Considerando que o último milênio foi de destruição, e que o homem é um ser inteligente, que estuda e analisa a própria história e acredita na construção de um Mundo Novo, um mundo mais justo, este milênio atual, deve seguir um caminho diferente. Olhamos para a história para não repeti-la. E olhando para a história, assim como para a Palavra de Deus, temos uma orientação, sabemos qual caminho seguir.
Tem que ser um caminho de justiça, tolerância e paz, sem opressão, sem desigualdades, sem exclusão, sem dominação. As fontes de conflitos, fanatismos e destruição devem ser eliminadas. Não falo em eliminar pessoas, mas sim em eliminar elementos, causas, situações e negócios que causem desentendimentos, desavenças e conflitos entre as sociedades e os homens.
A dominação, domínio de uns sobre outros, deve cair. Os homens são iguais e as sociedades devem ser tratadas em nível de igualdade. As diferenças, se são oriundas do livre-arbítrio, ou seja, se não são impostas, também devem ser respeitadas. A pessoa é diferente porque escolheu ser diferente. Se a diferença é uma imposição, não é diferença, é opressão. As opressões, injustiças, exclusões e desigualdades constituem elementos desagregadorese e destruidores, por sua própria natureza, de sociedades e países.
Por isso é preciso encontrar mecanismos e caminhos que eliminem esses elementos desagregadores. É preciso construir uma consciência universal que iniba o surgimento desses elementos, que proteja o homem contra a dominação, as opressões, as injustiças, as exclusões, desigualdades e autoritarismos, venha de onde vier, seja da política, seja da religião, seja do mercado, das empresas, etc.
Seguindo esse caminho de justiça, respeito às diferenças, tolerância e, principalmente focalizando na construção de uma consciência universal, as chances de repetir a destruição do milênio passado, são reduzidas drasticamente. Contudo, é preciso ficar atentos às ações e intenções daqueles que ainda estão presos às categorias e elementos do velho milênio e tentam reconstruir, na atualidade, projetos que já foram testados e acabaram em destruição e opressão das sociedades que seguiram esses caminhos.
Preocupa-me o caso da venezuela que busca seguir o mesmo caminho de Cuba. Se Cuba não chegou em lugar nenhum, onde a venezuela, que está seguindo o mesmo caminho, chegará ? Inegavelmente, deve-se copiar de Cuba aquilo que deu certo e funcionou muito bem (projetos educacionais, saúde, etc), contudo, os elementos de opressão e violação das liberdades, assim como dos direitos humanos, devem ser rejeitados e abandonados.
Inegavelmente, vários mecanismos de contenção de violações graves de direitos humanos foram criados nas últimas décadas. Porém, esses mecanismos não tem se efetivado na proteção de grupos humanos e de sociedades. Vemos isso nos conflitos da Bósnia e da África. Logo, nesse Novo Milênio, esses instrumentos devem se torna efetivos e eficazes para inibir e eliminar as dominações, opressões, exclusões e extermínios.
Além disso, as armas de destruição em massa devem ser destruídas, banidas do planeta, pois a simples existência dessas armas de destruição, nas mãos de um país, faz pairar sobre as sociedades humanas a possibilidade dessas armas serem usadas para dominação e opressão dos demais, rompendo o equilíbrio, a harmonia e a estabilidade que deve existir em um mundo multilateral.