Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

23/10/2010

O prejuízo causado pela turma do Serra

Vou considerar, só e somente só, o prejuízo, causado pela turma do Serra, ao Povo Brasileiro, na venda de uma unica empresa - a Vale do Rio Doce. Para nao fazer uma pesquisa extensa vou considerar apenas os lucros obtidos por essa empresa em alguns anos - 2006, 2007, 2008.

Lucro em 2006 - 13,431 bilhões;
Lucro em 2007 - 20,006 bilhões;
Lucro em 2008 - 21,279 bilhões.

E aí, os tucanos vão pagar a conta ? Acho que não adianta pedir a falência deles... Se adiantasse teríamos que pedir, para que eles nunca mais voltassem a botar as mãos no patrimônio público do Povo Brasileiro. A falta de visão e compromisso com a coisa publica, com o Povo Brasileiro, da turma do Serra, fica evidenciada, cristalinamente, com essa privatizacão.

Só com esses lucros, desconsiderando o valor da empresa que foi vendida por US$ 3.338.178.240 ou cerca de 3,3 bilhões de dólares, quantos hospitais, quantas escolas, quantas bolsas famílias, aumento para os aposentados, etc esses lucros poderiam pagar.

Em 2006, a Vale aparece na avaliação da Bolsa com um valor de mercado de 122 bilhões e 698 milhões de reais. Somente nesta Companhia o Brasil perdeu, com a privatização da turma do Serra, 119 bilhões e 198 milhões de reais.

De acordo com a Wikipedia, em 2005, a empresa pagou 2 bilhões de reais de impostos no Brasil, cerca de 800 milhões de dólares ao câmbio da época. Compare o lucro com os impostos pagos...

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Notícia de 2008


A mineradora Vale do Rio Doce anunciou nesta quinta-feira que obteve lucro líquido de R$ 21,279 bilhões em 2008, com avanço de 6,36% sobre 2007. Trata-se do sexto ano seguido que a empresa consegue elevar seu lucro sobre o ano anterior.

Já o resultado do quarto trimestre foi de R$ 10,449 bilhões, apresentando avanço de 136,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Em compensação, o ganho recuou 15,96% sobre o terceiro trimestre de 2008, indicando primeiros efeitos da crise financeira sobre suas atividades.

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou em R$ 35,022 bilhões, subindo 4,17% sobre 2007.

O faturamento da empresa atingiu R$ 72,776 bilhões no ano passado, 9,62% a mais do que no ano anterior. Segundo a empresa, o recorde de vendas de nove produtos --minério de ferro (253,6 milhões de toneladas métricas), pelotas (41,6 milhões de toneladas métricas), níquel (276.000 toneladas métricas), cobre (320.000 toneladas métricas), alumina (4,2 milhões de toneladas métricas), cobalto (3.100 toneladas métricas), metais preciosos (2,4 milhões de onças troy), metais do grupo da platina (410.000 onças troy) e carvão (4,1 milhões de toneladas métricas)-- foi o principal motivo do bom resultado.

Nas regras do US GAAP (contabilidade americana), o lucro apresentou alta de 11,78% sobre 2007, passando para US$ 13,218 bilhões.

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Notícia de 2007


O desempenho positivo dos preços das commodities metálicas no mercado mundial fez com que o lucro líquido da mineradora Vale do Rio Doce atingisse R$ 20,006 bilhões em 2007, ficando 48,95% acima do registrado em 2006 (R$ 13,431 bilhões). Trata-se do quinto ano seguido de alta no ganho.

No comunicado divulgado hoje, a Vale informou ainda que no quarto trimestre de 2007, o lucro foi de R$ 4,41 bilhões, 30,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

A mineradora brasileira bateu, no ano passado, recordes na produção de minério de ferro (303 milhões de toneladas métricas), pelotas (36,0 milhões de toneladas métricas), níquel refinado (248 mil toneladas métricas), cobre (284 mil toneladas métricas), bauxita (9,1 milhões de toneladas métricas), alumina (4,3 milhões de toneladas métricas), alumínio (551 mil toneladas métricas), caulim (1,3 milhão de toneladas métricas) e cobalto (2,5 mil toneladas métricas).

