Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

13/08/2006

Heloísa Helena, Fernando Collor e os candidatos construídos pela mídia

Analisando algumas entrevistas e a forma como a mídia está apresentando alguns candidatos, principalmente a Rede Globo e seus filhotes (Jornal Nacional, Revista Época, Willian Bonner, Fátima Bernardes, etc), percebe-se claramente que estão tentando determinar o resultado da eleição construindo e vendendo alguns candidatos.

A Globo e seus filhotes fizeram isto com o candidato Fernando Collor que, do dia para noite, surgiu no cenário político e venceu a eleição para Presidente da República com a idéia de "Vamos Collorir o Brasil" e "o Presidente mais Jovem", etc. Contudo, Collor, ao invés de collorir o Brasi, pintou tudo de preto, principalmente as contas bancárias do povo brasileiro. Se alguém tem que ser culpado pela desgraça ocasionada ao Brasil por Fernando Collor, este alguém é a Rede Globo e seus filhotes.

Agora estão tentando vender para o Brasil e para o povo brasileiro a candidata Heloisa Helena. Esta candidata, assim como Collor, surge de repente no cenário político brasileiro. Surge querendo ser presidenta do Brasil. Como Senadora mal conhece o Estado que representa, não o Brasil. Além disso, faz parte de um partido político nanico que mal acabou de sair das fraldas. Enfim, nem o partido e nem a Senadora Heloísa Helena tem amadurecimento político suficiente para administrar um país como o Brasil.

Mas a Globo insiste em querer vender a imagem da Senadora Heloísa Helena como mulher e como mãe. Agora eu pergunto: o que diferencia uma candidata mulher e uma mãe de um outro candidato qualquer ? Estas características são relevantes no cenário político ? Política não é caridade e nem é negócio de família. Política é competência na administração dos interesses da coletividade e da maioria dos cidadãos. Política é negociação, composição de acordos, formação de consenso, respeito ao Estado Democrático de Direito, às leis e aos acordos internacionais, principalmente de Direitos Humanos.

Na política não há espaço para machismo, nem para feminismo, nem para maternidade ou paternalismo. A política é um negócio arrojado que exige vivência política, conhecimento (intelectual ou empírico) e capacidade de liderar, outras variáveis não podem determinar a vitória de um candidato.

A Senadora Heloísa Helena está acostumada a levar a coisa no grito, principalmente em seus discursos no Senador Federal: coisa de mulher e de mãe de família acostumada a gritar com os filhos. Mas a Presidência da República não é lugar para gritos, choros e "estrimiliques".

Collor de Mello, neste contexto, foi um importante exemplo para o Brasil. Primeiro porque mostrou que aquilo que é bom para a Globo não é bom para a coletividade. A Globo dizia: "vamos collorir o Brasil" e o cara vem e pinta tudo de preto, principalmente as contas bancárias das pessoas. Segundo porque demonstrou cabalmente que bom governante é aquele que tem vivência e amadurecimento político; aquele que tem uma história de lutas pela coletividade, não importando onde está ou o que faz; aquele que tem capacidade de liderar e de unir o povo. Terceiro porque deixou bem claro que candidatos artificiais, construídos pela mídia, principalmente pela Globo, não dão certo. Servem apenas para levar aventureiros para o cargo de Presidente da República.

Lembro que o cargo de Presidente não pode estar sujeito a tentativas e erros, nem a pessoas e idéias instáveis. Não existe a brincadeira de Presidente da República dentro do Palácio do Planalto, pois dependendo do que faz nesta posição o destino de milhões de brasileiros é diretamente prejudicado ou afetado.

O Presidente Lula é um exemplo claro de seriedade e de luta pela coletividade. Ele não surgiu do nada, ou seja, ele não foi construído pela mídia e pelos jornais. Se alguém construiu o Presidente Lula foi a História, a História do Brasil. Não acredita ? Abra os livros de História do Brasil e você verá o Presidente Lula liderando os metalúrgicos contra o regime militar, nas famosas greves do ABC. Você verá o Presidente Lula nas Campanhas pelas Diretas. E verá o Presidente Lula perdendo várias eleições presidenciais. Em outras palavras, antes de ser Presidente da República Lula já era um personagem da História do Brasil. Não um personagem qualquer, mas um herói do movimento sindical e das lutas em defesa da coletividade e da Democracia Brasileira.

