Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

07/10/2011

Sobre Steve Jobs

“Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que querem ir pro paraíso não querem morrer pra chegar lá. E ainda assim a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém jamais escapou dela. E isso é como deveria ser, porque a Morte é provavelmente a melhor invenção da Vida. É o agente de mudança da Vida. Limpa o velho para abrir caminho pro novo. Exatamente agora o novo é você, mas algum dia não muito distante de agora, você gradualmente vai se tornar velho e ser eliminado. Desculpe ser tão dramático, mas isso é bem verdade.”

Dizem que a frase acima é de Steve Jobs. Eu discordo em alguns pontos. Inclusive, vou aproveitar esse mote p/ falar de outras coisas.

Primeiro falo da doença que, supostamente, atacou-o. Atacar as pessoas c/ câncer ou outra doença maliga, atacar as pessoas com demônios ou outros espíritos malignos, enfim, tentar silenciar uma pessoa com a morte, enfim, tudo isso são coisas terríveis, para não dizer as piores coisas que podem acontecer a um ser humano.

Sem dúvida nenhuma, há um causador dessas coisas. Elas não acontecem por acaso e causam um grande sofrimento. Já tive vários casos de câncer na minha família e vi de perto o sofrimento que essa doença causa.

Não concordo com a idéia de que sofrimento é redenção ou libertação. Sofrimento é uma coisa maligna que tem que ser eliminada do meio humano. A verdade liberta. O sofrimento não. A pessoa pode sofrer no limite máximo, porém, se não souber a verdade, de nada adiantou tanto sofrimento.

Inclusive, há pessoas, grupos, religiões que lutam contra o sofrimento humano, lutam p~/ que as coisas citadas acima não acontençam entre os seres humanos. Lutam p/ que as pessoas tenham uma vida longa, próspera e feliz.

Vida longa, tão longa que pode chegar a ser infinita ou eterna, desviando os agentes malignos que causam doenças, atacam com demônios e querem silenciar as pessoas com a morte.

Não é por acaso que o Reino dos Céus tem estas finalidades: curar os doentes, limpar os leprosos, expulsar os demônios e ressuscitar os mortos. Finalidade, portanto, de eliminar todo o sofrimento humano.

Na minha perspectiva a verdade liberta. O sofrimento não. Sofrimento é coisa de sádico ou de gente maligna.

Além disso, defendo o caminho de vida eterna, sem dor e sem sofrimento. Corpos terrestres transformados em corpos celestes, corpos de terra, de pó, transformados em corpos de luz, sem passar pela morte. Está escrito na Bíblia (1. Cor. 15:40 em diante). E se está na Bíblia é porque há esse caminho.

Na frase do Jobs, discordo de que o velho tenha que morrer p/ dar lugar ao novo. Essa questão é Wilhelm Reich que responde:
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A tradição é importante. É democrática quando desempenha a sua função natural de prover a nova geração com um conhecimento das boas e más experiências do passado, isto é, a sua função de capacitá-la a aprender às custas dos erros passados a fim de os não repetir.

A tradição torna-se a ruína da democracia quando nega à geração mais nova a possibilidade de escolha; quando tenta ditar o que deve ser encarado como 'bom' e como 'mau' sob novas condições de vida. Os tradicionalistas fácil e prontamente se esquecem de que perderam a capacidade de decidir o que não é tradição.

Por exemplo, o aperfeiçoamento do microscópio não foi conseguido pela destruição do primeiro modelo: o aperfeiçoamento foi realizado com a preservação e o desenvolvimento do modelo primitivo a par com um estágio mais avançado do conhecimento humano. Um microscópio do tempo de Pasteur não capacita o pesquisador moderno a estudar uma virose. Suponha agora que o microscópio de Pasteur tivesse o poder e o descaramento de vetar o microscópio eletrônico.

Os jovens não sentiriam nenhuma hostilidade para com a tradição, não teriam na verdade senão respeito por ela se, sem se arriscar, pudessem dizer: '_ Isto nós o tomaremos de vocês porque é convincente, é justo, diz respeito também à nossa época e é passível de desenvolvimento. Aquilo, entretanto, não podemos aceitar. Era útil e verdadeiro para o seu tempo - seria inútil para nós.' E esses jovens deveriam preparar-se para ouvir dos seus filhos as mesmas palavras.
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Sobre o Reino dos Céus:

O estabelecimento do reino dos céus não é ruim, seja do ponto de vista religioso, científico, político ou social.

Do ponto de vista religioso, curar os enfermos, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios é algo bom em todas as religiões.

A ciência faz isso. Pois curam os enfermos, usando medicamentos, é claro, limpam os leprosos, com a mesma técnica, e tentam expulsar os demônios usando antidepressivos e tratamentos psiquiátrico. Quanto a ressuscitar os mortos, ainda estão pesquisando.

A política também tem essa finalidade. Atuam com os programas de saúde, hospitais e postos de saúde para os enfermos e leprosos. Tentam expulsar os demônios, seja com programas públicos de tratamento psiquiátricos, seja com cadeias para os ladrões, corruptos e assassinos.

E do ponto de vista social, o reino dos céus é excelente, pois ninguém gosta de doenças, enfermidades e de demônios. Todos os homens buscam vida longa e prospera (vida eterna) com verdade, justiça e paz.

Além disso, se o objetivo do reino dos céus é curar os enfermos, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios, não há espaço para sofrimento.

Se o objetivo é vida eterna não há espaço para morte.

Se o objetivo é paz não há espaço para guerra.

Outro ponto importante é que: pobreza é sofrimento, portanto, é uma característica contrária ao reino dos céus.

Basta observar os objetivos anteriores para ver que são contrário a todas as formas de sofrimento, venha da doença, da lepra, da morte ou dos demônios.
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De uma forma ou de outra, continua valendo a máxima: "A moral é uma questão de costumes, nunca devemos julgar, segundo o nosso critério, os atos daqueles que t~em por seus costumes ancestrais, uma visão e um critério diferente da vida."