Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

25/11/2008

Metafísica da Consciência
Livro I - Deus é Energia Consciente
Lembre-se: este texto ainda está em reflexão. Portanto, pode ser modificado... Além disso, ele não trás as referências bíblicas...
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A vida foi criada antes do Homem. Primeiro Deus criou os animais. Logo, criou primeiro a vida. Mas o homem não era só um animal. Não tinha apenas vida. O Homem tinha um plus a mais. Ele é um ser com consciência. Um ser semelhante ao seu Criador. Semelhante em quê? Na vida não era, pois os animais foram criados antes, ou seja, os animais já tinham vida e não eram semelhantes ao Criador. A semelhança surge com o sopro nas narinas. Um sopro que transferiu do Criador para o Homem uma centelha da Energia Divina, uma centelha da Energia Consciente. Uma centelha divina para constituir/formar a consciência humana.

O sopro de Deus pôs em movimento a consciência humana, dando-lhe uma porção da Energia Consciente que compõem seu criador. É a consciência que carrega a essência, a centelha divina, a porção que torna o Homem semelhante a Deus.

Como Deus fez isso? Deus insere a consciência no Homem com um sopro em suas narinas. Certamente, o sopro de Deus não é vento, mas sim energia. O sopro de Deus é a energia que movimenta a nossa consciência. Logo, a nossa consciência é um sistema que movimenta a energia divina. Por isso, somos alma vivente, somos consciência vivente, somos matéria com uma centelha divina, com uma porção de Energia Consciente. Um pedacinho da essência divina presa no corpo material.

Certamente, essa centelha divina, em seu estado inicial, é pura, desconhecendo o bem e o mal. É o Homem no estado original. Uma criança sem informação, saberes e conhecimentos dessa dimensão, ou seja, um estágio no qual os processos mentais, os pensamentos, ainda são o sopro de Deus, ainda não foram contaminados pela condição humana.

O Homem, de acordo com a Bíblia , foi criado para viver nesse estágio de pureza. Um estágio no qual a centelha divina, sem a necessidade de nenhuma informação, saberes e conhecimentos dessa dimensão, ou seja, sem a necessidade de conhecer o bem ou o mal, movimentaria a consciência humana. Um estágio no qual o Homem desconheceria o bem e o mal. Deveria permanecer nesse estágio vivendo eternamente no Jardim do Éden , trabalhando e guardando-o.

Contudo, Deus plantou, no mesmo Jardim, a Árvore do Conhecimento do bem e do mal. Não apenas plantou, mas também proibiu, expressamente, o homem de tocar nessa árvore ou comer o seu fruto. Nesse ponto surge algumas questões importantes: 1- Deus vive o dilema do bem e do mal? 2- Por que a Árvore do Conhecimento do bem e do mal foi plantada no Jardim do Éden e por que Deus mostrou a Árvore para o homem, avisando-o para não tocar nela e nem comer o seu fruto? Por que razão Deus fez isso ?
Vamos começar pelo dilema do bem e do mal… Esse dilema é exclusivamente humano. Deus está acima do bem e do mal.

Inclusive, existem passagem interessantes na Bíblia onde anjos, seguindo ordens divinas, praticam o mal . Contudo, o ponto diferencial está no resultado que se busca com a ação. O lado sombrio pratica o mal pelo mal. Pratica-o com a finalidade de explorar, oprimir, destruir, etc. Já quando Deus manda ou deixa que o mal seja praticado, a finalidade é punir ou retribuir uma conduta iníqua, é fazer justiça ou testar a fé do indivíduo, como fez com Jó ; como fez com Davi, quando ele executou, sem permissão divina, o censo do Povo ; ou no caso do Profeta Eliseu, que invocou o mal sobre as crianças que zombavam dele, sendo elas devoradas por uma fera .

Portanto, o dilema do bem e do mal é predominantemente humano. O homem, usando sua consciência e seu livre-arbítrio decide se quer seguir o caminho do bem ou o caminho do mal. Seguindo o caminho do bem ele alcança a iluminação e se aproxima de Deus. Seguindo o caminho do mal ele alcança a punição e se afasta de Deus...
Agora vem a questão da Árvore do Conhecimento do bem e do mal que foi colocada dentro do jardim do Éden. Por que estava árvore foi colocada lá? E por que Deus mostrou essa árvore para o homem? Antes do homem comer o fruto dessa árvore, ele tinha livre-arbítrio?