Por isso quando eu vejo a Globo e outras mídias começarem a construir seus candidatos eu fico extremamente preocupado. A Globo tem excelência na construção de personagens e de mentiras, afinal são os maiores vendedores de novelas do mundo. Contudo, a política não é uma ficção que você desliga a TV e tudo acabou. A política é real e define a vida de muita gente. Os personagens das novelas matam, roubam, traem, etc e tudo fica na ficção. Já os personagens políticos, construídos pela mídia, matam, roubam e traem a coletividade na vida real. Você sente no bolso, ou na sua vida, a desgraça ocasionada por candidatos artificiais e incompetentes construídos pela mídia e que venceram as eleições. Gente sem passado e sem histórico de lutas em prol da coletividade. Gente que entra na política, não para beneficiar o povo, mas para ganhar dinheiro. Não tenha dúvida: muitos dos mensaleiros, sanguessugas e dos corruptos que povoam o Brasil são candidatos artificiais que foram criados pela mídia.

Lembrem-se de Collor e do mal que ele causou ao Brasil. Lembre-se que Collor foi construído pela Globo. Observem que agora a Globo está tentando repetir a desgraça emplacando Heloísa Helena e tentando vender a idéia de que o Brasil precisa de uma presidenta, mais do que isso, o Brasil precisa de uma mulher e de uma mãe em seu governo. Contudo, lembre-se que política não é negócio de família e que deve governar o Brasil quem pensa e luta pela coletividade e pelo povo.

Outro ponto que me deixa preocupado é o discurso do "político pelo político", ou seja, o discurso que desconsidera a finalidade da política que é gerir os interesses da coletividade. Lula é um dos melhores, para não dizer o melhor, presidente que o Brasil já teve, principalmente porque ele conseguiu uma façanha que poucos conseguiram: por exemplo, conseguiu reduzir a pobreza no país, levar comida (ao menos comida) para a mesa dos pobres, pagar a dívida com o FMI (a Heloísa Helena não pode gritar mais fora FMI), derrubar o risco-brasil para menos de 300 pontos, etc. Certamente, muita coisa ainda deve ser feita, mas estamos no caminho certo, rumo à Construção do Brasil como potência mundial.

Certamente, durante o governo Lula se descobriram mensalões, mensalinhos, sanguessugas, etc e a Polícia Federal está fazendo uma faxina que está deixando os corruptos carecas de cabelo em pé. Mas e os outros governos, o que fizeram ? Na época deles não havia mensalões, mensalinhos, sanguessugas, etc ? Certamente havia, mas eles faziam parte dos esquemas e das jogadas e nada foi descoberto, ou então, se foi descoberto não foi investigado. Tudo foi devidamente varrido para debaixo do tapete.

Enfim, as últimas entrevistas demonstraram claramente que a Globo e seus filhotes (Jornal Nacional, Revista Época, Willian Bonner, Fátima Bernardes, etc), assim como outros jornais que tem por aí, estão tentando repetir a desgraça que causaram ao Brasil na época do Collor, ou seja, estão tentando construir um candidato artificial para vencer a eleição presidencial do Brasil e, desta vez, a escolhida foi a Senadora Heloisa Helena, uma candidata inexpressiva que mal conhece o seu Estado de origem e que quer governar a nação brasileira. Como elemento principal dessa construção a Globo está utilizando a idéia de candidata mulher e mãe. Na época de Collor a Globo dizia: "Vamos Collorir o Brasil", " Vamos votar no Presidente mais Jovem", etc. E a coisa deu no que deu...

Assinalo ainda que a decisão do Presidente Lula em não participar de debates foi coerente e sensata, pois a mídia, conforme citado anteriormente, já tem seus candidatos preferidos e, sutilmente, tentam beneficiá-los uns, em detrimento de outros, em suas entrevistas. Basta ver a entrevista da Heloisa Helena, feita pelo Bonner e Fátima Bernardes, e compará-la com a entrevista realizada com o Presidente Lula no Planalto. As questões propostas para o Presidente visavam denegrir o candidato Lula ligando-o às corrupções no país, ou seja, os entrevistadores, numa demonstração clara de parcialidade, ficavam martelando em questões superadas pelo povo e que estão sendo resolvidas na Justiça.

É importante prestar muita atenção nestas entrevistas, pois a oposição, certamente, está gravando todas as falas para criarem e apresentarem, durante o horário eleitoral, fatos mentirosos construídos a partir de fragmentos de entrevistas e de jornais.

Que Deus nos salve da incompetência tucana e da personagem de novela Heloísa Helena que quer governar o Brasil. Será que a repetição da minissérie "A casa das 7 mulheres" tem a ver com isso ?