em Direito, Erin se torna professora, desagradando seu pai e marido. No início, ela demonstra ingenuidade, timidez, curiosidade e determinação; sua vocação para o magistério vai se construindo conforme os desafios que ela encontra entre os alunos e ao lidar com a burocracia e o conservadorismo dos funcionários do sistema pedagógico da escola. Os judeus nova-iorquinos diriam que o diferencial de Erin é ela ter "chutzpah": ousadia, garra, determinação, toma iniciativa, ir-á-luta. Os diversos obstáculos próprios de qualquer sistema escolar faz com que ela se sinta desafiada a fazer algo-mais.

Seu estilo não é teatral, tal como os professores protagonistas dos filmes "O triunfo", "Sociedade dos poetas mortos", "Escola da vida". Também não é autoritária como "Meu mestre, minha vida", e nem experimentalista como é o professor Ross, do filme "A onda". Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Primeiro, ela tenta "dar aula" segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante. Uma aluna questiona pra que serve aprender tal conteúdo abstrato considerado inútil para melhorar sua vida real; outro dirá que o fato de ela ser professora "branca" não é suficiente para ele respeitá-la. Cabe á professora ter argumentos consistentes que respondam essas questões imprescindíveis na escola contemporânea. No segundo momento, Erin faz o reconhecimento dos grupos de iguais (narcísicos), e, obviamente sente empatia com os excluídos. Terceiro, devolve aos alunos esse reconhecimento com um pensamento crítico, fazendo-os reconhecer, sentir e pensar sobre a realidade criada por eles próprios. Quarto, não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de exclusão para com os diferentes. Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento como sujeito-de-sua-história.

Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola levar os alunos para pensar e a perda da autoridade dos pais e professores. Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos á tirania de uma maioria qualquer (grupo social, tribos, gangs) e de um líder carismático ou populista. Portanto, o ato educativo de Erin é ao mesmo tempo político e ético, porque visa transformar alunos "não-pensantes", "incivilizados", "não-humanizados", em seres humanos que podem exercitar o pensamento crítico sobre a realidade e seus atos; suas propostas de dinâmicas com os grupos leva-os a rememorar situações e rever suas posições na história de cada um, podendo até criar em cada aluno uma nova ética que melhor orienta seus gestos e palavras para evitar magoar o seu próximo. As dinâmicas e debates em sala de aula desmarcaram o recorrente discurso vitimista desses grupos, que tendem ao comodismo da sua desgraça, e ao mesmo tempo projeta no outro a responsabilidade pela sua própria irresponsabilidade ou fracasso como sujeito-cidadão no meio social. é preciso que cada qual se responsabilize e se comprometa "fazer sua parte", ou como diz a velhinha que abrigou Anne Frank: "fazer a coisa certa" ou ética, como uma pessoa comum, anônima, e representante do que é ser civilizado.

Uma educação que não exercita o ato de pensar, com todos os seus riscos, além da própria ausência de pensamento, tem como efeito o não comprometimento, o não tomar decisões, ou não se responsabilizar por elas. "A tarefa fundamental do pensar é descongelar as definições que vão sendo produzidas, inclusive pelo conhecimento e pela compreensão e que vão sendo cristalizados na história. A tarefa do pensar é abrir o que os conceitos sintetizam, é permitir que aquilo que ficou preso nos limites da sua própria definição seja liberado. é livrar o sentido e o significado dos acontecimentos e das coisas da camisa-de-força dos conceitos" (CRITELLI, 2006, p. 80).

é preciso, portanto, criar dispositivos - como ler, escrever, falar elaborado - que "operem como obstáculo para que aqueles que não se decidiram a ser maus não cometam maldades" (CORREIA, A. 2006, p. 50). Conforme diz Arendt: "os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão, e, sem lembrança, nada consegue detê-los [...]. O maior mal não é radical, mas possui raízes, e, por não ter raízes, não tem limitações, pode chegar a extremos impensáveis e dominar o mundo todo", como foi a trágica experiência dos regimes totalitários, o nazi-fascismo e o stalinismo.

Para alguns, é insuficiente o(a) professor(a) apenas "fazer sua parte", visto existir um mundo para além dos limites de sua sala de aula. Mas, a lição da professora do filme está em "fazer-bem-sua-parte" exatamente no ponto nevrálgico e temporal que é a educação: ser um ato civilizatório entre o passado e o futuro. Diz ela: "A tarefa da educação é justamente a de apresentar o mundo ás gerações do presente, tentando fazê-las conscientes de que comparecem a um mundo que é o lar comum de múltiplas gerações humanas. Ao conscientizá-los do mundo a que vieram, estas deverão compreender a importância de sua relação e ligação com as outras gerações, passadas e vindouras. Tal relação se dará, primeiro, no sentido de preservar o tesouro das gerações passadas, isto é, no sentido de a geração do presente tomar o cuidado de trazer a esse mundo sua novidade sem que isso implique a alteração, até o irreconhecimento, do próprio mundo, da construção coletiva do passado" (apud FRANCISCO, 2006, p.35).

