A criminalidade organizada dentro da USP
Por que a criminalidade organizada é tão forte em São Paulo ? Porque a maioria das instituições públicas paulistas são controladas e dirigidas por servidores públicos que não respeitam as leis e nem o Estado de Direito. Servidores que acham que a instituição lhes pertence e que podem fazer quaisquer coisas à revelia da lei e dos direitos humanos. Enfim, a criminalidade organizada só cresce em locais onde as instituições são podres e corruptas. São Paulo é um lugar onde este tipo de comportamento é muito comum, inclusive aqui na USP. |
Eu fui aprovado na seleção sócio-econômica para receber uma bolsa trabalho. Contudo, fui excluído ilicitamente do processo de seleção e a bolsa trabalho foi dada para outra pessoa. Solicitei por escrito as razões da exclusão do processo e, simplesmente, os servidores públicos envolvidos na ilegalidade (Rosa Maria Godoy, Marisa Luppi e Assistente Carla) se recusam a responder os documentos que tenho protocolado. Então eu pergunto: Servidor público pode se recusar a responder requerimentos e emitir documentos necessários à defesa de direitos individuais ? Servidor público pode retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício ? Por que não respondem os requerimentos ? O que temem ?
Este grupo atua dentro da Coseas utilizando a mesma lógica da criminalidade organizada, ou seja, os pequenos (assistentes) praticam a ilegalidade, enquanto os grandes (Coordenadora e chefes das assistentes) acobertam o ato ou lhe dá aparência de legalidade. Vejam: a Assistente Carla e outras Assistentes forjam os editais fraudulentos, visando excluir alunos do processo de seleção das bolsas. Os alunos excluídos e inconformados recorrem da decisão dessas assistentes junto à Marisa Luppi (Chefe das Assistentes) ou à Rosa Godoy (Coordenadora da Coseas) que, alinhadas com as assistentes macunaímas (picaretas), indeferem ou arquivam os recursos, garantindo e dando eficácia às ilegalidades. Contudo, agora a coisa piorou ainda mais, pois não estão nem respondendo os documentos/requerimentos que são protocolados.
Assinalo que este tipo de comportamento também aconteceu no ano passado. Entrei com um pedido de moradia no mês de junho e as assistentes, assim como a chefe das assistentes e a coordenadora da Coseas indeferiram o meu pedido alegando que não havia vagas, etc. Tudo mentira, pois os alojamentos provisórios estavam vazios e disponíveis. Mesmo assim retardaram o máximo possível a liberação do alojamento, ou seja, entrei com o pedido de moradia em junho e somente liberaram o alojamento em novembro. Resultado, prejudicaram-me o máximo possível. Certamente, vou entrar com as respectivas ações indenizatórias. Terão que indenizar o prejuízo e a humilhação que me causaram.
Eu cansei disso. Cansei de ser prejudicados e ter direitos violados por estas assistentes macunaímas. Cansei de ver outras pessoas serem humilhadas e não fazerem nada. A maioria dos alunos tem medo de tomar medidas contra funcionários e professores picaretas. Eu não tenho medo. Portanto, a partir de agora estou iniciando uma campanha visando a exoneração dessas servidoras (Rosa Maria Godoy, Marisa Luppi e Carla), pois temos que varrer a podridão e a ilegalidade para fora da USP. Além disso, espero que a Reitoria não cometa o crime de prevaricação e se cale diante destas ilegalidades, protegendo servidores incompetentes que trabalham contra os alunos desta Universidade. Espero que a Reitoria tome as providências legais cabíveis para a exoneração dessa gente.
Além disso, um ponto que é fundamental ressaltar nesta questão é o fato das assistentes (funcionárias administrativas da Universidade) estarem utilizando seus cargos e os benefícios que controlam para determinar a vida acadêmica dos graduandos, ou seja, temos que verificar quantos alunos desistiram dos cursos de graduação por culpa das assistentes que, mesmo constatando a necessidade do aluno, negaram as bolsas - moradia, alimentação, trabalho, etc. Logo, expulsaram, ou estão expulsando, alunos pobres da Universidade. Tentaram fazer isto comigo o ano passado e se eu não tivesse conseguido um empréstimo para pagar aluguel fora da USP teria abandonado o curso.
Caso a Reitoria não tome nenhuma providência contra essas assistentes picaretas e iniba as ilegalidades que estão ocorrendo na Coseas vou denunciar outros envolvidos nesta e outras fraudes que estão ocorrendo na USP, inclusive professores e unidades. É melhor exonerar essas assistentes do que ver a Universidade sangrar e se desgastar lentamente.
A ilegalidade e a violação de direitos fundamentais não pode ser tolerada. A criminalidade organizada tem que ser combatida, esteja onde estiver, principalmente aquela que está instalada e se desenvolvendo dentro da administração pública.
Uma saída para acabar com as ilegalidades na Coseas é a terceirização do serviço realizado por este órgão. Os processos seletivos podem ser feitos por empresas especializadas, pois existem critérios objetivos estabelecidos para selecionar os bolsistas. Além disso, as terceirizações garantem maior imparcialidade e transparência nos processos, pois impedirá que as assistentes conheçam e tenham intimidade com os candidatos, sem contar o fato de serem apenas três processos anuais de seleção (Bolsa moradia, bolsa alimentação e bolsa trabalho), logo não há necessidade de manter uma grande quantidade de assistentes permanentemente "morcegando" na Coseas. Deve-se manter apenas uma ou duas plantonistas (A Gina e mais uma), as demais são desnecessárias.
Texto completo da representação protocolada na Reitoria e encaminhada ao Ministério Público
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