Recomendações para a Reitoria sobre o CRUSP
Leonildo Correa -- 02/10/2007 --Os indivíduos que deram o golpe, mais uma vez, nas eleições da AMORCRUSP estão tentando mobilizar os moradores para encostar a faca no pescoço da Reitoria. São os idiotas de sempre que não possuem nenhuma legitimidade e que querem ganhar a coisa no grito. Possivelmente, foram acionados pelos sindicatos e por outros movimentos radicais para começarem a fazer baderna. Eles não querem negociar e nem conquistar nada para os Moradores do CRUSP, eles querem fazer baderna para aparecer na mídia... Querem usar o CRUSP para os seus interesses pessoais ou de movimentos estranhos à moradia.
Por isso, a minha recomendação para a Reitoria é exigir, desses elementos que dizem representar os moradores, a observância de regras no processo de eleição. Além disso, a Reitoria deve falar só com movimentos constituídos legitimamente pelos moradores. Quem dá golpe em eleição e constrói regras para se perpetuar no comando das organizações estudantis não tem legitimidade para nada...Eles deram o golpe e agora, para tentar limpar a cara e dizer que são bonzinhos, querem arrastar os moradores para seus movimentos radicais... Golpistas não possuem nenhuma legitimidade e não representam ninguém, a não ser eles próprios.
Outra questão importante diz respeito à legalidade da AMORCRUSP. Quem deve conduzir as conversas sobre o CRUSP é a AMORCRUSP, porém é uma organização ilegal, sem Estatuto e sem regras. A Reitoria e a COSEAS deveriam negociar com uma instituição formalmente legalizada e legitimada. A AMORCRUSP não tem nem Estatuto. Dizem que possui um da década de oitenta, mas ninguém sabe onde está. Se a organização não tem Estatuto, não tem regras. Se não tem regras faz o que quer e da forma como quer. Uma Associação sem Estatuto não tem legitimidade e não representa ninguém.
Além disso, as Assembléias da AMORCRUSP são feitas com dezenas de moradores. Uma pequena minoria que não fala pela grande maioria que está em silêncio. Cinquenta moradores em uma Assembléia não tem respaldo para negociar os interesses do CRUSP que possui mais de mil moradores.
Por isso a outra recomendação é estabelecer que somente se negocia com uma organização legalizada e legitimidade que preenche todos os requisitos da lei. A AMORCRUSP explora o espaço público. Aluga prédios da USP para empresas de fora que usam água e energia elétrica da USP sem pagar nada por isso. (Uma padaria gasta muita energia) Bem, pagar até que pagam, mas para a AMORCRUSP e o dinheiro disso acaba indo parar nos bolsos dos Diretores da Associação. Se não tem Estatuto, não tem Conselho Fiscal.
Eu pretendia assumir a AMORCRUSP para fazer o Estatuto e legalizar a organização e acabar com esse monte de sem-vergonhice e de corrupção. Porém, deram um golpe nas eleições para que isso não acontecesse... Violaram as regras da eleição para inscreverem suas chapas pessoais. Agora cabe à Reitoria exigir legalidade e legitimidade. E se não obedecerem, o Ministério Público e a Consultoria Jurídica podem ser acionados para entrar no caso e tirar a AMORCRUSP de fachada, que não tem documentos e não tem nada, de dentro da Universidade. Entrem com um processo de reintegração de posse...
E se os moradores se revoltarem porque querem que tudo continue como está, porque querem que o negócio continue funcionando em benefício de uma minoria e de golpe em golpe, a melhor saída é chamar o Choque e enquadrar todo mundo. Se precisar dos nomes dos vagabundos que estão promovendo esse monte de coisa, eu posso, com grande prazer e satisfação, fornecê-los...
Eu estou do lado da maioria dos moradores do CRUSP e quero que essa minoria corrupta e golpista seja enforcada na Praça do Relógio.
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O CRUSP é Dogville
Leonildo diz: O CRUSP é Dogville
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O filme de Lars Von Trier nos escandaliza somente por uma única razão: ele é o espelho do mundo que construímos com nossa covardia. Nós somos Dogville. Cultivamos nossas mesquinharias, nossas frustrações e nossos medos, fruindo desse prazer masoquista que nos foi inculcado desde o ventre de nossas mães. Mas sempre prontos a, no silêncio da nossa falsa bondade e esboçando o sorriso de um tartufo, espoliarmos, abusarmos e violentarmos a primeira Gracie que aparecer em nossas vidas. Realmente, não há maior lucidez do que a do marquês de Sade, quando - também em A filosofia na alcova - ele nos diz que "aquilo que os idiotas chamam de humanidade não passa de uma fraqueza nascida do temor ou do egoísmo".
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É exatamente o que Dogville nos ensina. Ao final do filme, inebriados pela correta decisão de Grace, alegres por ela ter feito o que não temos coragem de fazer, recordamos outro trecho de Sade: "Só a piedade e a beneficência são perigosas no mundo. A bondade é apenas uma fraqueza cuja ingratidão e a impertinência dos fracos forçam sempre as pessoas honestas a se arrependerem." O prêmio de Grace por sua absoluta bondade foi apenas a sua queda. Uma derrocada, aliás, orquestrada por Tom, o arquétipo de todos os moralistas.
Texto completo em:
http://xoomer.alice.it/direitousp/
Leonildo Correa
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