Blog do Josias
Mônica Bergamo revelou no último domingo que, enquanto Geraldo Alckmin dava “banho de ética” na administração de São Paulo, a mulher dele, Lu Alckmin (na foto), tomava “banho de loja”. O estilista Rogério Figueiredo contou que deu a ela de presente nada menos que 400 vestidos. Coisa fina –entre R$ 3.000 e R$ 5.000 cada peça.
A encrenca teve desdobramentos. O deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP) enviou a Geraldo Alckmin, antes que ele deixasse o Palácio dos Bandeirantes, um requerimento pedindo explicações acerca dos “confortos proporcionados de graça à sua esposa”. Não recebeu, por ora, resposta.
Dona Lu faz o que pode para explicar-se sozinha. Sua assessoria diz que os vestidos que ela recebeu não atingem a soma de 400. Informa que “as poucas peças” efetivamente doadas pelo estilista foram depois doadas a uma entidade social chamada Fraternidade Irmã Clara.
O diabo é que a presidente da entidade, Elizabeth Teixeira, diz "não ter conhecimento" das doações. Conta que recebeu um telefonema de Lu Alckmin na última terça-feira, dia 28, dois dias depois de Bergamo ter trazido à tona a encrenca.
No telefonema temporão à casa de caridade, Lu Alckmin disse que faria uma doação. Segundo Elizabeth, "foram dez vestidos de festa", entregues no mesmo dia. "Que eu saiba, foi a primeira doação de vestidos", entregou a presidente da Fraternidade Irmã Clara.
Como se vê, não será por falta de matéria-prima que Geraldo Alckmin deixará de levar adiante a idéia de promover uma “lavagem ética”. Pode começar pela roupa suja doméstica. O estilista jura dispor de provas de que foram mesmo “mais de 400” os pedaços de pano doados à primeira-dama.
Alckmin não há de ter dificuldades para identificar o material. Como diz o aliado César Maia, “imagine o tamanho de um armário para guardar tudo isso!”