Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

28/07/2009

Outra explicação
Inegavelmente, alguns indivíduos, ao lerem o post abaixo (sobre a Árvore do Conhecimento do bem e do mal), dirão: "Não acredito em nada disso... Não acredito em árvore. Não acredito em Bíblia. Não acredito em nada. Penso que tudo é conversa para acalentar bovinos (conversa para boi dormir). Quero outra explicação..."

Tudo bem... Vamos simplificar a história. A prática do bem e do mal são escolhas da consciência. Escolhas que derivam, diretamente, do conhecimento. Sem conhecimento não há escolha, pois sem conhecimento a consciência não emite decisões de livre-arbitrio. Por isso, os três pontos essenciais aparecem no título: conhecimento, bem e mal.

Um animal que não possui capacidade de pensar, não possui conhecimento, não pratica o bem e nem pratica o mal, pois essa prática necessita da capacidade de pensar, da capacidade de analisar informações, saberes e conhecimentos.

Exemplo, o leão que caça a gazela. Caça porque está com fome. Caça para comer. Isso é instinto de sobrevivência. Não é prática do bem ou do mal. Tanto é verdade que se o leão está com a barriga cheia, as gazelas podem caminhar, tranquilamente, ao lado do predador.

Portanto, a prática do bem e do mal necessita da capacidade de pensar. Mais do que isso, necessita do conhecimento. Sem conhecimento, a capacidade de pensar não se desenvolve. Contudo, o contrário pode ocorrer, ou seja, o indivíduo pode ter inúmeros conhecimentos, mas não subemetê-los à capacidade de pensar, aceitá-los como verdades absolutas, prontas e inquestionáveis.

Não submissão dos conhecimentos que possui a uma análise crítica, significa não exercício da capacidade de pensar. Exemplos típicos disso são os fanatismos. Inclusive, é o não exercício da capacidade de pensar que possibilita a banalidade do mal. O conhecimento está na consciência, mas ele não é movimentado pela capacidade de pensar. E se há o conhecimento, a prática do bem e do mal são possíveis, pois são escolhas do livre-arbítrio. E uma escolha é feita, porém, sem ser submetida à capacidade de pensar.

No caso de Eichmann, o exemplo típico de pessoa banal, citado por Hannah Arendt, as escolhas feitas por ele eram aplicações diretas de ordens superiores e de técnicas que garantiam eficiência máxima na realização do serviço burocrático. Se ele tivesse exercitado sua capacidade de pensar, a primeira pergunta que faria era: o que estou fazendo ? Por que estou fazendo ? Estou fazendo o bem ou o mal ? Por que eles tem que morrer e porque eu tenho que matar ? Etc...

Enfim, o bem e o mal estão diretamente ligados ao conhecimento. Conhecimento do bem e conhecimento do mal, podendo praticar quaisquer deles. A escolha decorre da capacidade de pensar e do livre-arbitrio. Inegavelmente, a capacidade de pensar tende a ser uma ação inibidora da prática do mal. Digo "tende a ser" porque depende da qualidade do conhecimento que está sendo analisado, que está na consciência.

Portanto, chatolino, você comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal... É lógico que comeu, pois adquiriu conhecimento...
(Ainda não revisei o texto acima. Depois reviso e esclareço melhor...)