A terceira parte, formada por seis capítulos, busca explicar por que a globalização atual é perversa, fundada na tirania da informação e do dinheiro, na competitividade, na confusão dos espíritos e na violência estrutural, acarretando o desfalecimento da politica feita pelo Estado e a imposição de uma politica comandada pelas empresas.
A quarta parte mostra as relações mantidas entre a economia contemporânea, sobretudo as finanças, e o território. Esta parte é constituída de seis capítulos, dos quais o último poderia também se incluir na parte seguinte, pois, por meio da noção de esquizofrenia do território, mostramos como o espaço geográfico constitui um dos limites a essa globalização perversa.
E essa ideia de limite a historia atual que se impõe na quinta parte, em que são mostrados ao mesmo tempo os descaminhos da racionalidade dominante, a emergência de novas variáveis centrais e o papel dos pobres na produção do presente e do futuro.
A sexta parte, uma espécie de conclusão, é dedicada ao que imaginamos ser, nesta passagem de século, a transição em marcha. Aqui, os temas versados realçam as manifestações pouco estudadas do pais de baixo, desde a cultura ate a politica, raciocínio que se aplica também a própria periferia do sistema capitalista mundial, cuja centralidade apresentamos como um novo fator dinâmico da historia.
É, exatamente, porque esses atores, eficazes mas ainda pouco estudados, são largamente presentes, que acreditamos não ser a globalizacão atual irreversível e estamos convencidos de que a história universal apenas começa.