Para o juiz Edson Ferreira Silva, que determinou que a Polícia Militar, fizesse a desocupação imediata do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na última sexta-feira (18), o cumprimento da ação agora só depende da universidade. A afirmação foi feita em entrevista ao G1 na tarde desta terça-feira (21).

O prédio foi invadido pelos estudantes desde o dia 3 de maio. Eles foram comunicados da ordem judicial de reintegração de posse, mas se recusaram a deixar o local.

?A liminar foi dada para que a desocupação seja feita. A Polícia Militar está em contato, está conversando no sentido de tentar a retirada pacífica. Se a universidade entender que as tentativas já foram esgotadas e não surtiram efeito ela vai insistir na desocupação forçada?, disse o juiz. ?A questão do cumprimento da ordem, se será feita em mais tempo ou menos tempo, aí fica meio que a critério da universidade, que está vivenciando o problema?, explicou.

Questionado sobre possíveis implicações jurídicas caso a ordem não seja cumprida, o juiz disse que a polícia não será responsabilizada porque está presente na questão, tentando negociar com os estudantes. ?O interesse que está sendo resguardado no processo é o interesse da universidade. Se ela entender em dar um prazo maior é critério dela, ela pode fazer isso. Sem nenhum problema jurídico?, afirmou Silva.


Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da USP buscar disse que a reitoria não vai comentar o assunto.

Os estudantes não quiseram negociar com a polícia porque, segundo eles, as reivindicações devem ser tratadas apenas com a reitoria. Os alunos afirmaram em comunicado, que se houver uso da força policial eles irão reagir.