"Com esses volumes, a Vale reafirma sua posição de maior produtora mundial de minério de ferro, segunda maior de níquel, e uma das maiores em caulim, cobalto, ferro ligas e alumina", informou a empresa em comunicado.

A produção forte --ancorada, entre outros, na aquisição da canadense Inco, em 2006, por US$ 16 bilhões-- fez com que a empresa tivesse receita bruta de R$ 66,385 bilhões, 42% a mais do que no ano anterior.

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 33,619 bilhões, com avanço de 47,7% no ano.

Os investimentos --excluindo aquisições-- também bateram recorde, ao atingir US$ 7,6 bilhões. Segundo a empresa, trata-se do maior valor entre as principais mineradoras globais no ano passado.

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Na Wikipedia

Tão polêmica tornou-se sua privatização que o jornalista Elio Gaspari apelidou essa operação de privataria, criando um neologismo. Supostos desvios de finalidades nas privatizações não teriam ocorrido só no Brasil, mas no mundo. Joseph E. Stiglitz, ex-Vice-Presidente Sênior para políticas de desenvolvimento do Banco Mundial, apelidou esse processo, ocorrido sobretudo nas privatizações dos anos 1990, de briberization ("propinização"). [36]

Setores descontentes da sociedade impetraram mais de cem ações populares para tentar anular a venda da Vale - dentre elas a proposta por um grupo de juristas de São Paulo, liderados pelo professor Fábio Konder Comparato a quem se juntaram Celso Antônio Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari, Goffredo da Silva Telles Jr. e Eros Grau. Estas ações se arrastam na justiça até hoje, com remotas possibilidades de sucesso, segundo alguns especialistas . [37][38]

Dois bancos internacionais foram chamados pelo governo FHC para fazer a avaliação da companhia que seria leiloada, sendo um deles aMerrill Lynch. Por uma razão que até hoje muitos economistas não conseguem entender,[27] os bancos escolhidos por FHC concordaram em avaliar a Vale apenas pelo critério de fluxo de caixa existente à época, descontado,[39] não levando em conta o valor potencial de suas reservas de minério de ferro (que entraram no negócio por valor zero) [28] - e que eram capazes de abastecer o mundo pelos próximos 400 anos. [23][40] Estes critérios continuam sendo fortemente questionados e há certos setores da sociedade tentando organizar um plebiscitopara reverter a privatização da Vale, que julgam ter sido feita de uma forma lesiva ao patrimonio do Brasil. [41]

Após a privatização, em conseqüência do inesperado e substancial aumento dos preços do minério de ferro, a Vale pôde arcar com pesados investimentos, que até o momento somam a quantia de 16,5 bilhões de dólares, fazendo seu lucro anual subir de cerca de 500 milhões de dólares em 1996 para aproximadamente 12 bilhões de dólares em 2006. O número de empregos gerados pela companhia também aumentou desde a privatização - em 1996 eram 13 mil e em 2006 são mais de 41 mil. Atualmente, a União, através do BNDES Participações, de fundos de previdência de suas estatais e de participação direta, detêm número expressivo de ações da Vale. Em 2005, a empresa pagou 2 bilhões de reais de impostos no Brasil, cerca de 800 milhões de dólares ao câmbio da época. [37][42]

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O ICEE-98 - International Conference on Engeneering Education, realizado no Rio de Janeiro em 1998, calculou que suas reservas deminério de ferro, só em Carajás, sem contar com outros minérios, podiam durar 400 anos, com extração contínua aos níveis de então.[23]

Com a extração mantida aos níveis de 2005, o diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, estima que as reservas de minério de ferro totais da companhia perdurem por 200 anos.

As reservas de ferro de Corumbá durarão 30 anos, e as de manganês, 80 anos. [24]