Democratizar o conhecimento e socializar os saberes como ferramenta para transformação social e econômica. Democratizar e socializar para reduzir as desigualdades regionais. Democratizar e socializar para dar oportunidades. Democratizar e socializar para dar esperanças e certezas de um futuro melhor. O poder transformador do conhecimento, monopolizado e retido nas melhores Universidades Públicas, tem que ser disseminado, gratuitamente, para toda a sociedade.

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04/01/2008

Para Venezuela e Cuba
Eu estou disposto a levar o Sistema de Ensino Público Gratuito via Internet para Venezuela e Cuba e a implantar uma revolução tecnológica nestes países, principalmente com a informatização de todos os serviços públicos...
Estou pensando em ir para Venezuela e para Cuba. Eu tenho uma idéias que podem ajudar o Hugo Chaves a desenvolver o seu país, assim como podem ajudar Cuba a fazer uma transição tranquila para o regime democrático, sem perder as conquistas da revolução...

Resumidamente, a minha idéia se baseia em educação e pesquisas de alta tecnologia. Este é o caminho que pode fazer estas duas nações darem um salto em seu desenvolvimento.

Cuba tem educação, mas pouca pesquisa em alta tecnologia. Precisam investir em alta tecnologia, principalmente em internet. Este é o caminho do futuro. O mesmo ocorre com a Venezuela. O dinheiro do petróleo pode ser direcionado para o desenvolvimento de um sistema de educação melhor do que o dos países do primeiro mundo, assim como no desenvolvimento de alta tecnologia.

Empresas de alta tecnologia, inovação, podem gerar milhões de empregos. São empregos gerados pelo intangível, pelo conhecimento, pela pesquisa... Você não precisa de terras para fazer uma empresa de internet, etc.

Eu estou ficando cansado com o Brasil. É aquela velha história: santo de casa não faz milagres. E se as minhas idéias não são bem-vindas aqui, existem locais em que serão...

Enfim, se eles querem um caminho para o futuro, eu posso mostrar um, porém sem autoritarismo e sem recuos para o século passado.

13/11/2007

Integração social, cultural e educacional da América Latina
Leonildo Correa – 13/11/2007

Ando pensando, a um bom tempo, sobre a integração da América Latina. E depois do curso de Direito da Integração, ministrado na Faculdade de Direito da USP pelo Professor Umberto Celli, perdi completamente o sono. Certamente, a integração desta região não será tão fácil quanto a integração européia, pois as desigualdades econômicas entre os países é excessivamente acentuada. Além disso, a maioria dos Estados é pobre e produtores de produtos agrícolas e minérios.

Neste contexto, o caminho é uma integração para o desenvolvimento, uma integração assentada no elemento social, educacional e cultural. Uma integração que gere desenvolvimento e renda entre as nações participantes. Esta idéia é possível, desde que o foco não esteja exclusivamente no elemento econômico, mas sim na idéia de desenvolvimento…

Por isso, eu penso que a integração latino-americana deveria ser iniciada pela educação - interligando as universidades, os centros de pesquisa e estudos, os pesquisadores, os universitários, etc. Também deveriam ser criados centros de integração em todas as grandes cidades latino-americanas, com a finalidade de fazer exposições, cursos gratuitos, intercâmbio de estudantes e pesquisadores, assim como disseminar o português e o espanhol para todos os interessados.

A educação e o conhecimento são elementos essenciais dentro do processo de integração, inclusive quem acompanha a integração européia sabe que, atualmente, estão tentando interligar as Universidades, criando uma educação da Comunidade Européia. Isto pode ser feito aqui, mesmo sem ter a integração econômica, ou seja, as universidades e os centros de pesquisas deveriam ser interligados, assim como deveriam trabalhar juntos em pesquisas e modelos de integração.

Simultaneamente à integração educacional deveriam promover a integração cultural, a fim de se minimizar e preservar as diferenças existentes entre as diversas culturas da América Latina. A idéia não é um país dominar o outro, mas sim reuniram esforços para a solução dos problemas que assolam ambos os povos. Certamente, a meta não deve ser econômica, inicialmente, a meta tem que ser social, educacional e cultural.

