Venezuela terá versão própria de Linux
Governo venezuelano está promovendo uma versão própria de Linux como alternativa aos sistemas da Microsoft
Alexandre Barbosa
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SÃO PAULO - Um país latino-americano que resolve investir maciçamente em soluções de código aberto, como as derivadas do sistema operacional Linux, visando baixar custos operacionais e incentivar a criação de mão de obra local.
Se você pensou no Brasil, cuja bandeira inicial para a área tecnológica estava na adoção de programas de código aberto, passou perto.
Trata-se de um vizinho próximo, a Venezuela, que está capitaneando uma iniciativa de desenvolvimento de soluções de código livre como uma alternativa a soluções proprietárias como as da Microsoft.
Não é surpresa, afinal o presidente Hugo Chávez é amplamente conhecido pela birra que tem em relação a multinacionais. Em 2004, ele promulgou um decreto, o 3390, em que todas as instituições públicas venezuelanas deveriam iniciar um movimento rumo ao Linux e outras alternativas de código aberto para reduzir custos administrativos.
"Se o conhecimento não tem dono, a propriedade intelectual é um truque do neoliberalismo", disse Chávez.
Além disso, o governo daquele país promoveu um evento de instalação gratuita de sistemas Linux, o FLISOL (que também aconteceu no Brasil) nos dias 24 e 25 de março.
O movimento venezuelano, no entanto, não está restrito à retórica anti-neoliberal. O governo conseguiu apoio de empresas como a Intel através de convênios que levarão à criação de um laboratório que auxilie no desenvolvimento de soluções de código aberto e de migração para Linux.
Na Venezuela, assim como no Brasil, a Intel também aposta na adoção de redes Wi-Fi e WiMAX como forma de aumentar seus negócios.