A melhor explicação para essa questão envolve o livre-arbítrio. Inclusive, a existência dessa árvore, no Jardim do Éden, constitui uma claríssima evidência da Justiça Divina.

Inegavelmente, Deus poderia ter criado o homem sem dar-lhe livre-arbítrio. Seria apenas um robô seguindo a risca as ordens de seu criador, sem nenhuma possibilidade de escolha. Contudo, não foi isso que aconteceu. Deus também poderia ter plantado a Árvore, mas não ter indicado a sua serventia, ou seja, não ter dado nenhuma informação para o homem sobre aquela planta. Sem informação o homem não descobriria a árvore e não exerceria o seu livre-arbítrio. Sem informação a consciência não funciona e o livre-arbítrio não pode exercido.

Contudo, Deus é justo, santo e perfeito em suas ações. E, como o homem foi feito a sua imagem e semelhança, recebeu uma centelha da essência divina. Essa centelha é a energia que movimenta a consciência humana. E onde há consciência, deve existir livre-arbítrio. Portanto, a centelha divina, dada por Deus, movimentou a consciência humana, trazendo consigo o livre-arbítrio.

A consciência e o livre-arbítrio, derivados da essência divina, permitem ao homem decidir sobre sua vida e seu caminho. Contudo, para que o homem pudesse fazer essa escolha, era necessário existir coisas a serem escolhidas. Se a Árvore do Conhecimento do bem e do mal não estivesse lá, não haveria nenhuma possibilidade de escolha. Além disso, se a árvore estivesse lá, mas o homem a desconhecesse, também não haveria possibilidade de escolha. E se comesse dessa árvore acidentalmente, o seu livre-arbítrio, escolha consciente, não teria sido exercido, ou seja, a sua ação foi acidental, não foi consciente.

Tudo isso ainda não era suficiente para o exercício livre e espontâneo da consciência e do livre-arbítrio humano. Afinal, havia apenas um lado da história. Havia apenas a versão divina sobre a Árvore, seguida de uma proibição expressa: não toque e não coma. Logo, para que o homem pudesse decidir com consciência, havia a necessidade de outra versão. Não toque e não coma por quê?

Nesse ponto aparece na história a serpente . A serpente, também criada por Deus, trás a outra versão da história, acrescentando um ponto que Deus não havia feito referência quando proibiu o homem de tocar ou comer da árvore. Deus disse: “Não comam, pois se comerem morrerão. ” E a serpente contradita a versão dizendo: “Certamente vocês não morrerão ! Realmente, Deus sabe que no dia em que vocês a comerem seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal.”

Se Deus conhece o passado e o futuro, se sabe de todas as coisas, certamente, sabia que a serpente, linguaruda que é, iria contar isso. Então, por que Deus criou a serpente? E por que deixou ela falar com a mulher ? A resposta, mais uma vez, esta na função que ela exerce na história. Sem a serpente, a versão de Deus sobre a Árvore do Conhecimento do bem e do mal, seria única, seria uma versão totalitária e o homem, não saberia o resto. Como Deus é justo, permitiu à serpente falar com a mulher, contar a sua versão e tentar convencê-la de comer da Árvore.

Com isso, todos os elementos para que o homem tome uma decisão estão reunidos e foram dados. A árvore está. E todas as informações sobre ela foram dadas. Tanto a versão divina, quanto a versão da serpente. O homem tem consciência que movimenta uma centelha divina, executa processos mentais (pensamentos) e pode exercitar o seu livre-arbítrio, decidindo sobre sua vida e sobre o caminho que deseja seguir. E o homem decide comer o fruto da Árvore do Conhecimento do bem e do mal, afrontando/desobedecendo seu Criador.

Portanto, a Árvore do Conhecimento do bem e do mal estava lá justamente para isso, para que o homem exercesse o seu livre-arbítrio. Não só a árvore, mas todas as informações sobre, inclusive, aquelas que foram dadas pela serpente. Certamente, o homem poderia ter exercido seu livre-arbítrio decidindo não comê-la. Viveria eternamente e em paz com seu Criador.

Contudo, o homem decidiu comer da árvore do Conhecimento do bem e do mal. Essa ação humana evidencia o ponto máximo de uso da consciência e do livre-arbítrio. A primeira decisão tomada pelo homem, o primeiro uso que ele faz do seu livre-arbítrio, é contra o próprio Criador. Decidiu seguir o conselho da serpente, decidiu conhecer o bem e o mal.
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