Em seguida deverão ser promovidos estudos de Direito comparado para se abrir um caminho para a integração jurídica e tributaria. Quando o direito e as leis estiverem uniformes em toda a região é que se deve entrar no campo da integração econômica, pois estando a sociedade integrada, os problemas sociais graves resolvidos, a educação uniforme e o perigo de assimilação cultural contido, é mais fácil chegar a acordos e consensos. As negociações ficam mais fáceis, assim como haverá mais interesse, entre os povos da região, em se unirem rumo a um futuro comum, formando a federação Latino-Americana.

Esta forma de integração parte do social para o mercado. Com isso as diferenças, a diversidade cultural e os interesses da população de cada país serão respeitados. Não haverá assimilações culturais, nem domínio de um Estado sobre o outro, mas tão-somente a preservação da diversidade cultural e uma interação econômica baseada na idéia de ajuda mútua e mercado comum.

A integração econômica deve ser o produto de todas as integrações e não o inicio, como se tem feito nos principais projetos e modelos de integração - ALCA, MERCOSUL, etc. A integração que se inicia dessa forma fica emperrada e enterrada em acordos meramente empresariais, problemas de economia e discussões fora da realidade da maioria das pessoas. A área econômica tem por finalidade exclusivamente o mercado e o lucro, não o bem-estar dos povos, da sociedade e da coletividade. Neste tipo de integração as relações e os interesses capitalistas estão acima de tudo, inclusive acima das sociedades e das coletividades.

Não importa se a população será prejudicada ou se o Estado, ao aderir ao plano de integração meramente econômica, se tornará dependente e atrasado. O que importa é que os mercados sejam abertos e os lucros garantidos para as empresas participantes da integração. Resumindo, a integração meramente econômica é uma integração de empresas, de capitalistas, de lucro. Não é uma integração para o bem-estar, para o desenvolvimento, para solução de graves problemas sociais.

O povo e o bem-estar social de cada país não são elementos essenciais, variáveis relevantes na integração meramente econômica. Por isso ela deve ser efetuada por último, quando houver o enlace cultural, educacional e jurídico entre os Estados. Assim a integração econômica será determinada e regida por controles sociais de cada Estado participante, principalmente porque teremos uma população educada e ativa, consciente de seus direitos e de seus interesses.

Cada povo estabelecerá parâmetros de integração social, cultural e educacional e terá em suas mãos os meios para corrigir e direcionar os excessos e os passos da integração econômica. Portanto, primeiro deve ser feito a integração social, cultural e educacional para depois se construir a integração econômica. Eu penso que isto pode ser aplicado com sucesso na América Latina…

Certamente, tudo isto deve ocorrer em um ambiente de ampla democracia, liberdades públicas plenas e respeito aos Direitos Humanos e aos Direitos das minorias. Não há espaço no mundo atual para ditaduras e nem para autoritarismos. Isto porque o autoritarismo, assim como o totalitarismo, tiram dos homens a individualidade, a liberdade, a iniciativa, a capacidade de pensar, criar e ser feliz. E sem esses elementos o homem não se desenvolve e não evolui. Quando os indivíduos, dentro do sistema totalitário ou autoritário, percebem isto, o germe é ativado e o regime cai. Cai porque o totalitarismo e o autoritarismo são sistemas. E são os homens que criam os sistemas e não os sistemas que criam os homens. Portanto, um sistema totalitário/autoritário está fadado ao fracasso e à destruição. Contudo, enquanto sobrevive causa grande mal e sofrimento aos seres humanos.

E aqui vai a minha crítica aos EUA. Quem quer integração constrói ponte e não muro. O muro na fronteira dos EUA com o México é um elemento anti-integração, um elemento que destrói todo o discurso americano a favor da aproximação dos povos. Falam em integração, mas constroem muros... Certamente, as empresas pulam o muro e a integração econômica acontece, porém, é um integração fria e passageira. Uma integração que não cria laços, não constrói amigos, não resolve os problemas...