Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

28/09/2007

A classe média bancaria os estudos de jovens carentes em troca de abatimento no Imposto de Renda

Leonildo Correa -- 28/09/2007 -- Parece-me que andaram lendo e entendendo a minha proposta de ampliação das leis de incentivo. Isso é bom, muito bom...

Clique aqui para ler as minhas propostas

Globo Online -- 27/09/2007 --

Durante o primeiro painel do 9º Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp) nesta quinta-feira, em São Paulo, o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Mozart Neves Ramos, propôs a criação de um programa em que pessoas físicas poderão financiar os estudos de jovens carentes em troca de abatimento no Imposto de Renda.

- A classe média bancaria os estudos de jovens carentes em troca de abatimento no imposto de renda - defendeu Mozart, que foi o expositor do painel "As modificações provocadas nas IES pelos novos paradigmas da educação superior no século XXI", no evento que acontece até esta sexta-feira no Novotel Jaraguá São Paulo Conventions.

- O jovem vive o drama de sonhar com uma formação superior e não ter condições. Ele sai do ensino médio e não se sente preparado para participar do vestibular nas públicas, mas não tem como se manter em uma particular. O Brasil enxuga gelo. O orçamento da Segurança, por exemplo, ultrapassa e muito o da Educação - comparou, ao criticar o papel que o poder público vem realizando na educação.

" O jovem sai do ensino médio e não se sente preparado para participar do vestibular nas públicas, mas não tem como se manter em uma particular "

O conselheiro do CNE também falou a respeito do problema da formação de professores. Segundo ele, o que se vê atualmente é um impasse nas licenciaturas:

- Temos que ter um pacto de nação: ou se valoriza o professor, com planos de carreira e formação continuada, ou não teremos jovens talentosos para serem professores na educação básica.
Avanços tecnológicos são motor para desenvolvimento

O vice-presidente da Câmara de Educação Superior (CES/CNE), Paulo Monteiro Vieira Braga Barone, primeiro debatedor da conferência, falou sobre o papel dos avanços tecnológicos, que são "o motor da vida contemporânea", e têm que puxar a educação também.

- Os avanços científicos se modificam muito rapidamente, e isso reforça a necessidade de basear o ensino em conceitos mais duradouros - disse o educador, para quem é preciso formar para os desafios de hoje: - Para tanto, o ensino deve ter um envolvimento com a inovação e um compromisso com o desenvolvimento do país.

Antonio Carbonari Netto, presidente da Anhanguera Educacional, e segundo debatedor, ressaltou a importância do papel dos dirigentes das instituições.

- Tem que haver preparo para ser gestor - afirmou, destacando que os mantenedores têm que se especializar em gestão para atender ao usuário final.

" Temos que dar as mãos aos mais fracos "

Carbonari defendeu a massificação do ensino superior contra a formação de "castas e reserva de mercado". Para ele, trata-se de um processo de inclusão social.

- Temos que dar as mãos aos mais fracos - considerou, propondo ainda transformar o Enem em um exame de proficiência, o que, segundo ele, "permitiria o ingresso de 5 milhões de alunos no ensino superior".