Alternativa da USP para não aderir à política de cotas: criou um cursinho com 160 vagas
Mais uma idéia de jerico implantada na USP. Será que os idealizadores desta idéia comem capim ??? Mas talvez a USP tenha razão. A culpa dos problemas sociais é dos alunos. Quem mandou eles nascerem pobres, negros e índios...
A saída apresentada pela USP, como alternativa ao sistema de Cotas, foi a criação, em São Paulo, de um Cursinho com 160 vagas. Uma idéia estúpida que demonstra claramente que esta instituição é completamente controlada e manipulada pelos interesses da classe dominante (ricos e brancos) e que não foi construída para pobres, negros e índios. Pobre, negro e índio só servem para pagar ICMS e outros impostos que mantém a USP funcionando para a elite.
Não sou a favor da política de cotas como tem sido aplicada por aí, assim como da mera inserção de alunos sem conhecimentos na Universidade. Contudo, no curto prazo, a única forma de se quebrar a hegemonia branca e rica dentro da Universidade é por meio de cotas. Somente a política de cotas, que trará pobres, negros e índios para o ambiente acadêmico, é capaz de reorientar e modificar o atual caminho das pesquisas e do pensamento predominante neste contexto. Por isso, é primordial que tenham acesso à Universidade, por meio das cotas, apenas pessoas com interesses na reconstrução dos pilares da Universidade e não aqueles indivíduos que buscam apenas a satisfação pessoal, ou seja, que querem apenas enriquecer e se transformar em mais um integrante da classe dominante.
Se o problema é justamente os cursinhos (somente passa nos vestibulares os alunos dos cursinhos caros ou das escolas particulares - classe dominante) a USP criou mais um, ou seja, ao invés de resolver o problema do ensino público, por exemplo, montando projetos de interferência direta nas salas de aula das escolas públicas do Estado de São Paulo: como aulas de reforço e complementação escolar no ensino primário e colegial, assim como oferecendo, para todos os professores do ensino público, cursos, reciclagens e treinamentos intensivos e constantes; os SÁBIOS da USP resolveram criar mais um pequenino cursinho. Um cursinho tão seletivo e excludente que é mais fácil no vestibular do que ingressar.
Um cursinho que tem só 160 vagas e é restrito à Cidade de São Paulo e a alunos específicos, ou seja, a USP preferiu sair pela tangente e manter a hegemonia da classe dominante, branca e rica, dentro da instituição. O que estão tentando fazer ? Estão tentando enganar o povo (a maioria dos cidadãos) dando a falsa impressão de que a USP tem políticas alternativas ao sistema de cotas. Estão contando uma "mentira cabeluda" para a população, pois esse Cursinho não é nenhuma alternativa, mas sim uma idéia estúpida que serve para jogar dinheiro público na lata de lixo. Não é função da Universidade ter Cursinho e se estão criando um, estão desviando dinheiro público destinado ao Ensino Superior e pior, estão aplicando dinheiro da coletividade em projetos fracassados, excludentes e de pouca relevância social, para não dizer relevância zero.
Não importa o número de vagas do cursinho da USP, se são 160 ou se são 5000. O que importa é que a criação de um cursinho não é o caminho, pois não resolve nada, uma vez que ataca apenas o sintoma da questão. A causa do problema é a escola pública de má qualidade, tanto o primário quanto o colegial, e é lá que a USP tem que agir. Criar cursinho é uma estupidez sem limites.
Mas talvez haja uma resposta para esta escolha. Talvez seja porque existem professores da USP que são donos de cursinho. Talvez seja porque professores da USP ministram aulas, ou estão recebendo dinheiro de cursinhos famosos, para não resolverem o problema do ensino público. Se a escola pública for boa, ninguém vai fazer cursinho, pois aluno de escola particular já estuda em um cursinho. Logo, o negócio de cursos pré-vestibulares vai a falência. Contudo, como a USP optou por abrir mais um cursinho não gerou nenhuma espécie de ameaça para este ramo comercial, garantindo a sua continuidade.
Atualmente são oferecidas cerca de 10.000 (dez mil) vagas no vestibular da USP, quantos desses 160 alunos do cursinho idiota da USP serão aprovados no vestibular? Quantos pobres, negros e índios a mais entrarão na USP por causa deste cursinho ? Se 100 alunos desse Cursinho idiota forem aprovados, isso significa que 0,1 (zero vírgula um por cento) entraram na USP pelas Cotas. Essa idéia é genial e, certamente, resolverá o problema da hegemonia branca e rica dentro da USP !!!!!! O Professor ou os professores doutores que apresentaram esta idéia deveriam perder o título de doutor e serem rebaixado para o colegial novamente.
Lembro aos leitores que no ano passado cerca de 170.000 alunos prestaram o vestibular da USP e somente 10.000 entraram, ou seja, 160.000 foram reprovados.