Tal posicionamento pedagógico-político-ético da função docente deve ser marcado pela sua autoridade, sensibilidade, e senso de inovação, que ao ser testado na realidade cotidiana da escola costuma pagar um preço em forma de resistências, incompreensões e críticas maldosas. Assim posicionado nesse tripé é que o docente pode tanto se defender dos ataques de fora como resistir ás frustrações advindas do seu próprio trabalho. Também, a partir desse estilo ela pode melhor se preparar para evitar cair no criticismo raso dirigido ao sistema, como forma única de luta; ou seja, a experiência tem demonstrado que muitos na escola e na universidade usam de verbosidade sem ação, não se comprometem de corpo e alma testando táticas inovadas de lutas (no sentido da esquerda política) visando melhorar a qualidade do ensino; outros ficam esperando que o governo ou dono de escola tomem iniciativas, ou autorizem (o)a professor(a) fazer algo inovador no seu trabalho docente no sentido de reverter o baixo rendimento dos alunos, por exemplo.

Que cada professor(a) faça diferença no seu ato de ensinar. O ensino regular visa levar os alunos aprenderem os conteúdos programados pelos currículos. Contudo, não se pode ensinar sem incluir também uma mudança educativa. Um ensino sem educação para o pensar é vazio de sentido prático e existencial. Uma educação sem aprendizagem dos conteúdos também é vazia e tende a degenerar em retórica moral e emocional. Ensinar e educar implicam em responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola; implica, ainda, na responsabilidade do coletivo[4] do professorado de civilizar a nova geração que irá povoar o mundo.

No dizer de Arendt (1989) "A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para expulsá-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum".

Nós, professores e professoras, devemos assistir ao filme "Escritores da Liberdade" por várias razões: para que possamos inovar o ato de ensinar adequado á realidade cultural dos alunos; para que, além de ensinar, também possamos adotar uma atitude de pesquisa-ação com os grupos que se formam em sala de aula e na escola, quase sempre atraídos pela semelhança formando grupos narcísicos, cujo sintoma visível é a intolerância para com os demais; para que aprendamos a acolher e contextualizar as situações de vida dos alunos com as de outras vidas relatadas pela história da humanidade - que, através de um diário ou redação qualquer eles aprendam a significar suas histórias com outras histórias; para que os professores do nosso Brasil se empenhem mais-e-mais em ler literatura, porque só podemos cobrar dos alunos esse hábito se nós também nos habituamos a ler, isto é, se ler e compreender[5] já fazem parte de nossa virtude pessoal. (aquele que lê e compreende tem maior probabilidade de escrever suas próprias narrativas); para que os professores façam autocrítica sobre o quantum de paixão (ou libido) têm pelo trabalho com os alunos não deve necessariamente implicar a sua desatenção (ou desapaixonamento) para com os seus próximos: marido, esposa, filhos, etc.

Bom filme pra todos!!!

Filme: Escritores da liberdade (Original: Freedom Writers) País: EUA/Alemanha - Gênero: drama. Classificação: 14 anos. Duração: 123 min. Ano: 2007. Direção: Richard LaGravenese . Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher. Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April Lee Hernandez, Mario, Kristin Herrera, Jacklyn Ngan, Sergio Montalvo, Jason Finn, Deance Wyatt, Vanetta Smith, Gabriel Chavarria, Hunter Parrish, Antonio Garcia.

Sinopse: Hilary Swank é uma professora novata que tenta inspirar seus alunos problemáticos a aprender algo mais sobre tolerância, valorizar a si mesmos, investir em seus sonhos e dar continuidade a seus estudos além da escola básica. Também ela é ousada ao enfrentar os grupos formadores de gangs em sala de aula, levando-os a pensar sobre a formação e ideologia dos próprios.

Referências

ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.

ARENDT, Hanna. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 238-9.

CORREIA, Adriano. O pensamento pode evitar o mal? In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p.46-55.

CRITELLI, Dulce. O ofício de pensar. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p.74-83.

FRANCISCO, Maria de Fátima S. Preservar e renovar o mundo. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p. 26-35.

REBELLO DE SOUZA, Denise Trento. Formação continuada dos professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. In: rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n3, p.477-492, set./dez.2006.

