A minha meta, com estas obras, é romper o excesso de mesmice e mediocridade que predominam na atualidade. Mesmice e mediocridade que não derivam de ignorância dos intelectuais dos grupos dominantes. Não é falta de informação ou de conhecimento, mas sim um ardil, um artifício de dominação. Este método dos grupos dominantes é conhecido como "mudar tudo sem mudar nada".
Eles conhecem cristalinamente as soluções para os problemas sociais, porém, descartam estes caminhos, desviando as atenções para coisas irrelevantes e insignificantes. Perpetuando, desta forma, os interesses que geram e alimentam as desgraças sociais.
Alguns agem dolosamente a favor do sistema. Outros agem por omissão. Para estes últimos vale a pergunta do Osmair Camargo Cândido: “do que têm medo muitos que se dizem ‘- solidários’ e ‘cristãos’, mas não fazem o que eu, que creio pouco, faço por consciência do dever?” (Texto completo aqui)
Mais do que isto... com estas obras busco estabelecer, definitivamente, a supremacia da maioria na sociedade. Governo da maioria, direito das minorias. O poder emana do Povo e por ele deverá ser exercido. E o Povo somente pode exercer diretamente o poder em uma Democracia Direta. 513 deputados não são o Povo. Não representam os interesses e a vontade de 185.000.000 de pessoas. A Democracia Representativa é um engodo que tem que ser extinto.
Inclusive, lendo o livro primeiro da obra "República" de Cícero, percebi, claramente, que a idéia de Cipião, apresentada no texto, é corretíssima. Ele considera que o melhor governo para a sociedade tinha que ser uma mistura das três formas de governo: monarquia, aristocracia e democracia.
Inegavelmente, esta idéia de Cipião é o caminho que seguimos quando falamos em República com Democracia Direta. Um executivo usando regras da monarquia, um legislativo exercido diretamente pelo Povo e um judiciário com regras da aristocracia. Porém, as regras para o judiciário devem ser calcadas no mérito, na garantia de igualdade de acesso e na aprovação dos nomes pelo Povo.