Cento e sessenta mil alunos (160.000) reprovados no vestibular da FUVEST, uni-vos, está na hora de quebrar a espinhal dorsal da classe dominante que controla a USP, ou então, se resigne e aceite a idéia de que você paga para os ricos estudarem em uma Universidade que foi construída para você. A sua vaga foi usurpada, roubada e dada para outro.
Mas não é só isso. Quando o aluno passa pela peneira do vestibular e entra na USP, imediatamente uma série de mecanismo institucionais entram em ação, visando fazê-lo desistir do curso logo no primeiro ano, ou seja, o aluno passa a sofrer uma série de humilhações, discriminações, constrangimentos, abusos de autoridade etc, que visam empurrá-lo para a fora da Universidade, pois o status quo não pode ser violado e o nome de "escola da elite" tem que ser mantido. Eu sou uma prova viva disso, pois sofro na pele as ilegalidades institucionais dentro desta Universidade. Porém enganam-se aqueles que acham que não irei me vingar, pois vou. Toda a desgraça que me causam dentro desta Universidade será retribuída em dobro, aos indivíduos que a causaram.
Enfim, eu digo e repito: ou se acaba com a máfia que controla a USP e põe pobres, negros e índios nesta Universidade (na mesma proporção da população) ou teremos que acabar com a USP.
Além disso, assim que comecei a digitar este texto a minha conexão de internet, via rede sem fio, dentro da USP foi derrubada, pois, por meio da rede de computadores monitoram e filtram tudo o que sai do meu computador para a internet, assim como as coisas que têm no meu computador.
Sem contar que as páginas do meu site que denunciam os crimes e as ilegalidades cometidas dentro da USP não estão abrindo em algumas salas da Universidade. Querem impedir a comunidade acadêmica de ver a realidade, a podridão da Universidade. A censura está se espalhando. A ditadura acabou do lado de fora da USP, mas aqui dentro não.
Lembro a todos que foi um professor da Faculdade de Direito da USP, depois virou Reitor, que redigiu o AI-5. Além disso, a USP tem origem fascista e abrigou gente famosa do integralismo. Portanto, é tradição desta Universidade a censura, a opressão e as ilegalidades. O que salva a USP são alguns grupos de alunos, funcionários e professores de esquerda, ou então, aqueles que mesmo não sendo de esquerda tem preocupações sociais, o resto da USP é parasita de carteirinha e fascistas na ideologia.
Os fascistas da USP estão na minha mira.
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Inscrições para cursinho grátis da USP vão até dia 15
Folha Online - 05/05/2006 - 20h14
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121157.shtml
A USP (Universidade de São Paulo) seleciona até 15 de maio 160 vagas para o cursinho gratuito Projeto Espaço de Orientação de Estudos. O projeto aceita apenas alunos da rede pública de ensino de São Paulo, que estejam matriculados na terceira série do ensino médio em 2006 ou que concluíram o ensino médio em dezembro de 2005 ou janeiro de 2006.
O objetivo do projeto, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, é ampliar as horas de estudos dos alunos e prepará-los para os exames vestibulares, especialmente os das universidades públicas do Estado.
As aulas de reforço acontecem de segunda a sexta-feira, com plantão de dúvidas e atividades extracurriculares aos sábados, no período de 29 de maio a 15 de dezembro. As 160 vagas estão distribuídas em três turmas, uma na Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de São Paulo), no período noturno, e duas no Núcleo de Apoio Social, Cultural e Educacional (Nasce) da USP, em Ermelino Matarazzo (zona leste), à tarde e à noite. A turma do período vespertino terá aulas das 13h30 às 17h45, e as turmas noturnas, das 18h15 às 22h30. Aos sábados, o horário será das 8h30 às 13h30.
A seleção dos alunos ocorre em duas fases. A primeira, de caráter eliminatório e exigência mínima de 60% de aproveitamento, é composta por uma prova com 40 questões de múltipla escolha sobre o conteúdo do ensino médio das disciplinas de biologia, física, geografia, história, literatura, língua portuguesa, matemática e química.
Quem passar na primeira fase será submetido a uma entrevista com uma banca examinadora, com três avaliadores, que analisará as condições econômicos do candidato e o seu rendimento escolar.
Para efetuar a inscrição, os candidatos deverão apresentar declaração emitida pela escola com notas e freqüência em 2006 --para os que ainda estão na terceira série do ensino médio-- ou cópia do histórico escolar e certificado de conclusão --para quem concluiu o ensino médio em dezembro de 2005 ou janeiro de 2006--, além do RG e de um comprovante de residência.
As inscrições devem ser feitas em dois endereços: na rua Professor Antonio de Castro Lopes, 1309, em Ermelino Matarazzo, ou na sala 230 da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação, na avenida da Universidade, 305, Cidade Universitária, Butantã (zona oeste), das 10h às 16h.
Mais informações no telefone (11) 6943-3530.
Fuvest: maioria dos aprovados é branca e terá ajuda dos pais
Estadão Online - 15 de fevereiro de 2006 - 18:43
http://www.estadao.com.br/educacao/noticias/2006/fev/15/266.htm