Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

05/08/2007

Argumentos favoráveis ao Projeto OCW-USP

O acesso gratuito e aberto ao conhecimento e aos saberes gera desenvolvimento, produz inovações e reduz as desigualdades. Isso porque o conhecimento é uma ferramenta para solução de problemas e transformação social. Se todas as pessoas tiverem essa ferramenta, os problemas serão atacados de todas as formas, possíveis e impossíveis, e em todos os seus ângulos, conhecidos ou desconhecidos.

Soluções que alguns não vêem, outros verão. Perspectivas que alguns não têm, outros terão. E o problema será visto de baixo, de cima, de lado, de dentro, de fora e até da quarta dimensão. Com isso, novos caminhos serão abertos e novas estratégias encontradas. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao conhecimento, mais rápido caminharemos para o desenvolvimento e mais soluções eficientes e inovadoras encontraremos.

Por isso, as três ações fundamentais que marcarão o século XXI serão: compartilhar, democratizar e socializar. O sucesso das redes P2P, do You Tube, da Wikipedia, etc derivam dessas ações.

Hoje, no Brasil, poucas pessoas têm acesso ao conhecimento. Poucas pessoas têm poucas visões, encontram poucas soluções, geram pouco desenvolvimento e produzem poucas inovações. Portanto, o monopólio e a retenção do conhecimento e dos saberes, dentro das Universidades Públicas, são fatores inibidores do crescimento econômico e do desenvolvimento social.

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Navegar na internet é um hábito muito mais difundido entre os brasileiros do que se imaginava, segundo pesquisa Datafolha, encomendada pela agência de propaganda F/Nazca Saatchi & Saatchi. O levantamento indica que 49 milhões de pessoas, 39% da população com 16 anos ou mais, costumam acessar a rede.

39% da população acima de 16 anos acessam a web e 42% publicam conteúdo próprio; internet deixou de ser coisa de rico e democratizou a informação, avalia agência de publicidade que encomendou pesquisa.

O diretor de planejamento da F/Nazca, Fernand Alphen, afirma que os dados indicam que a internet não é mais “coisa de rico”: “Ela tem alta penetração nas classes C, D e E”. Por isso, Alphen considera que a rede contribui muito para a democratização do acesso à informação. “Quanto mais periférica é a população, mais a internet aparece como uma solução de inserção social, de acesso ao entretenimento e à informação, porque é um meio muito barato”, diz.

(Jornal Destake – 31/07/07)

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A proporção de pessoas que acessaram a Internet na população dos estudantes foi de 35,9%. Somente no Distrito Federal 57,5% e em São Paulo 51,2%, ou seja, mais da metade dos estudantes acessavam a Internet. 76,2% das pessoas com 15 anos ou mais de estudo acessavam a Internet.

Na população dos estudantes usuários da Internet, a proporção dos que a utilizaram para educação e aprendizado foi destacadamente a mais elevada (90,2%), vindo depois, mais distanciadas, as dos que a acessaram para comunicação com outras pessoas (69,7%) e atividades de lazer (65,5%). A proporção dos estudantes que a acessaram para a leitura de jornais e revistas alcançou 40,7% e as referentes às demais finalidades ficaram abaixo de 20%..

O percentual de pessoas que utilizaram a Internet no grupamento formado pelos profissionais das ciências e das artes alcançou 72,8%, situando-se no patamar mais alto. Em seguida, vieram os dos grupamentos dos trabalhadores dos serviços administrativos (59,3%) e dos dirigentes em geral (58,0%) e, depois, os dos membros das forças armadas e auxiliares (52,9%) e dos técnicos de nível médio (51,9%).

No contingente dos usuários da Internet que não eram estudantes, o maior percentual foi o das pessoas que acessaram a esta rede para comunicação com outras pessoas (67,8%), vindo, em seguida, os indivíduos que a utilizaram para educação e aprendizado (57,5%), leitura de jornais e revistas (51,7%) e atividades de lazer 45,7%.

Esse indicador atingiu 47,3% no grupamento da administração pública, 47,5% no da educação, saúde e serviços sociais e 57,9% no das outras atividades (intermediação financeira, seguros, previdência privada, atividades de informática, pesquisa e desenvolvimento etc.).

O contingente formado pelos militares e funcionários públicos estatutários, foi o que apresentou o mais elevado percentual de pessoas que acessaram à Internet (47,7%), vindo em seguida a dos empregadores (40,6%) e, depois, o do contingente das pessoas com carteira de trabalho assinada (32,6%). (IBGE–PNAD - 2005).