[1] A novata atriz Hilary Swank é merecedora de dois prêmios Oscar pelos filmes: "Menina de ouro" e "Meninos não choram".

[2] Holocausto [gr. Holókauston], originalmente, significava o "sacrifício em que a vítima - um animal - era queimada inteira", tendo assim um sentido de imolação ou expiação. No período nazista, entre 1935 e 1945, os judeus se viram diante de um novo holocausto, sendo obrigados á perda da cidadania, a trabalhos forçados, a suportarem a brutal separação dos membros da família inclusive de crianças, a serem fuzilados em massa, a serem transportados pela força para os campos de concentração onde terminavam sendo exterminados coletivamente em câmaras de gás. Durante o holocausto, cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados para cumprir o que os nazistas chamavam de "solução final". Alguns analistas entendem que o emprego da palavra holocausto teve o intuito de significar mais que a palavra "genocídio". C. Lash (1990), por exemplo, argumenta que "o massacre dos judeus tornou-se holocausto porque a palavra "genocídio", numa época genocida havia perdido a capacidade de evocar os sentimentos apropriados aos fatos que procurava caracterizar. Ao buscar uma linguagem ainda mais extrema, os historiadores do holocausto contribuíram para a degradação do "genocídio" (...). Contra os poloneses e outros povos cativos da Europa oriental, Hitler praticou o que pode ser denominado de genocídio, de acordo com Y. Bauer (...). [isto é, a política nazista assassinou sistematicamente judeus, e, também, comunistas, homossexuais, ciganos, Testemunhas de Jeová, e todos as pessoas consideras pelos nazistas como "inferiores". No entanto], "é preciso alertar que somente os judeus experimentaram um holocausto" (LASH, 91). Portanto, mais do que o genocídio, a palavra holocausto passou a ser empregada com o sentido de extermínio em massa racionalizado e insano dos judeus, coisa que era "impensável" até acontecer de fato como o maior acontecimento trágico do século 20.

[3] Ver nosso artigo disponível em: n. 45, em fevereiro/2005.

O "Genocídio" [do latim genus = família, raça, tronco, do grego genos e caedere = matar, cortar] é uma palavra cunhada por Raphael Lemkin em 1944 para especificamente se referir á política do governo nazista de extermínio completo dos judeus, ciganos, comunistas e homossexuais. Até então a humanidade não tinha sofrido nada igual; nunca o crime foi imaginado, racionalmente planejado e executado pelo Estado, em proporções gigantescas. O crime de genocídio constituiu uma das acusações contra os líderes nazistas no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg em 1944, e, posteriormente, passou a vigorar na ONU sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (UNGC), que entrou em vigor em 1951, mas até hoje raras vezes foi aplicado. Lemkin imaginava que a palavra genocídio poderia evocar nas pessoas uma atitude de repulsa ao crime de massa e de luta pelos direitos humanos. A rigor, o genocídio é definido como "crime contra a humanidade, que consiste em cometer, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, qualquer dos seguintes atos: I) matar membros do grupo; II) causar-lhes lesão grave á integridade física ou mental; III) submeter o grupo a condições de existência capazes de destruí-lo fisicamente, no todo ou em parte...". (Dic. Aurélio). Também é considerado genocídio, a interdição da reprodução biológica e social de membros de grupos étnicos, bem como também a prática de terror contra supostos inimigos reais ou potenciais. O Brasil regula e define o genocídio pela Lei no. 2. 889, de 1º. de outubro de 1956. A Lei no. 8.072, de 25-07-1990, o considera como "crime hediondo" e, como tal, insustentável de anistia, graça, indulto, fiança e liberdade provisória.

[4] Na verdade, esse "coletivo" tem duas faces: a cultura dos professores da escola e a estrutura técnico-burocrática que orienta o funcionamento da escola. Os programas de formação continuada dos professores, por exemplo, até agora não problematizam sobre a necessidade de mudar (reformar ou revolucionar) o modelo de ensino da escola e sua cultura específica. Para uma análise sobre os programas de formação continuada dos professores, ver: REBELLO DE SOUZA, Denise Trento. Formação continuada dos professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. In: rev. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n3, p.477-492, set./dez.2006.

[5] Sobre a incompreensão na leitura, ler nosso artigo nessa revista www.espacoacademico.com.br (ver "arquivo do autor").

Autor: Raymundo de Lima

ray_lima[arroba]uol.com.br

Formado em Psicologia, Mestre em Psicologia Escolar (UGF) e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor do Depto. Fundamentos da Educação, na área de Metodologia da Pesquisa, da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Artigo extraido de Revista do Espaço Acadêmico.