Inegavelmente, somente Deus pode tirar a vida humana. Contudo, a mão de Deus age por meio das mãos dos homens. Certamente, a mão de Deus age para fazer justiça, não para fazer o mal... E, muitas vezes a única forma de se fazer justiça, de abrir caminho para a justiça, é matando o agente maligno... Não há outro caminho...
Certamente, a ação de Moisés foi guiada por Deus... Quem age em nome de Deus dorme com a consciência tranquila, pois fez o que era correto e justo. Cumpriu a vontade de Deus... Por isso Moisés, apesar de ter matado um homem, agiu pela vontade de Deus. Era um agente do mal, um agente da opressão, um agente da escravidão. Por isso não foi excluído pelo Altíssimo, mas, ao contrário, foi colocado como Líder da retirada...
Portanto, as ações daqueles que praticam ações extremas para fazer justiça são perfeitamente justificadas e validadas (Faça justiça mesmo que o Céu desabe). Deus age entre os homens, muitas vezes, por meio dos próprios homens (Assíria vara da minha ira) e afugenta o mal, fazendo justiça, por meio da violência.
Certamente, há o famoso preceito cristão: "Amai ao próximo como a ti mesmo." Esse preceito continua plenamente válido. Ame o próximo, não o mal. E quando o mal dominou completamente o próximo, assumindo completamente sua consciência, seus atos e sua força, lançando-o contra os justos e impedindo a realização da justiça, não há como separar o próximo do mal que está nele, que habita seu corpo e o domina...
Enfim, parecem palavras insignificantes, porém, liberam as consciências para fazer justiça, para perseguir a justiça, custe o que custar, mesmo que o Céu desabe...