Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

29/09/2006

Dossiês podem ser armas de defesa da coletividade

Analisando atentamente a questão dos dossiês, percebi que eles são importantes armas de defesa da coletividade contra os corruptos da administração pública e da política. Certamente, estou falando de dossiês formados com informações verdadeiras, ou seja, dados procedentes que sirvam como prova contra a roubalheira da coisa pública. Portanto, descaracterizo e descarto os dossiês mentirosos, criados apenas com a finalidade de atingir e enfraquecer personalidades importantes para a coletividade.

Neste sentido, penso que todos os cidadãos devem produzir dossiês. Reunir informações e provas contra agentes públicos que fazem mau uso dos recursos da coletividade. Não apenas reunir, mas reunir e publicar, para que todos saibam, o que andam fazendo com o dinheiro coletivo.

Muitas coisas se fazem às escondidas, embaixo dos panos, na calada da noite. Outras coisas são planejadas e implentadas levando em consideração a ineficácia das investigações policiais, a parcialidade do Ministério Público e da Justiça. Assim, os governantes corruptos mais ardilosos escapam ilesos das investigações e da fiscalização detalhada do patrimônio público. Vejam que a máfia das ambulâncias já existia na época do FHC e ninguém descobriu nada. Por que ninguém descobriu nada ?

Os ataques à coisa pública são crimes de grande repercussão e dano social, ou seja, são crimes que prejudicam e deterioram diretamente a coletividade. Um ladrão de banco, no máximo, causa dano ao banqueiro e a seus associados; mas um político corrupto e ladrão, que furtou todo o dinheiro de construção de um hospital ou de uma escola, atingiu e prejudicou toda a coletividade por várias gerações. O ladrão de banco rouba de quem tem muito. O político corrupto rouba de quem muito pouco. O ladrão de banco acaba na cdeia, em presídio de segurança máxima, etc. O político corrupto e ladrão acaba em sua mansão no Morumbi ou em Miami. Isso quando não continua governando e roubando.

Diante desses fatos, percebo que uma forma da sociedade e da coletividade reagir, é montando e publicando dossiês. Nenhum fato passa completamente despercebido. Alguém sempre vê alguma coisa, ouve alguma coisa, ou tem algum documento que prova algo. Assim, a idéia é dar meios para que essas pessoas, que monopolizam informações de interesse da coletividade, reúnam e publiquem tais dados. Mostrando a toda a sociedade a cara do ladrão, as suas ligações com a banda podre, os encontros às escondidas para avaliar os objetos do roubo, etc.

Inclusive a lei garante aos cidadãos o direito de agirem e representarem contra a rapinagem da coisa pública. Isso está previsto tanto na lei da ação popular, quanto na lei da improbidade administrativa, etc, ou seja, o cidadão é parte legítima para reunir informações (provas), ou seja, montar dossiês, visando proteger o patrimônio da coletividade; assim como propor representação contra maus administradores da coisa pública.

Certamente, essa possibilidade de quaisquer cidadãos poder montar e publicar dossiês verdadeiros contra agentes públicos corruptos (políticos, juízes, desembargadores, promotores e demais servidores públicos) assusta a banda podre que atua na burocracia estatal. Imagine se a moda pega, ou seja, se todos os cidadãos começarem a montar e publicar dossiês contando fatos do dia-a-dia da corruptação nos órgãos públicos ?? Se isso acontecer será o fim da ordem dos macunaímas.

Por isso é essencial punir exemplarmente, mandando prender, quem publica dossiês com informações verdadeiras. Por isso este caso do PT não pode passar em brancas nuvens, ou seja, a sociedade e os indivíduos têm que ser amedrontados e ameaçados. Eles devem aprender que informações verdadeiras não podem ser publicadas, principalmente quando mostram gente graúda envolvida com a banda podre. O fato do Serra e do Alckmin serem amigos e terem negócios com a máfia dos sanguessugas não pode ser narrado, isso não pode ser dito abertamente por aí. É algo que tem que ser escondido, falado baixinho, ou seja, no pe-do ouvido. Algo que o povo, a coletividade, não pode saber. Assim, quem ousou mostrar e revelar abertamente essas informações verdadeiras tem que ser punido, perseguido, capturado e queimado na fogueira.

As ações da polícia, do Ministério Público e da Justiça, neste caso, visam amedrontar e ameaçar a sociedade e a coletividade. Estão agindo para impedir a montagem e publicação de dossiês verdadeiros. Estão agindo para proteger os seus amigos e afastar eventuais aventureiros que resolvam investigar a vida dos homens públicos e publicar a podridão que corre por baixo dos panos neste país.

Neste contexto, achei muito interessante a questão dos dossiês e vejo neles um instrumento de proteção da coletividade contra os ataques da rapinagem de plantão ao patrimônio público. Acho até que vou criar um portal, baseado no exterior (China, Irão ou Coréia do Norte) para reunir e publicar dossiês contra corruptos. Vamos mostrar quanto roubaram, como roubaram e onde está o dinheiro roubado.

Não quer ver seu nome em um dossiê, então não roube o dinheiro público e nem queira fazer a coletividade de idiota. Aqui se faz. Aqui se paga.

Todo o poder emana do povo e o povo usa de seu poder como quiser.

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